O Escorpião E A Rosa escrita por Sue Almeida


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

AÉÉÉ, último capitulo :c Não se preocupem, tem epilogo. Novidade, acalmem-se porque VAI HAVER SEGUNDA TEMPORADA, AÊÊÊ! Falamos la em baixo porque senão começo já a chorar!
BOA LEITURA POTTERHEADS!



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Quando Rose e Scorpius entraram no salão a festa já estava bombando. Rose percorreu o salão com o olhar, viu Victoire dançando extravagantemente para um Ted muito babão, Ted não precisou de comprar mascara, com a vantagem dos poderes dele, era só se transformar praticamente. Ele tinha os dentes ligeiramente mais afiados, os lábios e os olhos avermelhados, o seu nariz é que tinha uma forma esquisita, já para não falar da cara dele coberta de pelos, e os pelos tinham uma particularidade, eram azuis, as mãos dele tinham garras afiadas, e ele usava uns calções rasgados e uma camisola amarrotada. Rose se aproximou de mãos dadas com Scorpius.

- Ui, gentleman! – Disse Victoire ainda dançando e pulando, obviamente ela estava se referindo ao fato de Scorpius. – Gentleman Zombi, realmente, é original.

- O seu também. – Respondeu Scorpius divertido.

- Obrigada cunhadinho! – Ela respondeu, Scorpius levantou uma sombrancelha, surpreendido, Ted fez o mesmo. Victoire continuou pulando. – O que foi? Vocês são primos! Eu e a Rose somos primas, eu e o Scorpius somos duplamente cunhados!

- Ted, você está disfarçado de quê? – Perguntou Rose.

Ele deu um sorriso torto, não o sorriso divertido que ele costumava dar, mas sim um sorriso meio triste e melancólico, depois deu um gole na sua bebida, e só então respondeu.

- Lobisomem. – Rose e Scorpius foram apanhados de surpresa, ficaram sem saber o que dizer. Felizmente, Victoire decidiu falar, abraçando-se ao namorado.

- Foi uma forma que ele achou de homenagear os pais dele, sabe eu achei muito lindo…. Um lobisomem, com pelos azuis, o que simboliza a capacidade metamorfoga da mãe dele! Ficou perfeito. Agora me digam, o que há para não amar nesse garoto?! – Ela disse de forma boba.

- Nossa Ted, isso foi… -  Rose não conseguia achar as palavras.

- Uma bela homenagem. – Scorpius sorriu sincero.

Afastando as tristezas Ted sorriu abertamente e disse.

- Agora me digam, se houvesse um concurso da melhor mascara, eu ganharia não ganharia? – E deu uma voltinha convencido.

- Com certeza. – Rose disse divertida. – Onde estão os outros?

- Não sei, eles estavam com a gente, e eu só me virei um instante para dar um beijinho pequenino ao Ted e de repente eles tinha sumido, não sei porquê.

Mas Rose sabia porque, com certeza Victoire não tinha dado só ´´um beijo pequenino´´ ao Ted, os beijos deles costumavam ser como desentupidores de pia, e isso fazia com que todo o mundo que estivesse perto deles se afastassem constrangidos, e era precisamente o que eles estavam fazendo naquele momento, desentupindo a boca um do outro.

- Acho que é uma boa altura para sumirmos também. – Comentou Scorpius.

- Acho uma optima ideia. – Respondeu Rose enquanto ele a puxava pela mão. Estavam andando pela multidão quando Rose perguntou. – Hey, e os seus amigos?

- O Jonh não veio, ainda está de detenção. O Clint está por aí com o par dele, ele teve que se contentar com a Emily Lawrence depois que a sua prima rejeitou o convite dele.

Rose parou de andar,

- Ele convidou a Victoire? – Ela perguntou não acreditando. – Se o Ted souber disso…

- Não. – Interrompeu-a Scorpius. – Ele convidou a Dominique…

- O quê? – Agora sim, ela estava surpreendida.

- Isso mesmo… há umas semanas atrás o Clint meteu na cabeça que para conquistar a Victoire, ele tinha que se aproximar da Dominique e deitar para trás das costas todas as suas divergências, ele começou por tentar falar com ela nas aulas, mas a sua prima não respondia, e então convidou-a para o baile. Só que a Dominique obviamente pensou que ele estava tirando uma com a cara dela, quer dizer, num dia ele a odeia, e no outro a convida para o baile. Enfim, é tudo pela Victoire, ele enlouqueceu por ela.

- Wow, a Dominique não me contou nada disso.

- E me parece que ele não vai desistir tão fácil assim.

E fala-se no diabo e aparece o rabo, como se adivinhasse, Clint apareceu acompanhado de uma garota loira.

- E aí Scorpius? – Fingiu que Rose nem estava presente.  Ele estava mascarado de Frankenstein.

- Oi Clint, oi Emily. – Cumprimentou Scorpius. A garota que estava de cara amarrada deu um sorrisinho amargo e logo depois voltou a olhar para o lado.

- Perdoe os modos da minha acompanhante. – Disse Clint. – É que eu já tentei explicar a ela que não quero dançar, ela pode muito bem ir dançar sozinha e não ficar na minha cola o tempo todo.

A garota soltou um suspiro indignado, e dando costas foi-se embora, Rose ficou chocada.

- Lufanos. – Comentou Clint bebendo.

- Você foi um grosso com ela. – Disse Rose indignada.

- O que ela estava esperando? Que eu ficasse na pista o tempo todo dançando com ela? Ah, eu só vim ela mesmo porque… olha nem sei… porque quem eu queria trazer não aceitou.

