Percy Jackson À Procura Da Felicidade escrita por Chase
Notas iniciais do capítulo
Minhas sinceras desculpas pela demora, só passei para deixar o presente de natal de vocês, espero que gostem!
–Caríbdis!
POV Annabeth:
Logo todos estavam reunidos no convés com suas armas em punhos.
–Percy! Gritou Jason. O que vamos fazer?
–Porque está perguntando para mim?
–Talvez por que...
–As crianças podem parar de discutir e fazer algo de útil?! Gritei.
–Então o que você sugere gênio? Perguntou Percy sarcasticamente.
Bufei frustrada.
–Eu não sei.
Os outros me encararam surpresos.
–Então está na hora de botar em prática o que eu sei fazer de melhor, improvisar, Leo você tem fogo grego, qualquer coisa? Perguntou Percy.
Leo sorriu encrenqueiro.
–Claro, disse e correu até o painel de controle, onde digitou um código e logo em seguida um alçapão se abriu e um pote tamanho família de fogo grego pulou para fora.
–Não será o suficiente, afirmei.
–Eu sei, mas é só o que temos, deve ser o suficiente para distraí-la.
–Então se apresse! Gritou Nico enquanto o navio dava mais uma guinada e era arrastado até a boca do monstro.
Percy fechou os olhos buscando concentração, em seguida fez algo que nos surpreendeu, agarrou o pote de fogo grego e pulou a amurada do navio.
–PERCY! Gritei. Que ótimo ele acaba de se matar.
–Ali!
Olhei na direção que Nico apontava.
–Filho da mãe!
O Jackson surfava em uma onda na direção do monstro.
POV Percy:
Eu sabia que era loucura, mas teria que funcionar.
Arremessei o pote naquela boca nojenta e pedi para a água me levar para longe dali.
Pensei que conseguiria, mas fui traído por mim mesmo, quando o pote explodiu Caríbdis se agitou, eu não conseguia mais controlar a água perto dela, o Argo II fora arrastado para longe em segurança, podia ouvir meus amigos chamando meu nome.
Eu ainda conseguia manter a onda sob meus pés, mas não aguentaria por muito tempo, em um momento de distração, cai.
Não lembro de ter batido a cabeça, minha visão embaçou e a última coisa que vi foi um ser loiro voando em minha direção.
...
–Senhor?
–Estou aqui, respondeu Polibotes sentado em uma imensa cadeira de madeira acolchoada.
–Senhor, o menino desmaiou, disse o lestrigão.
Eu gritei frustrado mesmo sem emitir som algum, queria correr até Polibotes e matá-lo, mas infelizmente esse era um daqueles sonhos que eu não passava de um observador.
–O mantenha acordado, se estiver dormindo não sentirá a dor das feridas abertas.
–Como eu vou fazer isso?
–Não sei, bata nele, com certeza irá funcionar, não exagere, quero ele vivo por enquanto.
–Sim, senhor, disse o monstro e se retirou.
O sonho mudou, agora eu estava outra vez na sala de troféus, Tiago permanecia no mesmo lugar, feridas sangravam por todo seu corpo, ele chorava silenciosamente olhando para o chão, suas roupas foram reduzidas a trapos.
Seus tornozelos e seus pulsos estavam em carne viva por causa do aperto das correntes, ele definitivamente não aguentaria mais dois dias, talvez não sobrevivesse nem a um.
Sua cabeça pendeu para o lado, ele havia cochilado, mas segundos depois o mesmo lestrigão que falara com o gigante andou em sua direção e espetou seu pé com a ponta de uma lança, o corte não foi tão grande, mas logo começou a sangrar.
Eu já estava desesperado, estava vendo meu filho sofrer sem poder fazer nada.
Tiago acordou assustado e olhou para seu pé e em seguida para quem o acertara, percebi que ele segurara um grito, seus olhos verde-mar idênticos aos meus expressavam um misto de medo, dor e desespero.
O monstro logo voltou ao seu posto de vigia na entrada da sala e o menino olhou derrotado para seus braços presos, parecia fazer isso constantemente, mas sempre retornava o olhar para o chão.
Meu peito doía e um nó havia se formado em minha garganta, a culpa de tudo aquilo estar acontecendo com meu menininho é minha, Polibotes o pegou para chamar minha atenção, e o que eu estou fazendo? Dormindo, que ótimo.
Os pesados passos de Polibotes ecoaram pelo salão, logo ele se posicionou em frente ao garoto e sorriu maleficamente.
–Como está fedelho?
Acordei assustado, estava ensopado de suor, percebi que estava de volta a minha cabine no Argo II, sentei-me na cama e enfiei a cara em minhas mãos bagunçando ainda mais meus cabelos.
Estava quase explodindo de tanta dor de cabeça.
Com dificuldade me levantei, lavei o rosto e ainda cambaleante sai da cabine e me rastejei escada acima até o convés me apoiando nas paredes.
Assim que me viu Annabeth correu a meu auxílio e colocou um de meus braços por cima de seus ombros, logo Jason também estava me carregando de volta para baixo até a cozinha.
–Você não deveria ter se levantado, não está bem, bateu a cabeça muito forte, se Jason não tivesse ido atrás de você, teria sido engolido por Caríbdis, brigou Annabeth quando eu já estava sentado à mesa tomando um pouco de néctar.
–Eu precisava saber se já estamos perto de chegar ao destino, resmunguei com a voz rouca.
–Mesmo assim...
–Por favor, não brigue comigo, minha cabeça dói, falei calmamente.
Ela iria continuar se não tivéssemos escutado o grito de Leo lá de cima.
–PESSOAL! Acho melhor virem um pouco aqui em cima!
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