Mágica Nerfal escrita por Robert Julliander


Capítulo 36
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

OI gente, finalmente o capítulo saiu.
Quero dedicar esse capítulo aos meus leitores favoritos
e que nunca me abandonam.
Matheus
Aprendiz1
Assacinadarosabranca
Senhorita Wotson
Angel of Darkness
Taynan Julliane
E aos leitores fantasmas,
que espero mesmo que estejam gostando :3



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*--Jhonatan--*

— O que aconteceu com ela? — Pergunta Alexa ao ver Billy sentado ao lado do corpo de Juliana. Um pouco longe estava o Allan caído, imóvel, provavelmente inconsciência, eu estava logo atrás da Lexa.

— Não sei, ele estava a ponto de matá-la, então ela meio que surtou! Cara que doideira! — Era nítido o quanto Billy estava confuso e não sabia muito, então tentei manter a calma.

— Ok, explique exatamente o que aconteceu! — Pedi.

— Jhon! Acho que ela esta mesmo morta. Você precisa sentir a essência dela. — Pede Lexa.

Sentir a essência de um bruxo não é fácil. É como se fosse uma impressão digital mágica, cada um tem uma essência diferente, com forças diferentes. Um exemplo, quando algum bruxo estiver próximo, qualquer outro bruxo dependendo da distância pode saber sentindo sua essência. Isso pode ser identificado por algum sentimento estranho, tipo, alguma irritação, ou um sentimento de angustia ou até mesmo vontade de rir, se brincar até um friozinho na barriga. Cada um tem formas diferentes de sentir outros bruxos.

No meu caso sinto uma incrível dor de cabeça. Mas sempre é bem preciso, se o outro bruxo ainda estiver próximo. Nem preciso falar que a mana gasta com esse processo é instintivamente cansativa. Neste caso sentir a aura da Juliana, faria nos entender se ela realmente está morta ou não.

Estando próximo ao corpo dela era simples sentir, me concentrei um pouco e minha cabeça começara a doer, muito. Se acha que isso era um sinal bom está enganado, eu sentia a essência de todos a minha volta, o calor da essência do fogo do Billy, que é até parecida comigo, senti duas essências se aproximando, eram a Sophia e a Luce. Senti até a essência apagada da Lexa, mas não senti nada vindo da Juliana.

— E então? Sentiu alguma coisa? — Pergunta Lexa aflita. Olhei com um olhar triste para ela e pode acreditar, ela entendeu meu olhar no mesmo instante.

— Hey! O que vocês estão falando? — Billy ficou nervoso. — A vadia morreu?

— Qualé garoto! — Recama Lexa — Tenha mais respeito. Jhon! Você pode tentar de novo?

— Posso, mas você sabe que quando eu analiso essências, minha sensibilidade é bem precisa nisso! — Argumentei.

— Não importa cara tenta de novo! — Billy grita, pra quem não gosta muito da garota ele estava bem alterado. Certo, não estou sendo insensível, só estou sendo realista. Mas tudo bem, fechei meus olhos e me concentrei. Mais uma vez, nada da essência da Juliana. Balancei a cabeça negando que não sentira nada.

— Billy! Preciso que mantenha a calma e confie em mim. — Alexa senta ao lado dele e coloca as mãos em seus ombros. Ao julgar pelo que estamos passando, ela esta bem calma. Sei que não é um momento apropriado, mas estou orgulhoso que estamos sendo mentores tão sensatos e estamos mantendo o controle nesta situação.

— Cara, o Allan tava apertando o pescoço dela, então ela fechou os olhos e ficou falando algo em voz baixa.

— Você ouviu o que ela disse? — Perguntei.

— Não, era quase como se ela estivesse rezando sei lá.

— Tudo bem continue. — Pede Alexa dando um suspiro preocupada.

— Então o cara começou a ficar sem ar e um dos olhos dela, parecia olho de gato...

— Olho de gato? — Interroga Alexa, tentando entender o que acontecera.

— Sim, quando a luz reflete nos olhos deles.

— Tudo bem Billy continue, apenas mantenha a calma. — Ela repetiu. Ele olhou para ela tentando não surtar.

— Começou uma ventania para todo lado e tudo ficou bastante confuso... Muitas luzes e um circulo se abriu em baixo do corpo dela e ela gritava muito.

— Não entendo? Jhon eu não sei o que aconteceu com ela. — Alexa se desespera.

— Vocês não sabem? Como assim? — Billy perde toda calma que estava mantendo.

