“Relatório de Pesquisa: Dr. Sheldon Cooper, 15 de dezembro de 2013.

Minha pesquisa com o Kripke está cada vez mais entediante e cansativa. Embora nós estejamos perto de desvendar grandes mistérios da física, ele cada vez me irrita mais e mais, perguntando sobre assuntos que não tem nada a ver com a pesquisa e acaba tirando meu foco do trabalho, pois eu começo a pensar nela.

A pessoa que está atrapalhando meu desempenho e foco no trabalho é a minha namorada. Amy Farrah Fowler, com suas simples curvas, seus lábios finos e vermelhos e seu rosto perfeito.  Eis a única coisa no mundo que consegue me fazer perder o foco em tudo que estou fazendo só de ouvir o seu nome, só de imaginar o seu sorriso. Acho que estou virando um bobo apaixonado, mas se isso é amor, eu nunca quero parar de sentir isso.

Eu só espero que a operação “Shamy” (estou até começando a gostar dessa junção juvenil de nossos nomes) dê certo. Já tenho todos os preparativos para a operação, só falta marcar o local. Eu só espero que Amy aceite, porque eu realmente quero levar a nossa relação para esse nível.”

Quando Sheldon reparou tudo aquilo que escreveu, ele ficou espantado. Como ele poderia escrever tanta coisa sem se quer reparar? Será que ele realmente pensava tudo aquilo que escreveu?

Sua cabeça estava tão cheia de pensamentos. Desde as complexas equações que estava resolvendo no trabalho até a noite com Amy. Todos aqueles pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta. Era Barry Kripke, que queria continuar a pesquisa com ele.

Sheldon cumprimentou Kripke com certo desprezo, mas este não estranhou, pois ele fazia isso todo dia. Ele levantou e começou a escrever suas conclusões no quadro para o “arquiinimigo”, mas logo foi interrompido:

– E então... Como foi a noite com a Amy ontem, hein? Vocês se pegaram muito? –Kripke dava leves toques em Sheldon com seu ombro

O físico teórico parou de escrever por um tempo. Não falou nada, pois estava pensando na noite com Amy. Cada momento, cada toque e cada beijo passavam como um suave sonho em sua cabeça. E ele estava cada vez mais perdido em suas lembranças, até que Kripke falou de novo:

– Uau... Parece que a noite foi diferente! Primeira vez que te vejo com esse olhar de felicidade assim. Acho que a Amy caprichou dessa vez hein?

– Talvez, mas eu não vou falar sobre isso com você Kripke! Isso é muito pessoal e deve ficar somente entre eu e Amy.

– Hmm... Ok então. Mas você pelo menos reparou se ela estava de lingerie ontem ou ficou se esfregando tanto nela que nem percebeu, como sempre? –Kripke deu uma leve risada enquanto falava.

– Vamos focar no trabalho Kripke. Estamos aqui para isso, não para discutir sobre a minha vida sexual com a minha namorada.

– Mas nós podemos trabalhar e falar sobre isso ao mesmo tempo sabia? Ou você acha que o seu amigo Howard não fica se gabando de suas proezas sexuais enquanto constrói aquelas coisinhas para a NASA?

Sheldon não queria pensar sobre aquilo agora. Só de ouvir o nome de sua namorada ele já ficava com um bobo sorriso em seu rosto. Então resolveu que trabalharia com Barry outra hora.

– Barry, eu acho melhor a gente continuar essa pesquisa outra hora. Você claramente não está focado o suficiente para entender as conclusões e os pensamentos de uma mente como uma minha. Então você pode voltar aqui mais tarde.

Antes que Kripke respondesse qualquer coisa, Sheldon saiu de seu escritório e foi até o banheiro da universidade, para lavar seu rosto e tentar tirar aquela noite mágica da cabeça.

Quando chegou ao banheiro, ele logo foi lavar o rosto. Passou as mãos suavemente em seu próprio rosto para retirar o excesso da água, mas a suavidade dos toques em seu rosto o fez lembrar-se dos toques de Amy. Ele então foi passando sua mão suavemente em seu rosto, para se sentir cada vez mais tocado por ela. Até que ele se olhou no espelho e viu seu reflexo. Um homem com as duas mãos acariciando seu rosto e com um tolo sorriso, aquele sorriso apaixonado qual ele não conseguia se livrar.

Talvez ele realmente estivesse virando um bobo apaixonado...