Promisses From Another Life escrita por Fuinha, KillerPanda


Capítulo 6
Capítulo 6 — Desconhecidos


Notas iniciais do capítulo

ALÔ ALÔ GENTE BONITA
COMO VAI A VIDA?
Enfim, cá estou com um novo capítulo e espero do fundo do meu coração que gostem.
Nos vemos lá embaixo.
Sem mais delongas, boa leitura



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POV's Lucy

Meu telefone tocou enquanto eu corria de volta para casa. Meu pai deveria ter se esquecido de me dizer algo e me ligado para falar o que quer que fosse. Peguei meu celular no bolso de trás da minha calça e os dizeres "Deus Gray Grego" brilhavam em azul na tela. Imagino o que fariam comigo se descobrissem o "apelido carinhoso" que eu dera ao moreno. Enfim...por que ele estava me ligando? Pra se desculpar por ter me dado o bolo? Bem, eu não estou em posição de reclamar, já que Natsu fora uma companhia maravilhosa...além de minhas expectativas.

Atendi o telefone intrigada

— Lucy? Como você tá, minha linda? — Gray parecia estar em um ótimo humor. Claro. Não fora ele que tinha sido deixado em um parque com um cara que tinha conhecido a poucos dias.

— Tô bem, moreno. Hein... Por que você não foi hoje? Eu fiquei realmente animada com aquele bilhete — eu ia arrancar informações do garoto NEM QUE FOSSE NA MARRA

— Do quê você tá falando, gata? Enfim...onde você está? — ELE IGNOROU A MINHA PERGUNTA????

— Estou indo pra casa — respondi rapidamente para tentar voltar ao assunto "encontro"

— Ok. Estarei aí em vinte minutos.

Depois disso, silêncio total.

Ele desligou mesmo na minha cara? Mas esse rapaz ainda vai me responder... Ah vai... Disquei o número de Gray e liguei. Chamando...chamando...chamando..."sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens...". AH QUE RAIVA. O QUE QUE CUSTA ATENDER O CELULAR??? EU ATENDI QUANDO VOCÊ ME LIGOU.

Apressei o passo para chegar em casa o mais rápido possível. Já estava escurecendo e não é seguro uma garota delicada como eu andar na rua, de noite, sozinha. O caminho fora tranquilo e eu cheguei em casa em menos de 10 minutos. Estava exaurida. Assim que pisara dentro da Mansão Heartfilia, Virgo-chan veio me cumprimentar com aquele  seu aparente jeito delicado.

A senhorita teve uma boa tarde, princesa? — disse a empregada em sua habitual formalidade que eu achava verdadeiramente graciosa

— Esplêndida, Virgo-chan. Esplêndida — respondi com um pequeno sorriso estampado em minha face.

Subi as escada e me dirigi ao banheiro de meu quarto. Me olhei atentamente no espelho à minha frente. Todos as sensações estranhas que eu sentira em apenas uma tarde povoavam minha mente e não me permitiam pensar de uma forma clara. Isso me frustrava e me enchia de confusão. Concluí que o que precisava era de um banho bem gelado para mandar esses sentimentos embora.

Quando comecei a me despir, percebi que a camiseta de Natsu ainda estava amarrada em minha perna. Desfiz o nó que o rosado havia feito e estendi a peça de roupa com as minhas mãos para dar uma boa olhada nesta. Notei uma mancha marrom no tecido que eu tenho quase certeza que não estava ali antes —"Você passou a tarde inteira alisando o garoto com os olhos e tem QUASE certeza que a mancha não estava ali antes? Tsc tsc tsc...você tem me decepcionado muito ultimamente, Heartfilia" — se eu soubesse onde essa garota que fica falando na minha cabeça está ela se arrependeria por cada uma das vezes que conseguiu me deixar irritada...que, diga-se de passagem, são inúmeras.