Rose abriu a boca para argumentar, mas desistiu, com aquele ser não valia a pena.

- Bom. – Disse Clint. – Vou dar um rolé por aí, quem sabe eu vejo a gostosa da Victoire…

- Ei! Ela tem namorado!– Protestou Rose, mas ele já tinha ido embora. Depois encarou Scorpius e disse. – Eu vou me dar muito mal com ele.

- É para compensar… eu também vou me dar muito mal com seu irmão! – Ele disse de bom humor, e ela acabou sorrindo.

- Você também se recusa a dançar?

- Não.. mas tem um pequeno problema. Eu não sei dançar.

- Eu também não!

- Então o que vamos fazer na pista? Pisar os pés um do outro?

- Não sei, mas uma festa não é festa se você não dançar. Embora eu pareça uma demente dançando. – Ele agarrou a mão dela e a puxou para a pista de dança.

- Então vamos ser dementes juntos! – Ele disse, ela deu uma gargalhada.

A música era mexida, eles realmente pareciam dementes dançando, mas eram uns dementes muito apaixonados. Movimentos desconexos, cotoveladas nas pessoas a sua volta, mas eles estavam se divertindo. Depois a música mudou, e aquela era uma música lenta, romântica, ele a encarou sorrindo, e puxou-a mais para sí. Dessa vez eles não pareceriam dementes. Ele a conduziu naquela dança, enquanto a letra da música lhes ficava gravada na mente.

´´Foi só piscar o olho, e eu me apaixonei enfim. No meio da fumaça, ele também gostou de mim. O tempo foi passando, e o nosso amor saiu do chão. E eu fiquei tão grande e mastiguei meu coração.’’

Scorpius posou um terno beijo nos lábios dela, Rose sentiu mil ondas elétricas se apossarem do seu corpo. Merlin, como é que ela nunca tinha percebido? Ele era ideal para ela, ele a fazia tão mais feliz, tão mais sorridente, tão Rose, tão sua. Aquele encanto que ela sentia por ele nunca se quebraria, aquele amor era para durar, tempo só o incrementaria. Eles eram tão parecidos, e nunca tinham notado, ambos eram muito tímidos, ambos tinham-se deixado levar por estigmas que seus pais lhes ensinaram a vida toda, ambos descobriram um no outro, que a excepção foge a regra, que nem tudo é preto no branco, que um Malfoy pode sim conviver pacificamente com uma Weasley, que eles poderiam ser optimos amigos, mesmo que tivessem demorado a entender que o que os unia era muito mais que uma simples amizade. Ambos estavam carregados de inseguranças e medos que não queriam que ninguém soubesse, encontraram um no outro um porto seguro para poderem dizer um ao outro, aquilo que não podiam dizer aos outros porque não era o que se esperava deles. Ambos foram julgados por pessoas que nem os conheciam, Scorpius era visto como um Sonserini apologista das artes das Trevas, que odeia trouxas e não suporta ‘’traidores de sangue’’, características do seu pai, Rose era vista como uma sabe-tudo que só pensava nos estudos e adorava respeitar as regras, em parte isso era verdade, mas ela era mais que isso, e as pessoas não percebiam isso, porque não a conheciam, pelo menos não como Scorpius.

 Scorpius queria que aquele beijo nunca mais terminasse, queria que ela fosse sua para sempre, seu coração descompassado parecia querer saltar-lhe do peito. Rose era tão linda, tão perfeita, tão cheirosa. Quando pôs fim ao terno beijo, Rose deitou sua cabeça no ombro de Scorpius fechando os olhos.

- Você me disse que não sabia dançar. – Ela disse.

- Eu já te disse que você faz milagres. – Ele disse sorrindo. Ela olhou para ele com o sobrolho levantado, embora ainda sorrisse. – Ta bom, eu não sei dançar essas músicas corriqueiras, mas os meus pais me obrigaram a aprender dançar músicas de salão para os eventos importantes deles, então eu consigo me safar quando são musicas assim lentas.

- Pelo menos você pode me guiar, porque eu realmente sou uma nodoa em dança. – Mal ela disse isso e a musica mudou, dessa vez era uma mais mexida, e ele olhou para ela sugestivamente.

- Vamos voltar a ser dementes juntos? – Ela sorriu.

- Vamos!

E se puseram a dançar descordenados.

**

- Que tédio!!!! – Berrou Hugo no salão comunal. – Não acredito que eles estão lá se divertindo e nós aqui.

- Tédio porquê? Você não está fazendo nada que não faça nos outros dias. – Disse Louis, que estava fazendo os deveres. – A única diferença é que hoje há um baile e você está com dor de cotovelo.

- Sabe, você é muito pragmático para a sua idade! – Respondeu Hugo semicerrando os olhos.

- Você fala como se fosse muito mais velho que eu. Admita, os outros dias são como hoje, e você não sai por aí gritando ´´ Que tédio!´´

- Vai dizer que não gostaria de estar lá no baile também? – Perguntou Lilly.

- E ficar vendo a minha irmã fazendo lavagem na boca do Ted com a língua dela? – Ele disse torcendo o nariz. – Ou o resto dos alunos de Hogwarts desentupindo as bocas uns dos outros? Não, obrigado!

- Para isso não, mas para se divertir, dançar e tudo mais…

- E não podemos fazer isso aqui?

- Não é a mesma coisa! – Disse Lilly.

Louis suspirou.

- Busquem algo para fazer e o tédio acaba rapidinho. – Ele disse se levantando. – Agora vou tomar meu banho, já volto.

