Supernatural Summer Season escrita por Gretel Tsuki


Capítulo 57
Episódio 18 - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

EPISÓDIO. 18 ~ "The Devil Inside / A Filha do Mal" (Parte Final)



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Na rua...

Dean estaciona do outro lado da rua em frente ao hotel, atrás do carro de William. O taxi para e William desce. Ele vai até os outros.

William: Ryan, tudo bem?

Ryan: Tô bem...

William: E a Linn?

Ryan: Provavelmente tá no quarto andar. Mas não sei quantos vampiros vocês vão encontrar.

Harper: Não sai daqui e não entra lá outra vez, Ray.

Ryan: Té legal, eu fico aqui. Toma cuidado.

Harper assente com a cabeça e os dois se abraçam.

William: Eu trouxe a chave reserva do meu carro. (Joga pro Ryan).

Ryan: Vou ficar lá.

Ryan abre o carro e senta no banco do passageiro, com as pernas pra fora e fica com a porta aberta.

Harper: Qualquer coisa, me liga.

Ryan assente com a cabeça. Sam, Dean, Harper e William entram no hotel. Eles sobem até o terceiro andar. Quando estão na escada pra subir para o quarto, eles ouvem um barulho.

Os quatro descem de volta pro terceiro andar e vasculham o lugar. Todos estão armados e Sam e William têm lanternas acesas na mão. Quando eles vão subir outra vez, Chelsea, Jeff e mais dois vampiros aparecem atrás deles. Eles se viram.

Chelsea (Sorri cinicamente): Oi de novo, Dean e... William, certo?

William: Cadê a Lindsay?

Chelsea: Calma, gatinho. Primeiro as apresentações. Sam Winchester e... Olha só! Harper Worthington! Vou ter o prazer de acabar com a sua carinha cínica!

Harper da um passo a frente de todos e fica face a face com Chelsea.

Harper: É? Vamos ver o que você pode fazer. (Sorri)

Chelsea: Ouvi dizer que você era ousada. Mas não imaginava que era...

Harper: Tanto?

Chelsea: Burra.

Harper (Com desdém): Ah, é?

Chelsea: Adoraria fazer com você o mesmo que eu fiz com aquele casalzinho que vocês encontraram. Foi um ótimo serviço. Pena que eu só posso te dar uma surra.

Chelsea da um soco na cara de Harper, jogando-a no chão. Jeff vai pra cima de Dean e os outros dois vampiros atacam William e Sam. Harper se levanta e empurra Chelsea contra a parede, com a faca em seu pescoço. Chelsea revida o empurrão e faz com que Harper bata na outra parede, com força demais. Ela cai no chão outra vez.

Sam: Harry!

Ele consegue enfiar uma faca com sangue do morto no vampiro com que luta, que cai desacordado. Ele ajuda Harper a se levantar e fica na frente dela.

Dean consegue decapitar Jeff. O vampiro que luta com William derruba a faca de sua mão e o joga no chão, ficando por cima dele, com um braço pressionando seu pescoço. William tenta alcançar a faca, mas o vampiro pega primeiro. Quando ele vai acertar o pescoço de William com a faca, Dean corta a cabeça dele. William empurra o corpo do vampiro pro lado, meio surpreso pelo fato de Dean ter salvo sua vida. Harper da um grito e os dois olham pra ela.

Chelsea segura Sam pelo pescoço, contra a parede. Dean joga o facão pra Harper. Quando ela vai acertar a vampira, ela se desintegra em cinzas. Todos olham meio espantados, sem entender, até que veem Castiel na porta.

Harper: Cas!

Castiel: É melhor irem ver a Lindsay. Ela está lá em cima.

Todos sobem correndo pro quarto andar e encontram Lindsay caída no chão, exatamente como no sonho de Sam. Todos vão na direção de Lindsay, mas Sam põe o braço na frente de Harper.

Harper: Sam...

Sam (Aflito): Harry... Meu amor, a... A minha visão... A Linn... Foi transformada.

Todos ficam estáticos.

William: Não... Ela não pode...

Harper (Quase chorando): Will... Will, sai daqui! Sai daqui, por favor!

William: O que?! Não! Harry...

Harper: O Sam disse que na visão dele, ela matava você, Will!!

William: Eu não vou deixar ela aqui!

Nessa hora, Lindsay começa a se mexer. Ela vai acordando lentamente e põe a mão na cabeça.

Lindsay: Ah... Minha cabeça...

