Mágica Nerfal escrita por Robert Julliander


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOK... :) demorei né???
disse que num ia e demorei,
mas bem U.u hsaushaus
estou empolgado com outra
fic que estou escrevendo admito :P...
Mas nunca que vou esquecer essa (JAMAIS)
O capitulo próximo a esse já ta terminado
só o tempo de digitar e passo pra vcs ♥



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__Não!!!__Gritei. Ele já iria encravar aquela faca no peito do Jhon. Por questão de segundos, meu sangue ferveu e a faca se jogou contra parede da caverna, o objeto afiado foi arremessado com tanta força, que fincou na parede rochosa e sei que obviamente, já que a Lexa não pode mais usar magia, que eu tinha feito isso. Acho que puro instinto já que não sei usar bem magica ainda.

    Ele ia matar o Jhon, sem piedade, sem luta, desonradamente. Nunca tinha sentido meu sangue correr assim, tão quente por todas as veias de meu corpo, nunca achei que em toda minha vida, esse tipo de coisa pudesse acontecer. De repente como se aquela sensação que eu tinha sentido, quando as trevas me escolheu no ritual tivessem voltado atona. Senti raiva, ódio, ira, tristeza, rancor e começo agora a sentir um gosto amargo na boca, não um gosto amargo como o daquela maçã podre que estava na minha bandeja, no refeitório da escola outro dia, mas um gosto verdadeiramente pior, ruim de um jeito ácido. Tentei me acalmar e quando meu sangue fervente estava quase se estabilizando, o filho da puta do Williams corre numa velocidade incrível e pega o Jhonatan pelo pescoço.

__Você também é um bruxo e pelo que vejo, um dos bons!__Ele falou sorrindo. Olhei para ele com mais fúria do que já estava. Na verdade, sinto uma enorme vontade de partir cada articulação que possa existir em seu corpo.

__Solte, o Jhonatan!__Dei uma voz de comando, furiosamente cerrando os dentes e juro que senti minha garganta doer. Meu timbre de voz, atingia um tom grave que eu totalmente desconhecia, era assustador, como se as vezes tivesse uma segunda voz me acompanhando. Uma segunda voz grave, arranhada e sombria. Ele andou um pouco para trás, ainda segurando o pescoço do Jhon. Então ele corre mais uma vez, só que agora mais para perto da abertura da caverna, que leva para o lado de fora. Ele suspende meu amigo ainda segurando seu pescoço, o deixando pendurado em sua maldita mão diabólica. Aquela queda pode acabar matando ele, agora meu sangue corre mais rápido.

__Erick! O que está acontecendo?__Ignoro a pergunta feita pela tão aflita Lexa. Um forte vento invade a caverna, as pequenas pedras agora estão levitando e meu olhar estava fixo na imagem do Allan, suspendendo o Jhonatan a beira de um precipício.

__Solte, ele, agora!__Ordenei. Novamente a segunda voz me acompanhou, mas agora me sinto mais seguro por ela estar aqui. 

__Você quem manda!__Ele soutou o Jhonatan que logo caiu. Meus olhos cresceram e Lexa gritou chorosa e muito desesperada. Ele não pode morrer, não, de jeito nenhum, fechei os olhos desejando com toda força que isso não fosse verdade. Para surpresa de todos aqui dentro da caverna, a imagem desmaiada e de cabeça baixa, do Jhonatan, estava se erguendo do lado de fora, ele estava levitando e inconsciente. Eu fiz isso, sei que fiz, eu não queria que ele caísse e ele não caiu. Estendo minha mão com a marca bruxa para frente, e com um gesto com os dedos atraio o corpo desmaiado de meu amigo. Ele levita em direção a Alexa, que o coloca encostado na parede rochosa e alisa seu rosto preocupada. Parando de olhar a confortante imagem de meu amigo a salvo, volto a olhar para o verme.

__Eu vou te matar!__Um sorriso assassino brota de minha face, enquanto encarava o Williams que sorria, como se estivesse gostando do que vê.


*--Daniella--*

__Cadê o Rick?__Pergunta Ruan sentando ao meu lado no sofá. Estava passando na TV um filme de terror, "A morte do demônio", eu nem gosto de filmes assim, prefiro romance, comédia, animações, mas estou com um humor negativo de mais para sorrir.

__Não sei, ele saiu!__Achei que o Ruan ficaria chateado ou com raiva do Rick, por ter nos abandonado, mas não. Ele sorriu e me abraçou, depois disse.

__O Erick também tem uma vida longe da gente Dani! Temos que deixa-lo fazer sua escolhas!

__Eu sei R. mas, sempre fomos nós três e o Rick ultimamente, tá muito estranho! Coisas acontecem desde que aquele Jhonatan apareceu!