Ele subiu as escadas do dormitório.  Hugo e Lilly suspiraram mais uma vez.

- Espero que eles não se divirtam nada. – Ela disse.

- Eu também, espero que a organização da festa seja uma bosta e eles voltem todos reclamando.

Olharam um para o outro e caíram na gargalhada.

- Hugo… - disse Lilly com voz dengosa enquanto fazia biquinho.

- O quê? – Ele perguntou olhando para ela, mas então ao ver a expressão dela, ele se levantou dizendo. – Não.

- Por favor!

- Nem pensar, eu já tinha te dito que não!

- É só para passar o tempo Huguinho… por favor!

- Não, eu não quero! Sou péssimo, você sabe!

Lilly fez um ar de cachorrinho abandonado.

- Por favor Hugo, por favor, por favor, por favor. Eu te ensino! – Ele continuou negando com a cabeça, e ela usou o seu ultimo trunfo. – Eu te digo como tirar o esmalte das unhas se você jogar comigo!

Hugo olhou para ela, e depois suspirou.

- Ta bom.

Feliz, Lilly foi buscar o tabuleiro de xadrez Bruxo.

**

Hugo e Lilly enganaram-se, a festa estava divertidíssima e muito bem organizada. Depois de dançarem muito Rose e Scorpius foram pega algo para beber, e foi nessa altura que Abus acompanhado de uma garota morena, James, Melanie, Dominique e Don foram ter com eles. James chegou dizendo besteira como sempre já que o grupo vinha dando imensas gargalhadas. Ele colocou a mão no ombro de Rose e com um ar pesaroso disse.

- Rose… Albino Junior… eu sinto muito ter que dizer isso mas… caraca, vocês dançam mal pra cacete! – Então era esse o motivo das risadas.

- Vocês estavam vendo? – Perguntou Rose envergonhada.

- Sim. – Disse Albus sorrindo, a garota morena do lado dele estava praticamente em cima dele, ele parecia meio incomodado, mas nem por isso deixou de dizer. – Essa é a Ashley, ela é colega do James.

Agora Rose entendia, Albus com certeza teve dificuldades em arranjar um par para o baile e James, como um bom irmão que é, deu-lhe uma mãozinha. James tinha uma capa preta e o seu rosto estava meio deformado, era um disfarce meio esquisito e Rose não entendeu o que era.

- Eu sei que vou parecer retardada por estar perguntando isso pela segunda vez hoje, mas… James, você está disfarçado de quê?

- Mas não é obvio? – Ele disse desfilando pelo salão olhando para eles. Como não obteve nenhuma reacção ele repetiu o gesto olhando para eles.

- Ihh, ta dando uma de Victoire. – Disse Dominique rindo.

- Você não percebem qual é o meu disfarce?

- Você podia nos poupar o trabalho e dizer! – Disse Albus.

- Dã! Estou disfarçado de Voldemort! Capa preta, ar malvado… vêem?

- Ah… por isso é que você não tem nariz! – Observou Scorpius.

E todos riram da tolice do James, enquanto ele batia o pé chateado.  A dada altura Albus foi arrastado para a pista por Ashley. Don tentou fazer o mesmo com Dominique mas não deu muito resultado. James estava bebendo quando Melanie o puxou pelo braço o levando para longe.

Dominique ficou observando-os enquanto eles se afastavam. Rose se aproximou um pouquinho dela sussurrando ao ouvido dela.

- Põe um sorriso na cara.

- Ela não combina nada com ele!

- E vocês são primos!

- Eu sei! – Ela disse.

- Porque não me contou que o Clint te convidou para vir com ele para o baile? – Perguntou Rose mudando de assunto.

- Porque não dou importância a trotes desses.

Minutos de silêncio, que logo depois foi interrompido pelas gargalhadas de Rose.

- O que foi? – Perguntou Dominique.

- Estou imaginando o Clint, te cantando para te trazer com ele ao baile. Hilario.

- Não entendo qual é a piada. Aquele porco nojento só queria me fazer de otaria.

Scorpius que nesse momento estava perto das bebidas gritou.

- Rose! Você quer hydromel?

Ela revirou os olhos.

- Aquele garoto deve ter algum fetiche com o hydromel. Eu vou lá. – E virando costas para a prima prima enquanto caminhava disse. – Não Scorpius, prefiro Whisky de Fogo.

Nesse momento Don se aproximou de Dominique e sorriu.

- Tem certeza que não quer dançar?

- Não.- Ela disse, olhando para ele. Mas o ar que ele fez deu-lhe pena. Era um pouco mau aceitar o convite para ir com ele ao baile e depois não dançar uma única vez com ele. Por isso repensou a decisão de disse. – Quero dizer, ta bom. Só uma vez, não gosto muito de dançar.

Ele sorriu e a levou até a pista. Começaram uma dança emocionante para ele, tediosa para ela. Ele estava absorto, estava feliz por estar alí com ela. E ela sentia-se culpada, porque ele estava se iludindo. E tudo piorou quando ele disse.

- Você é linda.

- Sou? – Ela surpreendeu-se. – Quero dizer, obrigada.

- Sabe que eu tenho uma queda por loiras? – Ele disse mexendo no cabelo dela.

- Ah. – Foi tudo o que ela conseguiu dizer.

- Estou afim de você desde aquele dia no salão comunal, quando você disse que podia substituir a Lilly no time.

- Nossa…

Ele fechou os olhos e aproximou-se dela, normalmente a reacção normal de Dominique seria espetar um belo bofetão na cara dele, só que não o fez, pois já estava com muita pena por ter de lhe partir o coração dalí há alguns segundos. Ele estava a milímetros dela, estava quase encostando os seus lábios nos dela.

