Suteki da Nee escrita por Yoruki Hiiragizawa


Capítulo 2
Disposta a desistir de seu coração por um amigo


Notas iniciais do capítulo

Música do Capítulo: "Ryuuro", tema de Tao Ren no anime Shaman King. A música tem uma letra linda... e virou tema deste capítulo...

DISCLAIMER: Éowin, Legolas, Pipin e os outros elementos da história do "The Lord of the Rings" utilizados nesse capítulo não me pertencem, mas a J.R.R. Tolkien.

u.ù Todo mundo sabe disso, mas tem que avisar, né... o.ò

Boa Leitura!...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/35278/chapter/2

SUTEKI DA NEE
por Yoruki Hiiragizawa

Capítulo Dois
Disposta a desistir de seu coração por um amigo

Vários jovens saíam de forma tumultuada da sala do cinema, conversando alegremente a respeito do filme que acabaram de assistir. Entre esses, dois amigos dirigiam-se para o parque, parecendo igualmente excitados.

“… E eu fiquei desesperada quando aquele Espectro do Anel, bicho feio, disse que ‘nenhum homem poderia matá-lo’, mas a Éowin não se deixou intimidar. Tirou o capacete dizendo ‘Eu não sou um homem’ e acabou com ele. Foi o máximo!” – a garota dizia empolgada, balançando as mãos no ar como quem empunhasse uma espada. Olhou para o lado ao não ouvir nenhum comentário do rapaz e o viu distraído. Decidiu ficar em silêncio até que ele falasse algo.

Após caminharem um pouco, o rapaz suspirou pesadamente, atraindo a atenção da garota que o olhou pelo canto dos olhos.

“Sakura, você acha que… que eu estou desperdiçando meu tempo com a Yamazato?” – questionou incerto.

A jovem foi surpreendida pela pergunta. Parou de andar, ficando com a cabeça baixa. 'É claro que sim! Ela não merece todo o seu esforço!... Por que você não olha para mim?', foi a primeira coisa que lhe veio à cabeça, mas sabia que não conseguiria dizer aquilo.

Li ainda deu mais alguns passos a frente, antes de perceber a reação da amiga. Olhou para trás, vendo-a erguer o rosto e o encarar com as duas piscinas esmeralda, enquanto suspirava.

“Não é a mim que você tem de perguntar isso, Shaoran…” – ela falou, enfim, com sinceridade. – “É a si mesmo…” – completou tristemente. Ele desviou o olhar.

“Eu não sei o que pensar…” – disse confuso. – “Às vezes parece que vale a pena, outras não!”.

Voltaram a caminhar em silêncio durante alguns minutos. Shaoran olhou para Sakura que caminhava calada do seu lado e sorriu.

“Mas sabe de uma coisa…” – começou, vendo-a virar-se para encará-lo – “Quem realmente arrasou foi Legolas descendo do Olifante!” – disse voltando ao assunto do filme. Recebeu o assentimento e um belo sorriso de Sakura. – “E o Pipin, quando pegou o Palantír… que piada!… Agora sei porque dizem que a curiosidade mata…” – continuou, arrancando dela uma gostosa gargalhada.

====================

“Agora eu fiquei pasma, Sakura!” – Tomoyo disse, encarando a amiga. – “Você teve uma oportunidade única para contar a ele o que sente, mas preferiu desperdiçá-la!” – balançou a cabeça inconformada.

“Não pense que foi fácil, Tomoyo!” – falou, deixando-se cair sobre a cama. – “...mas eu não estaria agindo certo com ele se fizesse isso. Acima de tudo, Shaoran é meu amigo e o que eu mais quero é vê-lo feliz, mesmo que não seja comigo…” – suspirou. – “Eu acho que a maior prova de amor que eu posso dar são meu apoio e votos para que encontre a felicidade com a pessoa que ele ama…” – fechou os olhos, impedindo que uma lágrima escorresse por seu rosto.

“Você tem razão!” – a jovem de olhos violeta sentou ao lado de Sakura, afagando seus cabelos. – “Mas é inegável o fato de que seria maravilhoso se essa pessoa fosse você…” – sorriu, recebendo assentimento e um triste sorriso.

====================

Sakura entrou na sala e viu Tomoyo em seu lugar, conversando com algumas meninas. Aproximou-se com um sorriso no rosto.

“Bom dia!” – cumprimentou a todas, obtendo uma resposta alegre das amigas.

“Como está hoje, Sakura?” – Tomoyo perguntou, vendo a amiga ficar sem graça.

