Não Estou Mais Sozinho... escrita por Perfil Inativo


Capítulo 50
10 anos depois.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: não se iludão, não é o final. Mesmo já estando com 50 capítulos (Oqueeee?!) este ainda não é o final. Espero que gostem.



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Murtagh estava sentado na relva quase dourada do pôr do sol. Onde ele realmente estava? No ponto mais alto de uma das montanhas da Espinha. Mas ele não estava ali exatamente á toa. Estava contemplando a árvore de Sophia. Era a árvore mais bonita que já havia visto. Achava mais ainda do que Linnëa. Tinha bons sete metros de altura, com um tronco marrom poderoso. E suas folhas... as cores variavam bastante. Talvez por causa do encantamento dele, ou não. No outono, elas ficavam de um laranja bem marcante, com o centro marrom. Depois, quando vinha o inverno, ao invés delas caírem se tornavam brancas, quase como a neve que ás vezes caia, e Murtagh cuidava para que não matasse a planta. No verão, o verde era vibrante e cheio de vida. E quando vinha a primavera... ah sim, linda estação. As folhas continuavam verdes, mas davam lugar ás flores. Parecia um buquê. Não conseguia definir um padrão fixo. Na copa nasciam vermelhas, mais embaixo vinham flores azuis, nos galhos mais curtos nasciam roxas e brancas, nos galhos longos eram laranja e rosas, e ás vezes pretas. Era como um arco-íris de flores. Simplesmente lindo. Hoje, era o começo da décima primavera. Décima desde seu retorno. Havia partido logo depois do casamento de Heily e Niernan. Passou novamente pelo Deserto Hadarac, tinha visto de relance Furnost e Melian e depois adentrou na Espinha. Depois, seguira para o sul, e só parou para um descanço no Lago Woadark. Visitara ainda Therinsford e Carvahall,para garantir que tudo estava bem, mas logo se voltara para seu castelo. Ali com ele, estava uma menina-gata de cabelos loiros e olhos amarelos, com dois meninos-gatos menores - mãe e irmãos de Sophia. Eles também admiravam como Sophia estava agora. Logo depois de seu retorno, havia a plantado, e seus parentes pareceram presenitr isto. Vieram em uma pequena comitiva, para ouvir todos os relatos. Era uma heroína, pois o havia salvado. Viu a sombra de seu dragão voando bem acima deles. Thorn havia crescido bastante, estava quase do tamanho de Glaedr quando os dois batalharam. Quase. Suspirou. Levantou-se tirando a grama dos cabelos.

Obrigada, Cavaleiro, por tudo. agradeceu a mãe de Sophia.

Eu quem devo agradecer a ela. Podem voltar sempre que quiser, e a almofada dela ainda permanece lá. Se alguém um dia quiser usá-la, minha porta estará aberta.

Obrigado Murtagh-elda. Disseram os filhotes, e se foram.