- Don… - Ela disse se afastando. Ele a olhou confuso. – Eu… eu…não posso…

- Porquê? – Ele perguntou.

- Desculpe, eu… gosto de outra pessoa. – Ela disse olhando para os próprios pés.

Ele deu um sorriso torto, com um olhar triste disse.

- O James.

Ela abriu a boca espantada.

- Como… como você sabe?

- Dá para ver…

- É assim tão obvio?

- Não sei. É só que… você olha para ele da maneira que eu gostava que você olhasse para mim. – Dominique continuou olhando para ele sem saber como agir ou ou o que dizer. – Não se preocupe, eu não vou contar…

- Agora você sabe que eu sou uma aberração… que gosta do primo. – Ela disse triste.

- Você não é uma aberração. – Ele disse acariciando o rosto dela. Ela sorriu para ele, ele até era bonitinho, mas não era o James. Os seus cabelos eram arrumados, os de James estavam sempre bagunçados e desalinhados, James era mais alto, ele tinha olhos castanho-amendoados, James tinha uns olhos azuis tão profundos que parecia que liam a alma, ele cheirava a menta, James cheirava a almíscar. Ele era muito sério, James passava a vida fazendo besteira, falando besteira. Mas era James que Dominique amava, por muito que isso fosse errado, por muito que eles fossem primos. Don não era James.

- Don, vá se divertir, com alguém que não negue seus beijos. – Ela disse.

- Prometa que não vai ficar com essa carinha a noite toda?

- Prometo. – Ela disse. E então, sorrindo, ele desapareceu entre a multidão.

No outro lado do salão, James estava sendo puxado por Melanie que disse que queria apresenta-lo a alguém. Quando finalmente pararam, encontraram uma garota baixa morena.

- James. – Disse Melanie. – Essa é a Stephanie, minha prima.

- Oi. – Ele disse cordialmente, e logo bebeu mais um pouco da sua cerveja amanteigada.

- Stephanie, esse é o James. O meu namorado. – Ele engasgou-se com a cerveja e ficou cerca de cinco minutos tossindo. O quê? Namorado? Como assim namorado? Eles nunca tinham falado sobre isso. Eles não eram namorados, ele não queria namorar. Ele olhou para ela e deu um sorrisinho amarelo.

- Você está bem? – Ela perguntou.

- Eu… eu já volto! – Ele disse quando a prima dela já se tinha ido embora.Melanie o olhou ofendida, com o lábio inferior tremendo, tinha percebido como ele ficou chocado por ela achar que eles estavam namorando.

- Onde vai?

- Eu… preciso apanhar ar! – Ele disse já dando costas.

- Porquê? – Ela perguntou agarrando o braço dele. – Vai me deixar sozinha aqui?

- Tem monte de gente aqui, vá dançar com alguém.

- Eu quero dançar com o meu namorado!

- E quem é ele?

Melanie arfou como se lhe tivessem dado um soco, como se mil crucius lhe tivessem atingido.

- Como assim quem é ele?! É você!

- Aé? E quando é que isso ficou estipulado? Acaso pedi enquanto estava dormindo? Ou você pediu enquanto tagarelava ao meu lado nos treinos de quadribol e eu entediado, sem prestar atenção ao que você dizia, aceitei sem notar?

- Eu… nós estamos juntos há mais de um mês! – Ela disse levantando a voz e se sentindo ultrajada. Algumas pessoas começaram a notar a discussão e se aglomeraram para ver tudo.

- Alguma vez te pedi em namoro?

- Não, mas…

- Então acho que é um pouco obvio que a gente ta ficando, não namorando!

- O quê? – Ela parecia ultrajada. Chateada, furiosa, parecia a ponto de explodir. – Você está me dizendo que ao fim desse tempo todo em que estamos juntos, eu ainda não sou sua namorada?

- Melanie meu anjo… - ele disse tentando não piorar a situação. – Se e quisesse namorar com você, eu não teria saído com a Louise Jones na semana passada.

Mas piorou. Ela agora não estava só furiosa, estava chorando e pegou a primeira garrafa de whisky de fogo que encontrou, furiosa atirou-a contra James. Que se desviou por pouco.

- Que é isso! Ficou maluca?! – Ele gritou. Agora grande parte das pessoas da festa estavam lá assistindo ao barraco. Onde estavam seus primos e seu irmão quando precisava deles? Nenhum deles pareceu ter notado o barraco. Infelizmente para James, Ted e Victoire estavam se atracando no fundo do salão comunal e não faziam ideia do que estava acontecendo a sua volta, Rose e Scorpius estavam ao pé das bebidas enquanto ele a tentava convencer a beber hydromel, e ela dizia que Whisky de fogo era melhor, também não notaram que praticamente todas as pessoas do salão estavam aglomerados no mesmo local. Albus odiava confusão, viu que estava acontecendo algo, mas preferiu continuar dançando, embora ficasse constrangido sempre que Ashley se incilinava mais e mais para mostrar o seu decote,  Dominique estava sentada sozinha com o seus pensamentos, alheia ao barraco do outro lado do salão. Então, nenhum deles pode ajudar James naquela situação desesperadora.

- Você me traiu?!

- Ei, eu vou repetir para ver se isso entra na sua mente. A gente não namora, então… eu não te traí!

