Pedido escrita por Makiyenn


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem ^^



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Ren olhava constantemente para o relógio em seu pulso imaginando que isso faria com que as horas passassem mais rapidamente. Quanta ironia, quem diria que alguém como ele fosse ficar impaciente e sonhar com que as horas passassem depressa somente para poder vê-la.

Queria que as horas literalmente voassem. Apesar disso estava nervoso demais, transpirava em expectativa enquanto encarava aquela pequena caixa de veludo. Uma caixa que guardava sonhos, a esperança de um futuro com a pessoa que ele mais ama.

Tinha medo da reação dela, afinal fazia poucos meses que estavam juntos. Não esperava ficar tão nervoso assim novamente, a última vez que se sentiu desse jeito foi quando contou a Kyoko que ele era o Corn das lembranças dela. Não, estava mais nervoso, tinha medo de que ela o recusasse afinal tudo acontecera muito rápido. Fazia pouco tempo desde que ela parou de chama-lo de “Tsuraga-san” para “Ren”. Ele ainda não tinha se acostumado com isso, sempre que ela pronunciava seu nome sentia como se uma corrente elétrica passasse por seu corpo. Estava perdidamente apaixonado.

Guardou a caixinha em seu bolso, ficar olhando para ela naquele momento não estava ajudando. Suspirou na tentativa de aliviar a tensão de seu corpo.

“Não acredito que estou agindo como um adolescente...”. Pensou culpando-se por parecer tão inocente e inseguro.

Olhou para o relógio novamente, sem nem mesmo prestar atenção nas horas. Tornou-se um hábito encarar aquele aparelho que ele amaldiçoava agora. Qual a finalidade dos relógios se eles não conseguiam acelerar o tempo? Começou a pensar que o tempo era apenas um homem sádico que, quanto mais se tinha pressa, mais lentamente ele corria.

Pelo menos tinha uma vista agradável de onde estava. O restaurante que ele escolheu era perfeito, o aspecto medieval dava a impressão de estar dentro de um conto de fadas. Aquilo certamente agradaria Kyoko, fazê-la sorrir tinha se tornado um vicio.

Seus pensamentos foram interrompidos quando ela entrou graciosamente no restaurante. Kyoko usava um vestido vermelho decotado que ia até metade de suas coxas, a maquiagem a deixava com um ar mais maduro, porém sem tirar aquele ar de menininha que só ela possuía. Ela não costumava se vestir daquela maneira tão provocante, Ren imaginou que fosse ideia da Kotonami-san coloca-la naquelas roupas.

- B-boa noite, Ren. – disse com as bochechas levemente coradas.

- Boa noite, Kyoko. – sorriu ao ver que ela ruborizou ainda mais com a forma doce que ele falou.

- Foi ideia da Moko-san. – Ren fez cara de desentendido – O vestido. – Naquele momento Ren fez uma nota mental de agradecer a Kotonami-san por isso. – Não acha que está estranho não é?

- Você está realmente muito linda Kyoko. – Adorava dizer o nome dela sem honoríficos e adorava ainda mais ver como ela reagia a isso.

Sentaram-se e começaram a comer. Ren já não sentia mais o gosto da comida, o que era um desperdício já que ela parecia deliciosa. Porém, a única coisa que importava naquele momento era Kyoko, na verdade ela sempre foi a pessoa mais importante para ele.

Mesmo depois de terem terminado o jantar continuaram conversando sobre o trabalho. E naquele momento, olhando para a garota em sua frente viu que seu medo se dissipara e seu interior encheu-se de calor, mesmo com os milhões de pensamentos se sentiu em paz, completo. Quando deu por si já estava ajoelhado como um príncipe diante daquela garota inocente, tremia segurando a caixa vermelha de veludo em sua mão.

Vacilou ao ver a expressão de surpresa no rosto de Kyoko, por um momento quis guardar a caixinha e fingir que nada tinha acontecido, porém sentiu as mãos dela segurando as suas parando os tremores. O olhar doce que ela lhe mostrou foi a prova de que ela não o recusaria. Ela sorria graciosamente como se tentasse acalmá-lo. Pareceu que um peso foi tirado de seus ombros.

Ren queria dizer alguma coisa, mas as palavras simplesmente não saiam. Amaldiçoou-se, como poderia ele agora estar agindo dessa maneira? Tinha certeza de que era um adolescente nesse momento. Kyoko percebeu a insegurança de Ren e começou a imaginar como ele estava sendo fofo, apesar do nervosismo.

- K-kyoko. – disse pausadamente interrompendo os pensamentos de Kyoko. - Sei que não começamos muito bem, e que faz pouco tempo que estamos juntos. Mas... – novamente fez uma pausa para recuperar o fôlego. – Eu já não consigo ficar longe de você, sei que você pode não sentir o mesmo por mim...

- Ren.

- ... afinal de contas aprendi com a experiência e...

- Ren.

- ... não tenho certeza se você está comigo por pena ou-

- REN! – Kyoko falou segurando o rosto dele em suas mãos e em seguida deu um leve beijo em seus lábios, um beijo tímido, porém cheio de desejo. – Quer por favor parar de falar que eu não sinto nada por você? Você acha que eu fingi todo esse tempo? - Ren continuou imóvel, aquela foi a primeira vez que ela tomou a iniciativa.

- Eu... É só que... – falou com uma voz dolorosa antes de ser interrompido por ela novamente.

- Ren, eu amo v-você. – Ren ficou ainda mais surpreso com essa atitude. Ela nunca disse nada tão diretamente para ele antes. – Você é o meu príncipe Ren, meu conto de fadas... Meu K-Kuon.

Ren sorriu. O sorriso mais sincero que ele poderia dar. Em seguida tomou os lábios dela como que em resposta ao que ela disse.

- Eu também amo você Kyoko, tanto que chega a doer. – disse com a testa colada na dela.

Ficaram assim alguns minutos até que Kyoko resolveu quebrar o silêncio.

- É melhor eu ir embora, já está ficando tarde e-

- Quem disse que eu vou te deixar ir embora hoje à noite? – Ren disse com aquele olhar de imperador da noite e antes que Kyoko pudesse protestar ele a beijou com paixão impedindo-a de reagir.

- Te odeio! - Kyoko falou baixinho ainda nos braços de Ren.

- Adoro o jeito que você me odeia. – falou levando Kyoko em seus braços para fora do restaurante. – Hoje você é minha, minha princesa.

Kyoko ruborizou e enterrou a cabeça no peito de Ren murmurando um “baka”, o que apenas fez Ren sorri novamente e pensar em como ele poderia se apaixonar por ela cada vez mais. “Talvez ela realmente seja uma fada.” Pensou antes de dar a partida no carro e levá-la para o apartamento que agora seria deles.


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Notas finais do capítulo

Então é só isso, gostaria de ter feito ela maior, mas o meu sedentarismo não permite. Espero que tenham gostado.

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