20 Dias Com Percy Jackson escrita por Lyna


Capítulo 12
My tale of failures


Notas iniciais do capítulo

Explicação pela demora: Prendi meu dedo na porta do banheiro ele ficou parecendo uma salsinha verde, inchada, cheia de pus e nojenta pra caramba, fim! E sim, quatro anões porque as bruxas comeram os outros três e eu estava com preguiça de fazer mais três personagens!



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Era uma vez, um reino encantado, onde vivia uma variedade de seres esquesi... Mágicos, tantos que não seria possível citar todos. Nesse mesmo reino, havia uma garotinha chamada Annabeth Chase (uma das únicas pessoas normais que podia se encontrar por lá), de cabelos loiros cacheados e olhos cinza tempestuosos, que não tirava por nada nesse mundo (quando eu digo nada, é nada mesmo) seu capuz vermelho. Um dia, essa garotinha resolveu levar uma cesta cheia de doces para sua querida vovozinha, essa que estava doente e...

_ Espere, se ela está doente, porque mesmo eu deveria levar uma cesta de doces para ela? Ela pode ser diabética!

Vai reclamar disso com o autor da história, eu sou só um humilde narrador! Mas voltando ao reino escanta...

_ Além de que esses cupcakes azuis dão uma dor de barriga do caral...

Já mandei reclamar com o autor, agora cale a boca e me deixe narrar à história! Enfim, enquanto andava pela floresta, essa garotinha acabou tropeçando em algo duro e transparente: Um sapatinho de cristal.

_ Você não está seguindo o roteiro da história.

Calada, ou faço você engolir esse sapato!

_Yes, my lady!

Gostei disso... Mas continuando, a garota de chapeuzinho vermelho saiu pela floresta a fora, procurando a dona do belíssimo sapatinho, quando se depara com uma casa extremamente pequena. Resolveu entrar. Abaixou-se para passar pela porta, levando um susto ao ver alguns pequenos seres de barbas enormes e barrigas avantajadas a olhando curiosamente, o que resultou na mesma batendo a cabeça no teto.

_ Entra na nossa casa sem pedir licença e ainda tenta quebrar o teto dela com a cabeça._ respondeu um anão mal humorado, cruzando os braços e olhando raivoso para o lado.

_ Sinto muito por ser uns cinco metros maior que sua casa.

_ Não exagera coisa grande._ olhou indignada para a criatura a sua frente.

_ Não seja tão mal educado, mamãe nos disse para tratar bem as visitas!_ outro anão o repreendeu.

_ Ela invadiu a nossa casa, portanto não é visita!_ ele rebateu, enquanto o outro bufava e revirava os olhos, como se já tivesse tentado fazê-lo parecer legal várias vezes, e pela sua expressão frustrada, nenhuma delas havia dado certo.

_ Indo direto ao assunto, eu estou procurando a dona desse sapatinho de cristal, algum de vocês sabe quem é?_ perguntou, e dois anões, que até agora somente observavam a ‘briga’ dos irmãos, aproximaram-se de Annabeth, olhando para o sapato como se estivessem pensando em um modo de pegá-lo.

_ Olá Senhorita, meu nome é Travis._ o anão 1 centímetro mais alto disse apontando para si mesmo._ E essa criatura feia aqui do meu lado é o Connor._ ele disse com um olhar de desdém, e o outro continuou sorrindo para ela por cinco segundos, até se dar conta do que o irmão tinha dito e virar-se para o mesmo.

_ Hey! Somos gêmeos se ainda não percebeu!_ reclamou indignado.

_ Infelizmente..._ revirou os olhos e os dois anões começaram a discutir. Cansada de ouvi-los falar (e também de sentir suas costas doendo por ter de ficar curvada para caber dentro da pequenina casa) bufou pegando o tal Travis pela gola da camisa e o levantando, com o mínimo de esforço (ok, talvez nem tanto). Os outros três anões, surpresos pela atitude da estranha, apenas arregalaram os olhos. De repente, ouviu-se um barulho, como o de chaves caindo no chão, esse que agora estava com algumas moedas de ouro espalhadas por ele, no mínimo sete delas.

_ TRAVIS! Essa não era a economia que havíamos juntado?_ o anão que parecia ser o mais responsável de todos disse batendo o pé esquerdo freneticamente no chão e olhando interrogativo para Travis com as mãos na cintura.

_ É Travis, você disse que ia dividir comigo. Seu ambicioso! Ficou com tudo para você!_ Connor reclamou. Eles começariam a discutir, se Travis não tivesse gritado:

_ Hey! Eu estou de pernas pro ar literalmente aqui!_ ela disse, se esperneando e chutando o ar a sua volta, como uma tentativa de se livrar das mãos de Annabeth. Aliás, uma tentativa mais inútil do que tentar nadar em areia movediça. _Ok, ok, vamos fazer um acordo._ Annabeth franziu a testa.

_ Um acordo?_ o anão assentiu._ Que tipo de acordo?_ ela perguntou interessada.

_ Eu e Connor te ajudaremos a encontrar a dona desse sapatinho, se em troca você encontrar um príncipe encantado que possa acordar a nossa amiga._ A cabeça da pequena garota de chapeuzinho vermelho ficou ainda mais confusa.

