Alvo Potter

Tá! Meu irmão tinha acabado de surtar de vez e fiquei parado ainda recebendo essa informação.

– Alvo faz alguma coisa. – Disse Domi saindo preocupada.

– Fazer o que? – A essa altura meu irmão já estaria entrando no quarto da Zabine e transado loucamente com ela. Tenho que admitir que ela é gostosa. Desde quando eu penso assim? Aquilo nem foi de verdade. – O James é cabeça dura, mas não vai fazer nada que o prejudique, é só deixar, ele vai voltar ao normal... – Me afastei das pessoas, indo para meu quarto. – Eu espero! – Falei entre sussurros pra mim mesmo.

– Você acha que o James ficou muito irado? – Perguntou Scorpius entrando no quarto, ele não parecia preocupado com isso. Ele estava feliz demais.

– Scorpius, ele saiu dizendo que ia transar com a Zabine, ele disse isso pra todo mundo, acho que já está sim bem irado. – Falei me aconchegando na cama.

– Amanhã me resolvo com ele, cara eu to muito feliz. Você não sabe como é bom ficar com quem a gente gosta... – Disse virando para o outro lado e acho que indo dormir. Pois é, ficar com quem a gente gosta, ainda estava em falta pra mim. Consegui finalmente dormir. Acordei com barulhos na porta. Levantei da cama e abri, era Hugo, desde quando ele vinha aqui?

– Seu irmão tá nesse momento no Salão da Sonserina morrendo de bêbado e nu na frente de um terço de Hogwarts. – Avisou, droga! Desci correndo ás escadas não me preocupando com apenas a calça moletom preta que eu vestia.

– James! Vem comigo! – Falei e James apenas envolveu seus braços pelo meu pescoço. Peguei o tapete da Sonserina e enrolei em James, saímos assim pelos corredores. Tomara que ninguém me veja e... – Diretora Minerva! – Falei vendo a figura parada em minha frente.

– O que significa isso, Senhor Potter? – Perguntou e eu fiquei sem voz.

– Qual dos dois? – Perguntou James sem esconder sua embriaguez.

– Porque está enrolado em um tapete e com as cores da casa Sonserina? – Ai, ai!

– Se quiser que eu tire, eu tiro. – Disse deixando o tapete cair no chão. Minerva arregalou os olhos e cobriu seu rosto, virando para trás. As alunas que passavam pelos corredores começavam a parar e prestar atenção no membro sexual do meu irmão e também a fazer comentários nada discretos. Peguei o tapete de volta e sai dali com James, antes que Minerva falasse algo. Ela ainda estava se recuperando do choque. – Ela é tão perfeita né? – Perguntou se jogando em sua cama, no dormitório.

– Quem? A Minerva? – Perguntei espantado. Ele fez que não com a cabeça, sua cara foi muito engraçada, eu ri. – Ah, a Zabine? – Perguntei meio que entendendo.

– Não, não, Alvo! – Falou indo tomar banho. Espera, de quem ele tava falando? Fiquei sem entender, esperei James tomar banho e ele saiu nu novamente – Esqueci a toalha.

– Escute aqui Senhores, vocês não podiam ter me deixando naquele corredor e... – Disse Minerva entrando no quarto e vendo James nu pela segunda vez. – Vista-se logo, Senhor Potter! Quero o Senhor na minha sala depois do almoço. – Falou saindo constrangida do quarto.

– Você tem que tomar cuidado irmão, fica bem tá? – Falei saindo dali. Passei pelos corredores e ouvi alguns comentários como: “Desde quando o Alvo tá tão gato?”, “Gente, olha só esse tanquinho!”. Ri por dentro, mas uma pessoa passou pelo fim do corredor, seus olhos me fitaram penetrantemente. Desviei e sai dali. Depois de pronto fui rumo a minhas aulas, afinal de contas, ainda sou monitor. Cheguei na porta da aula de D.C.A.T. - O que houve? – Perguntei vendo a aglomeração de gente.

– Parece que o Professor Lupin teve de sair hoje, disseram que recebeu uma noticia muito séria em sua casa. – Falou um menino conversando com outro. O que seria? Droga! Esse é o gene Potter falando, sempre com vontade de saber das coisas, não deixando nenhuma informação passar despercebida. Eu sei que tenho de correr atrás disto, pode ser que seja grave e que minha família precise de ajuda. Dirigi-me a Sala da Minerva, já era hora do almoço, mas não estava com fome. Bati na porta três vezes, mas ninguém falou então fui entrando. Deparo-me com Minerva conversando com um quadro, aproximei-me e Dumbledore sorria contente.

– Parece que o Senhor Potter veio conferir as informações de perto... Sente-se Alvo... – Disse apontando para a cadeira. – Parece tanto com o seu pai. Cada traço. – Sorri. Minerva apenas se sentou e deixou que Dumbledore continuasse e ele continuou. – O sangue dos Potter, sempre falando mais alto. Foi difícil de conter sua curiosidade? – Assenti corando. – Serei breve, parece que o Senhor Lupin receberá uma nova pessoa em sua casa. – Quem era?