Dean (Meio desconfiado): Linn...

Todos estão há uns metros de distância de Lindsay. Ela vira a cabeça de lado e os vê. Se senta no chão e sorri aliviada.

Harper: Linn, você tá bem?

Lindsay: Ãhn... Acho que sim. Como vocês me acharam?

Dean: O Ryan nos disse.

Lindsay: Ele tá bem?

Harper fica na frente de William, segurando o braço dele.

Harper: Tá, ele tá bem. E você... Tá bem mesmo?

Lindsay: Tô. Só tô um pouco enjoada... Deve ser a gravidez.

Todos olham meio preocupados pra ela, atentos.

Lindsay: O que foi, por que cês tão me olhando assim? (Para pra pensar) É por causa da visão do Sam?

Sam: Eles te deram sangue?

Ela se levanta.

Lindsay: Gente... Sou eu.

Dean: Linn... Eles te deram sangue ou não?

Lindsay (Receosa): Deram. Mas por incrível que pareça, eu não me transformei. Acreditem.

Todos continuam meio desconfiados.

Lindsay: Eu continuo normal. Will...

Lindsay sorri docemente olhando pro William. Ele faz menção de falar e de se aproximar dela, mas Harper segura mais firme seu braço, por trás do corpo dela.

Harper: Tem um jeito da gente saber.

Harper tira a faca da cintura e se aproxima de Lindsay, que da uns passos pra trás. Harper faz um corte na palma da mão e aproxima do rosto de Lindsay, quase encostando na boca dela. Ela não demonstra nenhuma reação.

Lindsay: Eu sei que mulheres grávidas tem uns desejos estranhos, mas sangue, com certeza, não é um deles.

Harper respira aliviada e abraça Lindsay. Elas se separam.

Harper: Tudo bem, Will...

William abraça Lindsay e os dois se beijam.

Lindsay: Will... Me desculpa por ter pego seu carro e vindo pra cá sozinha. Era a condição pra não matarem o Ryan...

William: Tá tudo bem, amor. Não precisa se desculpar.

Ele continua abraçado com Lindsay e beija sua testa.

William: (Põe a mão na barriga dela): Tudo bem com o bebê?

Lindsay (Sorri): Tá sim.

Lindsay da uma olhada involuntária pro Dean também, que percebe e abaixa a cabeça.

Lindsay: Vocês... Encontraram aqueles vampiros? E... O Aser?

Dean: Acabamos com todos os vampiros lá embaixo. Mas nem sinal do Aser.

Lindsay: Eu imaginei. Tenho que falar com o Castiel.

Harper: Ele tava lá embaixo... Mas sabe como ele some de repente, não sei se ainda vai tar lá.

Todos vão em direção a escada. Lindsay vai até Sam.

Lindsay: Parece que a sua visão estava errada, cunhadinho.

Sam: Ainda bem. (Sorri)

Sam abraça Lindsay de lado, passando um braço por seus ombros.

Sam: Bom... Mas agora a gente tem que descobrir o porquê.

Lindsay assente com a cabeça e também fica pensativa. Eles descem pro terceiro andar e, é claro, não encontram Castiel.

Lindsay: Odeio quando ele faz isso.

Os corpos dos vampiros viraram cinzas. Eles saem do prédio. Ryan sai do carro e abraça Lindsay.

Ryan: Linn... Você tá bem, né?

Lindsay: Tô. Fica frio que eu não vou te atacar.

Ryan: Então... Eles não te deram sangue?

Harper: Eles deram sangue pra ela. Mas ela não se transformou.

Ryan: Te deram sangue e você não virou vampira?

Lindsay: Não, por alguma razão.

Harper: E a gente vai descobrir qual é.

Lindsay fica pensativa, não sabendo se quer mesmo descobrir o por que.

Sam, Dean e Harper entram no Impala. William entra no banco do motorista de seu próprio carro. Lindsay e Ryan permanecem na calçada.

Ryan: Você falou com o...

Lindsay: Falei.

Ryan: Linn, ele me disse que... Que é seu...

Lindsay: Eu sei. É claro que ele me disse isso também. Mas... Não fala isso pra ninguém ainda.

Ryan: Como você quiser. A gente vai descobrir quem é seu pai e por que você não virou vampira. Mas... O que levaria o Aser a inventar uma história dessa?

Lindsay continua pensativa e preocupada, por que, ligando os pontos em sua cabeça, a história de Aser até que faz sentido.