_ Me mostrem essa amiga._ e assim eles levaram-na para o quintal, onde, em cima de um caixão de vidro, uma bela moça de pele pálida e cabelos pretos repicados adormecia.

_ Ela parece meio..._ Annabeth tentava encontrar palavras.

_ Punk?_ Connor disse e ela assentiu.

_ Mas então, vai nos ajudar ou não?_ Travis perguntou, ainda sendo carregado por Annie. Ela pensou por alguns instantes, e depois lhes disse:

_ Tudo bem, eu ajudo vocês se me ajudarem._ e assim eles partiram em busca da dona do belíssimo sapatinho de cristal, e agora, também de um príncipe encantado.

Algumas horas depois de sair da pequenina casa, já era noite. Estava escuro, e a única claridade que conseguiam e que se podia enxergar era a do lado da Lua que não estava sendo coberto pelas nuvens cinzentas como os olhos de Annabeth, porém menos intensas.

– Acho melhor fazermos uma fogueira e dormimos aqui mesmo, meus pés estão doendo e está tarde demais para andarmos pela floresta. – Travis sugeriu e Annabeth apenas balançou a cabeça positivamente, enquanto olhava para todos os lados com a mochila nas costas. Haviam pegado alguns suprimentos na casa dos anões, e Annabeth trocara alguns doces por sacos de dormir em uma pequena cabana de sobrevivência a vários quilômetros atrás.

Meia hora depois e já se podiam ouvir os roncos dos gêmeos anões. Annabeth se contorcia (ou tentava) no saco de dormir, preocupada com algo, um pressentimento, coisa de sexto sentido, só não sabia se seria algo bom ou ruim. Segundos depois, bocejou, sentindo o sono lhe invadir levemente. Olhou para a fogueira a sua frente, fechando os olhos bem devagar, e quando estava quase pegando no sono, ouviu um barulho, mínimo, quase que imperceptível como o de um galho sendo quebrado por ter sido pisoteado. Manteve-se em alerta, fingindo estar dormindo, porém com um dos olhos levemente abertos. Olhou pela fresta entre as pupilas e pálpebras, vendo sombras humanas embaçadas pelos seus grandes cílios. Abriu um pouco mais seus olhos, vendo um homem, ou garoto, não sabia ao certo, aproximar-se da fogueira. Ou melhor, da cesta de doces. O viu pegar a mesma, e começou a andar de fininho para o caminho o qual tinha saído, e, aproveitando que ele estava de costas, pegou um dos “tacos” de madeira do fogo e apontou para o garoto, gritando:

_ Quem é você e onde pensa que vai com essa cesta?_ perguntou e o garoto parou, se virando para ela. Ele deveria ter a sua idade, com cabelos desembrenhados e completamente bagunçados, castanhos e rebeldes, e olhos verdes penetrantes como o oceano. Teria ficado horas apenas olhando para a imensidão verde a alguns poucos metros de distancia, porém Travis e Connor acordaram, observando a situação e depois correndo para trás de Annabeth.

_ Sou apenas um ladrão, o qual uma garota com uma cesta tão farta de doces não deveria se importar._ Annabeth franziu a testa, pensando um pouco. Começou reparando em suas roupas estranhas: Usava um chapéu verde na cabeça, um tanto que “pontudo” com uma pena ruiva, e, presos em uma alijava em suas costas estavam enormes arco e flechas. Também usava um cinto marrom por cima de um tipo estranho de “vestido” verde que ia até um pouco acima dos joelhos, e, abaixo deste, uma calça bege e larga, com um chinelo qualquer nos dedos. Ladrão...

_ Você tem algas na cabeça ou o quê? Eu bolaria um plano melhor para roubar cestas de doces de pessoas adormecidas._ disse levantando o nariz, e o garoto gargalhou jogando a cabeça para trás.

_ Algas na cabeça? E como assim você está preocupada com meu plano para roubar esta sua cesta do que com o fato de que sou um ladrão?_ ela jogou o “bastão” de madeira na fogueira, que faiscou na hora.

_ Leve-a, são apenas doces, não vão fazer diferença para mim. Agora, se puder fazer o favor de ir logo e deixar com que eu e meus companheiros durmamos em paz..._ deixou a frase no ar, e ele a olhou interrogativo, com a testa franzida. Depois, sorriu levemente.

_ Deve haver um preço para que eu poça levar a cesta não é mesmo?_ ela rolou os olhos.

_ Primeiro: Desde quando um ladrão pergunta o preço antes de levar algo? E segundo..._ pensou um pouco._ Tem um preço sim._ ele riu.

_ E o que seria?_ ele perguntou, se recostando na árvore mais próxima que encontrou. Parecia até que achava interessante discutir com ela.

_ Quero que me ajude a encontrar a dona de certo sapato._ não entraria em detalhes sobre o sapato, afinal, continuava sendo um ladrão que estava bem a sua frente._ E um príncipe encantado para acordar a amiga destes dois anões e seus dois irmãos._ ele sorriu em resposta.

_ Uma busca? Tudo bem por mim. Aliás, qual o nome da Senhorita Sabidinha?_ perguntou um tanto galanteador. Ela revirou os olhos.