— Pessoal!!! — Gritei — Não adianta surtar agora, a qualquer momento o Williams vai acordar, infelizmente a Juliana morreu.

— O que é isso? — Ouvimos a voz de Luce e logo depois um super e fino grito de Sophia. Elas estavam vendo o corpo da Juliana caído ao chão.

— O que aconteceu? — Erick aparece atrás delas e já obviamente estava preocupado. — Juliana? O que ouve?

— Não sabemos! — Falei. — Preciso que todos mantenham a calma, será que pode fazer isso? — Pedi pra ele.

— Ok, tudo bem, mas o que vamos fazer? Ela está bem? — Ele perguntou apontando para o corpo.

— Infelizmente ela... — Não conseguir terminar a frase.

— Oh meu Deus! — Os olhos dele encheu de lágrimas — Jhon isso é minha culpa!

— Não Erick! Não foi sua culpa, tá legal.

— Como pode dizer isso? Se eu não tivesse irritado o Williams isso não teria acontecido, a culpa é toda minha, eu matei a Juliana. — Olhei para Lexa e fiz um olhar discreto para que ela tirasse o Erick daqui. Ele não precisava se sentir culpado e mais um surtando não seria nada bom. Me aproximei do Billy e pedi para que levasse as duas garotas para a cabana, provavelmente Lexa estava levando o Erick pra lá também e seria importante se fossem todos juntos.

Assim que todos saíram olhei para o corpo do Allan. Juro que eu queria destruí-lo, mas sei que não adiantaria, ele iria reconstituir de qualquer jeito. Peguei o cadáver da Juliana e segui o grupo que estava mais a frente. Como isso pode acontecer? Poderia ter sido qualquer um de nós! O Williams ainda podia usar magia? Sera que ele encontrou um jeito de usá-la novamente? Aliás, ele tentou fazer alguma coisa com o Erick e se não fosse o clone de lama, Allan teria usado magia nele. Preciso mesmo colocar meus pensamentos no lugar, não preciso de mais gente se machucando.

*-- Cabana--*

— Ela está mesmo morta? — Sophia pergunta desconfiada olhando para o corpo de uma garota loira deitado no sofá. Todos nós estávamos tenso e eu não consego tirar da cabeça, que a culpa de tudo isso é minha, unicamente e inteiramente minha, então decidir sair por um tempo da cabana e ficar sozinho lá fora. Alguns minutos depois a Luce vem em minha direção, segurando uma xícara que parecia ter algo quente dentro, uma leve fumaça saia do recipiente.

— Você está bem? — Luce me pergunta me entregando a grande xícara com café.

— Estou tentando ficar. — Eu disse dando um pequeno gole.

— Você sabe que não tem culpa né? — Ela sentou ao meu lado, eu estava sentado num dos bancos que se encontra atrás da cabana, onde o Sr Soliver costuma dar as aulas de bruxaria. A noite estava mais escura que de costume, não era pra menos, já eram vinte e três horas e estávamos praticamente no meio da floresta Nerfal.

— Não sei o que pensar Luce. — Abaixei a cabeça e apoiei a xícara do outro lado do banco. — Talvez se eu não tivesse tentado convencê-la, se eu não tivesse a envolvido nisso...

— Sério Erick, você não teria como adivinhar que algo assim aconteceria. — Luce segurou minha mão firme. — Eu acredito em destino. Se a Juliana tivesse que morrer, ela morreria hoje, não importa se foi por enfrentar o Allan, ou eletrocutada arrumando o cabelo com a chapinha.

— Alguém consegue morrer eletrocutado com uma chapinha? — Perguntei.

— O que eu quero dizer, é que, você não poderia ter feito nada mesmo se quisesse. — Ok, ela não estava me ajudando tanto assim, mas se eu refletir um pouco em suas palavras, é meio reconfortante. Infelizmente aquela culpa não saíra de dentro de mim. A Luce é mesmo uma fofa, algo está crescendo entre a gente e isso me agrada bastante.

— Gente! — Olhamos igualmente para ver que a Sophia nos chamava. — Jhon está chamando todo mundo.

Nos levantamos e entramos. Ele parecia sério e Alexa parecia mais desconfiada do que já estava.

— O que quer conosco? — Perguntei.

— Temos que decidir o que fazer com o corpo da Juliana. — Disse Alexa.

— Mas não é obvio? Temos que ligar pra policia. — Falei.

— Não é tão simples Erick, — Jhon argumenta — como explicaríamos o que aconteceu com ela? Do que ela morreu? Não sabemos de nada.

