Sweet Poison escrita por Saiorse


Capítulo 4
4 - Roots Before Branches


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeey galera! Adorei todos os reviews do capitulo anterior, fico feliz de que a fic e esteja ganhando novos leitores ^^
Aaaaah e eu gostaria de dedicar esse capitulo a duas pessoinhas que eu amo muito!
A Huntress e a Poly Black que fizeram as primeiras recomendações da fic! eu fiquei muito surpresa com isso e claro que eu AMEI cada uma delas.
Muito obrigada meninas! O capitulo é de vocês!
Nesse vocês vão conhecer um pouquinho mais da Mia.
Espero que gostem.
BOA LEITURA!
PS - Tradução do Titulo do Capitulo -> Raízes antes de ramos.



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Estava coberta dos pés ate o ultimo fio de cabelo, segurava minhas risadas enquanto elas saiam em sopros entrecortados pelo meu nariz, tentei permanecer quieta embaixo da imensidão branca que cobria meu corpo pequeno enquanto meus enormes olhos azuis cheios de curiosidade inspecionavam qualquer sobra que rodeasse meus lençóis.

Eu não era capaz de ouvir seus passos, ou sua respiração, mais era capaz de sentir sua doce presença.

Mamãe viera me visitar.

Não permiti distrações na minha procura e continuei a me "esconder", até que ela puxa os lençóis e se esconde lá em baixo também, sua risada toma o espaço junto a minha, seus lindos cabelos loiros ondulados estavam próximos ao meu rosto, me permitindo sentir o cheiro de jasmins que irradiavam de seus cachos.

Afastei um pouco os lençóis para ver seus olhos azuis semelhantes aos meus, brilhando em doçura infinita na minha direção.

Como eu sentia falta daquele olhar!

Sendo que no entanto só havia o visto verdadeiramente uma vez.

Em meu parto, meu minusculo corpo sendo levado para dentro dos seus braços, seus olhos azuis me banhando com amor, me recebendo com tudo seu carinho e devoção, disposta a me amar sempre... Mesmo eu sendo a razão de sua morte.

– Senti sua falta - sussurro enquanto era recebida mais uma vez entre seus braços.

– Também senti a sua minha gatinha. - sussurra de volta e ri com meu apelido.

Deixe-me explicar... Miannah / Mia... Gato... Gatinha.

Era engraçado de se ouvir toda vez que ela me explicava, mais eu aceitei o apelido de bom grado.

– Porque demorou tanto para me visitar? - indaguei sentindo as lagrimas começarem a dar boas vindas aos meus olhos.

Mamãe ficou em silencio por um momento, mais logo afrouxou seus braços em torno de mim e se afastou um pouco para me olhar.

– A algumas coisas que eu não posso evitar gatinha. - diz com certa tristeza no olhar.

– Foi por minha culpa que você foi embora? - perguntei um pouco mais baixo desviando meu olhar dela para o lençol branquinho.

– Não... Claro que não! Fui embora por que era hoje de ir amor. - explica-me e traz meu olhar em sua direção mais uma vez. - Nunca acredite no contrario Mia, você não é má, pelo contrario é tão boa quanto alguém pode medir, você vai perceber isso... Quando for a hora você ira entender qual o seu valor no mundo. - completa enquanto acaricia meu rosto.

– Por que é só para mim que você aparece? Papai diz que você não é real, que é só minha imaginação. - digo fazendo uma leve careta ao lembrar de papai.

Mamãe faz uma careta semelhante a minha mais sorri logo em seguida.

– Seu pai só acredita no que vê gatinha, e ele ainda esta triste com minha partida, não acredite apenas naquilo que as pessoas dizem, acredite no que você acha que é certo acreditar, tudo faz parte do seu dom querida. - assegura-me ainda sorrindo.

– Então você me ama? - eu não deveria estar fazendo tantas perguntas! Só deveria... Aproveitar que ela esta aqui, me proteger nos seus braços quentinhos e toca-la.

Eu não ligava se aquilo era ou não minha imaginação.

Eu só queria que acontecesse mais vezes.

– Mais do que um dia você sera capaz de compreender. - sussurra aninha-me em seu peito. - Agora durma meu amor. -

– Não quero dormir, quero continuar aqui com você! - reclamo baixinho tentando lutar contra o peso das minhas pálpebras.

