Não Estou Mais Sozinho... escrita por Perfil Inativo


Capítulo 45
Da mente para fora


Notas iniciais do capítulo

Adaptação do titado "da boca para fora". Ainda sem criatividade.



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Murtagh estava na biblioteca élfica da capital. Era uma construção branca gigantesca, cheia de livros de todos os tipos, e de todas as línguas de Alagaësia. Ele, nesses 20 anos aprendeu a ler todos os tipos – dês de romances até drama – e aprendeu que estudando os livros, poderia ganhar muita coisa. Comaçava com alguns bem simples, e logo se via lendo A Grande Jornada. O livro tinha exatas 800 páginas, todas preenchidas com a chegada dos elfos a Alagaësia nos mínimos detalhes. Sentou-se em um canto um pouco afastado, e no final do dia tinha uma pilha de alguns livros no chão ao seu lado. Lera um sobre táticas de guerra e batalha, outra sobre como construir uma farragem de galhos de árvore – coisa que tinha entrevistas com castores – e outro sobre os Urgals. Eles tinham um número limitado, já que sua natureza não era tão complexa quanto dos elfos e anões. Seu dragão ensinava aos outros – incluindo Fírnen – como vencer os tentáculos da caixa de Galbatorix. Os dragões estavam realmente curiosos, mas Thorn não iria se arriscar a fazer de novo.

-Cavaleiro? – chamou um elfo perto dele.

Murtagh levantou o rosto de livro. Era um elfo jovem, com cabelos loiros encaracolados e olhos quase brancos.

-Pois não?

-Estão socilitando tua presença no castelo.

-Obrigado. Estou indo, apenas preciso guardar estes livros. – ele falou pegando dois grandes.

O elfo pegou o restante e o guiou para o castelo. Trianne e Grew estavam praticando luta. Pode perceber que o dragão cinza era realmente forte, mas perdia para o tamanho e habilidades do roxo. Deu um rápido aceno para os dois e entrou. Seguiu o elfo pelos corredores, e depois de encontrar sete guardas que abriram a porta do salão do trono, ele entrou. Arya estava sentada em um majestoso trono, e Nasuada estava em uma pequena mesa feita de raízes de árvores.

-Altezas. – ele se ajoelhou.

-Levante-se Murtagh. – disse Arya.

Ao ver a Rainha o chamar pelo nome, e sem nenhum título ou coisa parecida, sabia que ou queria ter uma conversa amigável, ou precisava de ajuda. Aproximou-se da mesa, e as raízes criaram um assento para ele.

-Sim?

-Estamos decidindo nossa partida. Já contatei várias cidades, e vários cederam mão de obra. Mas, primeiramente, preciso retirar toda a destruição que Jhrans causou. – Nasuada suspirou. – Já temos tudo pronto.

-Entendo. Com o que te preocupas? – perguntou Murtagh.

Ela pareceu um pouco surpresa. Estava tão na cara assim?

-Preciso decidir quais Cavaleiros irão conosco.

Hmm, isso explica muita coisa. Trianne deve querer que Bluetr fosse.

-Ufahip e Bek são os mais fortes daqui. Seria bom tê-los conosco, mas a companhia dos Cavaleiros elfos seria indispensável. Não sei se conseguiria mantê-los em ordem, já que Arya não estará lá. – continuou.

-Gostaria de ir, mas meu povo precisa de sua Rainha, e também agora, que tenho mais cinco ovos para eclodir. – explicou a elfa.

-Isso é verdade. Quantos elfos irão contigo? – perguntou Murtagh.

Nasuada lhe entregou alguns papéis. Havia, ao todo, 70 elfos que se voluntariaram para ajudar na reconstrução, com mais 5 engenheiros e arquitetores e 10 feiticeiros. Somente de Surda viriam 500 para trabalhar nas construções, 200 de Belatona e 300 de

Dras-Leona. Era muita gente mesmo. Depois de discutirem até tarde, decidiram levar com eles o Cavaleiro elfo Deondinus – coisa que deixou Thorn muito irritado, quando soube – e o Cavaleiro anão Bek. Auroty, Ufahip e Hufron ficariam em Ellésmera. Despediram-se de Arya, e foram para casa. Trianne tentava conversar com Thorn, mas este estava com raiva.

Thorn...

Não quero ouvir. Por que eles vão conosco?

Qual é o seu problema?Se continuar assim, todos vão pensar que está com ciúmes.

O dragão rugiu, e soltou fogo, que quase atingiu Trianne. O dragão roxo se encolheu e Nasuada olhou confusa para Murtagh.

-Desculpe- me por ele.

Escute aqui, se não tiver um bom motivo para Deondinus e Bluetr não forem, comunicamos a Rainha. Se não tiver, nada posso fazer com ciúmes.

Eu NÃO estou com ciúmes.

Então...

Bletr é um filhote. Para mim já basta cuidar de um filhote, não quero mais dois.

Trianne, que ouvia a conversa se intrometeu ficando na frente do dragão, com os dentes á mostra.

Quem é que chamou de filhote?

Você. Não passa disto: um filhote.

Por um acaso esqueceu-se de como eu lutei? Nenhum dragão é verdadeiramente um filhote.

Você é sim. Não tem juízo nenhum! Já parou para pensar na força que tem? Você age como um filhote, fala e se comporta como um!

Eu matei um dragão!

Eu matei um muito mais forte que o que “matou”. Quem o fez foi MEU parceiro-de-coração-e-de-mente.

Ele teria morrido se eu não o atacasse.

Isso importa? Não. Se quiser não ser vista como um filhote, cresça!

Você é duro demais, só por que passou a infância trancado e sento controlado.

Golpe baixo. Ela não devia ter tocado neste assunto. Thorn nascera em um mundo caótico, envolto de escuridão. Desde pequeno fora obrigado a tanta coisa. Ele se enfureceu.

Você não é ninguém, NINGUÉM para falar algo da minha vida. Ouviu? Não faz nem ideia do que eu passei, não tem moral nenhuma para falar o que não sabe. Provando mais uma vez ser um filhote.

Eu NÃO SOU UM FILHOTE!

É SIM!

EU SALVEI SUA VIDA!

PREFERIA TER MORRIDO ENTÃO!

Silêncio. Murtagh encarava o dragão vermelho sem acreditar no que havia dito. Não era isso que ele sentia, não era, ele não odiava Trianne. Longe disso. O dragão roxo pareceu ofendido. Virou-se e deu um tapa no focinho de Thorn com seu rabo. Logo depois abriu as asas, e voou o mais rápido que pode. Para longe. O dragão vermelho rugiu, se virou e voou para a direção contrária. Murtagh encarou Nasuada se saber o que dizer. Ela por fim foi para dentro da casa élfica. Ele, ainda confuso, fez o mesmo. Nenhum dos dois dragões voltaram para dormir naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Sei que é ridículo aquelas pessoas que ficam pedindo reviews, coisa e tal, maaaaaaaaaaas, se eu ganhar reviews, vou ficar assim: *O*.
Beijinhos purpurinados.



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