O Baile Em Silverydew escrita por Coruja Laranja, Lady Cinis


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Tem como vocês nos perdoarem pela demora?
Mil perdões!
Saibam que vocês leitores são muito importantes para nós.
Aproveitem o capítulo.



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P.O.V. Maria

Eu ando de um lado para o outro do salão de entrada, meus sapatos fazendo barulho enquanto caminha de um lado para o outro.

-Vestidos? Feitos.

-Decoração? 1.000 gerânios cor-de-rosa, direto da terra natal de Loveday, já posicionados do lado de fora da propriedade. Mesas organizadas e cadeiras contadas.

-Comida? Vai estar pronta até la, as cinzas em que Zacarias "escreveu" a confirmação ainda estão na lareira da sala.

-Convites? Entreguei todos em mãos ontem.

Eu falo rápido deixando transparecer meu tamanho nervosismo.

-Músicos? Contratados.

- O que falta? O que falta?

-Calma. Tanto para você quanto para mim.- Fala Sir. Benjamin entrando no local.

-Ok. Respirando, respirando.- Inspiro e exspiro bem forte varias vezes antes de se acalmar.

-Esse casamento esta me deichando louca.- Falei rindo.

-A todos nós.- Fala meu primo, rindo também; e completou-  Mas fazer o que? Não a nada a ser feito.

Rio novamente com a menção de sua frase tipica.

-Bom... melhor eu voltar ao trabalho - Falo feliz.

-Tudo bem, tenho que conferir se todos os homens tem trajes formais.

Imagino Pisco em sua roupa de baile. 

Pisco. Ele estava tão... tão...

-Por que esta corando? - Pergunta meu primo rindo.

Eu estou?

-Eu estou? -Verbalizo meus pensamentos.

Acho que devo estar corando ainda mais.

-Agora o vermelho esta mais intenso.

Olho para meus sapatos, constrangida.

Imagens de Pisco passam por minha mente e, por mais idiota que isto pareça, coloco os cabelos na frente dos ouvidos para que nenhum ser invisível ousa meus pensamentos.

Melhor eu ir embora antes que todo o sangue do meu corpo vá parar em minha cara.

Então... adeus. - Digo rapidamente em direção a porta. - Tenho alguns detalhes do casamento para terminar e...

-Maria. -Interrompe-me. -Acabo de me lembrar: acho que deveríamos conversar.

Esta conversa não me parece alguma que eu gostaria de ter, pelo modo como Benjamin pronunciou a palavra.

-Sim? - Digo me virando para ele.

-Você esta gostando de alguém? - Pergunta levantando levemente as sobrancelhas.

O QUE? COMO? ONDE? QUANDO?

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOVEEEEEEDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAYYYYYYYYYYY!

Acho que fiz uma cara de quem comeu algo estragado, pois Benjamin esta fazendo aquela cara de quem não esta tento sucesso emempurrar o sorriso para baixo mesmo estando louco para rir.

-Po-por quê a pe-pergunta? -Gaguejo.

Droga! Burra! Burra! Burra!

-Calma. Não pense mal de Loveday, ela não falou nada. Apenas achei suspeito ela desistir desta história de casamento do nada. Quando a questionei ela se fez de desintendida.

-Ah. - É só o que consigo pronunciar, ainda em choque com a noticia de Sir. Benjamin saber que gosto de alguém.

-Tudo bem Maria. Se apaixonar é a melhor coisa que se pode acontecer a alguém. Espero conhecer o sortudo em breve.

E com um sorriso acolhedor, ele se vai.

"Ele não iria ficar tão feliz se soubesse quem é." Dizem em conjunto minhas vozes "do bem" e "do mal".

"Ah, calem a boca!" Respondo.

"Pelo menos agora estamos trabalhando juntas."

Fasso a cara mais furiosa que consigo.

"Somos tão irritadisas." Falam elas rindo.

Solto um suspiro raivoso e volto ao trabalho.

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Eu estou tão cansada!

Sinto minhas palpebras pesadas e tento não me arrastar ao subir os ultimos degraus até meu quarto.

Eu teria tido todo o prazer em me jogar na cama e dormir por 1000 anos, mas isto não foi possível graças ao garoto moreno brincando com o chapéu Coco que já estava esparramado nela.

Solto uma risada.

-AAAAAAAAHHHH TEM UM BICHO-PREGUIÇA NA MINHA CAMA! - Falo meio que sussurrando um grito.

-Ha. ha. ha. - Fala Pisco, sarcástico. - Precisa melhorar suas piadas.

-Você riu.

Ele revira os olhos, mas revela um meio-sorriso.

Nestes ultimos meses temos ficado bem mais intimos.

Depois de alguns segundos em silencio.

-O que faz aqui? - Pergunto deitando ao seu lado.

-Não posso mais visitar minha namorada?

Rio mais um pouco e o beijo.

-Como vão as coisas? - Pergunta ele.

-Cansativas. - Digo fazendo careta.

-Mas vai valer a pena. -Fala ele.

-É, se é pela Loveday e pelo Benjamin tudo vale a pena. - Concordo.

Silencio.

-Como vão indo as coisas morando sosinho?

Ele da um sorriso melancolico.

-Não tão bem quanto eu esperava.

-Por que? - Pergunto.

-Você vai me achar um louco se eu falar que sinto um pouco a falta do meu pai?

O que?! 

Respira. Calma.

Bom, um filho não deixa de ser um filho; e um pai não deixa de ser um pai.