Lindsay e Ryan entram no carro de William e todos voltam pro hotel. Eles ficam no estacionamento.

Harper: Vamos comer alguma coisa na lanchonete aqui do lado?

Dean: Ótima ideia, tô morrendo de fome.

William: Por mim, tudo bem.

Lindsay: Eu não, obrigada. Só quero descansar um pouco.

Ryan: É, eu também.

William: Então eu fico com você, amor.

Lindsay: Não, meu amor. Não precisa. Vai comer alguma coisa. Eu só vou dormir um pouco mesmo.

William: Bom... Tudo bem, então.

Sam, Dean, Harper e William vão pra lanchonete. Lindsay e Ryan sobem pro flat. Lindsay abre a porta de seu quarto e vê Castiel.

Lindsay: Cas?

Ryan escuta e vai até ela.

Ryan: Cas, por que você sumiu? A gente precisava falar com você.

Castiel: Eu não podia intervir.

Lindsay: Você mesmo disse que a gente não podia morrer, por causa da profecia...

Castiel: Vocês estão vivos, não estão?

Ryan: Mas...

Castiel: O que aconteceu hoje tinha que acontecer. A verdade tinha que vir direto da fonte.

Lindsay: Você tá falando do...

Castiel: Do seu pai. Você é filha do Aser.

Lindsay e Ryan ficam chocados.

Lindsay: Eu não acredito.

Castiel se aproxima dos dois e põe os dedos em suas testas. Eles vão parar em 1982, na casa dos Worthington na Inglaterra. Giovana e Peter estão na sala de estar. Giovana está grávida de seis meses e Ryan está dormindo em um carrinho de bebê, com dois anos de idade.

Lindsay (Melancólica): Mãe...

Castiel: Eles não podem ouvir vocês.

Giovana se senta no sofá e olha pro Peter com uma expressão preocupada.

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Giovana: E então?

Peter: Eu descobri quem é o demônio que... Bom, você sabe. Ele ficou na minha mira em Stratford, mas conseguiu fugir.

Giovana: E quem é?

Peter (Anda pela sala): O nome dele é Aser. Ele não é um demônio qualquer. Ele é um dos manda-chuvas lá embaixo. Ele disse que a nossa filha vai ter sangue de demônio, obviamente, e vai ter poderes. E quando crescer, vai se unir a ele.

Giovana (Aflita): Eu tô com medo. (Põe as mãos na barriga).

Peter se senta na mesa de centro, de frente pra Giovana. Ele passa as mãos no cabelo, e acaba bagunçando, como sempre faz quando está tenso.

Peter: Calma, meu amor. Eu descobri um jeito de isso não acontecer. Eu andei pesquisando e falando com outros caçadores e encontrei uma coisa que pode dar certo.

Giovana: E que coisa é essa?

Peter: Há uma lenda que diz que quando o nascimento de uma criança metade humana, metade demônio, acontece em solo sagrado, os efeitos demoníacos podem pelo menos diminuir.

Giovana: Ela vai ser uma pessoa normal?

Peter: Praticamente. Ela não vai ter poderes, nem visões... Mas... Vai continuar tendo sangue de demônio...

Giovana: Eu não sei, querido... Ainda tenho medo...

Peter se ajoelha na frente de Giovana e segura suas mãos.

Peter: Vai dar certo, meu amor...

Castiel traz Lindsay e Ryan de volta pro presente. Eles ficam estáticos.

Castiel: No dia primeiro de setembro, sua mãe foi levada a uma igreja. Seu pai e o Martin, o "pai" do William, prepararam todo o ritual. Usaram água benta, sal, vários tipos de plantas, fizeram rezas em latim, grego e japonês... E você nasceu.

Ryan: Por isso a Linn não virou vampira hoje.

Castiel: Por que continua tendo sangue de demônio, que é imune a contaminações de outras criaturas.

Lindsay vai saindo do quarto.

Ryan: Linn!

Lindsay: Não vem atrás de mim...

Ela sai. Ryan pega o celular e liga pra Harper.

Harper: Oi, Ray.

Ryan: Harry, é melhor você vir pra cá.

Harper: Por que? O que aconteceu?

Ryan: Nós descobrimos uma coisa. (Desliga).

Sam: O que foi, amor? Aconteceu alguma coisa?

Harper: O Ryan disse pra gente voltar, por que ele e a Linn descobriram alguma coisa.

Todos se levantam e voltam pro hotel. Eles encontram Ryan e Castiel na sala do Flat.