– É alguém do mal? Pensei que os problemas com as forças do Lorde das Trevas já tinham acabado? Todos da minha família estão bem? E a minha mãe, eu... – Tentei.

– Calma, Calma, Alvo. Todos estão bem. A pessoa de quem falo não é alguém ruim. O Professor Lupin teve de se ausentar porque sua esposa está grávida. Senhor Potter você terá um sobrinho já que sei que considera o Professor Lupin como seu irmão. Meus parabéns! Mas Teddy não será comunicado sobre a noticia, Victoire o chamou apenas pra conversarem, por isso mantenha discrição, será tudo uma surpresa. – Ufa! Então... Victoire estava grávida, era isso? Meu Deus, como será que Teddy irá receber essa noticia?

– Obrigado Senhor. – Agradeci a informação e saí da sala. Fui pra aula de Duelos. Era juntamente com a Lufa-Lufa.

– Olá senhores e senhoritas, uma boa tarde para todos, hoje eu quero escolher duas pessoas pra duelarem aqui... – Falava o professor de Duelos. – E como a aula é composta por duas casas, quero os monitores das mesmas aqui em cima. – Droga! Eu ia ter que lutar com Alice II? Dirigi-me para o palco e Alice II também. – Podem começar. – Andamos e nos encaramos, demos as costas, fizemos as reverências e apontamos as varinhas.

– Vingardium Leviosa. – Disse Alice II, senti meu corpo ser erguido no ar. Droga!

– Everte Statum – Gritei de volta. Assim que fiz isso cai no chão e da distancia que eu tava com certeza doeu. Alice II por sua vez deu duas piruetas no ar e caiu do outro lado do palco.

– Expelliarmus. – Gritou e gritei Protego. Passaram-se alguns minutos, todos da turma inclusive nós estávamos apreensivos, nunca um duelo tinha demorado tanto como este. – Expelliarmus! – Gritou de novo, mas dessa vez a minha varinha foi jogada pra longe. – Everte Statum. – Falou e recebi o mesmo golpe que ela recebeu de mim. Dei piruetas no ar, só que minha cara ia cair de frente para o chão. Droga cadê minha varinha numa hora dessas?! - Aresto Momentum. – Pronunciou e parei um pouco antes de cair de cara no chão, agradeci internamente por isso. Mas advinha só? Cai com pouco impacto, mas fora do palco. Ou seja, duelo perdido.

– Apertem as mãos. – Pediu o professor e fui até Alice II, mesmo estando com raiva dela. Qual é? Ela beijou o Sebastian no armário de vassouras. Apertei sua mão, sua expressão parecia indecifrável. Fui para dormitório e peguei minha vassoura, como ainda tinha tempo, iria dar um voo. Decolei com a mesma e fui para as bandas da Floresta Negra. Era lindo a vista de Hogwarts. Avistei mais um ponto preto no céu, voei até lá e ao chegar perto, vi quem era. Alice II. Será que essa garota tinha de estar no mesmo lugar que eu, o tempo todo?

– O que está fazendo? Sei que não você não sabe voar. - Perguntei estranhando.

– Voar me faz lembrar de alguém. – Disse tentando se equilibrar na vassoura. Numa tentativa de se equilibrar, Alice II foi para um lado e despencou da vassoura. Acelerei o voo e consegui pegá-la no ar. Mas com o impacto batemos em uma árvore baixa e nos separamos da vassoura. Cai com Alice II por cima de mim. – Ai, você tá bem? Isso já tá ficando incômodo. – Disse abrindo um sorriso lindo. Merlin, porque ela tem que ser tão perfeita? – Eu sabia que você ia me salvar, dessa vez foi de propósito, confesso que foi difícil me equilibrar enquanto você não estava aqui. – Confessou não saindo de cima de mim.

– Voar... De quem você se lembra? – Perguntei interessado.

– De você... Só de você... – Falou envergonhada, mas ela parecia decidida, meu coração acelerou, e antes que eu a beijasse, foi a vez da sua língua começar com os movimentos. A boca de Alice II grudou-se a minha e os seus movimentos eram rápidos, era nosso primeiro beijo, meu coração palpitou mais forte. Ela assanhava meu cabelo ainda por cima de mim. Até que uma lembrança me veio à mente.

– Espera! Espera! – A empurrei para o lado. Sentando-me ao seu lado. Seus lábios estavam inchados. – Porque beijou Sebastian? – Toquei em minha fraqueza, a lembrança dela naquele dia beijando o Jones era repugnante.

– Porque transou com a Zabine? Eu escutei tudo, você ficou bêbado e dormiu com ela. – Ela pareceu magoada.

