Dark Angel escrita por docin1


Capítulo 29
A Queda das Máscaras - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Escrever esse capítulo foi tão emocionante *u*
Vou tentar postar a parte dois ainda hoje!
PS. Eu AMO os comentários de vocês, me deixam flutuando *--*



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Cheguei à SHIELD ao mesmo tempo que Asa Noturna e Batgirl. Fomos direto para a sala de reuniões. Robin já estava lá, igual à Gavião, Natasha e Maria.

–Há alguns dias... - começou Nick - Asa Noturna me entregou um pen-drive. E com isso, nós conseguimos encontrar a localização do Steve. - Ninguém parecia muito surpreso, todos já tinham acesso às informações do pen-drive. - Vou mandar todos vocês, exceto Maria para resgatá-lo. Steve está vivo. Não temos certeza de como, mas está.

–E onde ele está? - Perguntou Robin

–Na Alemanha.

–Claro - murmurou Robin

–Asa Noturna já dividiu as equipes: Gavião e Natasha, Robin e Batgirl, Black Angel e Asa Noturna. Eu quero vocês lá, agora.

Asa Noturna? Pensei em perguntar.

–É um território perigoso. Vamos mandar alguns jatos para lá, caso precisem se reforços. Vocês vão entrar nas bases zeta com as motos, vão sair à alguns metros do local.

Robin e Batgirl foram os primeiros a irem, mas Asa Noturna deixou claro que deviam esperar por ele. Logo depois, Natasha e Gavião. Por último fomos nós. Eu estava armada com a minha espada personalizada e um revolver com um supercalmante.

Saímos das plataformas zeta em uma rua de paralelepipedos escura, chovia bastante. Eu podia ver de longe o local. Era uma casa - ou masão - abandonada, no caso, quase abandonada.

De acordo com o plano, Batgirl e Robin iriam começar a investigação pelo porão, Natasha e Clint começariam com os dois primeiros andares da casa, Asa Noturna e eu começaríamos com o terceiro, quarto e quinto andar.

Paramos a moto no gramado elameado. A casa não apresentava nenhum sinal de vida e a entrada para o porão já havia sido arrombada. Asa Noturna desceu de sua moto e foi direto para a entrada, eu o segui. Em silêncio, subimos três lances de escada, sem cruzar com Gavião, Natasha, Robin ou a ruiva.

Não havia nada de diferente no terceiro ou no quarto andar, tudo confirmava que o lugar era apenas uma casa abandonada. Mas assim que subimos o último andar, vi uma movimentação rápida por ali. Eu podia ouvir passos e sussurros ao longe.

Deslizamos pelo corredor encostados na parede até a porta entreaberta.

–Atacamos? - Sussurrei para ele

–Nós não daríamos conta. São muitos.

–E o que vamos fazer, fugir?

Asa Noturna estava a ponto de responder quando a porta foi totalmente aberta. Dois cientistas pretendiam sair de lá, mas quando perceberam, eu ataquei. Não precisei de mais de alguns chutes para derrubá-los, mas agora, nós precisávamos entrar e Asa Noturna parecia irritado por ser obrigado a atacar.

Entramos no laboratório. Repleto de computadores e com uma câmara de contenção cheia de água verde e com um homem lá dentro, eu não podia ver, mas sabia quem era. Também havia uma clarabóia no teto e a chuva lá fora deixava todo o laboratório repleto de sombras úteis.

Por pura sorte, a maioria daqueles que estavam ali, eram apenas cientistas. Todos sabiam se defender, mas não de mim. Tirei a espada do lugar dela e apertei o botão que a fazia se tornar uma grande espada prateada. Eu a enfiei no corpo de um dos seguranças fazendo o sangue se espalhar pelo "laboratório". Eu tirei e espada de dentro dele e, antes de atacar mais uma vez, vi Asa Noturna olhando para mim. Eu via em seu rosto, mesmo com uma máscara, o quanto ele repudiava aquilo que eu fazia.

Eu não podia parar. Virei para trás passando a espada pelo pescoço de outro segurança, que despencou no instante seguinte. Fui surpreendida por um braço forte agarrando a minha cintura, mas não era um dos agentes inimigos, era Asa Noturna. Eu pensei protestar, mas não o fiz. Ele atirou alguma coisa na direção da clarabóia. O vidro caiu por todo o laboratório e eu sentia a água da chuva em meu rosto. Aquela "alguma coisa" era o equipamento que fazia Asa Noturna voar pela cidadade, uma corda.

A corda nos puxou para fora do laboratório e para dentro da tempestade. Em um segundo, já estavamos voado por ali. O braço de Asa Noturna envolvia a minha cintura e me mantinha colada nele. Precisei segurar em seus ombros.

Pousamos em cima de uma capela, as telhas do segundo andar nos protegia da chuva e havia um poste com uma luz fraca e amarelada do lado. Me esforcei para não ficar tonta quando ele me soltou rapidamente.

–Por que você fez isso? - Perguntei

–Eu... Não consigo ver você fazendo isso.

–Mas isso é o meu trabalho. Você não pode me impedir. Por que não chamou a Batgirl, então?

Eu tinha mais um milhão de perguntas do tipo, acusações e motivos para brigar com ele, mas esqueci tudo quando ele me puxou pela cintura novamente. Dessa vez, nós não iriamos à lugar algum. Ele me mantinha completamente colada nele. Nossa respiração estava rápida e por baixo do uniforme, minha pele estava arrepiada.

Então finalmente aconteceu. Asa Noturna me beijou, eu retribuí intensamente. Eu sabia porque aquele beijo aconteceu, sabia porque eu havia retribuído e sabia porque, ao fim do beijo, lágrimas escorriam pelo meu rosto. Ele parecia ter levado um soco no estômago, parecia estar sentindo muita dor.

Nos separamos bruscamente. Passei o dedos sobres os lábios. Eu estava ofegante, em pânico. Mas assustada de mais para tentar controlar tudo isso. Engoli o soluço e o medo. Avancei lentamente aproximando minhas mãos de seu rosto, ele recuou, mas eu já havia tirado a sua máscara.

–Dick. - Tentei falar, mas minha voz parecia não querer sair.

Ele olhou para baixo, ainda parecendo estar com dor. Depois levantou uma das mãos e retirou minha máscara. Fechei os olhos tentando evitar chorar.

–Lis. Eu... Eu não entendo... C-como você pode? - Ele gaguejou

–Eu... Eu... - Tentei procurar algum vestígio de voz, mas eu não tinha. Eu não tinha o que dizer e nem como dizer.

Quantas vezes ele havia dito que eu podia ser pior que os vilões? Ou usado a palavra assassina? Era o mesmo que tentou me proteger quando eu senti meus medos voltarem. Era o mesmo que havia me confortado tantas vezes. Era o mesmo.


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Notas finais do capítulo

Continua... *-*