— Eu concordo com o Jhonatan, — Billy dá sua opinião. — fora que já tenho problemas de mais com a policia.

— Ah, legal! Então a Juliana pode ficar jogada aqui, enquanto o Gabriel Soliver quando chegar, veja o corpo aqui apodrecendo. — Meu sarcasmo saiu disparado como bala.

— Erick calma! — Alexa reclama — Você está muito alterado, não é isso que estamos dizendo, só queremos saber o que fazer.

Jhon olhou pra mim e pela primeira vez, o vi totalmente perdido. Eu realmente preciso manter a calma e agir com sensatez, mesmo que doa, mesmo que eu apenas queira desmoronar e chorar pela morte de uma grande e nova amiga. Não a conhecia muito, mas o pouco que conheci da Juliana, me emocionou e me cativou.

— Ok! Então o que vamos fazer? — Perguntei rendido pelo cansaço e tristeza.

— E se nós a enterrássemos. — Sugeriu Sophia.

— Mas e a familia dela? Os amigos? Todos que a conhecem? — Luce chorou, soltando sua transparente frustração. — Não podemos fazer isso com quem a ama, eles procurariam ela por toda parte e seria injusto, pois ela estaria enterrada e nunca a achariam. — A abracei forte tentando consolá-la.

— Então temos que fazer com que a policia ache o corpo. — Billy diz chateado.

— Também não podemos! — Afirma Lexa.

— Por que não? — Pergunta Sophia.

— Já notaram que ela é um casulo assim como vocês? Se meu avô ou Gabriel Soliver souber, pensar, ou imaginar que ela morreu... Eles puniriam severamente todos nós! — Lexa continuou andando lentamente e dando voltas na sala. — Gente não perceberam? O circulo está incompleto, se um dos casulos morre antes do ritual da descoberta, todos podem ser amaldiçoados!

— Amaldiçoados? — Sophia tremeu ao perguntar.

— De que forma? — Luce fungou engolindo o choro.

— Não sei, talvez a cidade inteira seja amaldiçoada, ou cada um de vocês de formas diferentes. — Lexa explicou aflita.

— Está dizendo que vamos todos morrer por que essa vaca morreu? — Billy grita estressado.

— Olha como fala dela seu imbecil! — Jhon dá um soco nele, fazendo com que o punk, batesse com as costas na parede de madeira e caísse no chão. — Ela está morta, o mínimo que você pode mostrar por ela, é respeito.

Sinceramente achei que o Billy fosse revidar, mas ao invés disso, ele apenas limpou o pouco de sangue que escorreu pelo canto de sua boca e concordou com o Jhon.

— Desculpa cara! — Ele ofereceu sua mão direita e Jhon apertou firme.

— Me perdoe pelo soco! — Jhon ajuda o Billy a se levantar do chão. — Lexa, não quero que nenhum deles sofram as consequências o que podemos fazer? — ele estava tão preocupado que alguma coisa de ruim pudesse acontecer comigo e os outros, que juro, seus olhos estão cheios de lágrimas.

— Eu não tenho certeza, — Lexa vai até a prateleira — ano passado li um livro de purificação! É uma magia negra que pede um sacrifício de um bruxo, para impedir que outros do mesmo circulo mágico sejam amaldiçoados.

— O que quer dizer? — Luce estava um pouco alterada, mas tinha seus motivos. — Mais alguém precisa morrer?

— Eu acho que não... — Responde Lexa pensativa.

— Acha? — Questionou Sophia.

— É, para fazer a tal magia precisamos de um bruxo, ou acho que o corpo de um. — Lexa dá de ombros. — E pelo que estou vendo a Juliana está morta e é bruxa.

— Como você é insensível! — Grita Luce.

— Estou fazendo o melhor que posso para salvar todos vocês, tá legal? — Lexa aumenta igualmente sua voz. — Não tenho culpa se ela morreu mas encaremos o fato, ela está morta. — Ao mesmo tempo que gritava, as lágrimas desciam nas bochechas da bela garota de franja branca — Triste? Sim. Decepcionante e lastimável? Com certeza. Mas diante dos fatos você tem uma ideia melhor? Vocês tem alguma ideia melhor? — Ela se vira e pergunta não só para Luce, mas para todos nós. A resposta que demos a ela, fora um grande e continuo silêncio.

— Do que precisamos pra fazer essa magia? — Billy toma a iniciativa.