Murtagh caminhou lentamente até seu palácio. Comeu um pouco de carne com feijão, e logo se fora para junto de seu dragão, que estava fora do palácio, em um dos poucos jardins que ele tinha. Coçou as escamas duras da cabeça e encostou-se a ele. Não tinham muito do que falar, já que seus sentimentos diziam tudo. Eles estavam em paz, mas mais do que nunca se sentiam infelizes. Principalmente o dragão, que havia descoberto que o dragão roxo lhe fazia mais falta do que esperava. O temperamento extrovertido e descontraído, que lhe enchia de perguntas era irritante, mas sentia falta disso. Murtagh se vira da mesma forma. Mas não havia remédio para isto. Nasuada e Trianne deveriam estar no castelo que construíram felizes da vida com filhos e filhotes. Murtagh tentava a todo custo não pensar nisto, coisa que era difícil. Balançou a cabeça, e começou a contar as estrelas. Ridículo? Um pouco. Ele fazia alguns desenhos nela. Pode ver um leão, um cabrito, e se olhado de certo ponto, poderia ver dois peixes. Pegou um pequeno caderno, e mesmo sendo inútil, fazia alguns mapas nelas, ao quais alguns chamavam de “constelações”.  Levantou-se quieto e foi para sua cama. Não sem antes passar pela sala onde tinha o seu trono. E as pinturas. Havia aumentado o lugar para colocar mais pinturas. Fizera uma pequena dele, em uma colina de costas, com o arco preparado, Trianne sendo atacada por Letrblakas e Thorn inda ajudá-la. Outra de quando encontraram um covil de Ra’zacs, quando encontraram o covil com a fêmea, quando estavam indo para o Lago Leona onde encontraram o espírito com força para moldar um corpo humano. Depois da luta em Dras-Leona, e quando ele entrou na mente do Ra’zac. Lamentou-se por ter pintado a despedida deles, onde mandou Nasuada e Trianne para onde achava “seguro” enquanto ele com Thorn atravessaram o deserto Hadarac, em direção ás montanhas Beor. Depois havia uma de quando ele treinou os anões, e sua “missão” onde atacaram o exército antes de sua chegada. Logo vinha o dos animais nativos da montanha atacando o exército, retardando-os um pouco. Então, havia as cenas de guerra. Ele e Thorn acabando com o exército, de quando Nasuada e Trianne apareceram, e mesmo Thorn não aprovando, ele colocou uma imagem de quando se sacrificou pelo dragão roxo. Depois veio a luta entre o Espectro Cavaleiro e ele, no qual Sophia fora morta. Depois a luta entre Trianne e o dragão negro, bem como ele matando-o com a Dauthdaert. E por fim a luta entre Nasuada e a fêmea Ra’zac. Tinha o rosto feroz quando atravessou a própria lança do inimigo em sua garganta, mas em momento algum deixou a pose de nobreza, coisa que este admirava. Depois de um tempo, fora para sua cama. Mas antes de deitar, ouviu alguém o chamar. Olhou para o espelho, e para sua surpresa viu que era Eragon o chamando.

-Eragon?

-Como vai Murtagh?

-B-bem... por que me chamou? Como fez isso?

-Simples, magia.

Murtagh revirou os olhos, e seu meio-irmão rindo.

-Fico feliz que esteja bem. – falou Murtagh.

-Coisa que não anda sendo ultimamente, certo?

-É. O que quer? Precisa de ajuda? Algum ataque?

-Não. Soube que a Rainha Nasuada está dando uma festa para a nova ordem dos Cavaleiros?

-Sei sim, recebi o convite.

-E vejo que não aceitou. – ele sorriu. – Diga-me, ainda quer ir?

-Eu... claro que sim, mas não sei como...

-Tudo bem. Quer saber onde estou?

-Achei que não pudesse dizer.

Eragon riu e girou o espelho.

-Isso é... o Deserto Hadarac? – falou pasmo.

-Sim.

-Mas eu achei...

-Vou explicar tudo depois. Estou indo para a festa. Sabe, aparecer como um elemento surpresa. Está a fim de ir comigo?

-Claro que sim Eragon! – falou animado.

-Fico feliz. Estou a dois dias de Ilirea. Consegue me encontrar no caminho?

-Consigo sim. Vou partir amanhã mesmo.

-Preciso falar que é para manter segredo?

-Não. Até logo.

-Até.

Murtagh depois correu para arrumar suas coisas. Alegria e esperança voltaram para seu coração, mesmo que um pouco. Seu dragão ficou subitamente alegre. Foi dormir com um sorriso bobo no rosto.


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Notas finais do capítulo

Então, não reclamem, sim eu sou muito má.
E se alguém estiver interessado, eu fiz uma outra fic sobre o Ciclo A Herança, que o nome é Reviravolta. Não consegui colocar o link, mas é só ir no meu perfil (Jura??) e ver. Bjs.



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