“Eu estou bem…” – disse, sentando-se em seu lugar. Ela lançou um olhar saudoso para a carteira atrás de si, onde Shaoran se sentava. Haviam se visto no dia anterior, mas isso não impedia que ela sentisse falta dele.

A porta da sala foi aberta e Shaoran entrou aflito. Sakura percebeu de imediato que havia algo errado. Ele se sentou sem falar uma única palavra com ninguém. Nem mesmo pareceu notar que Yamazato não se encontrava ali. Simplesmente ficou parado, olhando para o nada. Parecia estar assustado com alguma coisa.

“Bom dia, Shaoran!” – Sakura disse, fazendo-o fitá-la. O chinês sorriu ao ver que a amiga estava preocupada com ele e se sentiu um pouco mal por deixá-la daquele jeito.

“Bom dia, Sakura!” – respondeu suavemente.

“O que acontec…?” – teve a sentença interrompida pela voz do professor que acabara de entrar na sala.

“Bom dia a todos!” – ele disse, seguindo até o centro da sala, enquanto os alunos iam para seus lugares. Após conferir a lista de presença, deixou-a sobre a mesa e olhou para a turma. – “Eu sei que é incomum nessa época do ano, mas temos um aluno sendo transferido para nossa escola hoje…” – disse, causando certo agito entre os jovens. Abriu a porta e permitiu que um rapaz entrasse.

O garoto caminhou, parando em frente à sala com um sorriso no rosto. Tinha os olhos e os cabelos num tom azul como o céu da noite. Usava óculos de armação leve e fio de nylon. As garotas suspiraram e, cochichando, davam risadinhas. Shaoran empalideceu bruscamente, engolindo em seco, quando o professor o apresentou.

“Esse jovem é Eriol Hiiragizawa e ele veio da Inglaterra. Irá estudar conosco…” – disse enquanto o rapaz prestava reverência. – “Há um lugar vago ao lado de Li, Sr. Hiiragizawa…” – apontou para o chinês, que cobriu o rosto com a mão, enquanto o inglês sorria de forma surpresa. – “Pode sentar-se lá para começarmos a aula…”.

“Sim, muito obrigado, Sr. Onoda!” – agradeceu indo para o lugar que lhe fora indicado. Sentou-se e viu o chinês ao seu lado lançar-lhe um olhar incrédulo. Apenas sorriu divertindo-se com a reação dele.

As aulas passaram extremamente devagar para Shaoran. Ele precisava dar um jeito de contornar aquela situação. Faltando cinco minutos para o intervalo, jogou um pedaço de papel dobrado sobre o caderno do novo aluno.

Eriol, disfarçadamente, leu o recado e o guardou no bolso do paletó do uniforme, ajeitou os óculos no rosto e olhou para a professora de matemática que explicava o conteúdo.

====================

Sakura não conseguia prestar atenção ao que a professora dizia. Estava preocupada com Shaoran. Ele estava agindo de forma estranha. Estava agitado e não prestara atenção no que os professores disseram durante as aulas, nem ao menos a escutara quando ela falara com ele minutos antes.

Será que ele está zangado comigo?’, perguntou a si mesma, debruçando-se sobre a carteira. ‘Mas por quê?’, repensava no que acontecera no dia anterior.

Não lembrava de ter feito algo que justificasse a atitude dele. ‘De fato, se tem alguém aqui que tem o direito de estar nervoso, essa sou eu!’, revoltou-se, lembrando das horas que ficou ouvindo-o falar de Akio Yamazato. Suspirou pesadamente, escondendo o rosto entre os braços. ‘Tomoyo tem razão!… Não posso continuar guardando meus sentimentos dessa forma, mas também não vou contar para ele…’, concluiu seus pensamentos, erguendo o rosto e viu a professora parada à sua frente.

“Está tudo bem, Srta. Kinomoto?” – questionou ela preocupada. Sakura sorriu sem graça e balançou positivamente a cabeça.

“Sim. Apenas um pouco de dor de cabeça. Nada demais…” – disse, sorrindo. Aquilo não era de todo mentira, mas sua dor de cabeça tinha o nome de um rapaz chinês. O sinal para o final da aula tocou e a professora dispensou os alunos, voltando a encarar a jovem de olhos verdes.

“Deve cuidar melhor de sua saúde, Sakura…” – disse carinhosamente. A jovem concordou. Gostava muito da mulher gentil que era Kaho Mizuki e isso não se devia apenas ao fato de ela ser namorada de seu irmão. A mulher lhe sorriu e, ainda sorrindo, olhou para Shaoran.