*--*--*--*--*

Já eram quase meia noite, todos nós andávamos pela fria e escura floresta, subíamos agora uma pequena colina gramada. A luz da lua era franca por isso estávamos usando uma mágica ensinada pelo Jhon. A magia era respectiva ao elemento fogo, uma bola de fogo levitara sobre nossas mãos. De acordo com o Jhon, essa bola de fogo sobre as palmas de nossas mãos, eram referente a luz e calor do fogo, ou seja, era a essência brilhante do elemento, tornando essas esferas flamejantes em cima de nossas mãos não destruidoras, elas não queimavam. A esfera do Billy era a maior, isso por que seu elemento no circulo é o próprio fogo. Eu e Sophia clareamos os lados, Billy clareava a frente. No centro estava o Jhon, carregando o corpo gélido de Juliana com um carro e mão, atrás estavam a Lexa segurando um livro grande e Lucy com várias folhagens e uma bolsa de pano cheia de itens para complementar a magia.

— Não entendo! O que eu fiz de errado? — Luce pergunta para Lexa, que é sua mentora. A pobre garota tentara criar a bola de fogo diversas vezes, mas apenas uma faísca saia de suas mãos.

— Você não pode se culpar, você é do elemento água! — Responde Lexa sabiamente.

— Só porque sou de um elemento oposto, não posso usar magias do outro elemento? — Pergunta ela decepcionada.

— Não! — Lexa diz. — Você pode usar magias do elemento oposto, mas não é tão fácil quanto os outros entende?

— Acho que sim. — Luce responde chateada.

— Lexa onde estamos indo mesmo? — Jhon questiona ofegante.

— Essa magia precisa ser feita num lugar alto, quanto mais alto, mais eficaz. Então, respondendo sua pergunta, faremos a magia no topo dessa colina.

— Quer que eu te ajude? — Perguntei ao Jhon, ele parecia cansado de tanto carregar a Juliana ladeira a cima.

— Não precisa, obrigado! — Ele sorriu.

— Hey! Deixa eu carregar agora, você tá acabado cara. — Billy pega o carro de mão e fiz no lugar do Jhon e ele nem reclama, ou nega, por que? Jhon ficou na frente e usou a magia de esfera para nos guiar. Andei um pouco mais rápido e cochichei para ele.

— Por que não me deixou carregar?

— Você não parece o tipo de cara que aguentaria carregar peso e subir uma ladeira ao mesmo tempo. — Ele sorriu e sim isso me irritou um pouco.

— A é? Que tipo de cara eu sou? — Perguntei frustrado e a esfera em minha mão cresceu, ficando com mais ou menos uns três metros de altura, acima de minha mão.

— Uou! — Billy grita.

— Que demais! — Sorri Sophia.

— Exibido! — Xinga Luce.

— Se acalma, — Sussurra Jhonatan. — Você me parece o tipo de cara que odeia educação física e que prefere ler, — É ele acertou, mas eu estava chateado ainda. — Você parece alguém que prefere um bom jogo de xadrez ao tentar correr quilômetros para manter a forma.

— Ok Jhon, entendi. — Fui me afastando um pouco para meu lugar anterior. — Você me acha fraco.

— Não foi isso que eu quis dizer...

— Aqui está bom! — Grita Lexa, interrompendo a desculpa esfarrapada dele. Todos paramos e o lugar era realmente alto e lindo.

Aqui no topo da colina não haviam árvores, apenas o céu estrelado e acho sinceramente que é um lugar digno para se enterrar um pessoa valiosa.

— Gente! — Falei alto chamando a atenção de todos. — Não vamos fazer desse momento algo insensível como uma magia para nos proteger, a Juliana pode ter sido uma vaca, uma garota irritante e cheia de si, mas ela não merece ser enterrada sem um velório.

— Concordo com o Erick. — Diz Luce.

— Eu não gostava dela, mas seria muito mal de nossa parte, não fazer um para a pessoa que morreu e vamos usar para nos ajudar. — Lamenta Sophia.

— Legal, gosto dessa ideia. — Billy suspira chateado.

— Ok, está decido, esta magia que faremos será também uma despedida para Juliana. — Jhon sorri pensativo.

— Por mim tudo bem. — Lexa diz.

Cavamos um buraco no topo da colina e pusemos os belo corpo, de uma bela garota e uma provavelmente amiga. Todos estávamos emocionados e eu não conseguia tirar a culpa de meu coração.