William: O que foi? Cadê a Linn?

Castiel conta toda a história.

Dean: A gente tem que ir atrás dela.

Ryan: É melhor deixar ela um tempo sozinha.

Castiel: Não se preocupem. Ela está voltando.

Castiel some. Lindsay abre a porta do flat e entra, com a aparência normal.

Harper: Linn, tudo bem?

Lindsay (Normal): Tudo.

Todos ficam olhando pra ela.

Lindsay: A essa altura vocês já devem saber.

William: Já.

Lindsay: Olha, meu pai se chama Peter Worthington. Não importa se ele não é meu pai biológico, ele foi o único que eu tive. (Ela até abre um meio sorriso). Pensando bem, eu até saí na vantagem. Não posso ser contaminada por nada sobrenatural.

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Harper: Nossa... Parece até eu falando.

Harper sorri. Lindsay também sorri e as duas se abraçam.

Lindsay: A minha única preocupação é com o meu bebê...

Dean: O Cas disse que não vai ter problema.

Sam: E que o Aser sabia que não ia te acontecer nada. Por isso ele deixou que dessem sangue e plantou aquela visão em mim só pra nos assustar.

Lindsay respira um pouco mais aliviada.

William: E onde você tava agora?

Lindsay: Só fui dar uma volta. Precisava ficar um pouco sozinha.

Ela e William se beijam. Dean revira os olhos.

Uma semana depois...

Eles estão hospedados em um hotel, num apartamento com três quartos. É de noite. Lindsay sai de seu quarto e Sam está no sofá, folheando uns jornais.

Lindsay: Cadê todo mundo?

Sam: O Dean e o Ryan foram pro bar, o William foi encontrar aquele amigo que ele disse que tinha pistas do Aser e a Harry tá tomando banho.

Lindsay (Franze a testa): O Dean e o Ryan foram... Pro bar?

Sam (Da um sorriso malicioso): Foram. E eu não acho que voltem hoje...

Lindsay revira os olhos.

Sam: Linn, me fala a verdade. Você ainda é apaixonada pelo Dean, não é?

Lindsay (Disfarçando): Ah! Sam, e por que eu estaria com o Will?

Sam: Pra tentar esquecer do Dean, talvez?

Lindsay (Respira fundo): Ai, ai... Quando foi que os homens começaram a reparar nas coisas, hein? (Senta ao lado de Sam).

Sam (Sorri): Acho que eu sou um cara observador.

Lindsay: É, você tem razão... O Dean é o amor da minha vida... Mas, sabe, o Will... Ele sempre foi apaixonado por mim, e ele é tão doce, tão bonzinho... E apareceu quando eu mais precisei de alguém.

Sam: Quando você terminou com o Dean e foi embora.

Lindsay: É...

Sam: Cê já parou pra pensar que o motivo que te fez terminar com ele foi seu ciúme dele com a Harry, mesmo ela já estando comigo na época?

Lindsay: É, mas... O Dean tem esse jeito livre dele... Como agora, ele ir pro bar atrás de alguma transa casual. Eu conheço esse tipo. Ele é igual ao Ryan...

Sam: Linn, o Dean ainda te ama. Hoje foi a primeira vez que ele saiu pra farra desde que você terminou com ele.

Lindsay respira fundo e não sabe mais o que dizer. Ela se levanta.

Sam: Você devia pensar nisso... Pra não se arrepender depois...

Lindsay: Você tem razão, Sam... Obrigada. Realmente, eu tenho muito o que pensar...

Sam: Também não é justo com o William, fazer ele pensar que você ama ele de verdade.

Lindsay da a volta no sofá e abre a porta do frigobar que há encostado na parede. Ela pega um pote de sorvete e uma colher em cima do balcão.

Lindsay para atrás de Sam no sofá, se abaixa e da um beijo em seu rosto.

Lindsay: Valeu pela conversa, Sam. Eu nunca conseguiria ter uma conversa tão calma e sensata com a Charlotte, se tratando de um assunto desses.

Sam (Ri): Disponha.

Lindsay começa a comer o sorvete e anda em direção ao quarto. Sam a olha querendo rir.

Lindsay: O que é? Eu tô grávida!

Sam: Como você se sente?

Lindsay: Gorda.

Sam (Sorri): Não... Em relação ao seu pai e ao seu sangue.

Lindsay (Encosta o obro no batente da porta do quarto): Sobre o meu pai, é estranho... Sabe, é difícil digerir a ideia de que quem você odiou a vida toda é, na verdade, seu pai biológico. Mas é claro que eu continuo odiando ele.