O chinês a encarou sério. Sempre que a Srta. Mizuki o olhava, parecia querer dizer algo, mas ele não sabia o quê. Acompanhou-a com os olhos enquanto saía da classe e virou-se para Sakura.

“Tudo bem com você?” – viu-a sorrir ao ouvir a pergunta. Ela balançou a cabeça positivamente, e a nuvem de preocupação, que estava sobre os olhos dela, esvaeceu. Não pôde deixar de sorrir também, um pouco mais tranqüilo. – “Eu vou descer na frente hoje…” – anunciou. – “Encontro com vocês daqui a pouco no pátio!” – acenou para Tomoyo e saiu apressado, deixando-as sem compreenderem a atitude dele.

====================

Eriol estava sentado sobre o galho de uma cerejeira. A árvore não tinha mais flores, e as folhas verdes tomavam conta de seus galhos. Pensou que estava um pouco quente para o final de maio, ou pelo menos estaria na velha Londres. Viu o rapaz chinês aproximar-se, olhando para os lados, como que procurando por algo.

“Perdeste alguma coisa, Sr. Li?” – perguntou debochado. Shaoran encarou-o com uma sobrancelha erguida e os braços cruzados. – “Hei, só estou brincando!” – desceu da árvore e parou em frente ao rapaz que o olhava seriamente como que o analisando.

“Você não mudou absolutamente nada, Hiiragizawa…” – abriu um sorriso, balançando a cabeça.

“E tu pareces outra pessoa, Shaoran!” – exclamou, analisando o amigo. – “Onde está aquele tampinha enfezado que eu conheci na Inglaterra alguns anos atrás?” – perguntou, vendo-o rir.

“Com certeza você está falando de Shaoran Li…” – concordou, suspirando. – “O que você faz aqui em Tomoeda, Eriol?” – inquiriu incisivo, fazendo o britânico arregalar os olhos.

“Não estás feliz com minha presença, Li?...” – questionou, simulando ressentimento, o que fez o amigo rolar os olhos.

“Não é nada disso e você bem sabe...” – cruzou os braços, virando o rosto.

“O que poderia ser, então?” – o seu tom de voz continha certa malícia, que fez o chinês encará-lo. Eriol olhava por cima do ombro do amigo e parecia encantar-se com a visão de algo.

Shaoran voltou-se para ver o que chamara atenção do britânico e viu Sakura e Tomoyo se aproximando. A única coisa que conseguiu fazer foi fechar a expressão, lançando um olhar repreensivo ao inglês.

“Desculpem a intromissão, mas, como você estava demorando, decidimos vir procurá-lo, Shaoran…” – Sakura disse, explicando-se antes mesmo de ser questionada.

Eriol olhava de forma curiosa da garota de olhos verdes para o amigo, que sorria levemente enquanto a encarava.

“Desculpe, mas ainda não fomos apresentados, Sr. Hiiragizawa…” – Tomoyo se pronunciou, sorrindo. – “Sou Tomoyo Daidouji e essa é Sakura Kinomoto…” – disse, recebendo um sorriso galante do inglês enquanto ele prestava reverência. Sakura fez mesura ao ser introduzida.

“Estou encantado em conhecê-las…”.

“Igualmente…” – a jovem de cabelos negros sorriu. – “Não sabia que já se conheciam, Li…” – falou, voltando-se para o chinês.

“Bem,… é que… o Eriol… eu…” – ficou estranhamente desnorteado, tentando responder. Eriol interrompeu-o.

“De fato, eu e Shaoran nos conhecemos há alguns anos. Desde que ele estudou na Inglaterra…” – sorriu.

Sakura virou-se para Shaoran, parecendo chateada.

“Você nunca me contou que morou na Inglaterra…” – falou, esperando explicações.

“Bem, foi por pouco tempo...” – justificou-se rapidamente e, antes que Eriol falasse mais alguma coisa, continuou. – “Sem contar que não aconteceu nada de importante lá, tirando o fato de que eu e Hiiragizawa nos tornamos amigos, é claro…” – forçou um sorriso, suando frio.

Eriol tentava entender o que Li estava fazendo. Por que ele estava tão nervoso e dissera aquilo sobre a sua estadia na Inglaterra?

‘O que está acontecendo aqui?’, perguntava-se olhando confusamente de Shaoran para Sakura.

