O Namorado Da Minha Melhor Amiga escrita por Bertshead


Capítulo 28
O que vamos fazer?


Notas iniciais do capítulo

Bom, realmente me desculpem por ficar quase 2 semanas sem postar um novo capitulo é que, sem os comentários desanimei e, também não tinha ideia do que escrever. Também teve a história da transferência de servidor do site.. Ainda bem que ele voltou e aqui estou eu com o novo cap. As aulas estão acambando então, prometo que vou tentar postar com mais frequência..
Espero que gostem! :3



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Pov. Anne

Meu sonho, não. Meu pesadelo mesmo começou na festa de ontem. Muitos beijos com Will, até que a Mel nos flagra e sai correndo. Brigo com o Will e saio correndo na mesma direção que ela foi. Lágrimas escorrendo pelas bochechas. Parecia que não conseguia achar a saída. Quando finalmente a encontrei, pisei no gramado e tudo virou um grande buraco negro. Um enorme vácuo. Então o mundo começou a girar, desabei no chão e comecei a chorar mais ainda, só que agora, histericamente.

Acordei com a cabeça latejando, não me lembrando de onde estava, como cheguei ali, o que aconteceu pra eu estar ali.. Então, como um vento forte, as cenas da noite anterior vieram na minha mente. Assustada, cai no colchão e dormi de novo, desejando que nada daquilo realmente tivesse acontecido.

Pov. Will

Como que consegui perder minha vida. Não. Meu mundo. Em poucos segundos? Sim, foi isso o que aconteceu quando a Anne estava com raiva de mim, foi ai que percebi a besteira que havia feito.

Depois que ela saiu correndo não sabia mais o que fazer, então, simplesmente sai da festa e fui embora pra casa. Dormir e tentar clarear meus pensamentos, mas, infelizmente, não foi isso o que aconteceu. Só o que consegui pensar eram as últimas palavras de Anne pra mim: “Viu o que VOCÊ fez? Eu não queria fazer isso AQUI! VOCÊ ME OBRIGOU! E AGORA PERDI MINHA AMIGA! ME DEIXA EM PAZ!”.

Me remexi na cama tentando ficar confortável e tentando não pensar em nada, mas, me remexer na cama só fez a coisa toda piorar. As cenas de quando Anne dormiu aqui em casa após a festa do Con vieram a minha mente.. Então me lembrei dos beijos atrás da árvore no colégio, nossa ida ao parque pra tomar sorvete, minhas “aulas” de skate.. E tudo resultava na fala dela de ontem e o medo preencheu o meu corpo. Medo de não tê-la de volta. Medo de todos aqueles momentos se tornarem lembranças tristes por que eu não poderei repeti-las..

Quando percebi já era 7h da manhã. Me levantei e segui para o banheiro. Tomei uma ducha gelada pra tirar todos os resquícios de bebida que pudesse haver em meu corpo. Voltei ao meu quarto e me vesti. Fui pra lavanderia, peguei o skate que eu comprei para ter aulas com a Anne. Segui pra frente de casa e comecei a embalá-lo, em direção a sua casa.

Ao chegar, apertei a campainha e Dico apareceu ainda sonolento.

– Quero falar com a Anne.. – Disse eu.

– Hãn.. Ela não dormir em casa.. – Disse ele coçando a nuca – Na verdade, achei que estaria com você, depois de tudo o que aconteceu ontem..

– Não.. Ela saiu correndo me culpando por tudo – Disse meio envergonhado.

– Não era pra menos..

Então um silêncio total preencheu o lugar. Até que percebi que não fazia sentido continuar ali.

– Bem, obrigado Dico.

– De nada..

Dei meia volta. De volta à rua, joguei o skate no chão pra começar a embalar. Onde será que a Anne se meteu? Por que não voltou pra casa? Perguntas e mais perguntas rondavam minha cabeça. Então, me veio à mente.

Dei meia volta com o skate e comecei a seguir em direção ao final da cidade. Passei em uma distribuidora e comprei algumas “gordices” como Nutella, guloseimas da Fini, Doritos, Pringles, refrigerante, etc. Quando cheguei à frente do Hotel abandonado, desci do skate e o larguei em cima da grama. Me deitei no gramado que dava inicio ao precipício, sentindo a natureza, a vitamina D atravessando minha pele. Uma sensação de Esperança preencheu meu corpo por inteiro. Sorri. Estar ali era tão tranquilo, parecia que o tempo parava, que não existiam problemas, não existia o passado nem o futuro, só o presente. Só existia a vontade de querer aproveitar tudo àquilo ao máximo.

Fechei os olhos e finalmente dormi.

***

Quando acordei já estava escurecendo e estava morto de fome. Peguei minha sacola lotada de gordices e entrei no hotel. Subi as escadas em direção ao térreo, pois havia tempo que não tinha eletricidade para que o elevador funcionasse. Ao alcançar o último andar - onde não havia parte do telhado e um cercado improvisado para que ninguém caísse, construído por mim -, tive uma grande surpresa.

