Os Últimos. - Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 23
Julie- Cap.22 - Desordem.


Notas iniciais do capítulo

Hoje eu vou postar mais um a noite se der tempo, também postarei em Anima Dead a noite, tenho o capítulo pronto mas falta revisar.
Vou responder os reviews o/
Até mais pessoal.



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Julie. Capitulo 3- Desordem.


Dia 02 de Dezembro. (Um dia depois dos acontecimentos.)


Heather se uniu a Julie e Coniglio na jornada em busca do tesouro. Ela impediu que a jovem mestra do coelho de pelúcia tentasse matar Roman, seria perigoso e ele não estava só. Para matar Roman, Julie também teria de matar Cooper. Então o grupo partiu rumo a porto pequeno á leste.

Julie carrega Coniglio em sua mochila para não chamar muita atenção, Heather caminha a seu lado segurando seu rifle com uma só mão. Ela tem um jeito de homem e isto faz com que Julie desconfie de sua opção sexual, então ela mantém cinco passos de distância.


– Você gosta do inverno? – Diz Heather quebrando o clima de silêncio.


– Foi uma pergunta direcionada para mim? – Ouve-se a voz de Coniglio dentro da mochila. – Porque se for, eu não sinto frio e nem calor, então não faz diferença alguma.


– A pergunta não foi para você. – Diz Heather seca.


– Eu não gosto, estou sentindo muito frio. – Julie responde a pergunta de Heather e olha para sua saia curta branca. – Não devia ter comprado uma saia tão curta.


– A saia curta é para chamar atenção dos homens? – Indaga Heather sorrindo.


– Não! É porque eu achei bonita!


– Não precisa se irritar, foi só uma pergunta boba. – Diz Heather tentando se safar da bronca.


– Eu já vi várias vezes suas partes intimas Julie. – A garota fica toda vermelha ao ouvir a voz de Coniglio.


– Seu tarado! Pervertido! Depravado! – Ela joga a bolsa no chão, a abre e enche de neve. Depois a pendura em suas costas e continua a caminhar ainda encabulada.


– Ele não tem culpa, é tão pequeno. Até eu vi suas partes Julie.


– Mas eu uso roupa intima!


– Mesmo assim, eu consegui ver.


– Pervertida!

– Mas eu sou mulher!


– Mas não parece!


– Você está me insultando?!


– Não é você que fica olhando minhas partes intimas?!


– Eu olhei quando você ficou pendurada em minha armadilha!


– Mas olhou!


– Deixe de ser ignorante!


– Deixe de ser pervertida!


– Você já está me irritando garota!

Elas se distraem em meio a discussão e acabam não notando que logo a frente estão quatro homens brigando contra um só. Eles param a briga, um é forte, careca e segura pelo colarinho um homem de cabelos longos escuros, olhos verdes, barba por fazer, veste uma camisa branca solta e aberta mostrando seu peitoral definido, usa calças justas, botas de couro e um chapéu de pirata, ao chão está seu sabre e pistola. As garotas param a discussão e são encaradas pelos homens, até mesmo o que estava apanhando. Eles olham Julie de cima para baixo admirados com suas curvas e beleza tão jovial.

– Só queremos passar. – Articula Julie preocupada com o perigo que os homens podem oferecer.

O careca solta o homem de cabelos compridos e começa a sorrir olhando para os outros com aparências nada agradáveis.


– Podem passar senhoritas. Só nos deem o que carregam antes, inclusive seu rifle. – Ele aponta para Heather que ainda o segura. – Mulheres não podem carregar coisas tão pesadas assim.


– Pesado ou não, eu sei usá-lo muito bem. – Ela o empunha com as duas mãos. Os homens dão um passo para trás.


– Então deixe que levemos nosso convidado. – Propõe o careca pegando novamente o homem pelo colarinho.


– Não. Deixe-o. – Heather olha para Julie que encara o homem depois da fala.


– Deixa-lo? Porque você quer salvar este homem Julie?


– Não sei... Mas eu quero que o deixem.


– Mas isto não podemos fazer, você estragou nossa festa e agora quer levar nosso convidado, nada feito. – Novamente se expõe o careca já se irritando.


– Vocês ouviram a garota, vão embora e deixe-o ai neste mesmo local ou matarei um por um. – Ela aponta o rifle para o careca, ele levanta as mãos.


– Está bem, mas tem uma condição.


– Qual?


– A garota da saia curta, ela terá de mostrar os peitos. – Ele olha para os seios avantajados de Julie e sorri maliciosamente, Heather não recua e atira na perna do homem, ele desaba em meio a gritos e sangue, os outros homens correm para a floresta.


– Pervertido! – Grita Julie vendo o homem caído no chão.


– Não me mate! Por favor! – Ele implora por sua vida, Heather recarrega seu rifle e aponta para a cabeça do homem.


– Fique calado.

Julie ajuda o homem de cabelos compridos a se levantar, ele a fita com seus olhos esverdeados, se abaixa, pega seu sabre e o coloca na cintura embainhado.


– Obrigado por me salvar de levar uma surra. – O homem continua fitando Julie com um sorriso no rosto. Heather bate no rosto do careca com sua arma várias vezes até ele desacordar, depois ela o saqueia.


– Não fui eu, foi ela. Vamos. – Julie o ignora e segue até o porto.


– Está anoitecendo, porto pequeno não é o lugar ideal para duas garotas. – O homem começa a caminhar junto as duas.


– Pare de nos seguir, nós sabemos nos cuidar. – Volta a dizer Julie.


– Eu só estou oferecendo uma bebida, eu pago. É o mínimo que posso fazer. – Heather para Julie a impedindo estendendo sua mão. Ela se vira e retribui o sorriso olhando para o homem.


