**POV – Esme**

Desde que Carlisle voltou da conversa com Jasper ando sentindo ele estranho, como se quisesse me dizer algo e não tivesse coragem ou não queria que ninguém escutasse. Enquanto terminavam de combinar os detalhes para amanhã resolvi subir para terminar mais um de meus livros, que já havia lido mais de vinte vezes durante minha existência, mas que nunca cansaria de ler pela magnífica e atraente história...

- Mais uma vez “Os Miseráveis”? – Perguntou Carlisle adentrando

- Nunca me cansarei dessa história – Disse deixando o livro ao meu lado e dando um beijo nele – Está tudo bem? – Disse sentando na cama novamente

- Tudo sim – Respondeu – Queria conversar a sós com você meu amor – Sorri

- Aconteceu algo? – Olhei em seus olhos

- Não, só queria saber se você me apoiaria em uma decisão – Disse sentado de frente para mim

- Te apoiarei sempre meu amor – Dei um selinho e levantei – Vou me trocar assim podemos sair um pouco e conversar, o que acha?

- Por mim tudo bem – Sorriu – Onde quer ir?

- Em qualquer lugar, desde que seja ao seu lado... - Fui até o meu Closet e me troquei rapidamente – Decidiu?

- Vamos? – Contradisse com outra pergunta

- Isso é um sim? – Ele sorriu e veio pra mais perto de mim, pegou em minhas mãos, me deu um beijo leve e suave, e me começou a me guiar escada a baixo – É surpresa então? – Ele não respondeu, mas abriu um sorriso o que deduzi que fosse mais um sim

- Estamos de saída crianças, mas voltamos logo – Carl disse e eles assentiram

- Bom passeio – Disse Alice sorrindo provavelmente vendo para onde estávamos indo

- Amor onde estamos indo? – Perguntei quando estávamos prestes a pular o rio

- Não vou falar... – Olhou pra mim sorrindo e me dando um beijo antes de pular

- Se não falar, não vou ter como chegar lá – Cruzei os braços

- Vai sim – Olhou em meus olhos – Vem – Estendeu a mão e pulei não conseguindo manter minha pose de durona

- Não vai me dizer mesmo onde vamos Doutor Cullen? – Olhei em seus olhos

- Esme Cullen você não confia em mim? – Perguntou

- Com toda minha vida – Sorri

- Que bom – Ele sorriu e tirou uma venda do bolso

- Carlisle o que você esta fazendo? – Olhei pra ele

- Te vendando, porque sei que é curiosa e não vai fechar os olhos quando eu pedir – Me deu um selinho – Eu te conheço e te amo

- Eu também demais – Permiti que ele me vendasse e me guiasse.                                           Corremos uns quinze minutos até realmente eu não saber mais onde estávamos. Fomos diminuindo a velocidade aos poucos até pararmos em um lugar aberto, sabia porque senti o vento em meu rosto, vento forte o suficientemente para eu dizer que estávamos em um lugar alto... Ele não podia estar me trazendo ao...

- Pode tirar – Ele disse e tirei a venda

- Carl – O abracei chorando um choro sem lágrimas ao ver que eu estava certa. Fazia anos que não vínhamos aqui no lugar em que tudo que começou, onde ele me pediu em casamento... – Não imaginava que iria me trazer aqui

- Valeu apena não valeu? - Apenas assenti emocionada – Achei que aqui poderíamos conversar tranquilamente e reviver momentos inesquecíveis – Me abraçou

- Inesquecíveis e eternos – Olhei em seus olhos e ele me fez uma pergunta

- Você é feliz?

- Carl que pergunta meu amor! Eu sou mais que feliz, eu sou realizada de todas as maneiras que alguém poderia querer ser – Ele nos puxou para o chão e me cortou

- Tem certeza?

- O porquê dessa insegurança? – Questionei

- Às vezes eu penso se você não se arrepende de ter aceitado se casar comigo e se não te fiz ficar infeliz te transformando – O olhei chocada com o que havia acabado de escutar

- Carlisle nunca mais repita isso! Como eu poderia viver infeliz ao seu lado? Depois daquela vez que te encontrei no hospital quando tinha quebrado a perna, nunca mais fui à mesma. Me senti vazia todos aqueles anos seguintes, eu sabia que não conseguiria ser feliz com mais ninguém a não ser você, mas tentei de todas as maneiras tirar aquilo da cabeça porque achei que você nunca tinha ligado para mim. Quando – fiz uma pausa para tentar não chorar – Quando meu filho morreu naquele dia eu não pensei em nada a não ser em 2 coisas, 1ª me suicidar e 2ª a esperança de te encontrar do outro lado. Você quando me transformou não só me deu a vida de volta, me deu coisas que nunca imaginei que teria. Me deu a felicidade, me mostrou o que era amar, me deu 6 filhos maravilhosos e 2 netas lindas... E principalmente, me deu você mesmo. Como não ser feliz com tudo isso?