_ Annabeth. Annabeth Chase. E você seria...?_ perguntou e ele sorriu, e Annabeth viu um brilho brotar nos belíssimos olhos verdes.

_ Me chame de Robin. Robin Wood

Annabeth acordou já exausta, com as costas doendo e as pernas levemente dormentes. Olhou para o lado, vendo os dois anões roncarem, porém não encontrou o seu “novo companheiro de busca” ali perto. Suspirou, já sabia que aquela era a possibilidade mais aceitável; A de que ele iria embora com a cesta e os deixariam para ir para a sua tão querida floresta e dar os doces para os pobres, para depois voltar e simplesmente roubar mais coisas e fazer o mesmo que antes. Suspirou uma segunda vez, por um momento de insanidade realmente havia tido alguma esperança de que ele estaria lá na manhã seguinte. Sentiu-se burra, ele era um ladrão, não um comerciante! Decidiu levantar-se e em seguida arrumou tudo o que podia. Saiu pela floresta, não se afastou muito de onde os anões estavam e meia hora depois voltou com amoras, morangos e maçãs, além de algumas ervas que havia encontrado. Seu tio, Apolo, havia lhe ensinado um pouco sobre medicina, e também sobre essas tais plantas medicinais tão conhecidas. Acordou os gêmeos, e depois de comer um pouco, arrumaram suas coisas e saíram novamente pela floresta a fora. Depois de algum tempo andando, Travis encostou-se a um tronco de árvore bem verde e cheio de folhas.

_ Estou pronto para desistir._ disse suspirando._ Onde é que encontraremos um Príncipe encantado e de quebra a dona de um sapatinho de cristal?_ disse olhando para baixo.

_ Vamos encontrar Travis, nem que tenhamos que sair pelo país inteiro procurando._ Ela lhe garantiu sorrindo um tanto que docemente. De repente, ela franziu a testa._ No que você está encostado?

_ Em um tronco de árvore qualque..._ interrompeu-se, olhando para cima.

_ Isso é..._ Connor começou.

_ Um pé de feijão gigante._ Annabeth engoliu em seco. Depois de olhar a que altura o final daquilo poderia estar do chão, disse decidida:_ Vamos escalar.

E assim os três começaram a escalar enorme o pé de feijão. Mais ou menos uma hora e meia depois, eles passaram das nuvens, e chegaram ao fim da “planta”, se é que se podia chamar algo de tal tamanho de seu nome normal. Suspiraram cansados.

_ O que..._ Connor começou.

_ É aquilo?_ Travis completou. Ambos apontaram para um caminho de rochas flutuantes que levava a um castelo gigante.

_ Eu já me sentia baixinho, agora então..._ Connor disse com os olhos arregalados. Annabeth pensou um pouco. Porém não deu tempo nem de ao menos decidir se deveriam dar meia volta e irem embora ou apenas prosseguir, já que o trio ouviu um som de louças ( também gigantes provavelmente) sendo quebradas, jogadas no chão e na parede, e até para fora do castelo. Travis desviou de uma xícara de chá gigante.

_ Vamos embora ou prosseguimos?_ ele perguntou, mas antes que os outros dois falassem alguma coisa, um pássaro gigante pegou os três com o bico, levando-os para o castelo.

_ O que é isso?!_ Annabeth perguntou, gritando devido ao barulho que as asas faziam ao vento.

_ Eu esperava que você soubesse!_ Connor respondeu na mesma altura. Annabeth conseguiu olhar para cima, finalmente reparando que o que os levava não poderia ser um pássaro. Tinha muitos dentes afiados, seu focinho deveria ter o tamanho dela mesma, era feito de bronze, e dois enormes olhos de rubis olhavam em direção ao castelo. Parecia um...

_ DRAGÃO!_ Travis gritou, e segundos depois, eles e o enorme dragão de bronze aterrissaram. Travis e Connor se esconderam atrás de Annabeth, que olhava bem no fundo dos olhos do dragão. Poderia parecer algo idiota, mas pela expressão dele, parecia que não iria devorá-los vivos, ou usar suas peles como tapetes. Parecia mais estar pedindo ajuda. Annabeth deu um passo para frente, pouco hesitante, e o dragão trombou a cabeça para o lado, como se perguntasse: “Não tem medo que eu transforme você em uma ração para autômatos gigante e suculenta?”.

_ Você... Quer ajuda?_ disse mordendo os lábios, e Travis soltou uma risada nervosa, enquanto ele e Connor tentavam decidir quem ficaria atrás de quem.

_ Sabia que era estranha desde que te vi, mas não ao ponto de falar com uma maquina Annabeth._ o dragão soltou fumaça pelas narinas em direção a Travis, que se escondeu ainda mais atrás de Connor. Ele voltou a olhar para a garota de capuz vermelho. E então, esticou o focinho, apontando para o castelo.

_ Quer que entremos?_ por um estranho momento ele assentiu. Sim, o dragão assentiu.

_ Annabeth, por acaso você não quer que sigamos as ordens dele e entremos aí não é mesmo?_ Connor perguntou rindo um tanto nervoso.

_ Quer isso ou prefere virar ração para dragões?