– Eu não... Eu fiz isso, mas... – Tentei falar, mas ela apenas se levantou e saiu da Floresta. Mas que Droga! Corri atrás dela, mas antes tive que pegar minha vassoura que nem teve tanto dano assim. Perdi Alice II de vista e caminhei até o castelo. Avistei Dominique correndo impaciente pelos corredores. – O que aconteceu?

– James acabou de agredir David Jones, simplesmente porque o cara tava beijando a Lily. – O que?

– Ele tava beijando a Lily? Isso não vai ficar assim e você sabe dizer se o James bateu muito nele? – Perguntei irritado, nenhum marmanjo pode agarrar minha irmã assim.

– Bateu demais e... Essa não é a questão aqui. James vai pegar uma detenção muito feia por isso que eu preciso de um favor seu... – Pediu irritada.

– O que? – Perguntei avistando Alice II indo em direção ao lado dos banheiros.

– Com certeza Minerva irá deixar um dos monitores cuidando dele, posso ficar responsável pelo castigo dele? O James precisa de ajuda. – Eu concordava com ela, afinal já estava preocupado com meu irmão e as suas atitudes. Então acho que isso iria repercutir na minha decisão fora das regras a seguir...

– Ta, tá! – Falei apressado querendo sair dali. Domi sorriu vitoriosa. – Aliás, parabéns pela sua irmã, ela e o Teddy vão ter um filho. Mas não pode contar pra ninguém, é surpresa. – Falei dando as costas á ela.

– O QUE? A MINHA IRMÃ E O TEDDY? AI MEU MERLIN! – Ignorei a alegria de Domi e sai dali. Fui em direção ao banheiro feminino, entrei e a avistei checando tudo.

– O que está fazendo? – Perguntei curioso.

– Checando os banheiros e esse é o banheiro feminino, você não deveria estar aqui. – Como ela ainda tem essa coragem?

– Não me importo, quero saber o que você está fazendo!– Ignorei-a.

– Já disse, Potter. Estou checando o banheiro feminino. – Disse agressiva vindo em minha direção.

– Não, não está não. – Empurrei-a para que não passasse. – Você está fugindo, é assim que acontece? Sempre que está brava com algo ou com alguém, você foge? Porque me deixou lá sozinho? – Ela pareceu se intimidar.

– Fugindo porque estou brava? – Perguntou retoricamente.

– Sim! Você sempre faz isso, e tá fazendo isso agora. – Acusei-a.

– Não, estou fugindo da minha total falta de cuidado. – HAN? – EU ESTOU SENSÍVEL ALVO, TUDO ISSO POR CULPA SUA! – Gritou deixando escapar uma lágrima, o que está acontecendo? – Quer saber a verdade? ÓTIMO! Eu estou fugindo da minha sensibilidade, parece ridículo, mas é verdade. Você faz isso comigo, me deixa desse jeito e depois sai com qualquer uma, igualzinho a seu irmão.

– Eu não, eu não... Você beijou o Sebastian no armário de vassouras. – Droga!

– Eu não o beijei, ele me agarrou. Eu ia atrás de você, só queria deixar você esfriar a cabeça, mas o que você fez? Anda me responde... – Fiquei calado. – Você transou com a primeira vadia que deu em cima de você, e pensar que eu ainda acreditei que você era diferente. – Ela não tinha beijado o Jones? Isso era perfeito!

– Você não... Não se beijaram... Eu... Eu não transei com ela... Quer dizer... Transei, mas... – A cara de Alice II tinha acabado de ficar pior, tava me assustando. – Eu transei com ela depois que fui amordaçado e embriagado, eu não queria... Eu queria e sempre quis você... – Desabafei.

– Queria? – Perguntou dando as costas.

– Ainda quero... – Encostei-a na parede. – E se depender de mim, sempre vou querer. – A beijei, apertando-a ainda mais contra a parede, sua língua fazia os movimentos, sempre esperando os meus. Retribui e Alice II assanhou meus cabelos. Minha mão voou pra a base da sua coluna, começamos a derrubar tudo no banheiro. Acho que fizemos bastante zoada, mas não estava nem ai. Eu gosto de Alice II e estava a beijando, era isso que importava.

– Desculpe... Eu ouvi a zoada e pensei que... Ah... Aproveitem crianças. – Disse Frank II entrando e saindo do banheiro. Olhei para o rosto de Alice II tenho certeza que também fiquei vermelho assim como ela.

– Ele não é ciumento? – Perguntei estranhando, se eu visse minha irmã beijando um cara dentro do banheiro, por mais que ele fosse meu amigo, eu acabaria com ele.

– Ele não é ciumento... Não com meu namorado! – Disse pegando minha mão e me puxando para fora do banheiro. Estava feliz e agora tudo seria diferente, não havia ninguém para nos impedir de sermos felizes.