Sougo’s POV

Acordei com muita preguiça, meu corpo estava cansado pela noite ‘‘intensa’’ que eu tive. Mas não havia escolha, eu tinha que fazer meu treino matinal com o esquadrão, então me forcei a levantar. Olhei a garota do meu lado, dormindo tranquilamente, apesar de só estar coberta por um lençol. Me senti extremamente chateado quando vi uma pequena mancha de sangue no futon, eu realmente poderia ter machucado Kagura, e isso realmente me afetava. Não machucá-la no sentido literal, já que vivíamos brigando, mas especificamente num momento como esse. Espantei as preocupações quando uma coisa me veio à cabeça: Como ela ia voltar pra casa?

Eu tinha arrancado todos os botões da blusa do pijama, e não via a calça há bastante tempo atrás. Será que eu devia ir até o Yorozuya buscar algumas roupas? Não, ai ia ficar obvio demais o que fizemos e Danna ia me torturar até a morte. Nesse momento eu lembrei de uma coisa que podia servir. Fui até meu armário, e peguei uma pequena caixa, com um kimono rosa dentro. Eu tinha comprado isso ainda no resort, pensando em dar de presente a Kagura, mas essa seria a ocasião perfeita pra coisa ter uso. Deixei a roupa em cima de uma cadeira, tomei um banho e vesti meu uniforme, saindo do quarto e me dirigindo até a sala onde o esquadrão estaria esperando.

Normal’s POV

O primeiro esquadrão do Shinsengumi conversava tranquilamente, sem achar estranho o novo ‘‘membro’’ que havia chegado.

Membro do esquadrão 1: Iae novato, eu sou o Matt, e você?

Katsura: Eu? Eu sou Katrou.

Matt: Que nome hein... Bem, bem vindo ao Shinsengumi.

Katsura: O que vamos ter nessa reunião? Algum plano hiper secreto para atacar membros do Joui?

Matt: Que nada, é só um treinamento matinal, que já está meia hora atrasado... Onde será que o capitão Okita se meteu?

Membro do esquadrão 2: Você não soube, parece que a namoradinha dele dormiu aqui hoje.

Matt: Sério?

Katsura: O bastardo ladrão de impos... Quer dizer, o capitão Okita tem uma namorada?

Matt: Faz pouco tempo, mas eu acho que tá deixando ele meio abobado.

Membro do Shinsengumi 2: Parou o assunto, lá vem o capitão Okita!

Sougo: Bom dia homens... Vamos logo começar isso.

A reunião continuou por alguns minutos, até uma certa garota chinesa entrar na sala com uma cara terrível de sono e extremamente corada. Todos perceberam que, por algum motivo, ela estava evitando olhar diretamente para Sougo.

Sougo: Oi china.

Kagura: Oi...

(Sougo abraça Kagura pela cintura e ela fica mais vermelha ainda)

Katsura: O que, não me diga que o nosso capitão está namorando com essa pobre garotinha indefesa? Como vocês se chamam de samurais acobertando uma perversão dessas?

Sougo (apontando a espada pra Katsura): O que você acabou de dizer maldito? Você está no meu esquadrão agora, então há não ser que queira viver no inferno é melhor guardar seus comentários pra si mesmo.

Kagura: Depois disso é melhor eu ir pra casa, Gin-chan deve estar preocupado comigo.

Sougo: Espera china girl, onde está seu guarda chuva?

Kagura: Eu não trouxe.

Sougo: O sol está muito forte, deixa que eu te levo de carro. Oy, você, o maldito que gosta de fazer piadinhas, vai levar a gente no Yorozuya. O resto de vocês inúteis está dispensado.

Sougo e Kagura se sentaram no banco de trás do carro, enquanto o ‘‘motorista’’ tentava pegar cada pedacinho da conversa.

Sougo: Você esta me evitando china girl?

Kagura (corada): Não...

Sougo: Tudo bem, se precisa pensar um pouco eu entendo.