-Não, todos amam a própria família. -Respondo.

-Não sei se ele me ama. -Posso sentir a dor em suas palavras. - Mas as vezes eu penso nos raros momentos em que ele estava totalmente sóbrio. Nestes momentos parecia que ele me amava.

Eu sabia que Pisco era mais aberto comigo, mas me sinto honrada por ele falar de uma coisa tão profunda que não tenha nada a ver com nosso relacionamento.

-Gostaria de poder te falar alguma certeza. - Falo.

-Obrigado.- Ele agredesse, mas ainda parece muito melancolico.

Como ajuda moral acaricio seu cabelo.

-Então... -Comessa Pisco um pouco constangido.

-Então...? -Pergunto.

-Então... quando vai me apresentar para sua familia?- Questiona ele.

Pisco não levanta aquela questão a meses.

Suspiro.

Bem... já é a hora. Por mais dificil que seja vou ter que contar a verdade para todos.

Mas quando?

Quando todos estarão de bom-humor?

-O que acha de depois do casamento? -Sugiro.

Ele pondera por alguns momentos.

-Imediatamente depois? -Pergunta.

Não, isso poderia estragar o grande dia para meu primo.

-Não. Podemos contar no dia seguinte. -Respondo.

Ele sorri.

-Parece bom. -Finalisa.

-Pelo que eu soube a maioria dos homens fica apreencivo ao conhecer o sogro. Sir. Benjamin é quase seu sogro. -Comento.

-Você não faz ideia do quanto eu estou nervoso. Na realidade já faz um tempo que tenho me preparado pscicologicamente para ver o seu primo surtando. -Fala, constrangido, meu namorado.

Um meio sorriso aparece em minha face, provocado pela imagem de meu primo sendo tão histérico quanto sua noiva.

Pensando bem, não é engrassado. É assustador pensar que uma pessoa que amo tanto pode desaprovar meu relacionamento com outra pessoa que amo.

-MARIAAAAAAAAAAAA! SOCORRO! EU NÃO SEI QUE VESTIDO USAR! -Gritou uma Loveday desesperada invadindo meu quarto.

Ela estava um pouco descabelada e sagurava dois vestidos de noiva.

Quando nos viu abraçados em uma cama corou fortemente.

-O-oi Loveday. -Falo (provavelmenente corando mais do que ela).

Pisco, com olhos arregalados de constrangimento, acenou levemente.

-Ola crianças. -Diz ela se recompondo.

-D-do que precisava mesmo mãe Minette? -Pergunto.

Ela levanta os vestidos e pergunta:

-Vocês preferem este... -Mostra o vestido calda de sereia com um laço rosa, muitos detalhes em renda e perolas em vários locais.- ou este? -Levanta o vestido "tomara que caia" degrade com um branco bem branco no top que ia escurecendo até um rosa bebe escuro na barra. Este era cobrido por pedras semi-preciosas apenas alguns tons acima dos do degrade.

-O segundo, é mais trabalhado e fica mais em evidencia. -Respondo.

-Eu não sei muito de roupas femininas, mas o segundo é mais bonito. -Concorda Pisco.

Ela sorri entusiasticamente e fala:

-Sera o melhor casamento de todos!

Então ela comessou a falar sem parar sobre o casamento, Benjamin, e amor.

-Hem... mãe Minette? -Chamo seu nome.

-Sim? -Ela responde, confusa por ter sido interrompida.

-Então... é... - Tentei começar a explicar sem ser grosseira.

Como Loveday tem uma das maiores intuições femininas que já vi, ela compreendeu o que eu tentava explicar; e sorrindo gentilmente finalizou:

-Vou deixar vocês a sós.

-Obrigada. -Movi meus lábios sem emitir som.

Depois disso ficamos namorando. 

Perdi a noção do tempo e só percebi que devem ter passado-se horas ao ouvir o miado de Zacarias.

O gato nos encara como se estivesse escandalizado.

- Zacarias - Falo - o que esta fazendo?

Zacarias desenha um chapéu de cozinheiro, o contorno da cabeça de um gato. um ponto de interrogação e uma lua nas cinzas da lareira.

-Marmaduke pediu para você ver onde eu estava? -Falo, tentando decifrar os símbulos.

-Isto não é bom... -Murmura Pisco.

O gato faz um símbulo de "ok" que neste caso deve significar "sim".

-Estou atrasada para o jantar? -Continuo o interrogatório.

Ele desenha o símbulo para "sim".

-O que vai contar a ele? -Pergunto levemente em pânico.

Este com certeza não é o jeito certo para que Marmaduke e todos os que estiverem perto dele descubram.

Zacarias desenha uma lua e um chapéu Coco dentro de um coração dentro de uma torre.

-Isto com toda certeza não é bom... -Volta a murmurar Pisco.

Antes que eu pudesse pensar em um argumento para que ele não contasse nada, sua cauda já desaparecia pela porta.

Fiquei petrificada até Pisco se pronunciar:

-O que faremos agora? Vamos atras dele? Talvez este seja o empurrãozinho de que precisavamos para admitir a verdade toda.

Ele obtem um "Talvez seja..." como resposta.


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Notas finais do capítulo

Não, nós não aviamos desistido da fic. A demora foi irresponsabilidade nossa (mais irresponsabilidade minha {Gi} que da Carol).
Mil perdões novamente.
Eu sei que é pedir muito depois desta demora toda mas por favoooor deixem comentários.
bjs



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