If There's A Future We Want It Now. escrita por Triz


Capítulo 9
Eight. - Fred.


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM RESOLVEU APARECER DAS TREVAS GALERA, HUE, EU!
Ok, parei. Por favor, por favor, por favor, LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Acordei sentindo algo bater incomodamente minha cabeça, e um pergaminho caiu enrolado sobre meu peito.

Suspirei e abri os olhos, e quando o fiz, pude ver uma coruja de ponta cabeça, que mexia a cabeça de um lado para o outro, e logo depois solto um pio.

Irritado, eu me sentei na cama, afastando o emaranhado de cobertas pesado que estava embolado sobre meu corpo magro. Ajeitei o travesseiro encostando-o a cabeceira da cama, e desenrolei o pergaminho:

Weasley, como vai? Espero que bem.

Disse ao senhor que mandaria mais informações sobre a reunião, não? Então, aqui estou eu, informando-o. Quando der meia noite, no sábado, você e o senhor Malfoy vão se encontrar em frente a sala precisa. Ambos desejaram o seguinte: “um par do armário sumidouro para a mansão Malfoy”, e vão aguardar. É bem simples, o par já está aqui e perfeitamente funcionando, assim que desejaram conseguiram o que desejam, e acabou. Logo estarão aqui, quero que estejam na mansão no máximo meia noite e meia, sem nenhum minuto de atraso, ou sofrerão consequências.

Atenciosamente, Voldemort.

A caligrafia desenhada em perfeitas curvas de maneira itálica se destacava contra o pergaminho amarelado. Amassei com raiva o pergaminho em minha mão e senti a coruja me bicar.

- Hey! O que é? – Protestei. Ela olhou para a janela, que estava fechada. – Ué, como conseguiu entrar aqui? – Então, ela olhou para a porta do quarto, que estava aberta. – Ah, você entrou e alguém te fechou aqui dentro, é isso? – Perguntei, e ela piou, jogando a cabeça para trás. Corujas são animais inteligentes.

Levantei-me e fui até a janela, ela me seguiu e ficou pairando no ar enquanto eu destrancava a janela. Assim que a abri, a coruja parou no batente, olhou para mim, bicou carinhosamente minha mão, piou contente, e voou a céu aberto.

Suspirei, e a fiquei observando. Ela fazia curvas no ar, descia e subia, atravessava nuvens, sentindo a sensação de liberdade, enquanto girava e rodopiava no ar, sentindo o vento bagunçar suas penas pardas.

Senti inveja dela, por ora. Eu queria ser livre como ela, poder fazer o que eu quisesse da minha vida, eu queria poder ser feliz. Mas, de certa forma, ela era condenada. Quando chegasse a seu destino, ela ficaria presa em uma gaiola, só esperando a oportunidade e a permissão de sair novamente para se sentir livre, e ela nunca teria noção de quanto isso aconteceria novamente, ou se aconteceria. Talvez eu tivesse algo incomum com ela; talvez fosse sua versão humana. Mas eu não sentia liberdade em momento algum, a partir do momento em que aquela tatuagem foi exposta em minha pele do antebraço. Sentia-me condenado.

Suspirei pesadamente, e com um feitiço fiz o papel evaporar do meio de meus dedos.

Tomei um banho e vesti meu uniforme. Não fazia ideia de que horas eram só sabia que era sexta feira.

Eu não estava nenhum pouco a fim de ir para as aulas. Talvez ficasse nos jardins, ou no campo de quadribol.

Desci as escadas, saí pela porta do salão comunal e fui até o salão principal; era cedo, todos ainda tomavam o café da manhã.

Tudo bem, Fred, disse a mim mesmo. Vamos lá, é só colocar um sorriso no rosto e fingir que nada está acontecendo, você tem que ser bom nisso, vai se tornar cada vez mais frequente que faça isso.

E era verdade. Então, eu sorri, colocando a máscara de “Fred Weasley bonzinho que não é comensal e não possui nenhum envolvimento com o Lord das Trevas”, e me sentei no lugar de costume, ao lado de Jorge e Lino.

Hermione, por alguma razão, estava distante de Harry e Rony, sentava-se mais a nossa frente, ao lado de Parvati Patil, e conversavam sobre o livro “Hogwarts, uma história”. Ela parecia focada no que dizia, mas eu podia perceber que seus olhos não tinham o tradicional brilho que costumavam ter quando ela falava daquele bendito livro. Confesso que tentei lê-lo, mas não consegui! É desgastante.

Enquanto isso, Harry estava com Gina e Rony com Lilá. Discretamente, passei a observar Hermione enquanto servia meu café da manhã – cupcakes e suco de laranja – e notei que ela hora ou outra lançava olhares desconfortáveis para o lugar onde meu irmão estava sentado. Algo a incomodava, Hermione nunca estivera tão distante deles quanto estava agora.

