Unsaid escrita por Mari N


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

É com muito prazer que venho postar o último capítulo de "Unsaid"!
Devo colocar uma ressalva aqui:Agradeço imensamente o apoio que recebi da minha amiga Quel Moraes, que lê quase todas as fics que escrevo e que me incentivou muito a continuar. Obrigada, louca.
Agradeço também a rosett_bubah, que me deu tanto apoio e carinho nessa fic. Agradecendo também à súbita fonte de inspiração que ela me deu com o último review! Obrigada, sua linda.
E por fim, mas não menos importante, agradeço à todos que leram e comentaram ao longo dos capítulos. Sempre me incentivando a continuar e me animando sempre mais.

Esta fic foi meu maior desafio até hoje, porque nunca tinha escrito uma história tão longa e trabalhosa. Mas valeu a pena. Valeu cada hora e cada palavra!
Confesso que este não era o final perfeito que eu teria imaginado para esta fic, mas ficou bom do jeito que está *-*
E ficou muito a minha cara, quem já me conhece e conhece meu estilo de escrita vai saber quando terminar de ler!
Sem mais delongas... Boa leitura e espero que gostem (;



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Realmente, pensar que o destino faz as coisas certas mesmo que por vias tortas é uma maneira otimista de ver as coisas, e, na verdade, ver as coisas de uma maneira otimista é o que, na maioria das vezes, nos mantém vivos. Mas a verdade é que o destino não faz as coisas certas, ele apenas nos dá opções para fazer as coisas e escolhas certas. O destino quem faz somos nós, tudo é consequência do que nós somos e do que fazemos. A felicidade a gente não escolhe, a gente conquista. Se a felicidade fosse apenas uma questão de escolha não haveria pessoas tristes. O que diferencia é apenas a forma de enxergar a felicidade. O amor pleno é uma forma pura e verdadeira da felicidade. Mas a felicidade possui tantas formas...

O segredo é não mentir para nós mesmos. Porque a mentira se repetida inúmeras vezes, se torna uma verdade, uma falsa verdade que vai corroer por dentro aos poucos. Aqueles que não fogem da sua felicidade, é inteiro no pleno amor. São completos. Há sempre a certeza de uma plenitude inteira para aqueles que acreditam.

Daiki alcançou quase um estado de nirvana quando terminou de ler a carta que Satsuki havia lhe escrito e que sua mãe havia lhe endereçado. Ele, em sua humana e estúpida imaturidade, acreditara que uma simples carta entregue à ela resolveria muitos problemas e diria o necessário sem realmente dizer. Doce ilusão, deveria ter adivinhado que aquilo não seria suficiente para sanar a curiosidade da mulher. Mas sabia da extrema teimosia daquela mulher!

Deve-se pontuar, no entanto, que ele não acreditava que um dia ela iria lhe escrever de volta, nem mesmo cogitou essa possibilidade. Ele não possuía o direito de interferir na vida que ela havia escolhido para ela. E ele não acreditava que tinha esse poder. Ele não largaria a carreira que estava construindo para que pudesse ir até ela e viver uma vida incerta em qualquer outro lugar que fosse. E ele sabia que ela não iria aceitar tal fato. E eles se conheciam tão completa e perfeitamente bem, que algumas coisas não precisavam ser ditas. Mas havia tanto a ser feito.

Havia dentro do peito aquele sentimento de alívio e plenitude nunca antes sentido em toda a vida. Agora ele possuía a completa certeza de ser capaz de dar a ela tudo o que ela merecia. A dor ameniza o coração das pessoas, o sofrimento amadurece. A mente cresce em sabedoria e entendimento, por mais que não haja entendimento se tratando de sentimento. Eles agora eram capazes de serem felizes por inteiro. E pensar que ele havia cogitado a ideia de não ler a carta que ela havia escrito a ele. Pensou em muitas outras saídas para fugir da carta, fugindo, assim, de seus medos, de seus tolos medos. Em sua ignorância, fugia de uma mágoa que não deveria existir. Mas ele sabia que nunca poderia ignorar aquela mulher. Ler a carta era inevitável. Responder a carta era mais inevitável ainda. E mais que inevitável, era essencial. Era certo. Escreveria uma resposta à ela, endireitando as palavras e se permitindo ser feliz, se permitindo fazê-la feliz, esperando que fosse capaz.

E então eles seriam capazes de dizer tantas coisas que ficaram não ditas. Tantos sentimentos que ficaram incompreendidos. Tantas atitudes erradas. E então eles seriam capazes de desenrolar os pensamentos e serem capazes de escrever nas linhas tortas do destino de maneira correta e completa, mesmo que eternamente imperfeita, pois eles estariam juntos outra vez. Se olhariam, se sentiriam, se ouviriam e se resolveriam. E havia tantas coisas que eles não sabiam. Então eles se amavam e esperavam que isso durasse. E eles sabiam que duraria. Todas as escolhas certas deveriam ser feitas apenas por eles, o destino terminaria seu trabalho depois.

Esse casal imperfeito, mas plenamente completo, alcançou uma felicidade limpa. Juntos são completos e felizes. O amor é uma forma de felicidade, e não importa qual forma de amor seja, desde que seja amor.

O futuro é uma incerteza absoluta, uma incógnita perfeita. Ninguém nunca saberá o que irá acontecer. Mas desde que aconteça, não importa o tempo certo. O futuro é apenas o hoje que a gente constrói. O resto é consequência. As coisas estão sempre em eterna mudança. A vida já é uma incoerência completa, um paradoxo perfeito. Mas a vida deve ser vivida.

Temos de diminuir as distâncias e perseguir aquilo que nos completa. E não importa o que outras pessoas pensam desde que seja o certo para nós. Há sempre a esperança de um amanhã melhor e uma vida sem sombras do passado e de escolhas mal feitas. De uma forma ou de outra, tudo se ajeita, desde que seja a nossa vontade.

Ninguém nunca saberá o que foi feito da vida de Daiki e Satsuki. Talvez eles tenham se encontrado, talvez não. Talvez tenham ficado juntos, talvez não. Talvez tenham se casado, talvez não. Talvez tenham tido filhos, talvez não. Mas ninguém sabe por que é futuro. E tudo depende dos acontecimentos presentes e das escolhas deles. Mas no fim eles sabem que serão escolhas certas e que tudo ficará em seu lugar certo: um no outro.
Tudo começou errado e meio torto, mas eles consertaram. Tudo muito separado e distante, mas eles superaram e juntaram os pedaços. Juntando os fragmentos do tempo e refazendo, criando novos fragmentos de tempo. Construindo tudo outra vez. Traçando novas linhas no tempo, com um novo destino. Novas chances, novos tempos, novas lembranças, o mesmo amor, a mesma vida.




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Notas finais do capítulo

Agora acabou, pessoas!
Venho aqui, novamente, agradecer todo o apoio e incentivo que recebi de todos que me enviaram reviews. Foi muito importante. Agradeço com muito carinho!
Peço desculpas, caso o final não tenha agradado, mas fazer o que... foi o que pude fazer e acho que ficou bom. Não como o esperado, mas ficou (:Agora quero saber a opinião de vocês.

Gostaram? Amaram? Odiaram? Detestaram? Deixem reviews!
Beijos e até mais (;



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