A água descia meu corpo abaixo e quando entrava em contato com meu joelho machucado fazia toda a minha perna queimar. O que me levou a subir em uma árvore pra ajudar um menininho? Eu devo ser muito idiota mesmo...—"Concordo" — NINGUÉM TE PERGUNTOU —"Eu sou você, o que me dá o direito de responder sem que me pergunte" — Ah...desisto —" Admite a derrota?"— Sim, sim... eu perdi... —"OH YEAH!!! UM A ZERO PARA O LADO NEGRO DA FORÇA"

Enquanto me ensaboava, a porta do banheiro se abriu e pelo vidro transparente do chuveiro eu vi um moreno gostoso entrar.

—KYAAAAAAAAAAAAAAAAA

Meu grito assustou Gray, que, por sua vez, arregalou os olhos e, paralisado, ficou me olhando enquanto eu inutilmente tentava cobrir meu corpo com as mãos.

O garoto se recuperou do choque rapidamente e se apressou em murmurar:

— Eu espero lá fora.

ISSO É COISA DE SE DIZER EM UMA SITUAÇÃO DESSAS??? Ai ai...eu tenho estado muito exaltada esses dias. Terminei meu banho rapidamente para não deixar o garoto em meu quarto esperando. Estava receosa em sair do banheiro. E se ele não gostou do que viu? E se ele foi embora por causa disso? E se ele...Ok. Respire, Lucy. Você vai sair daqui e ele vai estar ali, todo sensual te esperando para conversar sobre o que quer que seja que ele veio tratar comigo.

Agradeci a mim mesma mentalmente por ter trazido uma muda de roupa comigo anteriormente. Seria muito constrangedor se não o tivesse feito. Me vesti e penteei meus cabelos dourados com cuidado para, só então, sair. Parei na porta do banheiro olhando para ele de forma sensualmente. Vai que seduz, né?

Gray estava com uma cara de tacho sentado em uma poltrona. Lindo... Ai meu coração!!! É muita beleza para uma Lucy só. Ele se levantou assim que me viu. Parecia ainda um pouco surpreso. Ele entra no meu banheiro enquanto eu estou tomando banho e queria ver o que?

— Vamos conversar? Lá fora? — o garoto parecia ansioso para sair dali. Sem esperar por uma resposta minha, puxou-me pela mão. Seu toque era suave, macio, terno e másculo. Por mais que tentasse não podia deixar de comparar Gray com Natsu. A pele do moreno era fria comparada ao calor que sentira com um mero toque do rosado. Seus cabelos não eram tão brilhantes quanto os do rosado. Sua voz não era tão profunda quanto à do garoto que mandara arrepios por todo o meu corpo nessa tarde.

— Lucy? —Gray tinha um olhar interrogativo — você está me ouvindo?

Não estava e nem percebi que o garoto já começara a falar

— Desculpe. O que é?

— Eu estava me desculpando por tudo aquilo, sabe? Do banheiro. Eu não tinha a intenção de...

— Não se preocupe com isso. Só não comente nada, ok? Eu não estou brava — realmente não estava

— Tá bom...er...você é muito bonita — seu rosto adquiriu um tom rubro e eu senti o meu queimar

— O-obrigada... — muito provavelmente eu estava tão vermelha quanto os cabelos de Erza

E a conversa morreu aí.

O silêncio era deveras desagradável, mas parecia que nenhum de nós era capaz de quebrá-lo. Não sabia o que dizer, então ficava quieta. Olhei para Gray. Ele parecia ter sido levado por seus pensamentos para algum lugar distante dali. Imaginava o que estaria se passando por sua cabeça.

— Que tal descermos ao jardim? — ofereci, pois o moreno parecia ter entrado em conflito consigo mesmo e eu, gentil do jeito que era, achei que ele precisava de um ar fresco

— Acho que é uma boa ideia — o garoto disse com um suspiro profundo

Conduzi-o para um pátio aberto nos fundos da casa, onde havia um banco para dois. Conduzi-o até lá. Já estava me sentando quando Gray me segurou pelo pulso e me puxou para si, fazendo nossos corpos colidirem e se colarem.

