Assassin's Creed High School escrita por Olive Dunham Kenway


Capítulo 9
Capítulo 9-Presente de Ezio e Irmão


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o próximo capítulo! Vou tentar postar outro ainda nesse feriado. Aproveitem, meus amores! S2



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POV Connor


Vou até o quarto de hospedes para acordar Olive. Ela dorme lindamente. O cabelo cor de chocolate é uma confusão de fios sobre seu rosto. Tenho até pena de acorda-la, mas ela me mataria se eu a fizesse se atrasar para a escola. Ela pode andar com os populares, mas ainda é uma nerd.

Curvo-me sobre ela e deposito um beijo em sua testa. Olive abre os olhos lentamente.

–Bom dia, Connor. –ela sorri.

–Bom dia. Vou deixar você se arrumar.

–Ok, obrigada, Connor.

Saio do quarto e vou para o meu. Visto uma roupa qualquer, arrumo o cabelo com uma trança pequena presa com uma pena de águia que Achilles mandou para mim há alguns dias. Vou para a cozinha e tomo o desjejum com Olive e a minha família. Livy parece melhor. Os olhos não estão mais tão fundos e ela sorri com mais facilidade. Ela realmente precisava de um tempo longe dos problemas de casa com Malik e toda aquela história com as garotas idiotas da escola. Como se elas pudessem dizer alguma coisa.

Minha mãe nos deixa na estação de metrô antes de ir para o seu trabalho. Nós dois entramos no trem e sentamos perto de Ezio. Ele parece cansado, mas ainda animado como sempre.

–Tem algo diferente entre vocês dois. O que aconteceu na sua casa, hein, Connor Kenway? –Ezio diz com tom malicioso, que me faz corar muito, e acho que fica aparente, mesmo que a minha pele um pouco escura. –Oh! É bom! Pode falar para o seu amico!

–Ah, Ezio, eu preferia esperar um pouco. Os outros também. Contar para todo mundo de uma vez. –Olive se embaralha com as palavras.

–Oh! É bom mesmo!

–Pare com isso, parece uma garota atrás de fofoca. –Olive murmura ao meu lado.

–Sou italiano, não posso impedir. –ele dá de ombros. –Quando vão contar tudo nos mínimos detalhes? Reunião no Starbucks? Convidamos a Lucy também?

–Se Desmond vier, ela pode vir. Mas você está exagerando. –digo. –E espere um pouco. Quero conversar com alguém antes de qualquer coisa. –digo. Viro-me para Olive. –Sei que parece um tanto antiquado, mas eu quero te pedir em namoro, Olivia. Falo com seu pai?

Ela fica me encarando por um tempo. Os olhos castanhos brilhando e um sorriso se formando em seus lábios.

–Não. –ela finalmente responde. –Meu irmão ou Malik, mas prefiro Malik. Eu não quero que meu pai tenha controle de nada que tenha a ver comigo.

–Como quiser.

–O que? O que? O que? Não me deixem de fora, é uma tortura!

–Ok, ok! –Olive ri e se inclina para alcançar o italiano. Ela sussurra algo ao seu ouvido. De repente Ezio começa a saltar no assento do metrô, chamando muita atenção.

Mio Dio! Ho sognato questo giorno! Ho anche scelto i nomi! (meu Deus! Eu sonhei com essa manhã! Eu até já escolhi os nomes!)

–Calma, criatura! –Livy ri. –Não sei o que está dizendo.

–Espere, deixe-me respirar um pouco. –ele pede. Consigo rir do escândalo de Ezio.

Altaïr e Kadar entram no trem e se aproximam de nós. Eles dão um abraço em Livy e dão um cumprimento de cabeça para mim e Ezio. Kadar se senta no colo de Olive, como sempre, e Altaïr ao lado de Ezio.

–Do que vocês estavam falando para deixar o Ezio tão animado? –Altaïr pergunta.

–Todos nós sabemos que isso não é exatamente difícil. –sorrio.

–Isso é verdade. –Livy me apoia.

No final nós conseguimos enrolar os dois e não contamos nada. Acho que devo esperar até que tudo esteja certo antes de sair por aí contando para os outros.

