Desventuras Incertas De Luna escrita por Docinho Malvado


Capítulo 6
O Plano


Notas iniciais do capítulo

Oie! õ/
Desculpem os erros de português e também a demora! ;)



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Eu já estava com dez anos, iria fazer onze em uma semana e estava decidida a escapar dali. Eu não queria de jeito nenhum passar mais um aniversario presa ali.

Nos anos que se passarão eu tentei escapar uma vez, quando eu tinha acabado de fazer oito anos, a tentativa não deu muito certo, eu consegui me aproximar da porta de saída, mas nem consegui chegar nela direito, pois ela se fechou. Tudo o que eu consegui com essa tentativa foi ficar acorrentada na sala e no escuro como a minha mãe. Eu nem pensei direito quando eu tentei fugir daquela vez, foi mais um impulso, então eu fiz uma nova promessa para mim mesma: Eu prometi que iria arquitetar um plano para fuga eficiente e não só sair correndo desembestada por causa de um descuido de uma enfermeira. Essa tentativa de fuga me rendeu problemas e dificultou uma nova tentativa, as enfermeiras passaram a tomar mais cuidado e terem mais atenção em relação a mim e as câmeras também não facilitavam muito as coisas. A única coisa que eu pude fazer enquanto planejava a minha nova fuga era ter um bom comportamento, só para elas acharem que eu não pensava mais em fugir. Eu estava sendo uma menina exemplar. Elas achavam que eu tinha aprendido a lição da ultima vez.

Eu ainda não tinha um bom plano, achava até que não iria dar certo, pois eu tinha muitos problemas:

Primeiro: As câmeras.

Segundo: As enfermeiras.

Terceiro: Os guardas nos portões.

Quarto: A porta de saída que se fechava automaticamente sempre que alguém apertava o botão “emergência”.

Tinha muitas câmeras por todo canto, inclusive nos corredores, e sempre que alguém tentava fugir as câmeras capitavam e os operadores apertavam o botão “emergência”. Foi por isso que eu não consegui fugir daquela vez.

Eu não podia sair do meu quarto sem duas enfermeiras de prontidão ao meu lado. Daquela vez eu consegui correr pelo corredor porque as enfermeiras ficaram uns passos para trás enquanto caminhávamos para a sala de aula, mas depois da minha tentativa de fuga isso não aconteceu mais, agora elas andam com a mão firme no meu ombro.

Quando eu cheguei perto da porta de saída eu pude ver os portões. Lá tinha dois homens fortes e autos com capas pretas, quando vi aqueles homens eu me lembrei daquele meu flash de visão, os dois homens de capa preta.

Então para fugir da divisão eu teria que me livrar das câmeras do meu quarto, passar sem ser vista pelo corredor, abrir a porta de saída e conseguir pular o portão (que era um alto) sem ser vista pelos guardas. Era impossível. Eu não conseguiria sozinha.

Nesse tempo que havia se passado eu já sabia fazer o que a maioria das pessoas aprende lá pelos vinte anos, eu já sabia cuidar de mim mesma, sabia me virar sem ajuda e aprendi a usar meus extintos para sobreviver. Eu sabia usar a minha inteligência para me virar. Eu já tinha dito adeus para aminha infância... Se é que eu cheguei a ter uma infância.

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Era dia de aula, eu odiava aquilo, eram cinco vezes por semana, era assim que eu conseguia saber do tempo. Algumas pessoas eram legais, outras eram terríveis, mas eu tinha feito três amigos: Alice, Peter e Samara, eles eram ótimas pessoas, nós começamos a sermos amigos logo de cara, na primeira semana de aula.

Alice era uma Telecinésia ótima, quer dizer, ela ainda não conseguia controlar o seu poder muito bem, mas dava para o gasto. Ela tinha oito anos e estava na divisão desde os cinco.

Peter podia ficar invisível e também atravessava paredes. Ele conseguia controlar a invisibilidade bem (não excelente, mas bem), porém não era muito bom com a habilidade de atravessar paredes, na maioria das vezes ele acabava batendo a cara na parede ou caindo no chão. Ele tinha dez e estava na divisão desde os sete.

Samara era a mais quieta e deprimida de todas as crianças da divisão. Dificilmente ela dava risada, de vez em quando ela sorria só para não ficar muito de fora. Eu não tiro a razão dela, realmente a história de Samara é bem triste: Samara foi largada na divisão com quatro anos pelos próprios pais. Ela possui um dom pouco comum e bem surpreendente que assusta e espanta até a divisão: Ela pode alterar qualquer tecnologia com a mente, ela pode alterar imagens, vídeos e invadir qualquer sistema. É um dom bem incomum, só houveram dois casos registrados na divisão assim: Uma garotinha em 1990 tinha um dom quase igual ao de Samara e uma mulher que já havia morrido também tinha esse dom. Pelo que a divisão sabia a Samara era a única pessoa viva com esse dom. O governo ansiava muito por ela, só estavam esperando ela completar dezesseis anos para usa-la como arma. O exército seria invencível com Samara ao lado deles espionando os computadores inimigos. Ela tinha nove anos.

