Adorável Prisioneira 2 escrita por Angel Black


Capítulo 11
Capítulo 11 - A adorável prisioneira de Harry




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Harry conduziu Hermione para o primeiro casebre que estava desabitado e abriu a porta, recostando Hermione no chão forrado por um papelão mofado. Atando Hermione com o feitiço incarcerous , Harry abandonou-a para retornar a praça principal de Dante Village. 

Correu até o lugar em que o corpo de Dumbledore deveria estar, mas tudo o que viu foi uma grande poça de sangue já coagulado. Agachando-se, enquanto tentava imaginar o que aconteceu, Harry sentiu uma mão fechando-se sobre o seu ombro e levantou, virando-se espantado. 

- Snape! – disse Harry, com nojo ao ver o rosto de seu mais odiado professor. 

Havia acontecido algo muito sério com seu olho direito que parecia ter sido arrancado violentamente já que o sangue cobria parte do rosto e do cabelo. Além de ter escoriações por todo corpo.

- Harry, onde estava? – disse o professor, apoiando-se nos ombros de Harry, enquanto falava. 

- Er... eu... o que aconteceu com seu olho? 

- Caso não tenha notado, Harry, fomos cruelmente atacados pelos comensais. Mas acho que você desmaiou antes de ver. Sua querida e amada amiga nos traiu! 

- Onde está Dumbledore? – perguntou Harry, tentando, desesperadamente mudar de assunto. 

- Dumbledore está em coma, foi levado para Hogwarts. 

- Dumbledore está vivo? – perguntou Harry, sentindo um novo animo. 

- Por enquanto! Não viverá muito mais tempo. Ele é forte, mas está velho... coitado... ele e Macgonagal nunca... 

- E os outros? – perguntou Harry, interrompendo-o. Tentando olhar para os lados para ver se via alguém – Alguém... morreu?

Snape contemplou Harry por um instante. Um breve segundo em que Harry teve certeza de que receberia más notícias. 

- Moody e Schakebolt morreram durante a batalha, Harry. Foi horrível, eu os vi morrer... 

- E Hagrid? – perguntou Harry sentindo seu estômago se afundar. 

Snape olhou para o lado, para onde o Dragão Norueguês gemia.

- Tem algumas pessoas tentando levitar o dragão, Harry... Ele foi esmagado. Ainda está respirando, mas está muito mal também. Eu acho que vai sobreviver... mas... o pior foi com os Weasleys! 

- Meu Deus... o que aconteceu com a sr e a sra. Weasley? 

- Maldito Arthur, sempre foi desajeitado... 

- O que aconteceu com eles, professor? 

- Eles foram torturados... enlouqueceram, Harry. Molly estava indo muito bem... ela sempre foi uma boa auror, mas Arthur a atrapalhou e os dois foram atingidos impiedosamente por alguém... alguém que não conheço... alguém que vestia um capuz negro. 

Harry se deixou abater e sentou-se no chão, sentindo que o barulho ensurdecedor do Dragão simplesmente desaparecia. Molly e Arthur Weasley eram como seus pais. Sempre o acolheram em sua casa como se fossem parentes, embora não o fossem. Harry não conseguia imaginar os dois se contorcendo de dor até enlouquecerem, mas sabia que era verdade. E havia uma coisa que parecia comprimir ainda mais a raiva dentro de si: Hermione era a traidora! Hermione planejara tudo! Hermione deixou isto acontecer! 

- Você precisa ir para a Ordem! – falou Snape, em tom de urgência. – Eu não posso ir, então é melhor que você vá! Preciso ajudar os outros e não há mais ninguém. Sinceramente, Harry, eu acho que Hermione pode tentar uma loucura. Os outros Weasleys estão lá: o idiota do seu amigo Rony e a irmã dele que, mesmo sendo talentosa, não é párea para Hermione se ela quiser matá-los. E há também Draco, mas... 

- Hermione não fará nada por agora! – Harry conseguiu dizer.- Mas eu vou vê-los. Depois que... fizer uma coisa.