E assim, o trio entrou no castelo pela janela, com uma pequena ajuda do “novo amigo”. Assim que entraram, escorregaram para o chão pela cortina, encontrando milhares de louças quebradas no chão, um gigante ciclope (que Annabeth tinha quase certeza que era cego) e um garoto de aparentemente sua idade (e felizmente, de seu tamanho). Ele parecia um elfo latino do Papai Noel, com cabelos pretos encaracolados,orelhas pontudas, uma cara alegre e infantil e um sorriso travesso no rosto. Como ele conseguia sorrir mesmo estando sendo perseguido por um gigante oitenta vezes maior que ele ela não sabia, mas sua expressão dizia logo que ele era alguém que faria piadas até mesmo enquanto dormia.

_ Leo!_ gritou uma garota de dentro de uma... Gaiola. Era muito bonita, muito bonita mesmo, com cabelos castanho chocolates cortados de forma desigual, e seus olhos pareciam mudar de cor – marrom, azul e verde.

_ Fique calma Piper, vou tirá-la daí!_ ele disse e a garota gritou para o gigante:

_ Eu já disse que não sou uma pata!_ gritou e o gigante rosnou;

_ Pois vai ficar presa aí até que bote ovos de ouro, como minha querida Godofreda fazia._ Travis fez careta.

_ Quem é que dá o nome de uma pata de Godofreda?_ sussurrou para Connor, que deu de ombros.

_ Travis, dê um jeito de abrir aquela gaiola e tirar a tal Piper de lá, enquanto eu e Connor distrairemos o gigante._ Connor arregalou os olhos.

_ Por que é que eu sempre fico com o trabalho mais perigoso?_ Annabeth puxou-o pela mão.

_ Vamos logo._ ela disse. Subindo pela toalha quase toda fora da mesa, conseguiu chegar ao topo, escondendo-se atrás de um buli de chá com o triplo do seu tamanho. Viu uma xícara de chá virada para baixo e teve uma idéia maluca, mas que poderia distrair o gigante até Travis conseguir tirar a garota de lá. Viu Connor terminando de escalar a mesa.

_ Connor!_ o anão a olhou._ Vamos descer._ ele sorriu aliviado._ Não o pé de feijão seu idiota, a mesa!_ ele fez uma expressão triste. Escorregaram pela toalha de mesa por meio de duas xícaras, e quando chegaram ao chão, pegaram a toalha pela ponta e começaram a puxar com todas as suas forças. Depois de alguns segundos, o garoto elfo estava quase sendo morto pelo gigante.

_ Droga! Somos pequenos demais._ de repente, viu uma estátua a menos de cinco centímetros de distancia da mesa, de um homem com um tridente na mão._ Connor, tente puxar até a estátua!_ os dois começaram a fazer força. Finalmente conseguiram, e Annabeth amarrou a ponta da toalha na parte baixa do tridente. Pediu mentalmente que, quem quer que fosse o homem da estátua, não tentasse lhe matar pelo que ela iria fazer. Suspirou, e então, começou a gritar._ Hey, seu gigante nojento! Seja como for que essa sua pata desapareceu, aposto que foi de não agüentar mais ver essa cara monstruosa!_ Logo depois de dizer isso, se arrependeu, pois pelo olhar do gigante ela já conseguia se ver sendo esmagada com aquela mão gigante sem o mínimo de esforço. O garoto elfo a olhou curiosa, depois voltando o olhar para a tal Piper, que neste momento estava sendo libertada por Travis.

_ Quem vocês, criaturas minúsculas e insignificantes, acham que são para me desaforar assim?_ como esperado, o gigante estava vindo em sua direção, sem nem ao menos perceber a toalha amarrada na estátua.

_ Ninguém tão feio quanto você!_ logo depois disso, pegou Connor pela mão e os dois começaram a correr. O gigante a seguiu, sem pressa, e, seguindo seus cálculos, ele tropeçou, começando a cair, quase em cima deles, que escaparam por pouco. Quando o gigante caiu no chão, já parecia praticamente proto para levantar, quando toda sua louça enorme começou a cair sobre ele. O dragão de bronze entrou pela janela, pegando Leo entre os dentes, e colocando Piper e Travis nas costas. Quando pronto para sair, o grande ciclope pegou-o pela cauda.

_ Ninguém, absolutamente NINGUÉM, roubará minha pata outra vez!_ ele disse em um tom severo. Antes que pudesse raciocinar direito, Annabeth simplesmente lançou sua faca em direção ao único e gigante olho do ciclope. O mesmo urrou de dor soltando o dragão, que conseguiu empurrar com um pouco de força, a estátua para cima do gigante.

_ Quem é insignificante agora seu babaca?_Travis perguntou ao ver o ciclope desmaiado em baixo da estátua.

_ Calado Travis!

Depois de descerem do pé de feijão gigante, todos estavam exaustos. Sentaram-se sob o mesmo, respirando ofegantes e suados.

_ Agora vamos as apresentações; Meu nome é Leo, e essa é minha melhor amiga Piper. Vocês são?_ Leo perguntou depois de recuperar o fôlego.

_ Meu nome é Annabeth, e esses são Travis e Connor. Travis é o um milímetro maior._ Connor a olhou indignado e depois os cinco se cumprimentaram. O dragão rosnou.