— Eu estou indeciso se devo ou não te beijar nesse exato momento. Na verdade, foi para isso que eu vim e por mais que eu tente com todas as minhas forças me segurar para ter certeza se tenho permissão para fazer isso, a tentação é muito forte e eu não sei se aguento. Me desculpe se você não está de acordo com isso ou se somente me vê como um amigo, mas eu vou te beijar agora.

Depois disso eu senti Gray colocar uma mão em minha nuca, me puxar para ainda mais perto e então prensar nossos lábios em um beijo desesperado.

E o ar, infelizmente, fez falta.

Nos separamos e imediatamente eu vi Natsu e uma garotinha parados atrás do moreno. O rosado tinha uma expressão de tristeza no rosto e a garotinha parecia desapontada. O que Dragneel estava fazendo aqui com aquele corpo gostoso descoberto? Ah, sim. A camiseta. Tentei falar mas o garoto virou as costas e voltou andando pelo mesmo lugar que tinha vindo. A garotinha balançou a cabeça para mim em um gesto de reprovação. O que que eu fiz?

— Não precisava disso, mama...— então ela se virou e seguiu Natsu

Gray me olhou.

— O que foi? Tinha alguém ali?

— Só... Vá pra casa... A gente conversa amanhã, ok? — eu disse por não saber o que responder. Sem esperar por alguma resposta, me virei e sai andando em direção ao interior da casa. Toda essa situação tinha acabado comigo.

Fui direto para o meu quarto. A cama parecia tão atrativa que me deitei para dormir sem ao menos trocar de roupa. Apaguei instantaneamente.

Uma imagem apareceu diante de meus olhos. Era uma sala pequena e parecia que estava afastada da cidade, talvez no meio da floresta. Havia uma placa com a forma da cabeça de um gato onde estava escrito "Natsu & Happy", indicando os donos da propriedade. Espere. "Natsu"?. Por que eu estou pensando nele agora. Existem vários Natsu's nesse mundo.

Não parecia ter ninguém por perto, então entrei na casa. 

O interior era demasiadamente sujo e desorganizado. Como alguém pode sequer dormir em um lugar como esse? Não é possível que alguém seja desleixado a esse ponto. Olhei ao meu redor e notei uma menina pequena me fitando. Ela tinha cabelos rosa um tanto rebeldes que iam até pouco abaixo de seus ombros. Ela trajava um pequeno vestidinho florido enquanto fazia carinho em um gato...azul? Percebi que essa era a mesma garotinha de antes, a que estava com Natsu. O que ela estaria fazendo nesse chiqueiro? Ela era muito bonitinha para ter causado toda essa confusão.

Foi ela quem falou primeiro.

— Sabe, mama...o papa ficou muito chateado com aquilo. Ele tinha ido lá só pra buscar a camiseta dele e vê você beijando o Tio Gray... Foi maldoso isso — "Mama"? "Papa"?

— Q-quem é você? — não tinha muita certeza se podia confiar na aparência inocente da menininha. Tinha a nítida impressão de que ela falava de mim e de Natsu, o que seria impossível, visto que meu interesse amoroso nele era nulo — Qual o seu nome?

— Assim você me magoa, mama. Não se lembra que vocês demoraram um tempão pra escolher um nome beeeem bonito pra mim? Como você esquece uma coisa dessas? 

— Do que você está falando? Eu ainda sou virgem. Não posso ser mãe de ninguém — essa menina não falava nada que fizesse sentido

— Ai ai... É Nashi, mama. Nashi — Fui pega de surpresa pelo nome dela. "Nashi" sempre fora um dos nomes que eu mais gostara e que eu talvez desse a minha filha algum dia — Ah... Eu já vô te avisando que o mano não gostou nada dessa história de você beijando outro. Ele tá bem irritado..

Essa criatura certamente tem uma imaginação muito fértil. Desde quando eu tenho um filho?

De repente, o sonho mudou. 

Eu estava em dentro de um apartamento limpo e organizado, totalmente diferente da casa na qual estivera anteriormente. Esse definitivamente era um lugar onde gostaria de morar. Até a decoração era muito parecida com algo que eu faria. 