Suspirei pesadamente assim que terminei meu café da manhã, eu nem sequer tinha conversado com Jorge ou Lino. Acho que nem a minha presença ali eles haviam notado. Eu não queria parecer distante, eu queria ser presente, mas eu não sabia se conseguiria. Eu não sabia se aguentaria ser forte, mas afinal, que escolha eu teria?

Levantei-me dando um cutucão no ombro de Jorge.

- Hey cara, vamos treinar quadribol de noite? – Voar sempre me deixava bem, e talvez eu conseguisse me distrair um pouco pelos ares e esquecer tudo isso. – Faz tempo que não jogo...

- Claro Fred! – Jorge sorriu, apesar de estar visivelmente surpreso.

Sorri de volta, por mais que vontade eu não tivesse, e saí dali.

Passei a tarde pelos jardins, caminhando na grama fofinha, olhando o céu azul, tinha horas que eu chorava, algumas eu sorria, brincava com os pássaros e as borboletas. O sentimento de solidão foi se apoderando de mim, e por vezes chegava a ser desgastante.

Eu não costumava me sentir assim. Eu estava sempre rodeado de pessoas, fossem para a “Gemialidades Weasley”, ou para querer ter uma conversa comigo, era comum existirem pessoas a minha volta, eu era popular, um maroto, eu era Fred Weasley!

O garoto que expulsara a Umbrigde com um dragão de fogo no quinto ano, o batedor do time de Quadribol, o conhecido por seus kits mata-aulas, o parceiro do crime de Jorge Weasley.

Mas eu não me sentia mais assim. Tudo que minha mente produzia em mim era uma imagem de um canalha traidor, que teria que apunhalar TODOS aqueles que estavam a minha volta, um comensal da morte sujo e imundo, que se aliara ao Voldemort por simplesmente não ter escolha em proteger sua família.  E de fato, era isso que eu era.

Foi bom passar algumas horas, sozinho nos jardins. Ajudou-me a pensar, a refletir, e tomar minha decisão: eu faria de tudo para reverter a situação e dar a volta por cima. A profecia não se tornaria verdade. Eu não o ajudaria a retornar ao triunfo. Eu faria o que pudesse para que fosse o contrário, para que o seu tão esperado triunfo pisasse sobre ele.

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- Vamos, Fred? – Jorge perguntou assim que viu meu prato vazio sobre a mesa de jantar.

O grande salão já estava quase vazio, e passara do toque de recolher. Quebrar as regras, mais uma vez.

Fomos para o campo de quadribol.

Ficamos horas e mais horas lá, treinando, rebatendo, e eu por um momento me senti bem, esqueci todos os meus problemas. Eu virei a parte livre da coruja, os pensamentos foram para longe, tudo que me mantinha bem era saber que eu tinha meu irmão comigo.

Queria poder contá-lo. Mas eu sentia medo, sentia medo de descobrirem e prejudicarem a ele.

Foi uma noite legal. Eu consegui rir, sorrir, e esquecer-me do que sou esquecer o porquê estava mal, e até mesmo que eu estava mal. Jorge me fazia bem; talvez precisássemos de mais dias como esse.

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Me deitei na cama, o pijama colocado, os dentes escovados. Meu corpo escorregou no lençol e cetim e se enfiou debaixo das grossas cobertas. Deitei a cabeça no macio travesseiro, e suspirei pesadamente. O dia tinha sido difícil, e teria dias muito piores. Fechei os olhos, e custei para dormir. Já era minha rotina, já era de costume.

E as coisas só tendiam a piorar.

Felicidades eram passageiras. Eu estava destinado a viver com a dor.


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Notas finais do capítulo

Galera, eu sei que o capítulo tá LIXOSO, eu devia no mínimo dar um capítulo descente pra vocês lerem depois de SÉCULOS sem postar.
Seguinte, eu vou ser sincera com vocês: EU TO TOTALMENTE DESANIMADA! Sério, eu to sem inspiração NENHUMA pra escrever NADA, ainda tem um monte de problemas pessoais que estão me deixando pra baixo, e agora vai ser mais complicado ainda pra eu postar porque eu vou prestar Senai, preciso estudar e dar meu sangue pra passar nessa prova. Mas enfim, espero que me perdoem pela demora pra postar.
Eu tentei focar nesse capítulo mais no que o Fred tá sentindo, desculpem por ele ser tão ruim, mas eu to sem criatividade e tal, só que fazia MUITO tempo que eu não escrevia e eu me senti realmente mal por deixar vocês na mão, então tá ai, me perdoem por ele ser tão bleh.