_ Oh, claro, e esse é Festus, meu melhor amigo, fui eu quem o construí._ ele disse olhando orgulhoso para o dragão. Porém logo seu sorriso tratou de desaparecer, ouvindo o som de sua barriga roncando, o que aconteceu logo depois com os outros quatro._ Acho melhor encontrarmos algo para comer antes que escureça; acreditem em mim, essa floresta a noite não é nada agradável.

Depois de um bom tempo procurando, o sol já tinha se posto. O grupo ainda procurava desesperadamente por alimentos, até que finalmente se cansaram. Leo sentou-se em cima de uma pedra, suspirando.

_ Droga._ Annabeth bufou._ Da próxima vez vou pensar bem antes de entregar minha cesta de doces para um estranho. De repente, um cheiro doce invadiu-lhe as narinas (N/A: Engoli um dicionário e comecei a detalhar demais)._ Leo._ chamou e o garoto lhe olhou._ No que você está sentado?

_ Em uma pedra oras..._ olhou para onde se sentava, arregalando os olhos e se levantou rapidamente. _ Isso é... Neve?_ Annabeth agachou se, pegando um pouco do branco no dedo indicador (N/A: detalhes, malditos detalhes...) e provando. Phoebe arregalou os olhos.

_ O que você..._ foi cortada por Annabeth.

_ Calada Phoebe! Estou analisando...

_ É Piper..._ rosnou, e a loira a ignorou.

_ Isso é chatilly._ Leo também provou.

_ É mesmo!_ disse, em seguida entupindo-se daquilo.

_ Pare de lamber o chão Leo!_ Phoebe... Piper deu um tapa na cabeça do amigo.

Annabeth ignorou a discussão que começava, empurrando alguns galhos e folhas para o lado, vendo uma...

_ Pessoal, vejam isso._ os chamou, fazendo o grupo prestar atenção na loira de olhos tempestuosos.

_ Eu estou literalmente no paraíso..._ os olhos de Leo brilharam ao ver a casa feita de doces._ WAFFLES, CAUDA DE CARAMELO, AÍ VOU EU!_ gritou, correndo em direção a casa, logo em seguida sendo parado por Annabeth.

_ Quais são as probabilidades de uma casa de doces estar dando bobeira no meio da floresta sem que seja uma armadilha?_ perguntou e Connor deu de ombros.

_ 100%, se estamos vendo uma nesse instante!_ Annabeth rolou ao olhos.

_ Que seja, não importa o que aconteça, nenhum, repito, NENHUM de nós, entrará lá dentro. Vamos embora daqui._ assim que o grupo se virou, Connor gritou:

_ TRAVIS!_ e a última coisa que viram, foi o pequeno anão sendo puxado para dentro da casa de Waffles, Chantilly e sorvete de morango com cauda de caramelo por uma mão asquerosa.

_ O que faremos para salvar Travis?_ perguntou Piper.

_ Eu não sei como! Eu só quero salvar meu irmão!_ dizia Connor, correndo em direção da casa, mas sendo puxado de volta por Annabeth.

_ Se acalmem, iremos dar um jeito. Se salvamos dois adolescentes de um gigante, podemos salvar um anão de uma bruxa velha!_ ela disse, tentando bolar uma estratégia para entrar lá e resgatar Travis.

_ Festus poderia queimar a casa!_ o dragão assentiu quando Leo se pronunciou.

_ Mas isso poderia machicar Connor!_ falou Piper, e assim começou-se uma discussão. Annabeth novamente os ignorava. Parecia até que já estava acostumada com aquilo. Talvez se um deles se infiltrasse...

_ JÁ SEI!_ gritou Leo, fazendo todos se calarem e voltarem-se para ele._ Piper sabe, eu posso controlar o fogo! Dizem que o melhor jeito de se matar uma bruxa é queimando-a, eu poderia fazer isso sem machucar Travis!_ Connor sorriu.

_ Isso pode dar certo!_ ele disse olhando esperançosamente para Annabeth.

_ Ok. Vá lá como quem não quer nada e comece a... Comer a casa. Ou qualquer coisa que chame a atenção da bruxa e a faça sair de lá. A distraia, enquanto isso eu entrarei lá e pegarei Travis.

_ Eu tenho que ir também!_ dizia Connor, porém foi interrompido por Annabeth.

_ Ninguém mais entrará lá além de mim. Entenderam?_ os três assentiram._ Ótimo. Vamos Leo, eu vou ficar escondida do lado oposta em que você está, pra poder entrar lá sem que ela me veja._ ele assentiu.

_ HEY! Bruxa velha!_ Leo a chamou pela janela, porém ela não o ouviu._ Estou falando com você Sra.Prefiro-anões-a-elfos!_ ela o ignorou. Pegou um pouco de chantilly na mão e fez uma bola, jogando para dentro da casa pela janela. A velha virou-se aos poucos, fazendo Leo tremer. Ela era horrenda, completamente assustadora. Parecia um morcego gigante, com pele asquerosa, garras enormes e presas amareladas. Ela saiu da pequena casa, encarando Leo, em seguida soltando um grito agudo com seu hálito de gambá morto com alho e doces estragados.

_ Sempre gostei de carne de elfos! Já estava cansada de comer anões!_ ela avançou contra Leo, voando para cima dele com suas enormes asas de couro. Ele não sabia que ela voava.

