-O que? - Nanda falou pela primeira vez desde que a Tatia apareceu, e ela parceia apavorada.

-Exatamente por isso que eu não quis dizer antes. É um preço muito alto a se pagar e se você não quiser, eu realmente entendo. Sei o que é morrer sacrificada, é horrível...

-Mas por que eu morreria?- interrompi ela.

-Nenhum vampiro poder matar aquele que foi enfeitiçado com a imortalidade. A menos que você seja um vampiro "original" o que quer dizer que você foi enfeitiçada por uma bruxa para se tornar um ser imortal.

-É só encontrar uma bruxa para enfeitiça-la- Nanda deu de ombros, com a resposta mais idiota e inteligente do mundo- assim ela não morre ao matar esse idiota.

-Não é tão simples querida- percebi que Tatia se esforçou muito para não dar um grito, ela tinha um temperamento pior que o meu- o feitiço ja se perdeu a mais de um milênio, Rebeka se certificou disso. E também, nenhuma bruxa usaria ele, é magia obscura, isso iria mata-la na hora.

-Nossa parece que tudo leva alguém a morrer- resmunguei levantando e indo olhar pela janela- nunca nem passou pela minha cabeça estar metida em problemas assim eu...

-O que foi Li?- Nanda falou assustada, provavelmente achando que havia alguma coisa no jardim, ja que eu travei ali.

-E...Erick- falei ainda olhando ele, que me olhava também. Eu tinha de falar com ele, mas não conseguiria, não agora.

-Droga, esse garoto só sabe chegar nos piores momentos? - nisso o celular dela tocou e seu rosto ficou pálido como nunca antes e sua boca tremia quando ela voltou a falar- Acho que sei o que ele quer te falar.

-O que aconteceu?- Me virei e fui até ela, sem pensar duas vezes, e ao mesmo tempo ouvindo a porta abrir, droga, eu havia esquecido de trancar.

-O treinador Robson- Erick parecia abalado- se matou.

-Como assim se matou?

-Ele subiu no telhado da escola, gritando que a maldição selada, jamais será apagada, a arma esta comigo, agora é o mundo que corre perigo. E depois pulou, cara foi horrível ver ele daquele jeito.

-Liah- Nanda me olhou, entendendo a mensagem, assim como eu, era para mim, o imortal misterioso pegou a arma, mas como? e como ele sabia que eu sabia?

-Eu preciso ir- Erick me olhou de um jeito estranho, quase como se não fosse o cara que eu conheço minha vida toda, mas por minhas mentiras estávamos  separados, e eu nm ao menos havia tentado me desculpar.

Ele saiu como se esperasse que eu dissesse alguma coisa, mas o que eu iria dizer? A verdade? Não podia envolve-lo como envolvi a Nanda, era perigoso, e como vimos, quase todos os caminhos levam alguém a morte.

-Tatia- chamei, sabendo que ela havia se escondido quando ele entrou- o que faremos?

-A maldição que ele fala é o feitiço dele, da imortalidade, muitos dizem que o vampirismo é uma maldição. Agora, sobre a arma eu ja não sei, as bruxas dizem que somente a escolhida pode encontrar a arma. 

-Você sabe como ela é?

-Na verdade não, mas imagino que seja uma estaca, já que ele é um vampiro.