Another: Collection Dead! escrita por Zé Padovani, lHira
Notas iniciais do capítulo
alunos: 17/30professores: 3/3
A aula já havia começado a mais de uma hora na sala três e apenas 16 alunos estavam presentes, aquilo mexeu com a cabeça de todos, “por que tanta gente faltou? Será que a calamidade começo?”, nem mesmo o professor, Richard, conseguiu se concentrar para dar aulas.
Richard: Bem vocês podem resolver esses exercícios que eu deixei na lousa, são apenas revisão do ano passado vocês sabem como fazer. – Senta-se estava visivelmente pálido e pensativo, o ausência de tantos alunos o torturava mentalmente, ele lecionou na sala três o ano passado e por pouco escapou da maldição, porem não se lembrava de nada. Seus pensamentos foram interrompidos quando outro professor da turma abre desesperadamente a porta sala:
Eduardo: Richard! Posso falar um minuto com você – Os olhares da sala se voltaram todos para ele, nunca tinham visto o professor tão desesperado assim.
Richard: Tudo bem, - se levanta e sai da sala.
Assim que o professor sai da sala começa o burburinho entre os alunos:
José: Eu acho que aconteceu alguma coisa.
Moises; Jura? Ninguém tinha percebido.
José: Não haja como um idiota, eles podem estar todos mortos. – Alguém cutuca seu ombro e ele vira a cabeça pra olhar.
Nathaniele: José, eu ligue pra Nadia e pra Milena e não consigo falar com elas, nenhuma atendeu ao telefone. Elas estavam no mesmo ônibus José – respira fundo – E se...
José: Calma não deve ser nada, vai ver o ônibus quebrou e elas estão esperando concertar.
Outra garota entra na conversa:
Natália: Será mesmo? Aquela estrada é cheia de curvas fechadas, só espero que meus pensamentos estejam errados.
Nathaniele: Eu também.
Do outro lado da sala, outro grupinho de alunos conversava:
Beatriz: O professor Eduardo estava desesperado, é obvio que alguma coisa aconteceu com quem faltou!
Carolina: Droga, droga eu não quero morrer essa droga de calamidade não pode ser real.
Isabela: Para Carol! Você tem que ficar calma. Além do mais você é representante de sala e não pode ficar mostrando desespero pros outros.
Peres (seu nome era Matheus mais como havia dois na sala, decidiram chamá-los pelo sobrenome para não haver confusão, esse era Peres e o outro Rocha): Se eles morreram ou não o que podemos fazer? Vai ver foi só um imprevisto ou coisa assim.
Beatriz: Se fosse só um imprevisto o professor não teria ficado tão desesperado assim!
Isabela: Eu adoraria saber o que ele está conversando com o Richard.
No corredor:
Richard: Não ouve sobreviventes?
Eduardo: Ao que parece não, todos os alunos do ônibus e o motorista morreram.
Richard: Como você soube?
Eduardo: A Luciana, ela e mais uma aluna, aquela pequena chamada Luana estavam esperando pelo ônibus quando ele desabou da montanha jogando os corpos por cima delas. Ela telefonou para avisar e falou com o diretor, ele me chamou e pediu pra te contar.
Richard: Que horror... Pelo menos essas duas estão bem.
De volta na sala:
Mariane: Eu estou com medo Jessica.
Jessica: Eu também, mas temos que nos controlar, pode não ser nada.
Mariane: Mas Jessica todos os que faltaram pegam o ônibus da prefeitura pra vir pra escola.
Jessica: Sim, ele pode ter enguiçado no caminho, você sabe como são essas coisas da prefeitura. – Tentava acalmar a amiga e esconder seus medos ao mesmo tempo.
Uma garota se aproxima delas:
Manuela: Faltaram 14 alunos, os quatorzes primeiros mortos não é?
Jessica: Manu! Não fale assim, eles estão bem, foi... Foi só um mal entendido.
Mariane: Tem certeza?
Jessica: Não!
José, Moises e as garotas continuavam conversando quando Francisco atravessa a sala para conversar com eles:
Francisco: José!
José: Oi Francisco, o que você quer?
Francisco: Você sabe o que aconteceu? – Trazia lagrimas nos olhos.
José: Não, ninguém me disse nada ainda.
Francisco: Então descubra!
Natália: Você não é normal cara, como ele vai descobrir algo assim?
Francisco: Bem os professores o escolheram pra ser o mestre das contramedidas é obrigação dele cuidar pra que a maldição não aconteça!
Moises: Ele não teve tempo se você não percebeu!
José: Não se exalte, ele está certo. É minha obrigação fazer isso. Então me diga o que você quer que eu faça?
Francisco: Você tem o numero da Luana não tem? Ligue pra ela e veja se está tudo bem!
Nathaniele: Não adianta, já liguei pra Nadia e pra Milena e nenhuma delas atendeu.
Francisco: Mas talvez ela atenda.
José: Tudo bem vou tentar. – Disca o numero da garota em seu celular – Está chamando. Alô! Luana?