_ Ops, desvantagem para mim._ No último segundo, Leo desviou da bruxa, colocando fogo em uma de suas asas. Ela deu um rito cortante e agudo novamente.

_ Vai pagar por isso seu vermezinho insolente!_ ela disse, voando para o alto, pelo menos a sete metros de distância do chão, e assobiando com sua voz de morcego. Leo pensou que não seria nada demais. O que ela iria fazer? Chamar passarinhos para atacá-lo? Arrependeu-se de pensar isso segundos depois, vendo duas outras velhinhas/morcegos gigantes aparecem ao seu lado. Seguidos por três cães gigantes.

_ Mas o que..._ mal conseguiu completar a frase e um dos cães o atacou. Surpreso, ficou parado onde estava, e quando o totó gigante ia atacá-lo, um vulto preto ainda maior pulou em cima dele. Agora Leo estava confuso de verdade. Um cão gigante defendendo-o de outro cão gigante? Uma das bruxas avançou contra ele, que dessa vez estava preparado. Esperou ela abrir sua boca para dar outro de seus gritos irritantes para lanças uma rajada de fogo dentro dela. A mesma se dissolveu em pó dourado.

_ MEGERA! Vai pagar por isso._ a bruxa do meio rosnou irritada pela morte da irmã.

_ Deixe isso comigo Alectó!_ a velha/bruxa/morcego gigante número três voou para o chão em dois segundos, encarando Leo com suas presas amareladas a mostra. Antes que ela pudesse atacar, Piper lançou sua faca no centro de seu pescoço, a fazendo transformar-se em pó dourado, assim como sua irmã.

_ HEY! Só falta você para fazer campainha para suas irmãs, velha feia!_ disse Piper, e a bruxa que sobrou sibilou para ela, depois soltando uma gargalhada perversa que lhe deu arrepios, como talheres raspando na louça.

_ Não se eu pegar o amiguinho de vocês emprestado._ em meio de cinco segundos, ela já segurava Connor no ar pelo pescoço.

_ CONNOR!_ gritaram Piper e Leo ao mesmo tempo.

_ Vão embora e levem esse bicho enorme com vocês, se não o anãozinho morre._ ela disse, apontando para o cão gigante que havia salvado Leo. Ele conseguira pulverizar o primeiro, porém recuava enquanto os outros dois totós gigantes avançavam.

_ Nós nem sabemos de onde ele veio._ o cão amigo rosnou para Leo.

_ Acho que é uma cadela Leo._ disse Piper, e os dois começaram a recuar.

_ Devolva Connor para nós e sairemos daqui!_ Leo sabia que Annabeth conseguiria se salvar junto a Travis. Ela era a mais inteligente do grupo, além de mais velha. Ela aprovaria a decisão dele e de Piper de fugirem com Connor. A bruxa sibilou.

_ Tirem-no daqui primeiro!_ ela apontou para a cadela, que já estava começando a ficar encurralado pelos outros dois cães. De repente, ouviu-se ao longe uma musica começar a tocar. Era uma flauta.

_ Primeiro: Ela é uma cadela!_ disse uma voz sobre a musica, fazendo a bruxa rosnar.

_ Eu conheço essa voz..._ foi atingida por uma espada em uma das asas, caindo metade de sua distância do chão e dando um grito estridente.

_ Segundo: Ainda não aprendeu a mexer somente com pessoas do seu tamanho Sr.Doods?_ a bruxa rosnou novamente.

_ Não pode ser você..._ ela jogou Connor no chão de chantilly, que desmaiou. Um dos cães foi atingido por pelo menos dez flechas de uma vez, se desintegrando.

_ E terceiro: Deveria prestar mais atenção no que está a sua volta._ de repente, a bruxa foi sendo puxada pelas pernas para o chão por galhos de árvores e cipós.

_ O que é que está acontecendo?_ um garoto de roupas estranhas, cabelos castanhos e olhos verdes apareceu dentre as árvores, e a espada a qual perfurou uma das asas do morcego gigante estava em suas mãos novamente. Os cipós começaram a apertar o pescoço da bruxa._ Você..._ ela rosnou.

_ Não é porque eu já te matei uma vez que você deve prestar mais atenção em mim do que na musica. Logo você, que já matou e devorou tantos sátiros, não reconheceu a canção tocada pela flauta?_ ele riu brevemente._ Eu poderia deixar essas plantas te enforcarem até virar pó dourado, porém como eu sou uma pessoa muito legal, vou te matar de uma vez para que não sinta tanta dor._ E segundos depois, as plantas voltavam para seu lugar abaixo do chantilly, que começou a derreter, e os doces da casa começaram a desaparecer, como se o efeito que as bruxas causavam ali tivesse ido embora junto com elas. As três tinham sido pulverizadas.

Annabeth escancarou a porta da casa, que agora era feita completamente de madeira. Tudo tinha voltado ao normal. Dois outros garotos saíram da floresta. Um deles era metade homem e metade bode, tinha chifres não muito grandes crescendo abaixo do cabelo cacheado e carregava consigo uma flauta. Já o outro era um rapaz negro, com carranca permanente e músculos de um jogador de beisebol profissional e tinha um arco e uma flecha nas mãos calejadas (N/A: Desculpem pessoas, eu precisava colocar alguém com arco e flecha e o Percy não podia ser né). O garoto de olhos verdes olhou para a cadela gigante, que tinha espantado seu “amiguinho” floresta a fora.