- Você é um grosso Jame Sirius Potter! – Ela disse e atirou dessa vez três, sim TRÊS, garrafas de cerveja amanteigada na direcção dele, uma acertou bem nas partes dele. Ele levou as mãos ao seu amiguinho, agoniando de dor. E quando a viu apanhar mais garrafas, ele fugiu dela. Correu e viu Albus que estava dançando com Ashley, não pensou duas vezes, correu até ao irmão e puxou-o deixando Ashley protestando.

- James, o que foi? – Perguntou Albus ao vê-lo agachado se agarrando ao ´´pequeno james´´.

- Ela acha que a gente está namorando!!

- O quê? – Perguntou Albus sem entender.

- Ela me atirou todas as garrafas que viu! Me ajude, ela é maluca!

- Você ta falando do quê?

- Da Melanie! Me ajude seu babaca, senão é dessa que eu morro!

- Calma… o que você quer fazer?

- Primeiro me arranje gelo, e depois, me tire daqui!

Minutos depois, James, com gelo na zona magoada, estava sentado com Albus observando os outros dançando,  Melanie tinha saído da festa chorando, E só por isso é que ele se sentia seguro alí, embora temesse a todo o momento que ela voltasse, homicida, com o machado ensanguentado do barão sangrento nas mãos, para lhe dar uma lição.

- Desculpe, estraguei o seu negócio com a Ashley. – Ele disse a Albus.

- Não tem problema, ela é chata.

- Não entendi porque é que você não conseguiu ninguém para o baile.

- Simples, não convidei ninguém.

- O quê? Porquê?

- Dei moleza, sei lá. Não sabia quem havia de convidar, e quando dei por mim já todas as garotas tinham par.

- Você não pode dar moleza. Eu se pudesse tinha escolhido outro par e acabava minha noite de um jeito muito melhor.

- Você não tem jeito mesmo. – Disse Albus abanando a cabeça. Ele estava vendo as pessoas se abanando na pista quando seus olhos pousaram numa morena que dançava animadamente.

- Soube que ela veio sem par. – Disse James de repente.

- Quem?

- A Wendy.  Não aceitou o convite de ninguém. – Albus não respondeu, por isso James disse. – Ta esperando o quê?

- Como?

- Você já deu moleza ao não convida-la, não dê moleza de novo ao não ir ali dançar com ela, como você quer.

- O quê? – Perguntou Albus dando uma risadinha irônica. – Eu não quero ir dançar com ela. – Mas ao ver a cara de James olhando para ele, acrescentou. – Ela me odeia ta bom?

- Não odeia nada, a mãe dela pode ser uma recalcada por causa do nosso pais. Mas a Wendy, aposto com você que ela só fica irritada porque você tem algum tipo de efeito nela. – Ele disse. – Conheço bem esse tipo. Vai lá e dança com ela.

Albus olhou para o irmão, e depois, se levantou caminhando até Wendy. Ela apenas o olhou e continuou dançando como se ele não estivesse lá.

- Oi. – Ele disse. Ela o ignorou, continuou dançando e logo depois caminhou até um garoto que estava bebendo cerveja amanteigada, ela arrancou a cerveja da mão dele e tascou um beijo no garoto, ao inicio ele ficou espantado, mas depois correspondeu. Albus revirou os olhos já dando costas, para voltar para o seu lugar. Ao ver que ele não reagiu como ela queria a sua provocação, ela empurrou o garoto que ainda estava abobalhado e foi atrás de Albus, alcançou-o pondo-se a sua frente.

- Você desiste assim das suas vitimas? – Ela perguntou com o narizinho empinado.

- Você tem problemas. – Ele disse pacificamente se desviando dela e voltando a caminhar, mas num segundo ela já estava a sua frente novamente, como se aparatasse, mas não, era simplesmente muito veloz.

- Eu só tenho um problema, você. – Ela disse.

- Aham. – Ele disse igualmente pacifico, como se aquelas palavras tivessem sido as mais amigáveis que ele tivesse recebido em toda a sua vida, e voltou a dar costas para ela caminhando. Ela estava ficando irritada com a falta de reacção dele.

- Ei, não me vire as costas! – Ele simplesmente acenou para ela dizendo adeus ainda de costas. Novamente, ela o alcançou espetando o dedo no peito dele. – Eu estou falando com você.

- Você tem SFA?

- Quê?

- Sindrome de falta de atenção. É que tenho a impressão de que você está sempre procurando estar nas luzes da ribalta. Agora se me der licença… - Ele fez menção de caminhar mas ela não deixou.

- Você acabou de inventar isso. Não sou eu que estou sempre me gabando por ser filho do ELEITO!

- Eu não me gabo por ser filho de quem sou. – Ele disse calmamente. – Será que dá para você sair da minha frente por favor?

A voz dele não era de quem estava irritado, ele estava até camo demais. Mas Albus era assim, ele raramente se irritava, apenas não levava em conta provocações infantis como as de Wendy. E isso a irritava profundamente. Queria vê-lo fora de si, queria irrita-lo, e simplesmente não conseguia.

- Para com isso! – Ela berrou.

- Com o quê?

- Para de ser gentil! Que merda! Será você nunca se chateia? Está sempre assim… com esse ar sonso, como se fosse um ser superior a todo mundo, imune a provocações!

- Você está pedindo que eu me chateie com você? Entendi bem?

- Que irritante, tira essa voz calma!!

- Você é estranha!

- Idiota, pateta, cavalo, parvo… - Ela disse tentando que ele se irritasse.

- Infantil. – Ele disse sentindo o seu sangue a formigar.

- Trasgo das montanhas, dragão bigodudo, feioso, nojento…

- Santa paciência… - ele disse suspirando.