— Erick — Luce sussurra em meus ouvidos — você poderia fazer aquilo com os vaga-lumes? — Como resposta a pergunta dela eu sorri e fechei meus olhos.

Senti a brisa fria da noite alisar meu rosto, senti meu coração pulsar de forma triste, como se parte de mim estivesse indo embora, mas realmente estava, ela fazia parte do mesmo circulo mágico que eu e isso era mais do que eu podia imaginar.

— Que isso? — Pergunta Billy.

— Que lindo. — Chora Sophia.

— Erick é você que está fazendo isso? — Jhon pergunta.

— Sim, — Sorrir Luce emocionada — é ele.

Enquanto vaga-lumes nos rodeavam Lexa começou a falar.

— Juliana! Que com sua garra enfrentou um dos maiores maus da terra e morreu como uma guerreira.

— Com sua personalidade forte e incomum nunca será esquecida. — Diz Luce.

— Que sua beleza seja lembrada. — Sorri Sophia chorosa.

— Nunca vou esquecer seu belo corpo e que bunda e peitos... — Billy conteve seu comentário ao observar nossas expressões faciais, olhando para ele. — Ok vá em paz.

— A Juliana, a garota forte que não deixara ninguém saber seus verdadeiros sentimentos, a pessoa que sofria uma solidão obscura e mesmo assim sorria dos problemas! — Comecei falando e encarando seu rosto pálido. — A Juliana, a garota que maquiava a tristeza com sua beleza, inteligencia com ignorância e sabedoria com o silêncio. Não te demos muitas chances, para você mostrar quem você é de verdade, mas talvez felizmente ou infelizmente, consegui enxergar isso. Descanse em paz amiga, porque você não só era uma bela e atraente pessoa, você era especial.

Ao terminar minhas palavras Jhon não conseguiu dizer absolutamente nada, mas fez um gesto digno de alguém com coração. Arrancou do chão, belas flores que adormeciam nesta bela noite estrelada e colocou acima do corpo imóvel. Aos poucos fiz os vaga-lumes saírem do lugar e Lexa pegou o livro para que pudéssemos começar a magia.

Eu, Billy, Luce e Sophia teríamos que ficar envolta do corpo. Jhon não poderia usar a magia, pois não faz pate de nosso circulo mágico.

— Lexa! — A chamei.

— Erick agora não, temos que concluir isso rápido.

— Desculpa, mas e o Danilo Soliver? — Questionei — Ele também faz parte do nosso circulo mágico.

— Não se preocupe, essa magia protege todo o circulo, eu já havia pensado nele. — Ela sorriu, é incrível o quanto a Alexa é inteligente, ela é mesmo uma peça rara em nosso grupo.

Voltei a minha posição, ficando ao redor da Juliana com os outros três. Lexa mandou que Jhon queimasse uma planta chamada Sálvia, para purificar o lugar. A Sálvia representaria o elemento terra em nossa magia. Em seguida Jhon jogou pimenta dentro do buraco onde estava o corpo de Juliana, a pimenta representa o elemento fogo e nos dará proteção. Lexa então acabara de queimar Lavanda, representando o elemento ar para purificar mais o ambiente e dar paz e para finalizar e nos dar prosperidade a nossa magia, como um complemento Jhon jogou Camomila, representando o elemento água.

Alexa ordenara que todos nós agora colocássemos as mãos para frente e cada um disse as palavras mágicas que ela ensinara. Cada um diria uma palavra em Latim e depois todos ao mesmo tempo repetiria as quatro palavras.

— Praesidio! — Sophia diz em alto e bom som, gritando proteção em latim.

— Benetictio! — Luce fala a palavra bênção.

— Sanitatum! — Cura, diz Billy segurando firme para não chorar ao ver o corpo da Juliana.

— Vis! — Eu simplesmente disse, pode parecer uma palavra boba, mas essa mesma palavra traduzida do latim significa força.

Todos nós gritamos essas quatro palavras ao mesmo tempo que cortávamos nossas mãos e deixando nosso sangue pingar sobre o cadáver de Juliana. Nuvens escuras começaram a se amontoar sobre nós e uma chuva forte, caiu sobre toda a cidade de Mágica Nerfal. Talvez limpando parte de impurezas, inspirando os apaixonados e o mais difícil, fazendo com quem perdeu pessoas importantes em suas vidas, refletisse, o quão frágil somos e o quão rápido as pessoas que amamos se vão.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, triste né?
Mas não me matem.
Ainda tenho milhares
de surpresa para vocês.
Boas? Sim. Más? Com certeza.