Não Estou Mais Sozinho... escrita por Perfil Inativo


Capítulo 18
Lago Leona e um andarilho.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Os dragões seguiram o curso do rio quando virou para a direita, e mais na frente desaguando no Lago Leona. Quando era pequeno, Murtagh já havia visitado aquele lugar com sua mãe. Ela geralmente estava em missões, e ele era cuidado por uma babá velha e gorda, do qual não se recordava o nome. Ali era um bom local de pesca, e os dragões disputavam com Sophia quem pegava mais peixes. Por incrível que pareça a menina-gata ganhou. As vezes, o tamanho dos dragões dificultavam as coisas. Nasuada fazia alguns cálculo, e ele quase podia sentir sua cabeça trabalhando em estratégias contra os Ra'zac. Achava que ela estava trabalhando muito, mas era preciso. Dois barcos passaram por eles, e acenaram ao ver a Rainha. Usava sua armadura completa, menos o elmo, que estava em algum alfajor de Trianne. Certa hora se sentou, sem parar de olhar o mapa. O Cavaleiro não se importava, até a admirava ainda mais. Mesmo tendo perdido o castelo e a capital, estava fazendo de tudo para lutar pelo povo. Sempre faria isso. Seus pensamentos vagaram até Arya. Havia conversado com a elfa em particular sobre a partida do meio-irmão. Ele a questionou se não devia tê-lo seguido, mas a resposta dela foi a mesma:dever e seu povo. Se perguntou se as emoções de Fírnen não a afetavam. Sabia do companherismo entre ele e Saphira, e isso não se aplicava a elfa também? E isso se aplicava a ele? Suas emoções por Nasuada afetavam seu dragão? Parecia que não, pois o dragão se irritava facilmente e já a havia atacado. A tratava como um de sua espécie, mas parecia ignorar o quanto era valente, e que era fêmea, mas preferia não discutir com o dragão.

–Interressante... - falou alguém baixinho.

Os dois se viraram e encontraram um menino de não mais de dez anos perto de um cavalo. Usava uma capa preta, cobrindo o cabelo preto e olhos de mesma cor.

–Quem é você? - perguntou Nasuada segurando firme a espada.

–Não é essa a pergunta a ser feita, e sim o que você está fazendo aqui. - ele a corrigiu.

–Como se atreve a corrigir a Rainha? - falou Murtagh irritado com o garoto.

–Se é realmente a Rainha, onde estava quando tudo aconteceu?

–Tudo o que?

–Os ataques á cidade Dras-Leona. Sabe como foi difícil aquela luta, quando ninguém estava preparado?

Ela ficou um minuto em silêncio.

–Onde estava? E quando a capital caiu? Sua Rainha não devia estar lutando pelo povo como havia feito? Onde estava?

Murtagh se levantou quase avançando no garoto.

–Estava lutando. Fazendo seu dever. Ela é uma Rainha muito dedicada, e você não é ninguém para falar assim com ela.

–Tem certeza Murtagh? - perguntou o garoto desafiador.

Pelo que se lembrava, não havia falado seu nome para ele. Então como ele sabia seu nome? Era jovem demais para ser um inimigo, ou mago, ou Espectro, ou até mesmo Cavaleiro.

–Quem éres? - perguntou o Cavaleiro impaciente.

–Alguém que vai assombrá-los por um bom tempo... tomem muito cuidado... afinal, não sou o único espírito com força para usar um corpo mortal.

–Você... é um Espectro?

–Não, eles são diferentes. Eles tomam um corpo, já eu consigo fazer um corpo de mortal. A única coisa que eles fazem é matar e ter ódio. Já eu não. Posso ter todos os sentimentos humanos.

–Isso acontece sempre?

–Não. Mas coisas vão acontecer com mais rapidez do que imagina. Só dei uma passadinha aqui para avisar-lhes de que, não importa o que façam, no final vão falhar. No fim ele vai retornar.

–Não vou deixar isso acontecer. - falou firmemente Nasuada.

–Já deixou.

Um segundo depois ele sumiu. Não era um Espectro, pareciam bem mais forte. Os dois se enrararam por um tempo, e ela pareceu abalada com as palavras do espírito.

–Acha que... - ela começou.

–Não. Nada vai acontecer. Nada, ouviu? Vamos instalar a paz novamente. - falou Murtagh tentando convencer a Rainha.

E pode contar com nós. falaram os dragões e a menina-gata. Ela olhou um pouco preocupada para o Cavaleiro. No fundo, ele sabia que era medo. Mas ele não iria deixar nada acontecer a ela. Nada.



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