Eu ainda não tinha comentado que eu pensava em fugir para os meus amigos, eu ainda não tive uma chance para isso, mas eu pensava em contar a eles, pois eles poderiam me ajudar com um plano ou até mesmo irem embora comigo.

Num dia, quando estávamos no refeitório comendo eu tive a chance de contar-lhes sobre a fuga. As enfermeiras não estavam prestando atenção em nós então era a hora perfeita.

– Hey, o que vocês acham de uma fuga? – Eu disse depois de um momento de silêncio.

– Eu acho arriscado, somente uma pessoa já conseguiu escapar daqui! – Disse Peter.

– Eu acho uma ótima ideia, eu não aguento mais a comida desse lugar! – Falou Alice colocando o seu pedaço de pão na mesa e revirando os olhos.

– Você tem um plano? – Perguntou Samara.

– Bem... Ainda não, mas já tenho umas ideias e eu não vou conseguir sem ajuda!

– E você quer a nossa ajuda. – Disse Samara adivinhando tudo.

– Exatamente! – Eu respondi animada. – E então, vocês topam? – Eu perguntei e todos fizeram uma pausa, pareciam estar raciocinando.

– Eu topo... Não tenho nada a perder. – Respondeu Samara sem nenhuma emoção.

– Eu não sei não... É muito arriscado... – Peter parecia estar pensando auto. – Ah, tudo bem, essa é a única chance de eu conseguir sair desse lugar!

– Eu também topo. Não aguento mais esse lugar e se o plano for bom pode dar certo! – Disse Alice dando um sorriso de canto.

– Ótimo, o plano é o seguinte: Samara você altera as imagens da câmera de segurança para parecer que estamos em nossos quartos e que o corredor está vazio. Peter você atravessa a parede da sua cela, fica invisível, entra na sala de segurança, desabilita todos os alarmes, desabilita o botão emergência e pega as chaves das celas.

– Como eu vou desabilitar o botão emergência e pegar a chave sem que eles percebam? – Ele perguntou.

– Sei lá, dá o seu jeito e de preferencia rápido!

– E o que eu faço? – Perguntou Alice fazendo bico.

– Alice, você vai fazer as armas dos seguranças levitarem até nós! – Eu respondi séria e apreensiva.

– Pera aí... A gente vai matar? – Perguntou Samara tensa.

– Se for necessário... – Eu disse.

– Mas eu não quero matar ninguém! – Disse Peter em pouco exaltado.

– Você não vai precisar matar ninguém, você só tem que fazer a sua parte! – Eu disse revirando os olhos. – Alice você vai fazer as armas levitarem até mim! – Eu disse me voltando para ela.

– Você vai matar eles Luna? – Perguntou Samara com um ar debochado.

– Não Samara, é só para eles não atirarem em nós. – Eu disse sem dar muita atenção.

– Ah, me poupe Luna, você não sabe nem segurar uma arma! – Samara disse com um ar mais debochado ainda.

– Me poupe você Samara... E você? Sabe segurar uma arma por acaso? – Eu disse já irritada. – Eu aposto que não!

– Chega! Não é hora para brigarmos! – Disse Alice quando Samara ia me responder.

– Tudo bem, você está certa! – Eu disse já mais calma.

– Ótimo! E quando vai ser? – Perguntou Peter mudando de assunto.

– Amanhã á noite! – Eu disse.

– Mas assim? Em cima da hora? – Perguntou Samara nervosa.

– Por mim quanto mais rápido melhor! – Declarou Alice empolgada.

– E por mim tanto faz. – Falou Peter.

– Ah, que seja! – Samara disse de mal grado.

– Tudo bem, então amanhã á noite. Você passa primeiro no meu quarto, depois no de Alice e por último no de Samara! – Eu disse e ele assentiu.

– Mas como eu vou saber que é noite? – Ele perguntou.

– Depois que as enfermeiras desligarem as luzes, aí você conta até cem e dá inicio ao plano! – Eu expliquei.

– Tá certo. – Ele disse.

– Samara você conta até cinquenta! – Eu disse me virando para ela. Ela somente assentiu.

– E Alice, você só precisa esperar acordada por nós na sua cela. – Eu disse e ela assentiu.

– Ótimo, eu estou com um bom pressentimento. Eu tenho certeza que tudo vai dar certo! – Eu disse sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Então é isso aí gente, talvez eu demore pra postar o próximo porque as minhas aulas já voltaram!
E aí? Será que eles vão conseguir?
Mandem Reviews! ;)
Musica do Capitulo: Paramore - Brick By Boring Brick
XoXo



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