Jovens e Heróis escrita por Gistar
Notas iniciais do capítulo
Faltou um pedaço, foi a empolgação de viajar no feriado. Desculpe!
“Você poderia ser a minha sorte
Mesmo que o céu esteja caindo
Sei que estaremos sãos e salvos
Estamos sãos e salvos...”
Edward
Eu vi que James estava fugindo e fui atrás dele. Ele saiu e eu saí atrás, mas antes eu peguei uma das armas que estava no chão. James também estava armado e eu não teria nenhuma chance com ele sem uma arma.
James saiu correndo pelo túnel do metrô.
– Para James ou eu atiro. – Ameacei.
Ele se virou e atirou em mim. Tive que me esconder atrás de uma coluna pra me defender.
– Você não tem pra onde ir James, a essa altura a polícia já cercou o metrô.
– Eles não vão me pegar.
James continuou correndo e eu o persegui. Ele parou mais uma vez pra atirar em mim e mais uma vez tive que me esconder atrás de uma coluna.
– Desista James! Acabou! – falei
– Eu não desisto nunca!
Ele voltou a correr e eu já me preparava pra ir atrás novamente quando várias pessoas se aproximaram pelos dois lados do metrô.
– É a polícia! Soltem as armas e deitem no chão! – eles gritaram.
Eu soltei a arma e deitei no chão. Vi James fazer o mesmo.
– Eu sou um aluno! – avisei pro cara que estava me algemando.
– Qual o seu nome?
– Edward Cullen.
O cara anotou.
– Nós vamos verificar depois, você estava armado.
– Claro que estava, eu que ajudei a render os seqüestradores e salvar os alunos.
O policial saiu me arrastando junto com James que parecia ter resistido à prisão e levado um soco na cara.
– Edward! – Era Bella, ela veio correndo em minha direção e parou no meio do caminho quando viu James ao meu lado.
– Por quê você está algemado? – Ela perguntou. – Soltem ele, ele nos salvou! – ela disse para o policial.
– Conhece ele?
– Edward Cullen. Ele é ... meu namorado!
– Isso é um pedido de namoro? – perguntei enquanto o policial soltava as algemas e levava James pra fora.
– Acho que é. Se você quiser.
– É claro que quero.
Isso era coisa de se perguntar. Eu quase morri pra salvar a vida dela, é claro que ela era minha.
Eu a beijei. Esqueci de tudo o que passamos, de onde estávamos, se alguém estava olhando. Eu estava feliz, porque estávamos vivos e tinha dado tudo certo.
Um policial próximo fez um barulho limpando a garganta.
Nó paramos de nos beijar e o olhamos de má vontade. Também o que o cara queria? A gente quase morreu e eu não podia nem beijar a minha mina em paz? Que saco!
– Vocês precisam sair daqui, estão esperando vocês lá fora. Me acompanhem.
PvO Bella
Esperando a gente lá fora? Será que a Renée estava lá? Eu ia ver minha mãe! Que felicidade!
Confesso que eu não esperava ver exatamente o que eu vi quando cheguei lá. Foi um pouco assustador, mas foi legal!
Havia tanta gente! Eram repórteres, familiares, curiosos e...
Emmett, Alice, Jasper, Ben, Ângela, Eric, Jess e Rose que estava em uma maca, sendo levada para uma ambulância.
Percebi que Alice e Ângela abraçavam Jess. Eu lembrei de Mike e então comecei a chorar também. Edward me abraçou.
– Vem, vamos lá falar com ela. – ele disse.
Nós nos aproximamos de Jess e eu a abracei.
– Eu sinto muito Jess. – falei.
– Ele se foi Bella. Ele se foi...
– Eu sei Jess, mas pensa pelo lado bom, ele morreu salvando outras pessoas, como um... Herói!
– É disso que eles estão chamando a gente! – disse Jasper, orgulhoso – De heróis. Dizem que nós somos Jovens e Heróis!
– Não existe forma mais bonita de morrer do que salvando vidas Jess. – concordou Alice – Com certeza as famílias dos alunos que ele ajudou a salvar jamais esquecerão o que ele fez.
– Bella!
Eu virei pra ver quem estava me chamando. Era Renée.
– Mãe! – Eu a abracei. – Você está bem filha? Eles te machucaram? – ela perguntou me examinando.
– Não mãe, eu estou bem. Quero te apresentar meus amigos.
Eu comecei a dizer os nomes enquanto apontava cada um e quando cheguei no Edward eu parei.
– E esse é o Edward... meu namorado!
– Prazer em conhecê-la Renée! – Edward disse muito educado.
– O prazer é meu Edward. Soube que você ficou pra trás e sozinho na escola pra salvar a Bella. Você deve gostar muito dela. Obrigada pelo que fez!
– Na verdade eu não fiquei sozinho, Rose ajudou.
– Nem me fale Edward. Eu quase tive um troço quando olhei pra trás e vi que ela tinha sumido. Se não estivesse carregando o Mike tinha saído correndo atrás dela! Emmett falou.
– E onde ela está? – perguntou Renée.
– Ela teve que ir pro hospital. Não me deixaram ir junto. - Respondeu Emmett.
– Era a loira? – Renée perguntou.
– Era. Disseram que eu tinha que ficar aqui e esperar pra pegarem meu depoimento. Mas eu vou dar o fora daqui assim que meu pai chegar.
– Eu também quero ir pra casa. – falei.
Todos disseram a mesma coisa. Eu ainda tinha um monte de perguntas pra fazer pra Renée.
Pouco tempo depois chegou um homem de terno que parecia ser de grife, acompanhado de um policial. O Homem devia ser alguém importante.
– Pai! – Emmett gritou.