_ Muito bom trabalho Sra. O'Leary._ a cadela correu em sua direção, lhe dando um banho de baba de cachorro enquanto ele acariciava sua cabeça._ Vamos Sra. O'Leary, eu estou bem! Não precisa se preocupar!_ ele olhou para os dois amigos._ Charles, Grover, vocês estão bem? (N/A: Só lembrando que na história original, Robin Wood tinha dois melhores amigos)_ ambos assentiram.

_ Robin?_ perguntou Annabeth ao garoto. Ele lhe sorriu galanteador.

_ Sinto muito que tenha tido uma péssima primeira impressão da minha pessoa, apenas acordei mais cedo para chamar meus dois companheiros e minha cadela de estimação._ ele disse, batendo levemente na orelha da cadela, que latiu feliz (?).

_ C-ca-dela de est-timaç-ção?_ gaguejou Leo.

_ Super simpática ela não?_ ele perguntou sorrindo.

_ Percy, porque ela está te chamando de Robin?_ o jogador de beisebol perguntou. Robin/Percy congelou.

_ Percy? Espera, acho que estou entendendo mais nada._ Annabeth disse, logo em seguida dando de ombros. Connor acordou, levantando-se rapidamente e começando a correr quando viu o irmão em pé ao lado de duas crianças.

_ TRAVIS!_ ele lhe abraçou tão forte que o gêmeo ficou roxo.

_ Acho melhor deixá-lo respirar Connor._ riu Piper.

_ Bom, esses são Nico e Bianca, eles também foram capturados pela bruxa velha._ ela disse, e a garota sorriu sem graça. Os dois eram muito parecidos, com peles pálidas e olhos e cabelos negros._ Aliás, eu perdi alguma coisa aqui?_ Piper estava prestes a responder quando uma luz extremamente forte e brilhando quase os cegou, vinda de cima da casa de madeira. Conforme ela ia descendo na direção dos jovens, pode-se ver que era uma...

_ Fada?_ Leo desmaiou, e Festus tombou a cabeça para o lado, como se estivesse em dúvida. A fada parou de brilhar, agora podendo ser vista diretamente. Tinha cabelos marrons e olhos azuis, além de muito bonita, aparentava ser simpática. Charles corou, com os olhos brilhando ao vê-la.

_ Meu nome é Silena. Sou uma enviada de minha mão para conceder-lhes três pedidos._ Antes que Connor e Travis pedissem fartura para o resto da vida, Annabeth disse.

_ Alimento o suficiente para todos nós e para as pessoas que Robin... Percy ajuda._ ela disse, e o garoto de olhos verdes a olhou agradecido.

_ Providenciaremos o que for preciso para ela e para vocês. Ainda tem mais dois pedidos._ ela olhou para Piper.

_ Tem algo que você ou Leo queiram?_ ela negou. Olhou para Charles e Grover.

_ Já está nos ajudando._ o garoto bode disse. Percy assentiu como se pensasse o mesmo.

_ Travis e Connor?_ eles se olharam.

_ Somente que encontre um príncipe encantado que possa desfazer o feitiço que Hera jogou sobre nossa amiga Thalia._ Silena sorriu para eles.

_ Nico, Bianca..._ ela não precisou terminar a frase para que ambos negassem com a cabeça.

_ Agora só falta você Annabeth._ a loira arregalou os olhos.

_ Eu? Mas eu já fiz um pedido._ a fada sorriu novamente.

_ Fez um pedido por todos, não por você. Faça._ ela insistiu. Annabeth hesitou um pouco antes de pedir.

_ Quero encontrar a dona deste sapatinho de cristal._ ela disse mostrando o sapato para a fada. Os olhos da mesma brilharam.

_ Você não precisa mais disso Annabeth._ sua expressão era de dúvida. Silena pareceu ler seus pensamentos._ O sapato é de quem encontrá-lo. Agora ele lhe pertence. Calce-o, é seu._ Annabeth arregalou os olhos, e antes que pudesse sequer argumentar, a fada desapareceu. De repente, ela estava calçada com o sapato, ainda somente um par.

_ Mas o que..._ Uma carruagem puxada por dois cavalos brancos apareceu por entre as árvores, da qual desceu um garoto com olhos azuis como o céu e cabelos loiros cor de areia. Ele olhou para os pés de Annabeth, e arregalou os olhos.

_ Qual seu nome?_ ela hesitou.

_ A-Annabeth, Vossa Alteza._ ela engoliu em seco. Ele voltou a carruagem, pegando um embrulho delicado, e o abrindo. De lá, ele tirou o outro par dos sapatos de cristal.

_ Acho que você é a rainha que eu procuro._ o queixo do grupo inteiro caiu.