Kagura: Não é isso. Só besteira minha mesmo. Você não vai no hospital ver se tá tudo bem com seus machucados?

Sougo: Me poupe né, eu não sou de vidro pra quebrar com uma bobagem daquelas, não precisa se preocupar. Na verdade eu estou tão bem que vou te detonar numa briga.

Kagura: Não dia bobagens, nem se eu tivesse morta você venceria.

Sougo: Isso é um desafio?

Kagura: Vamos nessa sádico cabeça oca!

Sougo: Ok então, depois não venha chorando e desistindo. Mas ante vamos parar pra comer alguma coisa, nenhum de nós dois tomou café.

Kagura: Certo.

Sougo: Oy você, pode parar o carro e sair da minha frente logo.

Katsura: Eu?

Sougo: Claro, a partir de agora eu mesmo dirijo, não quero ninguém se intrometendo nisso. (empurra Katsura pra fora do carro)

Katsura |pensamento|: Maldito pirralho... Isso doeu. É, mas parece que esses cães do governo não são de todo mal... Por hoje, vou tirar uma folga.

O samurai aproveitou que já estava no Distrito Kabuki e decidiu ir visitar Gintoki. Só que logo que entrou no Yorozuya se deparou com uma cena meio diferente: Uma garota estava limpando o lugar com uma roupa extremamente curta e indecente e Gintoki estava tranquilamente lendo uma Jump no sofá.

Katsura: Gin-Gintoki, o que está acontecendo aqui?

Gintoki: Ah é só você Zura.

Katsura: Zura janai, Katsura da.

Sa-chan: Gin-san, pronto já está tudo limpo.

Gintoki: Ninguém pediu pra você fazer isso...

Sa-chan: Eu vou ter que trabalhar hoje de noite, e como eu passo quase o tempo todo aqui não custa nada ajudar.

Gintoki: Certo, agora vai vestir uma roupa normal antes que eu bata nesse pervertido que não para de olhar pra onde não devia.

Katsura: Pervertido janai, Katsura da. E eu não estou olhando nada, você que devia se envergonhar, fazendo coisas indecentes a essa hora da manhã. E ainda se diz um samurai?

Gintoki: Calado, quem é você pra se meter na vida dos outros? Enfim, porque diabos você está com esse uniforme do Shinsengumi?

Katsura: Eu estava numa missão, mas por hora não vou tomar nenhuma atitude drástica. Até mesmo você gosta deles, não é Gintoki.

Gintoki: Eu? Desde quando eu gosto daqueles ladrões de impostos?

Katsura: Um deles faz meio que parte da sua família, então...

Gintoki: O que deu em você afinal de contas?

Katsura: Você sabe... O tal Sougo andou fazendo nyan nyan com a líder.

(Gintoki fica paralisado por muito tempo.)

Sa-chan: Gin-san... você tá bem?

Gintoki: Eu não sei. Estou vendo esse lugar todo coberto de sangue (começa a rir de um jeito sádico enquanto fala) Na verdade eu estou vendo toda Edo coberta de sangue... Tudo vai estar banhado em vermelho quando eu acabar.

Katsura: Eu falei algo errado?

Sa-chan: O que você acha?

Gintoki: Eu sabia que devia ter matado o bastardo naquela hora, mas eu tinha que ouvir vocês. Mas tudo bem, eu vou recuperar a inocência da Kagura-chan acabando com a vida daquele infeliz. (pega a espada de madeira e tenta sair do Yorozuya)

Sa-chan (segurando Gintoki): Calma Gin-san, talvez isso tudo seja um mal entendido. Porque você não fica aqui e eu acho a Kagura-chan e o Okita-san. Mesmo que isso que o Katsura-san falou não tenha acontecido, o Okita-san e você precisam resolver essa historia.

E a ninja saiu correndo antes que o seu namorado pudesse esboçar uma resposta, porque se ele colocasse os pés na cidade talvez um acidente gigantesco acontecesse, já que não era bom subestimar a força do antigo Shiroyasha com raiva.