No colchão de casal que minha irmã me ajudou a transportá-lo para a parte coberta do térreo, se encontrava uma Anne desmaiada. Corri até ela e toquei seu pulso. Ainda estava viva. Corri até as escadas e desci até o 7º andar de 12 andares, o térreo era o 13º. Era o meu andar favorito, pois, dos quartos dava para ver as florestas. Amo a natureza.

Fui ao último quarto do corredor, onde eu costumava guardar minhas coisas mais pessoais. Entrei e peguei uma toalha de mesa um tanto grande, com bandeiras de países que eu havia feito com meu avô. Costuramos as bandeiras dos países para os quais desejávamos ir um dia. Mas ele acabou morrendo em um acidente de trem. Foi tudo o que me restou dele além das maravilhosas lembranças do tempo que passei junto a ele na casa do lago.

Sai do quarto e voltei ao térreo. Estendi a toalha no chão numa parte que não havia o teto. Arrumei todas as gordices das sacolas. Coloquei uma colherzinha em cima do pote de Nutella e dois copos em volta da Coca, que também comprei na distribuidora.

Ao terminar olhei novamente para Anne, ela parecia um anjo. Sorri e me encostei-me à sacada improvisada, apreciando o céu alaranjado que o pôr do sol proporcionava.

Pov. Anne

Quando acordei novamente, estava meio tonta. Me sentei e esperei por um tempo até que tudo parasse de girar. Quando o lugar entrou em foco, olhei em volta. Estava deitada em cima de um colchão de casal sem lençol, no térreo de algum prédio abandonado, pois havia uma parte sem teto e um cercado improvisado para que ninguém caísse.

Reconheci de quando fugi para clarear meus pensamentos. Olhei para o chão, havia uma toalha de mesa um tanto grande costurado com bandeiras de países, em cima, havia “gordices”, como a Mel gostava de chamar. Oh Mel, o que foi que eu fiz?

O mais estranho é que não me lembro de ter comprado nada disso. Então, olhei para o céu alaranjado proporcionado pelo pôr do sol. E foi então que o vi. Olhei pra sacada improvisada e lá estava ele. Seus olhos azuis brilhavam ao olhar para aquela linda cena.

Me levantei e fui em sua direção. Me apoiei no cercado e comecei a apreciar a vista também. Quando ele percebeu que eu estava ali, olhou pra mim de lado e sorriu. Pôs sua mão sobre a minha. Olhei para elas, tão inocentes, tão perfeitas juntas. Olhei pra ele de novo e apreciei seu rosto por vários minutos.

Aqueles olhos azuis como o mar agora olhavam para os meus. Sua pele branca como as nuvens davam um contraste perfeito ao seu cabelo preto como o carvão. Um rosto lindo, realmente. Fora por aqueles traços que eu traíra minha melhor amiga. Fora por aqueles olhos que eu me apaixonei. Fora aquele rosto que deu um sentido a minha vida.

Gostaria de dizer muitas verdades na sua cara. Perguntar o que estava fazendo aqui, como me achou se eu nunca contei a ninguém deste lugar. Também queria sair correndo, fugir pra bem longe. Ao invés disso, quando consegui finalmente achar a minha voz a única coisa que disse foi:

– William Reinould..

– Shh.. – Contrapôs ele botando seu dedo indicador na minha boca.

Estávamos frente a frente. Pegou uma mecha do meu cabelo castanho escuro e começou a enrolá-la nos seus dedos. Sorrindo, começou a se aproximar. Tocou minha bochecha tão carinhosamente que não pude me mexer mesmo querendo gritar, correr. Permaneci imóvel enquanto ele passou os braços pela minha cintura. Quando estava a 15 centímetros de mim, sussurrou em meu ouvido:

– Eu Te Amo.

E selou nossos lábios em um beijo carinhoso. Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto. Após nos separarmos, a única coisa que consegui fazer foi dizer:

– Eu Também Te Amo.

Então lhe abracei e comecei a chorar mais ainda. Então, a pergunta que estava me assombrando desde que descobri que estava apaixonada pelo namorado da minha melhor amiga encontrou a minha voz e acabaram saindo:

– O que vamos fazer?


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso, acho q vou postar o próximo cap. na quinta por que estarei guardando todas as minhas energias para assistir Em Chamas na quarta.. Algum de vocês é tributo? Já foram assistir? To muito ansiosa por que todo mundo tá falando que é perfeito! Se perceberem, me baseei em Jogos Vorazes no hotél. 13 andares, a mesma quantidade de Distritos. O térreo, o 13º andar meio destruído.. Não queria mas vou ter que fazer spoiler. O Distrito 13 não foi destruido, por completo.. Enfim, se tiver algum Tributo ou alguém que já tiver assistido Em Chamas, por favor, comente o que achou! Não se precoupe, já li os três livros, não tem como fazer spoiler comigo.. Até quinta! :D



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