- Certo! – disse Snape que colocava uma das mãos sobre a órbita em que um dia houvera um olho. 

Harry se levantou. Ele precisava ir até onde Hermione estava e levá-la para um lugar seguro. Enquanto perpassava em sua mente o que Snape lhe dissera, sentiu quando alguém agarrou seus pés, fazendo-o cair com estrondo. Habilmente, Harry sacou a varinha e se virou. 

Krum estava agonizando aos seus pés, cuspindo sangue, enquanto tentava dizer alguma coisa!

- O que é? – Harry perguntou, aproximando-se do Ministro. 

- Mal... Mal... – ele sussurrou, espirrando sangue agora pelo nariz. 

- O que tem? – Harry perguntou-se, achando que era alguma coisa sobre o exercito do mal. 

- Ele... Mal... ele... Mal... foi ele... – disse o Ministro. E depois daquilo, lentamente, enquanto Harry o observava, a vida foi se esvaindo. Logo, suas pupilas dilataram-se e seu peito parou de se mexer com um último suspiro. Victor Krum, o ministro da Magia, estava morto. 

Harry chegou a Ordem de Fênix uma hora depois, muito abalado ainda pelos últimos acontecimentos. Passou pela porta de entrada, deixando-se cair sobre o sofá da sala de entrada, sem impedir as lágrimas de rolarem. Ergueu-se um minuto depois quando escutou passos se aproximando e se virou, para contemplar Gina. 

- Harry! Harry o que aconteceu? – Ela perguntou, apavorada, enquanto Rony a alcançava. 

- Todo mundo sumiu! – disse Rony, lívido. – Ficamos preocupados. 

- Rony, Gina... eu preciso lhes dizer uma coisa! É melhor chamarem os outros: Gui, Carlinhos, os gêmeos e Malfoy. 

- Malfoy? Malfoy? – perguntou Rony, estranhamente – Achei que Malfoy estava com você! Ele também sumiu. O que diabos está acontecendo, Harry? 

Gui, Carlinhos e os gêmeos vinham descendo as escadas também.

- Uma coisa horrível aconteceu! – Harry começou, embora achasse que não iria conseguir terminar de falar, pois seus lábios tremiam e seu coração estava disparado. – Com Molly e Arthur... 

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Hermione abriu os olhos devagarinho. Ainda estava alarmada com o que acontecera e levantou-se quase instantaneamente. Foi então que percebeu que seus pulsos estavam presos à algemas pesadas que estava ligadas a correntes. 

Assustada, ela olhou em volta, tentando descobrir onde estava. Estava escuro e a pouca luz que entrava pelas frestas do que parecia ser uma janela, não era suficiente para iluminar o lugar. 

Irritada, ela puxou o pulso e tentou se livrar da algema... em vão. 

- Alohomorra! – disse ela para a fechadura da algema, rezando para que seu feitiço funcionasse. Ela sabia que muitas pessoas faziam feitiços sem precisar de varinha. Até aprendeu a fazer legitimência sem a varinha, mas aquilo simplesmente não parecia funcionar. 

Ela escutou um pequeno ruído vindo de algum lugar abaixo de onde estava e percebeu que, seja lá onde estivesse, havia outros andares ali. 

Ela se debateu, chorou, mordeu a algema, quase quebrando seus dentes que, depois, ficaram bem doloridos, mas nada funcionou. Então tornou a puxar o pulso. Ela era magra e a algema parecia estar larga, então puxou com toda a força que podia reunir. Suas mãos começaram a sangrar, mas ela não ligou e continuou. Um estalo tilintou perto dela intensificando seu desespero. Ela puxou tanto, que sua mão ficou branca e depois começou a ficar roxa. 

- Pare! – escutou uma voz dizer, e alguém segurou suas mãos. 

- Harry! Harry é você? – ela perguntou, aliviada. – Por favor, me liberte! – disse ela, oferecendo-lhe a mão, mas a voz não respondeu nada, apenas massageou-lhe a mão dormente. 

- H-harry? – disse ela, tremendo, imaginando que talvez não fosse Harry quem ouvira. 