Olhou para Tomoyo que sorria com a conversa dos dois amigos. Ficou alguns instantes observando-a de forma pensativa e sorriu, voltando a encarar o chinês e a jovem de olhos verdes.

“Não fique brava comigo, Sakurinha…” – o rapaz dizia, contendo-se para não rir do jeito que a japonesa mantinha o queixo erguido e os braços cruzados. Sakura tentava manter-se séria, mas não tinha como continuar com uma discussão, quando ele a chamava daquela forma.

“Tudo bem, eu o perdôo, se…” – parou um segundo para pensar. – “Se você for tomar um sorvete comigo depois da aula!” – ele abriu a boca para protestar, mas foi interrompido por um gesto da mão dela. – “E eu sei que você ainda não recebeu sua mesada e que também não fazemos nenhum trabalho extra há algumas semanas por causa das provas, mas meus avós já me mandaram dinheiro e, por isso, eu pagarei!” – disse, não deixando espaço para discordância. Virou-se para Tomoyo e Eriol. – “Vocês também estão convidados, é claro!”.

“Eu agradeço teu convite, Srta. Kinomoto,… mas ainda não terminei de organizar toda a mudança!” – sorriu, vendo a garota olhar para Tomoyo.

“Sinto muito, mas tenho o ensaio do coral e uma reunião com os novos sócios da minha mãe!” – justificou-se, fazendo a amiga suspirar tristemente.

“Então poderemos marcar para um outro dia!” – suspirou, encarando Shaoran. – “Mas você ainda vai ter que me acompanhar hoje, ouviu bem...” - encerrou o assunto, sentando-se embaixo da árvore sobre a qual Eriol encontrava-se sentado anteriormente.

“Mas, diga-me, Shaoran…” – Eriol começou, olhando para o amigo com um sorriso. – “Era dessas duas jovens adoráveis a quem te referias quando disseste que eu deveria tomar cuidado com certos namorados ciumentos?” – perguntou, deixando o chinês confuso e as garotas levemente envergonhadas.

“Certamente não era de mim que o Li falava…” – Tomoyo riu, percebendo que era uma forma de cortejo do jovem inglês.

“Pois eu não acredito que ainda estejas descompromissada…” – sorriu, fazendo Li balançar negativamente a cabeça.

‘Ele não muda, mesmo…’, pensou desviando o olhar para Sakura, ao ver que Eriol passara a observá-la.

Ela abaixou a cabeça ao perceber que se tornara o centro das atenções, voltando a erguê-la em seguida. Sakura olhou rapidamente em direção a Shaoran antes de balançar negativamente a cabeça, dizendo que também não tinha namorado.

Eriol abriu lentamente um sorriso ao perceber a forma esperançosa com a qual aquela bela jovem encarou o amigo. Olhou para Shaoran e aumentou ainda mais o sorriso, notando que o rapaz não percebia os sentimentos da garota, que estavam mais que óbvios.

‘As coisas não mudaram tanto assim, afinal de contas…’, voltou-se para Tomoyo que observava Sakura com um sorriso pesaroso. A garota de olhos violeta o encarou, abrindo um belo sorriso.

“Hei, Kinomoto…” – ouviram alguém chamar. Todos, com exceção de Sakura se viraram para ver quem era.

O rapaz que se aproximava calmamente, tinha os olhos castanhos, amendoados, os cabelos negros, bem aparados com a franja cobrindo parcialmente os olhos. Usava a camisa do uniforme com os primeiros botões abertos, por puro charme, e as mangas arregaçadas.

Sakura suspirou pesadamente, sabia perfeitamente qual a razão do jovem estar ali. Olhou para Shaoran e o viu encarando Isamu Yoshida com a mesma inimizade de sempre. Sorriu brevemente com a reação do amigo; qualquer pessoa que não os conhecesse poderia pensar que a reação dele não tinha nada de fraternal. Percebeu que o rapaz parou ao seu lado, suspirou novamente e se levantou, voltando-se para encará-lo.

“O que houve dessa vez, Yoshida?” – perguntou sem fazer rodeios. Estava já bastante aborrecida com a insistência daquele rapaz. Será que ele não se cansava de ouvir negativas?

Eriol e Tomoyo deslocaram-se para trás da jovem, enquanto Shaoran permanecia de pé ao lado dela, com os braços cruzados e um olhar assassino.

