Ago(u)ra escrita por


Capítulo 116
Implosão


Notas iniciais do capítulo

A hecatombe de todos os dias.



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Parece o fim
os sons que me rodeiam são especiais, belos
já não são mais.
Estou feliz,
acabo de gargalhar
mas sinto duas eternidades desde o último riso meu
quero me deitar e chorar
dormir.
Os sons são infernais
eu os odeio com toda a força
quero uma vastidão de silêncio
mas, pensando bem
como é bom o samba!
Eu sou autossuficiente
eu posso continuar
a vida pode ser sozinha
não preciso de ninguém
onde ela está, santo Deus?
As horas corroem meu coração
e me levam ao estopim de mim
eu torço por nada
eu invento a felicidade
e a maré da vida a leva sem demora.
Quero ver os céus
quero sentir o vento
amar alguém!, como eu anseio
ah, céus, tamanha é a crueldade dessa vida minha!
Não sei se posso
se quero
o vazio na barriga nunca sai
se sai, logo retorna
como a maré
vendo melhor, seria tão bom tentar outra vez...
Quando a balança
alcançará o
equilí
br
io?


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