Argos os Levou atê o aereporto pois e 4 semideuses em um avião sendo que 3 dos mesmos não deveriam de forma alguma voar em algo que não fosse um Pegasos.

Era óbvio para todos que aquilo não iria dar certo, mas porém eles não tinham tempo para perder pensando em um plano melhor do do que aquele, é claro que eles estavam contando principalmente com a sorte para tentar chegar intactos até o brasil. É claro que Zeus não mandará uma missão para salvar seus filhos para o espaço por puro ódio de seus irmãos e um outro deus que ele odiava.

Pelo menos era disso que todos tentavam se convencer enquanto eram deixados no aeroporto.

Lucy, Nico e Percy ficaram sentados esperando enquanto Thalia fora comprar as passagens.

Enquanto esperavam ninguém trocou nenhuma palavra, pareciam todos meio distantes demais, perdidos em seus próprios pensamentos ... Pensamentos sobre uma missão perigosa que estavam prestes a encarar.

Lucy porém tinha seus pensamentos voltados para outro foco, tentava ela entender quando as coisas tinham ficado tão complicadas em tão pouco tempo e de uma forma tão perigosa que que agora sua vida estava em risco por causa de deuses dos quais só agora conhecia...

Thalia naquele momento voltou com as suas passagens .

–Só tem acentos vagos para o vôo das três da tarde...

–Tudo bem nós esperamos.

Falou Percy que dos quatro era sem dúvida quem mais tinha conhecimento sobre esse tipo de missão - aquele tipo no qual você corre o risco de ser trucidado por um deus a qualquer momento...

Nico olhou as horas em seu relógio de pulso apenas para confirmar o que ele já sabia. Que ainda faltavam duas horas para que eles embarcacem rumo ao Brasil.

–Ah... Que droga isso vai levar tempo demais.

Disse Percy indignado com a idéia de ficar ali parado durante todo aquele tempo...

–Pena que a Annabeth não vai nessa missão, ela é a única que consegue fazer você se comportar não é mesmo Percy...

Aquela tinha sido uma indireta bem direta para Lucy. Mas a mesma não parecia nem estar ouvindo o que era dito a sua volta...

Lucy estava perdida em sua própria mente pensamentos confusos que ela sequer sabia de onde tinham vindo. Simplesmente tinham surgido ela se encontrava completamente perdida, não sabia o que fazer a seguir. Tudo tinha mudado tão rapidamente que agora ela não sabia o que pensar sobre isso. Tinha perdido sua mãe e tudo que ela acreditava ser normal e real em sua vida não passava de uma fachada... Um teatro do qual fazia parte sem sequer saber... E agora isso. Ia partir numa viajem sem rumo sem saber no que aquilo iria dar, mas essa não era pior parte. A pior parte era que apesar de tudo ela realmente estava começando a gostar de toda aquela adrenalina de não saber o que iria acontecer a seguir, que tipo de criaturas poderia encontrar e aquilo a assustava... Ela não era assim, estava mudando de forma radical... Lembrou-se então da noite em que enfrentou os deuses com suas palavras nada gentil, e da doce sensação do perigo.

–Ei Lucy? Você ouviu o que eu disse?

Lucy balançou a cabeça de forma furiosa tentando desesperadamente limpar sua mente daqueles pensamentos que ela não sabia de onde tinham vindo.

–Desculpe o que você disse?

Ela perguntou a Percy.

–Eu queria saber se você já esteve no Brasil...

Sem olha-lo ela disse:

–Muitas vezes, tenho parentes lá!

Percy não tinha tato suficiente para perceber que Lucy não estava bem, mas Nico notou,para ele as expressões faciais dela eram tão fáceis de se ler quanto um livro aberto.

Mas também não tinha como ser diferente quando via nela às mesmas expressões que via em si mesmo quando se olhava no espelho.

–Então você sabe falar português?

Perguntou Nico.

Ela acentiu com a cabeça e então falou:

–Sei falar inglês, português e italiano.

Ele pareceu surpreso com a revelação. Percy e Thalia por outro lado nem prestavam mais atenção aos dois.

–Você fala italiano? Eu sou da itália!

Pela primeira vez desde que saíram do Acampamento Meio-Sangue ela pareceu realmente prestar atenção em algo que não fosse os seus pensamentos. Ela o olhou dizendo:

–Você é mesmo da itália? Como é lá? Eu ouvi dizer que é linda...