Só podia ser o tal senador que era pai dele.
– E aí filhão! Deixou o papai orgulhoso, hein! – Nós não conseguimos conter o riso.
– Você está liberado pra ir embora. – o policial falou.
– E os meus amigos? – Emmett perguntou.
– Nós não podemos liberá-los antes de...
– Não interessa! Eu não vou sem eles! – pai o senhor não pode fazer nada?
– Errrr... policial, deixe os garotos irem também! Eu me responsabilizo por eles. – o pai do Emmett disse.
– Ok, pode ir todo mundo então. Mas não saiam da cidade, ainda precisam dar depoimento.
– Dá carona pra mim e pra Alice? – perguntou Jasper.
– Claro. Alguém mais quer carona?
– Eu quero. – disse Ângela
– Eu também. – falou Ben.
– Nós largamos vocês em casa, mas eu não vou pra casa. – Emmett informou.
– Aonde vai meu filho?
– Eu vou ficar no hospital com a Rose, pai.
– Mãe você está de carro? – perguntei.
– Sim.
– Então Edward, Eric e a Jess podem vir com a gente?
– Claro.
– Vocês querem carona?
Eles concordaram, é claro.
– O problema vai ser sair daqui. – disse o pai de Emmett – A imprensa fica parando a gente e enchendo de perguntas. Fiquem aqui que eu vou ver se consigo alguns policiais pra nos escoltar até os carros.
Ãhn! A coisa estava tão feia assim.
Emmett viu a cara que eu estava fazendo e começou a rir.
– Bella, você acha que depois de tudo o que a gente fez, os jornalistas não vão querer um furo de reportagem? A gente está seguro aqui por causa do cordão de isolamento. Quero ver depois que a gente sair daqui. Vai ter neguinho de plantão no portão da nossa casa querendo entrevistar a gente.
Eu não estava gostando nem um pouco dessa idéia de ter que falar em público. Tremia só de lembrar que teria que contar tudo o que havia acontecido nessas duas semanas para um policial.
O pai do Emmett voltou com o que parecia ser, uns dez policiais.
– Pronto. – ele disse – agora temos um pra cada. Podemos ir.
Os policiais fizeram uma corrente ao nosso redor e a gente foi saindo dali, devagar. Só agora eu percebia que o metrô onde estava a saída do túnel ficava bem no centro da cidade.
Nós chegamos até o carro do pai de Emmett, o que eu achei que não aconteceria nunca já que parávamos toda hora quando alguém agarrava o braço de um de nós. Depois fomos até o carro da minha mãe. A discussão agora era quem ia na frente com ela. Eu queria ir atrás com o Edward, então empurrei Eric pra ir na frente, sob o pretexto de conversar com Jess que diferentemente dos outros continuava calada e séria.
– Mãe, nós vamos levar a Jess primeiro. Tudo bem?
– Tudo bem Bella.
– Jess, isso vai passar. Vai ficar tudo bem, você tem que ser corajosa pra deixá-lo orgulhoso, onde quer que ele esteja. Eu sei que você é forte. Você vai superar isso!
– Eu não sei se consigo Bella. Nós fizemos tantos planos, ele foi o único cara que me viu como uma pessoa com sentimentos, não pensava só em se aproveitar de mim, eu sentia que ele era verdadeiro... – ela dizia isso e chorava encostada no meu ombro.
– Eu sei que é difícil Jess, eu também pensei que iria morrer quando Jake se foi... é claro que foi diferente porque eu o conhecia a pouco tempo e éramos apenas amigos, mas eu sofri muito também. Se não fosse Edward e vocês do meu lado.... se não fosse por vocês eu acho que não teria conseguido seguir em frente.
– Tem alguém esperando por você em casa querida? – minha mãe perguntava pra Jess, que parecia estar um pouco mais calma.
– Deve ter alguém, sempre fica alguém em casa, mesmo os empregados.
– Se quiser, pode ir lá pra casa querida. – minha mãe a convidou.
– Não, obrigada. Eu vou ficar bem, não se preocupe.
Nós chegamos na frente da casa dela e o porteiro pareceu feliz ao vê-la.
Ele abriu o portão e Renée entrou com o carro. Deixou Jess na porta de casa.
– Me liga se precisar de alguma coisa Jess. – Eu a abracei.
– Pode contar comigo também. – Edward disse.
– Você tem amigos que te amam Jess, não esqueça disso. – Eric falou e a abraçou também.
Depois da Jess, deixamos Eric em casa e nos dirigimos à casa do Edward.
– Me avisa quando souber o horário do enterro. – pediu Edward quando chegamos à sua casa. Se é que dava pra chamar aquilo de casa...
– Eu aviso.
Nós nos despedimos com um beijo. Eu voltei com Renée para casa e senti um alívio quando cheguei. É tão bom estar em casa!
– Eu vou tomar um banho e depois quero conversar um pouco mãe. – avisei. Precisava perguntar sobre o que James havia me contado, aquilo não saia da minha cabeça.
– Claro querida! Precisamos mesmo conversar, mas não exija demais de si mesma. Descanse um pouco, eu estarei aqui quando estiver pronta.
Eu fui até o quarto e abri o guarda- roupas para procurar algo. A maioria das minhas roupas estava na escola e acabei pegando um pijama. Tomei uma ducha quente e me vesti.
Sentei na cama para secar o cabelo e não consegui mais levantar. Parecia que só agora que tudo estava acabado que eu percebia o quanto estava exausta. Me deitei e pensei comigo mesma.
A conversa pode esperar mais algumas horas...
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Quase no fim... Feliz Páscoa a todos! Que o coelhinho traga muitos volvos, digo, ovos pra vocês! Bjs