Ao chegarmos na escola, Olive faz o que faz todas as manhãs: senta-se no terceiro assento perto da janela, cumprimenta Shaun e Becca e conversa com eles durante o período que o professor ainda não chega na sala. Quando o professor chega, ela presta atenção na aula e raramente se vira para fazer algum comentário, mas quando o faz, sempre é sobre a matéria. Ela é uma ótima garota. Sempre dá o melhor de si e tenta não chamar atenção.

Na hora do almoço, ela e Ezio vão atrás de Leonardo e o novato se senta conosco. Ele e Olive conversam animadamente. Eu não entendo metade do que eles falam. É sempre química, física, história, projetos malucos, rascunhos e coisas demais para que eu acompanhe. Mas os dois estão tão envolvidos na conversa que eu fico com vontade de estudar só para poder entende-los. Não que eu não estude, mas Olivia e Leonardo estão em outro nível.

Depois da aula, levamos Desmond até o ponto de ônibus. Dessa vez Lucy já nos esperava. Ela nos dá um abraço rápido e sai com o namorado.

Vamos para a estação de metrô. Nos sentamos na mesma disposição que de manhã e todos os dias desde que Olive está conosco. Como já é comum, ela nos explica a matéria da escola e entendemos melhor quando ela fala. Dessa vez eu e Ezio não vamos para nossas casas. Ficamos com ela, Kadar e Altaïr. Quando entramos no apartamento, Malik está comendo um sanduíche e assistindo um filme antigo.

–Você vai ficar gordo. –Olive ri e o abraça.

–Bem, gordo, mas feliz.

–Vou te fazer levantar essa bunda do sofá. –ela diz.

–Ok. –ele morde o sanduíche. –Mas não hoje.

–Ah, sim. Hoje mesmo.

Viro quando batem na porta.

–Eu atendo. –Ezio se prontifica.

Vejo Altaïr ir até Malik e dar um beijo no seu rosto.

–O que pensa que está fazendo, novice?!

–Ei! Se acalme! –ouço Ezio gritar. Logo o italiano está caído no corredor de entrada. Eu e os outros corremos até ele.

–Quem é você? –pergunto ao ver um homem alto e forte que nos encara com fúria no olhar.

–Charlie?! –Olive exclama. –O que está fazendo aqui?

–O que é isso, Olivia?

Ela tenta ir até o homem, mas eu a puxo para perto de mim.

–Solte-me um pouco, Connor! –ela ordena. Obedeço um tanto hesitante. –O que aconteceu, Charles? Peça desculpas a Ezio!

–O que aconteceu? Por que não está mais em casa?

–Olive, quem é esse? –quero saber.

–Não chame minha irmã de Olive, seu...

–Charles! Não ouse terminar essa frase. É melhor você se acalmar e pedir desculpas a Ezio ou eu juro por Deus que acabo com você!

O homem parece se acalmar. Mas irmãos? Ele e Olive não tem absolutamente nada a ver!

–Desculpe, cara.

–Ezio. –ela corrige.

–Ezio. –ele acrescenta.

–Agora, me diga o que está fazendo na cidade.

–Vim te visitar, mas quando cheguei em casa, papai disse que você tinha ido embora e me deu esse endereço. Quando entrei e vi esse cara eu pensei que ele tivesse te obrigado. Foi o que o papai deu a entender.

–Ah, mas é claro. Ele nunca contaria toda a verdade. Ele te contou que abusava de mim enquanto você estava fora? Contou que tenho uma ordem de restrição para ele? Ou que esses “caras” – ela faz aspas no ar. –me tiraram de um pesadelo?

–Papai...

–Sim, ele mesmo. E tenho cicatrizes para provar. Vivo com Malik, Kadar e Altaïr agora. E sou muito feliz. Connor e Ezio cuidam muito bem de mim. Essas pessoas me protegem, Charlie. Não os machuque. –ela pede.

–Esse é o seu irmão? –Ezio indaga.

–É sim. –Malik é quem responde. – Já o vi em fotos.

–Vamos conversar lá fora, ok, Charlie? –Olive vai até o homem e o leva para fora.