- Burro, vândalo, sem-noção,  cabeça de cenoura.

- O que você disse? – Ok, nas raras vezes em que Albus se irritava era só por uma razão, pode parecer ridículo, mas só se chateava quando faziam pouco da cor dos cabelos dele. Ela deu um sorriso de satisfação ao ver que tinha conseguido.

- Cabeça de cenoura! – Ela disse marcando todas a sílabas. – Capeta, tinto…

- Cala boca! – Ele berrou pela primeira vez com ela.

- Beterraba! – Ele a agarrou pelos braços.

- Deixe a cor dos meus cabelos em paz. – Ele disse apertando fortemente os seus braços, ela o olhou olhos nos olhos. E o que ela fez a seguir foi completamente incalculado e inesperado, puxou-o para sí com violência e beijou com tanta urgência que parecia que morreria se não o fizesse. Depois empurrou-o irritada com o que tinha acabado de fazer. Perante o olhar espantado dele, ela voltou para a pista dançando sem tirar os olhos dele. Rodopiava, saltava, rebolava, mas sempre olhando para ele, seria ela maluca? Vendo aquela cena, James se levantou e foi até ao irmão, sussurrando no seu ouvido.

- Isso é uma clara provocação!

- E o que é suposto eu fazer?

- Vai lá e mostra que você também sabe dançar, e dessa vez, quero que seja você a tomar iniciativa para o beijo! – E com isso James voltou para o seu lugar. Albus exitou um pouco vendo-a arrasar na pista, como é que ele iria superar aquilo? Ele era um zero a esquerda. Mas não a podia deixar ganhar, ela tinha conseguido irrita-lo, o apelido ‘’beterraba’’ tinha ficado gravado na sua mente. Por isso, foi até a rodinha que havia a volta de Wendy, e começou também a dançar. Para sua surpresa, ele não foi alvo de chacota, porque ao que parece ele não estava se saindo tão mal assim dançando. Wendy, que estava mascarada de vampira, foi rebolando até ele e agarrando a face dele, mordeu-lhe no pescoço e preparou-se para se afastar, mas ele não deixou. Agarrou-a pela cintura e continuou dançando bem coladinho a ela. E James tinha razão, ele causava algum efeito nela, porque quando ele a agarrou pela cintura a fazendo aproximar-se mais, ela arrepiou-se e ficou estática, enquanto ele dançava mais percorrendo todo o corpo dela. Ele virou-a de costas, e continuou dançando descendo com ela até ao chão, mas dessa vez ela reagiu, rebolou e continuou o movimento o puxando pela gravata. E nesse momento, ele soube, ela também tinha algum tipo de efeito nele, porque ele não resistiu ao impulso e a virou de novo para sí a beijando com urgência, e para sua surpresa, ela correspondeu. James sorriu vendo tudo de onde estava.  

James suspirou pensando que Albus teve mais sorte que ele, alguns minutos depois Dominique apareceu se sentando ao lado dele.

- E aí Lorde das Trevas. – Ela disse com uma expressão entediada.

- Cadê o Don? – Ele perguntou.

- Foi procurar alguém que estivesse realmente interessada nele. E a Melanie?

- Foi procurar alguém que queira namorar com ela.

Dominique o encarou.

-Deu merda não deu?

- E de que maneira! – Ele respondeu mostrando o saco de gelo.

- Qual é o tamanho do estrago?

- Uma garrafa de whisky de fogo, três de cerveja amanteigada e…  a minha piroca vai passar alguns dias fora de serviço.

Ela deu uma gargalhada.

- O que aconteceu realmente?

- Ela me apresentou a prima dela como namorado dela. É louca só pode… eu nunca a pedi em namoro! Eu só queria ficar, sempre deixei isso bem claro.

Dominique tentou não ficar feliz com aquilo, mas não conseguiu evitar um sorriso.

- O que foi? – Ele perguntou. – Do que está rindo?

- Imagine-se, um Voldemort sem nariz e sem piroca. – Ele tentou fazer um ar chateado, mas não conseguiu, pois deu uma sonora gargalhada com a piada dela.

- Você é má! – Ele disse quando se recuperou da gargalhada. – Que cara é essa? Não está se divertindo?

Ela suspirou.

- Não. Está um saco isso aqui.

- Vai me dizer que ninguém quer dançar com a estudante zombi mais sexy da festa?

- Acho que é a estudante zombi que não quer dançar com ninguém!

- Que é isso Miss Zombi? Tem que dançar, festa não é festa se você não dançar!

Ela riu.

- Miss Zombi?

- Vem, eu danço com você! – Ele disse se levantando enquanto estendia a sua mão.

- Mas você não está aleijado? – Ela disse olhando sugestivamente para o local onde estava o gelo.

- Posso dançar mesmo aleijado! Tenho estilo ok?

- Convencido! – Ela disse rindo enquanto ele a puxava para a pista.

Era estranho ver James dançando enquanto com uma mão segurava um saco de gelo no meio das pernas, estranho e cômico. Mas mesmo assim ele dançava irritantemente bem. Dominique o acompanhou, divertida com as caretas que ele fazia, com a maneira que ele rodopiava. Céus, como ela estava apaixonada, era errado, mas James era tão divertido, o que havia nele para não gostar? Ele podia não fazer ideia de como ela estava apaixonada por ele, mas era tão optima companhia. Dominique tinha que esquece-lo, mas não podia perder aquela afinidade que eles tinham. Então decidiu, iria esquece-lo e não esquece-lo. Confuso? Iria superar seus sentimentos por ele, mas iria continuar daquela forma com ele, pois ele era a pessoa mais divertida que ela conhecia.