Sam: Com certeza...

Lindsay: Sabe o que mais ele me disse? Que eu quase nunca me machuco nas nossas missões, por que ele não deixa. E a Charlotte sempre sai mais ferrada que todo mundo, por que ela é o meu para-raio.

Sam olha meio chocado que, realmente há um propósito pra Harper sempre ser a mais ferida nos trabalhos deles.

Lindsay: É irônico, não? Ter um "demônio da guarda".

Sam: Isso sim é sinistro.

Lindsay: Nem me fale... (Se vira pra entrar no quarto).

Sam: Linn... Olha, quando você quiser conversar... Pode falar comigo.

Lindsay (Sorri): Obrigada, Sam. Sei que eu posso contar com você.

Ele sorri. Lindsay entra no quarto.

Cinco meses depois...

Eles estão em um hotel, na beira de uma estrada. Dean vai entrar em seu quarto, mas ouve Lindsay gritando no quarto ao lado. Ele abre a porta e Lindsay grita enquanto dorme. Dean vai até ela e segura seus ombros.

Dean: Linn, tá tudo bem, você tá tendo um pesadelo!

Lindsay abre os olhos, com uma cara de dor. Ela puxa o cobertor e há uma poça de sangue. Dean arregala os olhos e Lindsay começa a chorar.

Lindsay: Dean, me ajuda!

Lindsay desmaia. Harper e Sam aparecem na porta do quarto.

Harper: Dean, o que... (Vê Lindsay desmaiada e sangrando) Ah, meu Deus...

Sam: O que aconteceu?

Dean: Eu não sei!!

Dean pega Lindsay no colo e sai do quarto.

Depois...

Sam, Dean e Harper estão na sala de espera do hospital. Dean anda de um lado pro outro. Harper está sentada no banco, ao lado de Sam, segurando seu braço e com a cabeça encostada em seu ombro. William e Ryan chegam.

William: Cadê a Linn? Como ela tá?

Harper: A gente ainda não sabe...

Dean: A culpa é sua! (Encara William de frente) Não devia ter deixado ela sozinha com oito meses e meio de gravidez!

Harper (Se levanta): Dean, cala a boca! Will, não é sua culpa!

Dean olha pra Harper, respira fundo e pensa melhor.

Dean: Foi mal, me desculpa. Eu tô nervoso e...

William: Não, você tem razão. A culpa é minha.

Harper: Will! Você não teria evitado que a Linn tivesse um sangramento de qualquer jeito!

O médico aparece. Todos olham pra ele e ele está com uma cara nada animadora.

Harper: E então, doutor?

Médico: O bebê está bem. O sangramento não foi relacionado a ele. Eu ainda não sei explicar, mas ela teve uma hemorragia interna que afetou quase todos os órgãos ao redor da placenta.

Dean: Ela.. Vai ficar bem?

Médico: Ela perdeu muito sangue e os ferimentos foram muito graves. Não há nada que possamos fazer pra salvá-la. Ela está sendo encaminhada à cirurgia para a retirada do bebê.

Todos ficam perplexos.

William: Quer dizer que... Que ela vai...

O médico respira fundo e assente com a cabeça. William se senta no banco, cobrindo o rosto com as mãos e chorando. Dean olha pra Harper com os olhos cheios de lágrimas.

O médico volta pro centro cirúrgico.

Dean: Harry...

Dean derrama umas lágrimas e percebe que Harper está sim um pouco aflita, mas não chora, e nem Ryan. Sam se levanta e vai até Harper. Ela e Ryan se entreolham como se conversassem sem falar.

Sam: Amor, você... Você tá bem?

Harper: O Castiel disse que não podíamos morrer sem cumprir a profecia...

Ryan: Nós não sabemos nem qual é ainda. E não matamos o Aser.

Sam: Vocês querem dizer que...

Harper: Eu não acho provável que a gente tenha cumprido alguma profecia sem nem perceber.

Dean vai até Harper, ainda nervoso e a segura pelos ombros.

Dean: Harry, você acha que... Que a Linn pode não morrer, é isso?

Harper: Pode não morrer, ou pode voltar.

William se levanta, ainda chorando um pouco, mas respira fundo e ergue a cabeça.

William: Acho que vocês podem ter razão.

Harper: Eu acho que ainda não é hora de entrar em pânico.