Luana: Oi, sou eu mesma.
José: É o José. Porque não veio a escola? – a garota lhe conta o acontecido, e ele se despedi dela – Ok, obrigado, se cuide então, tchau.
Francisco: O que aconteceu?
José: O ônibus capotou antes que pudesse pegar ela e a professora Luciana, elas viram todo o acidente. T-Todos os outros... Todos os outros estão mortos.
Nathaniele: Eu ainda disse pra Nadia tomar cuidado – abaixou a cabeça e lagrimas escorreram por seu rosto.
O resto do dia foi pesado para todos, alguns alunos ligaram para casa no intervalo para contar o ocorrido, outros apenas tentaram relaxar um pouco:
Cristiano: O dia está bonito apesar de tudo não está?
Caio: Está nublado e chovendo, mas se você acha isso bonito, o que eu posso fazer né?.
Cristiano: Só tentei melhorar as coisas.
Caio: É mais não deu certo.
Cristiano: Sim, eu já tinha percebido. Está com medo?
Caio: Não.
Cristiano: Você não está com medo?
Caio: Não, não estou.
Cristiano: Eu duvido disso!
Ainda durante o intervalo Bianca aparece desesperada no grupo onde José e Carolina estavam.
Bianca: José, Carol eu preciso da ajuda de vocês!
Carolina: O que foi Bianca, o que aconteceu?
Bianca: É meu pai, eu telefonei pra ele e contei do acidente.
José: E qual o problema com isso?
Bianca: Ele disse, ou melhor, ele está vindo pra cá, e falou que vai conversar com o diretor pra ele me trocar de sala. – Aquilo deixou todos no grupo sem reação.
Carolina: M-Mas se ele trocar você de sala ele vai estar te obrigando a fugir da maldição, e se você foge da maldição vo... Você morre!
Bianca: Eu sei, eu disse isso a ele mais não adiantou! – Começa a chorar – Eu não quero morrer, vocês são a representante de sala e o mestre das contramedidas vocês tem que conversar com ele! Por favor, me ajudem!
José: Vamos fazer tudo o que pudermos, vamos ajudar você.
Bianca: Obrigada.
Um tempo depois na sala do diretor:
Diretor: Eu já disse! Não posso mudar ela de sala!
Ricardo: Eu não quero saber o que você pode ou não pode fazer! Você vai mudar a minha filha de sala e assunto encerrado!
Diretor: Eu não vou mudar ninguém de sala!
Ricardo: Ou você muda minha filha de sala ou eu processo essa escola!
Diretor: Mas será que o senhor não entende? Eu não posso tirar ela da sala três!
José: Ele está certo não pode tirá-la daquela sala!
O garoto entra na sala acompanhado por Carolina e Bianca:
Ricardo: Bianca? Quem é você garoto?
José: Meu nome é José e eu sou o mestre das contramedidas da sala três e essa é Carolina representante da mesma sala, além disso somos amigos da sua filha e você não pode mudar ela de sala!
Ricardo: Por que não?
Carolina: O senhor conhece a maldição! Pelo que sua filha nos contou você foi aluno da sala três anos atrás, e sabe muito bem que se alguém foge da maldição esse alguém morre!
José: Então tenha um pouco de consciência e tire essa idéia louca da cabeça!
Ricardo: Quem vocês pensão que são pra falar assim comigo? Ela é minha filha e vai fazer o que eu quiser! – Agarra a garota pelo braço – Vamos embora daqui Bianca, a partir de amanhã você vai pra outra escola!
Bianca: Mais pai eu não posso! Não quero morrer!
Ricardo: Você não vai morrer entendeu? Agora vamos – Sai arrastando a garota.
Carolina: Pare! Você não percebe vai matar sua própria filha!
Diretor: Deixem garotos, se é o que ele quer não podemos fazer nada.
José: Mas ela vai...
Diretor: Eu sei, mas não temos escolha, como ele disse, ela é filha dele!
Ricardo é dono de uma grande pedreira na cidade e leva a filha para lá, seu escritório fica no alto de uma colina, mas a estrada é de terra e o carro não pode subir, eles então resolvem subir a pé:
Ricardo: Vai ficar tudo bem, eu prometo a você. – Bianca não responde apenas olha para o chão. – Vamos, fale alguma coisa.
Bianca: Muito obrigada por selar minha morte. – a garota escorrega e quase cai do pequeno lance de estrada - AAAAAAH! - Seu pai reage a tempo de segura-la pelo pé, a deixando suspenssa sobre uma maquina de moer pedras que funcionava a todo vapor.
Ricardo: Bianca! Calma eu te peguei! Vou tentar te puxar. – Faz força mas a estrada está lisa e ele também despenca rumo a morte, enquanto caiam a garota olha fundo em seus olhos.
Bianca: Obrigada papai!
Os corpos são retalhados e a única coisa que se ouve são dois gritos que transmitem toda a dor de ter o corpo estraçalhado por dezenas de laminas.
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