Nico deu de ombros olhando para o chão.

–Eu não me lembro direito, faz uns oitenta anos que não vou lá...

Ela ergueu uma sobrancelha questionando:

–Como assim?

–É só que eu fiquei preso num lugar onde o tempo passa de forma diferente. Enquanto lá dentro parecia que tinha passado alguns meses, aqui fora haviam se passado dezenas de anos.

–Deve ter sido difícil não é? Tipo Assim, você entrou lá, e quando saiu, o mundo era outro completamente diferente você não conhecia mais nada ali.

Ele parecia surpreso com o que eu disse.

–Você tem um dom sabia?

Lucy franziu a testa para ele sem entender onde ele queria chegar.

–Como assim?

–Você consegue entender as pessoas, vê através delas. Você enxerga o que outros não vêem... Até hoje quando as pessoas olham para mim, só há piedade em seus olhos, mas você, você viu através do que eu escondo, viu a tristeza de se estar em mundo estranho que não se conhece...

Lucy continuava sem saber o que dizer sobre aquilo. Não parecia uma grande coisa para ela _ quer dizer, ele sempre notou que via mais coisas do que devia, não coisas que visíveis... Sentimentos, ela entendia mais das outras pessoas do que deveria...

–Isso não é um dom.

–É algo que você puxou do seu pai... Ele sempre diz que ninguém tem o direito de trazer a morte se antes não entender a vida...

–Não é justo!

Falou Lucy meio indignada.

–O que não é justo?

Perguntou Nico sem compreender a reação da garota.

–Não é justo que eu consiga compreender os sentimentos de todos e não entenda os meus próprios...

CFPT

–Finalmente! Graças aos deuses... Finalmente estamos no chão! Achei que essa tortura jamais teria fim!

Quase gritou Percy quando finalmente se viu fora do avião. E consequentemente chamando a atenção de todos ali presentes pelo fato de falar em outro idioma.

As horas que passaram dentro do avião não foram mil maravilhas, na verdade foram demoradas e temíveis, tanto é que quase duas vezes tivemos que aterrissar antes de nosso destino por causa das intermináveis turbulências. Mas sempre que o piloto realmente decidia que não dava mais, os raios simplesmente paravam de cair. Era muito obvio para os quatro que Zeus não tinha a intenção de impedir a missão deles, na verdade nem poderia já que seus filhos haviam sido seqüestrados, sua intenção era simplesmente assustá-los e apavorá-los – algo que conseguiu muito bem... Percy quase teve um ataque nervoso dentro do avião, Nico tremia toda vez que um novo raio caia do céu ao lado do avião, Thalia limitava-se a rir das reações dos dois. Mas o mais surpreendente era o fato de Lucy ter dormido a viagem toda e acordado apenas quando o avião pousou.

–Percy cala a boca, você está chamando muita atenção!

Falou Thalia de modo que apenas Nico Percy e Lucy que estavam perto puderam ouvir.

Quando finalmente saíram do aeroporto em Brasilia, as 06:00 da tarde resolveram pegar um ônibus até Goiânia, descansar por lá e depois seguir direto ao seu destino, quando estivessem perto o bastante o colar de Artemis os guiaria.

No ônibus Lucy pensava sobre o sonho que tivera no avião e se perguntava se deveria contar a mais alguém ou simplesmente guardá-lo para si mesma...

Chegando a Goiânia comeram rapidamente e pegaram um taxi rumando para um Hotel, quando estavam porem já de frente ao mesmo, foi que Percy finalmente abriu sua boca grande quando definitivamente não deveria.

–Caramba eu achei que seria mais difícil, até agora não apareceu nenhum monstro!

Thalia deu um tapa na nuca dele e falou:

–Você ta louco cabeça de algas? A gente nunca diz algo assim quando está em missão! Não sabe que isso dá azar?

Não foi preciso mais nada, na esquina as sombras começaram a se juntar rastejando pelo chão como se fosse algum tipo de névoa, só que em um tom estranhamente negro!

–Que droga! Percy Jackson e sua grande grande boca nos causando problemas! É claro que ele não poderia ficar de boca fechada não é mesmo?

Falou Nico com raiva! Enquanto no meio da rua deserta em frente ao hotel, a sombra começava a ganhar forma...