Na sala de cirurgia, Lindsay está sendo operada e seu filho nasce saudável. O aparelho que mede a frequência cardíaca de Lindsay começa a apitar.

Enfermeira: Frequência cardíaca caindo, vamos perdê-la.

O médico pega o desfibrilador. Ele da um choque em Lindsay e não acontece nada. Ele tenta mais algumas vezes e desiste.

Médico: Hora da morte... (Olha o relógio) Onze e cinquenta e nove.

O médico volta à sala de espera.

Médico: O bebê nasceu. É um menino, forte e saudável. Quem é o pai?

Dean faz menção de falar, mas fica quieto. William da um passo pra frente.

William: Sou eu.

Ryan: E a Lindsay?

Médico: Eu sinto muito. Ela... Não sobreviveu. Ela está na sala de cirurgia, se vocês quiserem se despedir...

Harper e Ryan se entreolham com aquele olhar de que sabem de mais alguma coisa. O médico estranha a calma de todos e sai da sala de espera.

Harper: Anda, vamos.

Todos entram no quarto onde está o corpo de Lindsay. Ela está deitada na maca, coberta por um lençol. Harper se aproxima e tira o lençol.

Harper: Linn... Linn, acorda... Você não pode morrer de verdade...

Todos olham pra Lindsay, mas nada acontece.

Dean: E se... E se a gente estiver errado?

Dean ainda tem lágrimas nos olhos. Harper começa a se desesperar.

Harper: Não... A gente não pode ter se enganado... Não... (Começa a chorar) Não! Lindsay! Lindsay, volta! Você não pode morrer ainda!

Ryan agarra os braços de Harper.

Ryan: Harry, não grita... Vão te ouvir...

Harper: Ryan... Ryan...

Harper continua chorando, com Ryan atrás dela, segurando seus braços. Dean e William também choram. Sam põe uma mão na testa e suspira, com os olhos cheios de lágrimas.

De repente, Lindsay da um suspiro. Harper ergue os olhos e Ryan também olha pra Lindsay.

Harper pega a mão de Lindsay e sente seu pulso.

Harper: Ela... Ela tá viva... (Sorri) Eu sabia...

Lindsay volta a respirar aos poucos. Ryan encosta a testa atrás da cabeça de Harper e sorri, aliviado. Todos olham pra Lindsay, aflitos. Ela finalmente abre os olhos.

Lindsay: Gente... O que aconteceu? Cadê o meu filho?

Lindsay se senta na maca e Harper a abraça.

Harper (Rindo): Você morreu, sua cadela. Mas eu sabia que você ia voltar! Seu filho tá bem...

As duas se separam. William se aproxima de Lindsay e beija seus lábios.

William: Meu amor... Achei que tinha perdido você...

Lindsay: Me lembra de agradecer ao Castiel quando ele aparecer.

Uma enfermeira entra no quarto e vê Lindsay. Ela derruba a prancheta que tem na mão com o susto.

Enfermeira: Ah, meu Deus! Isso é impossível!

Mais tarde, Lindsay está em outro quarto. Todos estão com ela. A enfermeira entra.

Enfermeira: Vocês querem ver o bebê?

Todos vão até o berçário, Lindsay numa cadeira de rodas. O bebê está em uma incubadora.

Lindsay: Ele é lindo...

Ryan: Já decidiu o nome dele, Linn?

Lindsay: Peter. Em homenagem ao meu único e verdadeiro pai.

Eles voltam ao quarto. Castiel está lá.

Castiel: Meus parabéns, Lindsay.

Lindsay: Obrigada. (Sorri) E obrigada por ter me trazido de volta.

Castiel: Receio que não fui eu.

Todos ficam confusos.

Lindsay: Como assim?

Castiel: Acho que você sabe a resposta.

Lindsay (Nervosa): Não... Não acredito que eu devo a minha vida a ele!

William: Linn, fica calma...

Lindsay: Eu preferia ter continuado morta.

Harper: Linn, para com isso.

Castiel: Na verdade, foi ele quem causou as duas coisas. Afinal, a sua gravidez era normal e sem risco.

Lindsay: E por que ele me machucaria então?

Castiel: Foi um aviso. Ele quer que você se una a ele.

Dean: E o que a gente vai fazer agora?

Castiel: Só o que têm a fazer é esperarem a hora certa da profecia se realizar.

Harper: E como a gente vai saber que hora é essa?!

Castiel some.

Harper: Ah... Odeio quando ele faz isso.

FIM


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