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Já é noite, elas aceitaram a proposta do homem e foram com ele até um restaurante de frente ao mar em porto pequeno, ele é aberto e os três se sentam em uma mesa perto da agua. Vários navios estão lá zarpados com seus tripulantes e capitães desfrutando das iguarias da pequena cidade. Eles estão comendo peixes, frutas e bebendo vinho. Coniglio permanece por baixo da avalanche dentro da bolsa de Julie.


– Eu nem sei o nome das duas damas. – Diz o homem bebendo vinho em um copo de madeira. Heather está comendo o primeiro peixe enquanto Julie ainda está na metade, elas estavam famintas.


– Meu- Julie dá uma mordida no peixe sem usar talher algum. – nome é Julie- Ela dá outra mordida e fala de boca cheia. – e ela é Heather.


– Qual seu nome? – Heather já está no segundo peixe, Julie termina de mastigar e bebe um pouco do vinho.


– Eu me chamo Elazul. – O homem sorri enquanto Julie admira de seu peitoral definido dando olhares de relance enquanto bebe do vinho.


– É um belo nome, você é de onde? – Indaga Julie se interessando no homem.


– Nasci em um navio pirata, meu pai era Irlandês e minha mãe italiana.


– Eu sou italiana. – Julie começa a devorar o segundo peixe enquanto Heather desfruta do terceiro.


– Eu percebi pelo seu sotaque.


– Você- ela morde um pedaço do peixe e o mastiga rapidamente para completar a fala. – é um pirata?


– Sim, mas não tenho navio.


– O que aconteceu com- ela agora bebe vinho para a comida descer sem entalar em sua garganta- seu navio?


– Não era meu navio mas ele foi destruído pelo pirata Joe, aquele desgraçado.

– Desconheço algum pirata Joe. – Diz Heather já comendo o quarto peixe.


– Ele é temido junto a sua tripulação, eles roubam, matam e estupram as mulheres. Se vieram até porto pequeno quer dizer que querem um navio, então cuidado com o mar e seus navegantes. – Julie ouve atentamente Elazul, ela olha para Heather que não mostra preocupação alguma.


– Não é perigoso? – Ela questiona Heather preocupada.


– Homens assim existem em todo canto, estamos rodeadas por eles, inclusive, um está logo a nossa frente aqui nesta mesa. – Ela encara Elazul, ele sorri.


– Não sou um assassino.


– Mas é ladrão.


– Isto eu não nego, roubo para sobreviver. Vocês acham que aqueles homens da estrada estavam me espancando porquê? – Ele enche seu copo com mais vinho e o bebe aos poucos.


– Você os roubou? – Pergunta Julie em tom de arrependimento.


– Sim, mas eles eram ladrões, então roubei o que roubaram.


– Você vai pagar o que estamos comendo com dinheiro roubado?


– Não, vou pagar o que estão bebendo com dinheiro roubado, não citei nada sobre a comida, isso é por conta de vocês. – Ele permanece com seu sorriso e a mão direita apoiada em seu rosto.


– Desgraçado! Cada peixe deste custa duas libras! – Heather larga o quarto peixe irritada.


– Vocês não prestaram atenção em minha proposta. Mas como sou um bom pirata, eu pagarei a conta. – Heather suspira aliviada, ela não tem dinheiro para pagar nem sequer um cantil d’agua.


– Hum... O que está fazendo aqui em porto pequeno? – Indaga Heather deixando o quarto peixe pela metade, ela já se satisfez, agora se contenta com o vinho barato.


– Estou à procura de aventuras. Sou um caçador de recompensas, tesouros e mulheres. – Ele fira Julie novamente, ela desvia seu olhar para o mar e bebe o resto de seu vinho. – E o que vocês vieram fazer aqui?


– Viemos aqui para viajar. – Responde Julie olhando para Heather para que ela não revele o verdadeiro destino das duas.


– Viajar? Vocês tem um navio ou barco?


– Não. Vamos comprar um barco.

– Aonde querem ir?


– Para uma ilha não muito distante.


– Alguma de vocês já estiveram no mar antes? – As duas se entreolham e mexem suas cabeças sinalizando que não. – Então vejo problemas.


– Que problemas? Eu sei me cuidar. – Heather enche seu copo com o resto do vinho.


– Problemas... Vocês não sabem medir a força e direção do vento, não conhecem as rotas menos perigosos para chegar a ilha do paraíso...


– Como sabe que vamos a ilha do paraíso?! – Heather bate o copo na mesa impressionada com Elazul.


– Eu não sei, eu deduzi. Este é o porto mais próximo da ilha.


– Já conversamos demais! Vamos Julie! – Ela se levanta puxando Julie junto.


– Se precisarem de ajuda, eu estarei no leste do porto em alguma taverna! – Ele grita enquanto as duas se dirigem a uma pensão próxima.



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Notas finais do capítulo

O que fará Julie? Detalhes.

Aqui os itens que podem comprar em Porto pequeno:
Julie: 700 libras.

Armas:
Sabre- 500 libras.
Alfanje- 570 libras.
Flintlock- 400 libras.
Flintlock cano duplo- 500 libras.
Arcabuz- 300 libras.
Machadinha- 350 libras.
Faca de caça- 210 libras.
Arco- 280 libras.
Punhal- 200 libras.
Balestra- 510 libras.

Outros:
Munição de pistola- 10 libras cada bala.
Flecha- 7 libras cada.
Corda com gancho- 30 libras.
Lamparina- 50 libras.
Vinho- 20 libras cada garrafa.