**

- Ganhei. – Disse Lilly pela terceira vez naquela noite.

- Puta que pariu!- Bradejou Hugo.

Louis, com seu banho tomado, desceu as escadas do salão comunal e se sentou do lado deles.

- Também quero jogar!

- Vamos fazer maratona! – Disse Lilly.

- Sim, quem perder fica de fora. – Concordou Louis.

- Ah tá, então vou ficar só olhando mesmo! – Disse Hugo indignado enquanto os outros dois riam.

- Desculpe, esqueci que você era ruim. – Disse Louis.

- Vamos jogar ao vamos invadir o baile! – Disse Lilly esperançosa, mas Louis parou de sorrir e negou veemente com a cabeça. – Você é igualzinho a Rose.

**

- Quem é a sua próxima peguete? – Perguntou Dominique enquanto ela e james se voltavam a sentar apos uma longa maratona de dança.

- Ainda não escolhi uma. Acho que vou ficar fora de jogo por umas semanas. – Ela riu.

- Babaca, quero ver quando você se apaixonar.

- Isso nunca vai acontecer.

- Nunca se sabe.

- Eu sou imune ao amor, excepto, por mim mesmo.

- Babaca.

- Você já disse isso! – Ele sorriu.

Ela não evitou gargalhar.

- Pelo menos ela era bonita.

- Quem?

- A Melanie…

- Hm… mas há por aí garotas mais bonitas que ela.

- Por exemplo?

- Você por exemplo. – Ele disse aquilo tão naturalmente que Dominique ficou vermelhíssima que nem um pimentão. – Não precisa virar tomate. Você sabe que é gostosa!

Ela podia ter ficado feliz com aquilo, mas não, pois percebeu que James só via um pedaço de carne a sua frente, não evitou que seus olhos se enchessem de lágrimas.

- Babaca.. – Ela disse pela terceira vez se levantando.

- Você já disse … Ei Dom, o que foi? – Ela já estava caminhando para fora do salão em direção a torre da Grifinória. Ele foi atrás dela com dificuldade, pois não conseguia acompanhar o passo apressado de Dominique após o estrago que Melanie fez nele. Eles estavam já no Quinto andar quando ele a alcançou puxando-a pelo braço.- Porque está tão chateada!

- Por sua culpa! Você é uma chateação total! Vê se substitui esses músculos todos por um cérebro!

- O que fiz? O que…

- Você é palhaço!

- Dominique…

- Você é a pessoa mais idiota que conheço! Quando vai aprender a enxergar algo além de rabos e mamas?

- Eu não sei, eu só… eu só noto coisas além disso, tipo sorriso, cor dos olhos, manis e assim em pessoas como você, Rose, Lilly, victoire..

A realidade atingiu-a como um soco, ela era só mais uma prima,ele lhava para ela diferente de como olhava para as outras garotas, mas era como prima, como podia exigir que ele reparasse nela? Era errado. Baixou a cabeça, triste e amargurada deixando mais lagrimas caírem pelo seu rosto. Ele pareceu preocupado, aproximou-se segurando o queixo dela fazendo-a olhar para ele.

- Ei… o que eu disse que te deixou tão mal? – Será que ele era assim tão tapado,  o maior pegador de Hogwards não percebia o quanto ela estava apaixonada por ele? Como ela estava rendida a ele, sentindo mil choques e seu corpo só com o simples facto de ele estar tocando o queixo dela. A frase que ele disse no momento seguinte foi o suficiente para abalar todas as estruturas e defesas dela. – Não quero te ver chorando, você fica linda demais com um sorriso no rosto.

Foi o fim da picada, antes que Dominique pudesse perceber o que estava fazendo puxou-o para um beijo desesperador, sofrido enquanto lágrimas e mais lágrimas corriam pelo seu rosto. James, apesar de surpreendido, e confuso, correspondeu, e ela sentiu que ia se arrepender muito depois daquilo, mas aproveitou o momento. Separaram-se com a respiração ofegante, olhando um para o outro tentando perceber o que tinha acabado de acontecer. Na cabeça de James piscava a mensagem ‘’NOS SOMOS PRIMOS CARALHO!’’ e na de Dominique, ‘’MERDA ESTOU TÃO FERRADA!’’

- Dominique… o que… - Ele tentou formular alguma frase, mas a respiração ofegante e a confusão dos seus sentimentos não deixavam.

- Desculpa. – Ela sibilou e virou se preparando para correr para longe dele, mas antes que ela o fizesse ele agarrou o braço dela.

- Sem essa! – Ele tinha recuperado tanto a voz como a perseverança. – Essa coisa de beijar e sair correndo é coisa de novela, nós vamos conversar sobre o que acabou de acontecer agora mesmo!

Ela teve medo daquela conversa, mas mesmo assim olhou para ele que já tinha soltado o braço dela, andava de um lado para  o outro bagunçando o cabelo com as mãos.

- Merda, merda merda…  Dominique…

- Já pedi desculpas ok?

- Desculpas porquê? Eu também te beijei! – Ele disse se sentindo mais confuso que nunca, aquilo não podia ser.

- Nos somos primos… - ela disse.

- Por isso mesmo! Merda, nós somos primos! Você me beijou, e eu correspondi! – Ele parecia aterrado com aquela realidade, encostou-se a parede dizendo com uma voz trémula. – E o pior de tudo… é que eu quero repetir.

Ela não respondeu, fitou os próprios pés se sentindo a pior pessoa do mundo.