__Coisas? Que tipo de coisas?__Ele perguntou e depois falou.__Sabe o dia em que meu pai foi encontrado morto?__Assenti e ele continuou.__Eu não lembro de nada que aconteceu aquela noite, só lembro que esse tal Jhonatan foi baleado e que o Allan havia sumido!__ Ruan tem razão, seu eu for refletir um pouco do que lembro aquela noite, eu não consigo recordar de nada. Talvez tenha sido mais estressante que o normal, ou sei lá, aconteceu muita coisa naquela noite, pois também não lembro de nada, apenas o que o Ruan acabou de dizer. "Que o Jhonatan foi baleado e o Allan sumiu!", por um instante me detive a falar, dizer pro Ruan o que está acontecendo ou, o que acho que está acontecendo, poderia fazer ele desistir dessa viagem. Era o que eu queria, que ele não viajasse, mas isso era o que precisava no momento, se afastar dessa bagunça que Mágica Nerfal parece estar.

__Não lembro de muita coisa também, mas deixa isso pra lá amigo, só estou sendo dramática, como sempre!__Sorri como se tudo fosse estranhamente engraçado e adiantou. Acho que sou realmente uma ótima mentirosa.

__D, conheço o Rick, sei que por mais que ele esteja com problemas ou algo do tipo, ele nunca nos abandonará, isto é um fato!__ Ele tem razão. Mas eu preciso saber oque está acontecendo, preciso estar preparada pra quando esta bomba explodir. Sinto que tem algo errado, sei que o Rick corre perigo de alguma forma, a maioria dos homens não entendem, mas nós mulheres temos uma coisa chamada de sexto sentido. E minha preocupação me diz que preciso estar preparada para tudo que possa vir.

__Ruan, também tenho que ir! Não vai ficar chateado, vai?

__Claro que não D.!__Ele sorriu, nos abraçamos e saí. Peguei meu celular e liguei para ele, o estranho sedutor Patryck. Ele atendeu e falei.

__Quero saber mais sobre o tal grimório, este livrinho, onde podemos nos encontrar?


                                          *--*--*--*--*--*

    Nos encontramos no Lua cheia, é um bar bastante conhecido na cidade, hoje parece estar bem movimentado e agitado. Aparentemente está faltando um barmam, ao menos foi isso que ouvi uns garçons tagarelando e reclamando entre si. Estava sentada a frente do balcão, em cima de um banco alto.

__Uma Vodca com soda por favor!__Falei mostrando minha falsa identidade, eu realmente pareço mais velha do que minha verdadeira idade, na minha falsa identidade diz que eu tenho vinte e dois anos e se for julgar pela roupa que estou usando, ninguém ousaria questionar o contrário. Estou com um vestido preto, decote em V muito grande, ia até embaixo de meus seios, um cinto preto estava preço em minha cintura, meu vestido não era muito longo e nem muito curto, ele vai até metade de minhas coxas e meu salto alto preto, com o detalhezinho de caveira prateada na frente, me deixaram com aparência de maturidade. Minha maquiagem não estava pesada, coloquei uma sombra mais clara e meu batom num tom rubro e provocante, obviamente não usei muito blush, minha pele já é rosada e corada o suficiente.

__Você não deveria beber algo com álcool!__Aquele bafo quente atingiu minha nuca fazendo arrepiar meus braços e pernas, um abdômen não muito forte mas firme, acabara de encostar em minhas costas e senti aquela mão quente tocar meu cotovelo. Era ele, Patryck. Ele senta ao meu lado num dos bancos próximos ao balcão e pediu um uísque duplo.

__Não vim aqui para discutir o que posso e não posso fazer!__Falei, sensualmente passando as mãos nos cabelos, quase mostrando meu pescoço. Mordi os lábios e coloquei meus beiços avermelhados no canudo de minha bebida. Percebi que ele me olhava ardente, realmente eu estava o provocando.

__Então, já que você realmente quer beber, que tal um brinde?__Ele sugeriu.

__Claro!__Apenas concordei. Tocamos nossos copos e demos alguns goles, na verdade, eu dei alguns goles, ele acabou com o uísque em apenas uma virada.

__Mais uma dose por favor!__Ele pediu.

__Acho melhor você ir com calma!__Falei relutante.

__Não vim aqui para discutir o que posso e não posso fazer!__Ele disse, nós rimos.


*--Mansão dos Kefrer--*

    O clima na biblioteca do Marcus Kefrer (ancião) estava intenso, ele discutia com ferocidade com Gabriel Soliver que também parecia irritado.

__Você deveria cuidar mais de seus casulos!

__Estou fazendo o que posso Kefrer!

__Não! Não está, acho que está na hora de substituir você!__O ancião fala sentado em uma grande poltrona de couro preta.

__Acha mesmo que seria uma boa opção?__Gabriel altera um pouco sua voz, deixando ela num tom mais alto.__ Você precisa que os casulos concordem, para me tirar da posição de sacerdote e sabe que a votação entre os novos bruxos devem ser unanime!__Sr Soliver se sentiu vitorioso e continua a falar.__ E não esqueça Kefrer, meu filho é um dos casulos neste ano!__ O ancião no entanto, apenas ficou parado com uma expressão neutra até respirar fundo e solta sua dose de veneno, em seu sarcasmo.

__Saiba Sr Soliver, até nossos maiores amores podem nos desapontar!

__Está insinuando que meu filho me trairia? Quer dizer que meu próprio filho se voltaria contra mim?__Gabriel franziu a testa raivoso e odioso, o desapontamento em sua voz era detectável.