Foram precisas três carruagem para levar o grupo para o castelo, e Festus foi as seguindo pelo céu, carregando Sra. O'Leary e Leo, que continuava desmaiado. Um banquete foi servido para os visitantes, já que eram amigos da mais nova “rainha”. Annabeth ainda estava um tanto atordoada com tudo aquilo que estava acontecendo, e percebeu que Percy, Charles e Grover também estavam desconfortáveis, devido ao fato de que eles não jantavam com pessoas ricas, eles roubavam pessoas ricas. Assim que todos acabaram de comer, o príncipe, tal que descobriram se chamar Luke, pediu a atenção de todos para que pudesse falar.

_ Bom, depois de várias semanas de busca, finalmente encontrei a minha rainha._ Annabeth corou, desconfortável._ Porém, mesmo que eu já a tenha encontrado, ainda preciso fazer o pedido para que ela seja oficialmente a rainha de todo o reino encantado. Então, Annabeth, quer se casar comigo?_ o palácio ficou em silêncio total durante cinco minutos, até a loira pronunciar-se.

_ Sinto muito príncipe Luke, mas não tem como aceitar sua proposta se eu nem ao menos sou a dona do sapato de cristal. Apenas o encontrei caído na estrada._ ele engoliu em seco.

_ Ainda assim, não posso governar o reino sem uma rainha, e com meu pai perto de falecer, terei que me casar logo. Não me importo com o sapato. Ele pode ser de cristal, de plástico ou até mesmo de papel (?), eu só preciso de uma rainha para dividir o trono._ Annabeth pensou um pouco, até sorrir e lhe dizer:

_ Então eu já tenho a escolha certa para você.

Chegando perto do caixão de vidro no belo jardim dos anões, Luke ficou impressionado com a beleza de Thalia.

_ Ela é linda..._ chegou cada vez mais perto dela, e antes que pudesse beijá-la, ouviu-a exclamar:

_ Se por acaso ousar sequer tocar em um fio de cabelo meu, cortarei seu corpo em várias fatias para servir as plantas carnívoras da floresta._ Travis, Connor e os outros dois anões riram. Já conheciam o gênio da amiga.

_ Mas espere._ disse Piper._ Se Annabeth não é a dona do sapatinho, então quem é?_ Logo que ela terminou de falar, eles ouviram um grito vindo dali de perto. Foram todos correndo para ver o que era.

_ Eu já falei que não tem como eu jogar as tranças se eu cortei meu cabelo!_ disse uma garota ruiva, com olhos verdes e expressão irritada do alto de uma torro sem qualquer porta, apenas uma janela da qual ela falava com uma pessoa.

_ E o que eu faço então?_ perguntou um garoto que aparentava ser mais novo que ela, de olhos azuis elétricos como os de Thalia e cabelos loiros. Piper corou sem nem ao menos saber o porquê.

_ Que tal tentar encontrar os meus sapatos de cristal? Eles arrecadaram um bom dinheiro para que eu possa doar as crianças carentes da floresta!_ Percy sorriu.

_ HEY!_ chamou a atenção ela._ Estou com seu sapato, se não se importar, eu e meus amigos poderíamos vendê-lo e usar o dinheiro a favor dos pobres._ ela sorriu para o desconhecido.

_ Viu Jason? O garoto mal me conhece e já me ofereceu um favor, e você fica aí, parado que nem uma besta, gritando pro mundo inteiro ouvir para que eu jogue minhas tranças recém cortadas!_ ela cruzou os braços, e o garoto suspirou olhando cansado para o chão, logo depois voltando seu olhar para o grupo, que acidentalmente encontrou com o de Piper. Ambos coraram, e Leo fechou a cara.

_ Festus, poderia buscar a ruivinha lá em cima, por favor?_ pediu sem humor, de braços cruzados, vendo Piper e o tal Jason se encararem corados. Festus a tirou da torre pela janela sem grade, e antes da frase final de todos os contos de fadas, um pequeno resumo do que aconteceu dali em diante:

Thalia e Luke se casaram, com a condição de que os quatro anões e Bianca e Nico di Angelo pudessem viver junto deles no palácio. Leo conseguiu se dar bem com Jason, até virarem melhores amigos e formarem um trio junto de Piper, apesar do garoto elfo ser um tanto ciumento em relação a... Amiga. Grover se casou com uma ninfa da floresta chamada Júniper, e Silena apareceu novamente para Charles. Rachel passou a morar com as crianças carentes na mesma aldeia em que Percy, esse que se casou com Annabeth, essa que finalmente percebeu que, mesmo que indiretamente, Silena havia concedido os três desejos que fizeram. E todos...

_ ESPERA! Desde quando eu estou casada?

Viveram...

_ Desde que eu te pedi em casamento e você aceitou, docinho.

Felizes...

_ Mas ninguém escreveu essa cena! Parem com isso, está tudo errado!

Para sempre.

_NÃO!!!

*****************************************************************************

_ Percy._ Grover chamou o amigo, esse que estava vendo qualquer coisa na TV do apartamento de Annabeth enquanto tomava uma bebida qualquer que havia encontrado na geladeira.

_ Algum problema Grover?_ ele perguntou olhando para o garoto.

_ Comigo não, mas acho que Annabeth está tendo um pesadelo._ disse referindo-se a amiga, que babava enquanto se contorcia no sofá oposto ao de Percy. O mesmo deu de ombros.

_ Deve estar sonhando com aranhas ao algo assim.


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Notas finais do capítulo

Aaaaalguéem?