Ele olhou para ela e se aproximou, fazendo-a olhar de novo para ele.

 - Isso nunca mais pode se repetir. – Ela o fitou.

- Nunca mais.

Contrariando as próprias palavras, James puxou-a  para si colando os seus lábios nos dela. Foram muitos beijo louco e urgente enquanto caminhavam aos tropeços até a torre da Grifinória. Felizmente, devido ao baile, não estava ninguém nos corredores por isso ninguém os viu, e quando chegaram ao salão comunal, Lilly, Louis e Hugo tinha saído para tentar se infiltrar na festa. Chegaram ao dormitório de James já tirando a roupa um do outro.

- James isso é tão errado! – Ela disse entre os beijos.

- Eu gosto o errado! – E caiu com ela na cama enchendo-a de beijos.

  

**

Rose e Scorpius tinham finalmente saído da zona das bebidas e agora estavam em um cantinho se beijando e conversando. Nunca estiveram tão felizes.

- … e aí o meu pai disse, vovô Weasley não te perdoaria se você casasse com um puro-sangue. – Terminou Rose de contar sobre como foi a primeira vez na estação Kings Cross, as palavras de seu pai em relação aos Malfoy, quando iam apanhar o expresso para Hogwarts. Scorpius deu uma gargalhada.

- Ironia do destino!  E agora? Como será? Um nascido trouxa é considerado sangue ruim, um simpatizante de sangue ruim é considerado traidor de sangue, e nós? Você é mestiça, eu sou puro-sangue, nosso filhos vão ser considerados o quê?

Rose pôs um ar-pensativo.

- Hm… acho que… serão chamados de… Imundice bruxa? – Scorpius negou com a cabeça.

- Os intocáveis? – Ela pos os dedos na boca fingindo que ia vomitar.

- Sangue-mirabolante! – Ele gargalhou. – O quê? É bom…

- Sangue-Imundo.

- Isso é a mesma coisa que sangue-ruim!

- Sangue-falso! – Perante o olhar dela ele disse. – Ah, desisto.

- Tem razão, eles seriam apenas, os nossos filhos. A prova de que nem tudo é ou preto ou branco. As vezes pode ser cinzento.

- Hmmm, filosófico!- Ele disse, e ela sorriu enquanto ele a puxava para um beijo.

- Gosto tanto de você Scorpius.

- E eu de você Rosie! – Ela sorriu bobamente com a maneira como ele a chamou. Abraçou-o perguntando que boa acção seria essa que ela fez para ter tanta sorte.

- O que vamos fazer quanto ao nossos pais?

- Não sei… acho que devíamos deixar tudo como está. Por enquanto, só para aproveitar essa fase boa.

- Sim, vamos deixar tudo assim, por enquanto!

Eles não tinham pressa em contar, até porque,  nenhum deles era louco. Pelos menos não ainda, não iriam deixar as rivalidades dos seus pais destruturar um amor recém descoberto, tão novo e tão bom ao mesmo tempo. Ambos estavam satisfeitos como estavam, assim, só nos braços um do outro, sem ninguém ara atrapalhar, sem Ron ou Draco para surtarem, sem Hugo com ciúmes, ou James com palhaçada. Muitos diriam que eles eram o oposto um do outro, mas não, eles eram mais parecidos do que pensavam, eles eram como dois pedaços que se complementavam, um corrigia as imperfeições do outro. O escorpião e a Rosa, era esquisito, mas era bom, ele iluminado na penumbra pela a sua vivacidade e beleza, ela puxada por ele para a realidade que os rodeava, de quem nem todos eram como os outros diziam, que as vezes temos que ver com os nossos próprios olho. O escorpião e a Rosa, perfeitos um para o utro.


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Notas finais do capítulo

Vamos falar de coisas sérias, então, eu sei que não rolou um ''Amo-te'' entre a Rose e Scorpius, mas espero que vocês entendam, o relacionamento deles é muito recente, e as coisas têm que evluiur aos poucos, mas garanto que na segunda temporada vai haver muitos amo-te.
Não sei o que irão achar da Wendy e o Albus ficarem juntos, então vou colocar o destino desse casal nas vossas mãos, vocês que decidem se esse romance vai para a frente ou se Albus arranja um novo amor.
Sei que Hugo Lilly e Louis não tiveram nenhum par amoroso, mas espero que entendam que eles ainda são muito novos e imaturos para isso, mas vou vos dar a felicidade de poderem escolher pares para eles, quero ver vossas sugestões nos reviews.
Na segunda temporada temos Fred Weasley II, Molly Weasley II entre outras personagens entrando em Hogwarts, e juro que será o ó! Então, como foi? Superou as vossas espectativas? Foi horrivel? Sou louca por fazer a Dominique e o James transarem? O que acharam? Dessa vez eu quero monte de reviews senão não posto nem epilogo nem segunda temporada.
Nem acredito que estou terminando esse meu projecto, estou feliz por ter conseguido!
Leiam o epilogo que vou postar amanhã, prometo e não deixem de ler a segunda temporada que vou publicar--- na proxima semana, serio, ja comecei a escrever mas estou esperando vossas sugestões.
O que será que vai acontecer com Dominique e James? Como vão resolver essa confusão em que se meteram?
E Victire e Ted, será que relacionamento deles vai continuar tão solido como é? O Clint vai desistir?
E Albus? Como será com Wendy?
Será que Hugo conseguiu tirar o esmalte? kkk
Quero todos vocês comentando e lendo a segunda temporada! Só faço os agradecimentos no epílogo porque já me alonguei demais nessas notas finais!