__Não!__Kefrer sorriu e continuou feliz em soltar seu sarcasmo desagradável.__Estou falando que a vida é cheia de surpresas e as pessoas são imprevisíveis! Principalmente os jovens!__ Gabriel já iria rebater a resposta infeliz dita pelo ancião, mas Kefrer o reprimiu. __Mas você tem razão, não seria tão fácil te tirar de seu cargo! Pense rápido em algo Soliver, espione os casulos, saiba onde Erick está indo com minha neta e o Jhonatan, o que realmente está acontecendo nesta cidade, eu não quero saber, eu preciso!

__Mas como posso estar em tantos lugares ao mesmo tempo?__Gabriel parecia aflito.

__Você não pode!__Responde o ancião pensativo.__Sabe Gabriel, você conhece a magia das sombras observadoras?

__Já ouvi falar em algo do tipo! O que isso faz?__Gabriel exita um pouco em saber a resposta do ancião, mas temia, pois saberia que seria obrigado a escutar.

__É uma magia negra que envolve sacrifício!

__Não!__Os olhos de Gabriel se erguerão com tal argumento.__Não quero que ninguém morra, chega de sacrifícios para o uso mágico!

__Não estou falando em tirar vidas jovem, você precisa se acalmar! A magia sombras observadoras envolve um auto sacrifício! É um pequeno preço estético, assim posso dizer!

__Como assim? Seja mais específico Kefrer!__O sacerdote esbraveja furioso.

__Você tem que sacrificar parte de sua sombra!

__Minha Sombra?__Questiona Sr Soliver encarando sua própria sombra, que estava partida entre o chão e a parede do local.

__Sim! Mas não se preocupe é só um parte dela!__Kefrer diz com uma malicia no olhar.

__Ok! Mas como funciona essa mágica?__Gabriel encosta na escrivaninha, apoiando as duas mãos na superfície da mesa.

__Ela vai criar espiões feitos de sombras, que estarão conectados ao seu corpo! Assim que você pensar em quem está sendo perseguido, por este tipo único espião, você verá exatamente o que a pessoa vigiada por ele está fazendo, no mesmo instante!__Kefrer desinclina um pouco de sua poltrona de couro preta, se curvando para frente.

__Parece interessante!__Gabriel fala pensativo e então pede. __Me explique mais sobre isso! Prós e contra!

__As sombras selecionadas, ou seja seus espiões, não podem entrar em nenhuma casa, que um bruxo esteja morando!__ Kefrer explica.

__Então não me servirá!__Reclama o Sacerdote.

__Calma meu jovem!__Pede o ancião levantando-se de sua poltrona e alisando uma estátua de corvo. Essa estátua era de um mármore negro, que sempre ficou numa coluna de madeira perto da escrivaninha.__As sombras espiãs seguirão seus alvos vinte e quatro horas por dia, ao menos saberemos onde cada um possa estar! É um lucro comparado a não saber nada! 

__É!__Concorda o sacerdote, observando nervoso aquela estátua de corvo, que sempre foi tão sinistra.__Você tem razão! Do que vamos precisar para fazer esta mágica?__Pergunta ele desencostando da escrivaninha, para ficar longe daquele corvo de mármore que Kefrer cuidava com tanto carinho. Gabriel se vira, levantando uma das sobrancelhas, estranhando o ato do velho senhor a sua frente.

__Precisamos de um pouco de sangue de todos os casulos e lógico uma parte de sua própria sombra!__ Kefrer indagou e Gabriel sentiu um arrepio afiado subir por sua espinha.__Aproveite a aula de bruxaria de amanhã, fale da importância do sangue em magias negras e consiga uma amostra de sangue de cada casulo! Traga essa amostra e amanhã quando anoitecer faremos a magia!__ Kefrer parou de alisar o macabro corvo e se virou encarando o Gabriel com a ameaça de um assassino.__Não falhe Sr Soliver, não podemos deixar que a linhagem Nerfal seja destruída, temos que manter a tradição! Lembre-se isto é muito importante, grandes maldições caíram por toda cidade, e Mágica Nerfal não será um lugar tão habitável afinal!

__Eu sei, não vou falhar!__Diz o Sacerdote abaixando a cabeça.

    Gabriel se retirou da biblioteca, o mordomo o acompanhou até a saída. Kefrer o estava observando partir da grande janela arqueada do segundo andar, onde se encontra a biblioteca onde eles discutiam. O ancião se vira para trás e olha novamente seu corvo de mármore escuro. O corvo agora parecia estar vivo, acabara de mexer sua cabeça para os lados, olhando o Kefrer com seus olhos vermelhos e abrindo seu bico ferozmente, fazendo um barulho agonizante de puro mal.

__É Sabrina, parece que vou precisar de sua ajuda!__Mais um forte grito feroz de corvo, ecoou na biblioteca, o corvo parecia maliciosamente feliz, com o chamado de seu mestre.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
e se tiverem erros me avisem
POR FAVOR hsaushauhs...
saibam leitores de M.N. vcs
são hiper importantes pra mim U.U
MUITO ♥



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