“Eu tenho aqui um programa que você não poderá resistir…” – disse com um ar superior, batendo levemente no bolso da camisa. Sakura ergueu uma sobrancelha, perguntando-se o que viria agora? Yoshida simplesmente ignorava a presença dos demais, principalmente a do chinês, que lhe atirava adagas pelos olhos. – “Você vai descobrir o que realmente significa diversão ao meu lado, hoje à noite, assistindo a uma nova peça no teatro municipal…” – puxou dois ingressos do bolso e os estendeu na altura dos olhos dela.

Sakura leu o título da peça e abriu um sorriso.

“Onde você conseguiu esses ingressos, Yoshida?” – questionou controlando-se para não rir. O rapaz sorriu vitorioso por, finalmente, ter despertado a atenção dela.

“Segredo comercial, minha querida!” – disse triunfante.

“Pois eu tenho uma coisa para lhe contar!” – olhou para Isamu e sorriu sarcástica. – “Eu fui assistir a essa mesma peça dois meses atrás com meu pai e ela já saiu de cartaz! Esse ingresso foi falsificado...”.

“O quê?” – perguntou espantado, olhando os papéis em sua mão. Observou-a atentamente, tentando captar qualquer indício de brincadeira, mas ela o encarava seriamente. Cerrou os punhos, amassando-os irritado. – “Aquela trapaceira! Ela vai se arrepender de ter feito isso!” – jogou o papel no chão e saiu pisando duro, proferindo inúmeros insultos contra a pessoa que o tapeou.

A jovem de olhos verdes balançou levemente a cabeça com um sorriso divertido no rosto. Tomoyo abaixou-se e pegou o papel que caíra próximo a seus pés, desamassou-o e leu o título da peça.

“Nossa!… ‘Sonhos de uma Noite de Verão’. Um clássico Shakespeareano!” – exclamou com um sorriso. – “Pena que não vale mais! Seria um ótimo programa…” – comentou, fazendo Sakura encará-la incrédula.

“Sinceramente, Tomoyo, a peça é ótima, mas quando se tem alguém agradável ao seu lado…” – falou, suspirando. – “Nem que fosse uma peça enviada por Shakespeare do Além, eu iria assisti-la com alguém como Isamu Yoshida…”.

“Desculpe a minha intromissão, Srta. Kinomoto, mas não considero sábio dizer que nunca se fará tal coisa…” – Eriol falou, sorrindo gentilmente. – “Ninguém sabe o que futuro nos reserva…”.

“A única forma de eu aceitar sair com Yoshida é estando sem opção, Hiiragizawa…” – a jovem retrucou calmamente. – “Ele não é o tipo de pessoa com quem eu quero ter qualquer tipo de envolvimento… e, isso, eu posso lhe dizer com certeza…” – o assunto foi encerrado ao ouvirem o sinal do término do intervalo, anunciando que deveriam retornar para a sala.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aiya, pessoal!...

Aqui está o segundo capítulo, maior que o primeiro... (pensativa) Isso é uma coisa que não consigo evitar, vou me empolgando e os capítulos vão crescendo... hehe... Mas acho que vocês não vão reclamar se isso se tornar freqüente, certo?...

Bem,... o que é um fic de Card Captor Sakura sem nosso querido britânico Eriol Hiiragizawa?... De acordo com minha mamãe, Miaka, não existe... hehehe... E eu também não poderia deixar meu pai de fora dessa tragédia grega (não se preocupem, ninguém vai morrer no final... eu acho...), ele ia ficar triste de não poder curtir um pouco com o descendente dele... (envergonhada) sem contar que eu acabaria ficando de castigo se ele não aparecesse... hihi... Eriol já entrou na trama arrasando, não apenas os corações das garotas da sala, mas, também, pelo fato de presentear a todos com uma demonstração de sua sabedoria a respeito da vida... (falando sério, isso foi muito profundo...). Acho que vocês devem ter notado algo diferente no modo de falar do meu papai... Ele está mais rebuscado, mais arcaico... Eu gostei!!

Alguns personagens começaram a aparecer nesse capítulo... o Yoshida é um personagem que eu tenho propensão de esquecer durante o planejamento, tamanha sua importância... hehehe... Brincadeira, brincadeira... ele tem seu papel, sim... E, para quem está se perguntando Onde está a Akio? (tudo bem, ninguém deve estar se perguntando isso...), ela vai aparecer, bem rapidamente, no próximo capítulo, mas vocês não estão perdendo absolutamente nada ficando sem conhecê-la...

Minna A-RI-GA-TO-U!

Yoru. (03/08/2009, 22:22h. Mesmo que você saia de guarda-chuva, se estiver chovendo, vai acabar se molhando).