A pessoa, seja quem fosse, afastou-se dela, largando sua a mão e pareceu se afastar, descendo alguns lances de escada. 

Hermione ficou parada por um instante, mas recomeçou a forçar a corrente, tentando passar a mão pela algema e se libertar. O sangue agora fluía livremente dos pulsos cortados, mas Hermione não ligou para dor. Quando sentiu alguém se aproximar novamente, arrastou, recuando para trás, até atingir com as costas a parede. 

- Quem é você? – perguntou ela, assustada. 

O homem segurou suas mãos novamente e, com um pano, começou a derramar água sobre seus pulsos, aliviando a dor. 

- Quem imagina que é? – perguntou a voz, novamente. Tinha um tom de desanimo e tristeza naquela voz. 

- Você entendeu tudo errado, Harry! – disse ela, sentindo seu coração bater alto. 

- Dumbledore está morrendo; Krum, Shakebolt e Moody estão mortos; Snape perdeu um dos olhos e os Weasley enlouqueceram sendo torturados.... eu acho que entendi tudo certo, Mione ou será que devo chamá-la de Filha do Lord das Trevas. 

Hermione silenciou. Havia uma estranha tensão no ar. Uma tensão que culminaria a qualquer instante. Ela apertou os olhos e deixou uma lágrima percorrer seu rosto. 

- Eu deveria matá-la! – disse a voz, de repente, e Mione sentiu quando duas mãos se fechavam sobre o seu pescoço. 

Hermione não tentou resistir. Achou que seria pior se o fizesse, mas ficou apavorada quando sentiu uma pequena pressão sobre seu pescoço. 

- Por favor, Harry! Por favor! – suplicou ela, segurando seus braços com as mãos, embora soubesse que não seria forte para impedi-lo se ele insistisse, a não ser que o legitimentasse.  

- Seu pai não foi misericordioso com os Weasleys... por que eu deveria ser misericordioso com você. FALE! 

Hermione começou a chorar, e resolveu espalmar as mãos no peito de Harry. 

- Você foi acolhida por eles, Mione! Arthur e Molly a acolheram em sua casa e a trataram como se fosse filha deles. COMO VOCÊ PÔDE! COMO DEIXOU ISTO ACONTECER! 

- H-harry! – disse Hermione, sentindo que o ar passava com dificuldade por sua garganta. – Não pode me matar agora! Não agora! Você entenderá! Você entenderá! 

- MESMO? – disse Harry largando o pescoço de Mione, fazendo Hermione cair no chão com estrondo. – Eu não posso te matar... eu não poderia, mas saiba que nunca mais olhará o sol nascer novamente! A escuridão é tudo o que você merece. A podridão, a imundice é seu mundo agora, um mundo que terá de compartilhar com ratos e baratas até o fim de seus dias, Hermione! Mas não se preocupe! Eu não deixarei que morra. Você implorará para que eu a mate, mas, ainda assim, eu não terei piedade. Você viverá... até o dia em que os Weasleys morrerem... 

tap.

O tapa atingiu a face de Hermione com estrondo, o que a fez chorar mais ainda, embora silenciosamente. 

- Eu cuspiria... mas não quero gastar minha saliva com quem não merece! 

Quando Harry saiu da sala, Hermione cobriu o rosto que ardia com as mãos, enquanto sentia as lágrimas quentes fluírem de seu corpo. 

- VOCÊ DESCOBRIRÁ TARDE DEMAIS QUE EU NÃO SOU QUEM PENSA QUE SOU! – gritou Hermione, sentindo que Harry parava sobre um dos degraus da escada. – E eu nunca mais o perdoarei, Harry... não desta vez... 

- Eu não quero descobrir quem você é, meu amor... – disse Harry, baixinho, olhando para cima, de modo que Mione não o escutasse. Nunca a imaginou desertando-o, traindo-o de forma tão vil e baixa e imaginou que não poderia haver coisa pior para Hermione fazer...

Harry descobriria TARDE DEMAIS que havia...


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