Durante quase uma hora ficamos calados na sala, assistindo o filme que Malik assistia. Ezio dá uma garrafa para Altaïr que agradece e a coloca na geladeira.

Quando Olive entra, nós nos levantamos e esperamos por suas ordens.

–Tudo bem. Ele e eu nos entendemos. Vou falar mais com ele amanhã. Mas agora, se não se importam, estou com fome.

Altaïr abre a geladeira e pega uma garrafa de vidro transparente.
–O que é isso? -Olive pergunta.
–Ezio disse que é suco de tâmaras. Ele deu de presente. Eu amo tudo feito de tâmaras.
–Nunca nem vi uma tâmara. –ela sorri sem graça.
–Prove um pouco. É uma delícia, posso garantir. Tudo fica melhor quando tem tâmaras no meio.
–Mas é pra você. Eu não poderia...
–Por favor, Livy. Beba um pouco. – Altaïr abre a garrafa para ela e a incitar a beber. Olive toma um bom gole do líquido.
–É doce. Parece balinha líquida. –ela sorri.
Dio mio... –Ezio está congelado ao meu lado.
–O que foi, cara?
Ele olha para mim como se estivesse vendo a face da morte. Franzo o cenho e repito a pergunta.
–Eu...
–Estou me sentindo quente. Mais alguém está com calor? –Olive indaga.
Ezio fica extremamente pálido.
–Na verdade não. Até que estou com frio. –respondo.
–Eu também. –Altaïr concorda.
–Está com febre, Livy? –Malik vai até ela e encosta a mão sobre a testa dela. –Hum, parece normal para mim.
–Não, não é febre. Eu só estou sentindo calor. E muita energia. Tâmaras dão energia?
–Não que eu saiba. –Kadar responde.
Dio mio...
–O que foi, Ezio? Não acho que você esteja fazendo uma prece. –falo.
–Eu meio que estou.
–O que você fez? –meu tom é ameaçador.
Minha atenção é desviada por Olivia que me puxa para si e me beija de forma feroz. Eu gosto. Melhor do que isso. Eu amo. Mas tem algo errado. Livy não faria isso na frente dos outros. Então eu a afasto. Os outros olham para nós surpresos. Viro–me para Ezio.
Dio mio.
–O que você fez?
–Não era para ela! Juro! Promesso! Era pra Malik ou Altaïr.
–Do que está falando? –Malik quer saber.
–Meu irmão me enviou isso há alguns dias. Disse que era um tipo de estimulante. Eu queria ver como eles reagiram. Eu nem vi quando Altaïr ofereceu para Livy! Eu teria impedido!
–O que isso vai fazer com ela? –Kadar pergunta.
–De acordo com Frederico, tudo o que ela nunca faria de outra forma.
–Existem milhares de coisas que Olivia não faria! –Malik exclama. –Ela é muito certinha. Sabem disso.
–Então é melhor ficar de olho nela. –Ezio diz.
–Eu vou te matar. –aviso.
–Vou comprar uma passagem de volta pra Itália.
–Connor! –Olivia geme ao meu ouvido.
–Não faça isso.– peço. O jeito que ela falou me fez ter calafrios. Os bons calafrios.

–Por que? Venha comigo, Connor! Eu estou com calor. –pelo jeito que ela falou, sei muito bem que tipo de calor é.

–Ezio, que tipo de estimulante é esse?

–Meu irmão achou que eu estava com pouco, vamos dizer, ânimo na minha vida. É para festas.

–Meu Deus... –Malik suspira. –E Queria dar isso a mim e Altair?

–Eu só queria testar...

–Connor... –outro gemido ao ouvido.

–Venha. –coloco-a sobre o ombro.

–O que pensa que está fazendo, seu pervertido?! –Kadar grita.

Abro a porta do quarto de Livy e a tranco lá dentro. Sozinha, só para deixar claro. Volto para a sala. Os outros parecem aliviados em me ver.

–Eu não vou fazer isso sem que ela esteja completamente ciente das suas ações.

–Como se eu fosse deixar. –Malik murmura.

–E eu quero falar com você, Malik.


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Notas finais do capítulo

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