- Oh Esme – Foi à única coisa que ele me disse antes de me beijar – Eu te amo tanto

- Eu também Carl – O abracei bem apertado

- Só queria poder te dar um filho meu também – Abaixou a cabeça e eu a ergui

- Você já me deu Edward, Rosalie, Emmett, Alice, Jasper e Bella – Olhei em seus olhos - Carlisle você me deu a oportunidade de ser mãe de novo e não só de um e sim de seis e avó de duas...

- Você acha que foi coisa do destino?

- A morte dele? – Perguntei

- Sim...

- Naquela época era muito difícil de sobreviver naquele tipo de caso porque não havia uma medicina tão avançada como há hoje, mas eu acho que foi coisa do destino sim, porque se ele não tivesse morrido eu não teria me jogado do penhasco e nem você me encontrado e me transformado – Ficamos quietos por um tempo até que eu interrompi o silêncio - Quer saber? Apesar de até hoje eu sentir falta dele, eu olho pelo lado de que esse possa ser um presente deixado por ele. Ele me deixou a melhor coisa que já tive em minha vida...Você – Ele não pensou duas vezes e me agarrou

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- O que você queria conversar comigo? – Disse voltando ao assunto que causou esse maravilhoso passeio

- Eu queria saber se me apoiava na decisão de levar Jacob e Seth conosco... – Me olhou

- Mais é claro meu amor! O porquê não? – Ergui uma sobrancelha – Já havia pensado nisso, agora ficara mais difícil das meninas se afastarem deles e eles delas.

- Pensei que talvez pudesse não aceitar por causa de Emmett e Edward – Disse

- Carl, sabemos que eles irão passar mais tempo lá do que em qualquer outro lugar, então acho legal irem de uma vez – Sorri para ele

- Eu pensei em outra coisa... - Sugeriu

- No que pensou? – Fiquei curiosa

- Sabe que nem Jacob e nem Seth completaram seus estudos, então pensei em pagar a escola deles e posteriormente a faculdade. O que acha? – Contou

- Mais que ótima idéia meu amor, não é bom mesmo eles pararem de estudar faltando pouco tempo para terminarem – Acariciei seus cabelos – Vai falar com eles quando?

- Vou fazer a proposta para eles a hora que chegarem e só depois se aceitarem falarei com os meninos, ou devo falar com os meninos antes? – Perguntou duvidoso

- Acho que deve seguir seus planos. Saiba que sempre estarei do seu lado, independentemente da decisão em que tomar

- Gosto de te consultar antes e ter certeza disso – Riu

- Seu bobo – Comecei a dar risada

O telefone dele começou a tocar

- Não vai atender? – Perguntei e ele atendeu

- Alô?

- Doutor Cullen? – Perguntou uma voz feminina

- Isso

- Doutor Cullen não queríamos de incomodar, mas chegou uma emergência e... – Ele Interrompeu ela

- Quem é o plantonista?

- Doutor Rubens – Esse era amigo dele

- Se há um plantonista e por sorte um muito bom, então qual é o problema?

- Ele pediu para eu te ligar, estão completando os exames para saber a gravura da lesão para poderem fazer a cirurgia

- Sim?

- Ele pediu seu apoio porque é grave e ele confia em você – Carlisle olhou pra mim e eu assenti – Ele acabou de gritar que era para eu te falar que o outro Cirurgião de Plantão é o Nelson – Carlisle fez uma cara desesperada Ninguém gostava desse Doutor Nelson, ele tinha conseguido 2 mortes em um mesmo dia por sua falta de preparo e a equipe do hospital se recusava a mandá-lo embora

- Fala para ele que chego em no máximo 30 minutos ai

- Obrigada – Ela agradeceu e ele desligou

- Me desculpa meu amor – Ele começou a falar

- Não tem problema, a gente pode fazer isso mais vezes, foi maravilhoso – Dei um largo sorriso

- Não se importa mesmo?

- Gosto de tiver ajudando e salvando os outros de branco – Pisquei e ele me deu selinho

- Vamos? – Perguntou

- Claro meu amor! – Demos as mãos e seguimos de volta para casa

Tinha certeza que faríamos isso mais vezes, que teríamos um momento nosso, um momento a sós.