6 Meses depois...

Nesse período de tempo aconteceu muitas coisas, na segunda semana de janeiro Lily se sentia mal, enjoos matutinos, ela por fim tinha decidido deixar o moreno para trás, estava dando tudo de si no emprego novo, há três meses, conseguiu uma promoção e ganhou 10% de aumento, seu salário ainda não era o suficiente para sair da casa de sua irmã, está juntando seu dinheiro para mais adiante ao menos alugar um pequeno apartamento.

Uma notícia tocante atingiu a ruiva há três meses, estava grávida, já suspeitava que estava doente, pela menstruação atrasada, mas grávida, nem pensou nessa hipótese, e naquele consultório, naquele momento lembrou-se daquela noite, e daquela manhã em que "fugiu", do homem do qual tinha se deitado. Naquele dia Lily ficou na sua cama, pensando no que fazer, estava grávida, simples assim, uma vida inocente dentro de crescendo e se desenvolvendo, esperando sua chance nesse grande mundo. Como contar isso pra sua irmã? Que também estava grávida, ganharia seu filho ou filha em poucos meses, o que acharia de sua irmã mais nova,grávida de um homem que mal conheceu,mãe solteira.

Quais opções Lilian Evans teria? Aborto, não nunca, em hipótese alguma Lily pensaria numa brutalidade dessa, matar sem dó nem piedade uma criatura inocente, que não tinha nada a ver com isso, só tinha o direito à vida. Podia simplesmente procurar aquele homem, as possibilidades eram completamente nulas, se o encontrasse talvez fosse um vagabundo, sem um lugar nem para dormir, ou então simplesmente se negaria a admitir que a criança que estava se desenvolvendo no ventre daquela mulher era sua filha, isso se quer tenha o encontrado. Podia também pedir ajuda a sua irmã, uma hora ou outra, acabaria descobrindo, esperava que ela fosse compreendida, esperava também que não perdesse o emprego, a lei estava ao seu lado.

No dia seguinte foi ao trabalho e comunicou ao seu chefe que estava grávida ele foi compreensivo, não a demitiu, ela trabalharia até o oitavo mês, e após o parto ficaria mais seis meses com a criança, ela não havia dado muitas informações, só falou que estava grávida e que a criança nasceria em setembro, e é claro havia também levado o exame de gravidez. Ela trabalhou normalmente naquele dia, mandou uma mensagem para Petúnia avisando que iria almoçar em casa, e sua irmã disse que faria seu prato favorito Espaguete.

Na hora do almoço, depois de comer, perguntou para a irmã como estava sua gravidez, e essa respondeu que estava tudo muito bem, e sem indiretas Lilian disse à Petúnia que também estava grávida, essa ficou encarando a ruiva, esperando que ela lhe falasse que era uma piada muito sem graça, quando viu que não era o caso, gritou feito louca, indagou como a ruiva estaria grávida, Lily lhe explicou calmamente, nessa hora Petúnia já andava de um lado para o outro na sala de jantar, por fim disse que a ruiva tinha apenas mais um mês em sua casa. Lily sentiu novamente as dores de quando seus pais morreram, agora também não podia contar com sua irmã.

No dia seguinte foi trabalhar abatida e uma colega, que havia feito uma pequena amizade, Marlene, perguntou o porque dessa cara, Lilian desabafou com ela, que lhe disse que morava sozinha e podia deixar Lily morar com ela até encontrar outro lugar, e assim aconteceu.

Com o passar dos meses Lily , se viu uma casa nova, carregando o que seria uma criança daqui alguns meses, montava o enxoval da criança lentamente, não queria gastar todas suas economias de uma vez só tinha que pensar no futuro, fazia pré-natal regularmente.

Em um sábado, no final de julho, Lily sentia cólicas fortes, estava ignorando até que sentiu uma pontada tão grande que gritou de dor, sua pequena barriga, doía de maneira extraordinária.

–Marlene!-gritou Lilian,sua amiga desceu as escadas rapidamente.

–O que foi Lily!?

–Hospital rápido!

Marlene pegou o carro e ajudou Lily a sentar, dirigiu rapidamente até o hospital, mais próximo.