— Me responda uma coisa, mãe...MAS O QUE QUE VOCÊ TINHA NA CABEÇA PRA FAZER AQUILO?

Passei os olhos pelo ambiente, procurando a pessoa que falara, até que meu olhar caiu em um garoto de cabelos loiros como os meus e muito rebeldes, assim como os da garota. Ele era alto, forte e muito bonito. Ele me chamara de "mãe", certo? Se ele fosse meu filho mesmo, seria um belo de um desperdício...

— Não vai responder? Afff... Sabe, mãe, se a Tia Ju soubesse ela iria te matar. Até parece que você esqueceu todo aquele rolo de "rival no amor". Ela demorou bastante pra superar aquela, e daí você apronta essa? Por que você beijou o Tio Gray? E agora somos NÓS que teremos que ir lá consolar o pai... Não faça coisas estranhas mãe... — essa frase...parece que eu já ouvi ela antes... Era como se eu soubesse de todas essas coisas que o loiro estava falando mas ao mesmo tempo não fizesse a mínima ideia do que eram.

— Sting-nii eu já te disse que ela não se lembra de nada...não adianta falar essas coisas que ela não vai entender nada — a tal de Nashi entrou no assunto mas continuava com os olhos pregados no gato, que agora...voava? Acho que não devia ter me deitado sem comer nada...agora estou vendo coisas estranhas. Não me surpreenderia se um unicórnio passasse no meu lado agora.

— Mas, Nashi-chan...eu...eu...EU NÃO ENTENDO COMO NOSSA PRÓPRIA MÃE PODE TER SE ESQUECIDO DE NÓS...ela...ela dizia que nos amava e POR TODOS ESSES ANOS EU ACREDITEI...a gente é descartável? A gente... — o garoto parecia estar à beira das lágrimas. Meu coração subitamente apertou e lágrimas brotaram de meus olhos por alguma razão desconhecida. Palavras começaram a sair sem minha permissão.

— Vocês não são descartáveis. Nada pode substituí-los. Eu amo vocês dois e... Mas que droga eu tô falando??? Ah... Deve ser aquela aquela minha desprezível criatura interior, ela ama fazer essas coisas...

Por um momento eu vi um olhar de...esperança nos olhos de meus supostos "filhos" que logo desapareceu quando me corrigi. Suas expressões haviam se transformado novamente em desapontamento e, por alguma razão desconhecida, isso me fez ficar desapontada também. Eu queria agradar aqueles dois, queria que sorrissem, que fossem felizes, que tivessem orgulho de mim...

— Quer saber? Pra mim dei. Já confirmei a informação que me passou, Nashi-chan. Agora o negócio é com o pai. Vamos deixar a mãe acordar.

— EI, ESPERE!!! ME RESPONDA...

Antes que pudesse terminar minha fala, o sonho acabou e eu acordei.


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Notas finais do capítulo

POR FAVOR NÃO ME MATEM!!!! A FUINHA QUASE FEZ ISSO POR EU TER ESCRITO GRAYLU E EU TE GARANTO QUE FOI ASSUSTADOR T.T
Bom...deixem-me explicar algo. Pode ser que esse negócio do Sting ser filho do Natsu e da Lucy não tenha ficado muito claro, mas é uma teoria (meio pirada, mas depois da saga do Relógio do Infinito eu não duvido mais do Tio Hiro) em que o Sting veio do futuro e é filho dos dois pombinhos. Tem uma OVA (acredito que seja a quarta) em que a Lucy fica bêbada junto da Erza, Levy, Juvia, Wendy e Charle e ela e o Natsu acabam por sair de perto do pessoal e então...fica pela imaginação de vocês. Sabe aquela parte na saga dos Grandes Jogos Mágicos que antes da luta dos Dragon Slayers aparece o Natsu e a Lucy conversando, ela fica toda corada,mas não tem som? Pois é...o que será que a loira disse?
O que acharam do capítulo? Tá bom? Ruim? Ótimo? Péssimo? Merecemos comentário?
Acho que já falei demais
Vida longa e próspera...



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