– Mesmo que não me veja, é importante que você saiba que sempre estarei aqui por você gatinha. - confidencia-me com um sorriso.

– Promete? -

– Prometo. -

Ao som da minha canção de ninar favorita eu voltei a dormir, agarrando-me em seus braços ainda hesitante em deixa-la partir.

Mais enquanto fechava meus olhos eu ouvia sua voz repetir docemente que sempre estaria aqui, não importa se eu a visse ou não.




Meus olhos abrem-se de supetão, tentando ignorar o sol que infiltrava-se por minha persiana eu levando meu dorso ficando sentada na cama.

Eu procuro ao redor do quarto qualquer sinal de que ela estivesse aqui, mais não havia nada, tudo em seu lugar assim como deixei antes ao dormir.

Então me dou conta de que havia sido apenas uma lembrança distante de anos atrás quando eu era apenas uma criança.

Levo minhas mãos até meu pescoço, e como sempre sinto a ausência de algo que jamais esteve ali.

As lagrimas tomam meus olhos e ainda assim eu recuso-me a chorar.

Por que tinha que ser sempre assim?

Onde estavam as pessoas que eu mais amava? Por que elas tinham que morrer? Era por que me amavam?

Minha mãe, Meu pai...

James...

Movi minha cabeça de um lado ao outro afastando o pensamento, não! Eu não iria e não podia pensar em James.

Caso contrario eu corria sérios riscos de colocar esse castelo a baixo.

E então Salem pula em meu colo em sua forma preferida, a do meu gatinho negro de olhos violeta, aconchegando-se em meu colo e subindo em direção ao meu rosto, lambendo a unica lagrimas que eu havia deixado escapar.

– Eu não estou só não é mesmo Salem? Eu tenho a você. - digo sorrindo para meu adorável dimo.

"Claro que você me tem Mia, eu nunca sairei do seu lado", responde ainda lambendo de modo carinhoso meu rosto.

– É bom saber que eu não posso machucar você. - sussurro abrando seu corpo ao redor de meus braços, embreando meus dedos em seus pelos negros.

Fico daquele jeito por um bom tempo, até que o som de tímidas batidas a porta me tira de meus devaneios.

Antes que eu fosse capaz de processar quem poderia ser e pensar em dizer "entre" a porta é aberta devagar e 3 mulheres passam porela.

Uma delas eu fui capaz de reconhecer.

– Oh, Bom dia Margareth. - recepciono dando-lhe um pequeno sorriso e liberando Salem do meu abraço.

– B-bom dia Alteza. - diz um pouco desconcertada.

– Quem são suas outras ajudantes? - indago olhando as outras duas.

– Essas são mais outras duas criadas que o Rei designou para a sua Alteza. - explica-me indicando as outras que ainda mantem seus rostos abaixados.

"Duas outras criadas designadas a mim... Por Caspian?Nossa."

– O rei não precisava ter se dado ao trabalho. - digo afastando minhas cobertas e me ponto de pé caminhando em direção as minhas "criadas". - Qual o nome de vocês? - indago gentilmente.

– Lorelai alteza. - diz a mais velha de cabelos negros fazendo uma reverencia desajeitada.

– M-M-Maggie. - gagueja a outra de aparência mais nova, que certamente não conseguiria sair despercebida por mim já que tinha longos cabelos ruivos.

Ela também faz uma reverencia e olha para mim rapidamente antes de desviar os olhos corada.

– Seus cabelos são lindos. - digo admirada.

Ela arregala os olhos e me olha parecendo chocada pelo simples fato de ter me dirigido a ela.

– O-Obrigada Alteza. - agradece e mais uma vez se curva.

– Ah, não precisa se curvar, nenhuma de vocês alias... Não sou de me importar com esse tipo de coisa. - confesso

– A partir de hoje estaremos ao seu dispor. - Lorelai fala e me olha de relance.

– O Rei faz questão de sua presença no café, ele e os antigos Reis junto ao Conde Eustáquio esperam-na a mesa. - informa-me Margareth.

– Ah claro! Eu irei me arrumar rapidamente. - digo dando-lhe um sorriso.

– Gostaria de nosso ajuda para banhar-se? - indaga Lorelai.

Banhar-me envolvia toque... Toque envolvia a morte.

– Hum... Eu acho... Melhor não. - digo com uma pequena careta.

– Não necessita de ajuda para depilar-se Alteza? - Margareth pergunta.

"Meu deus!", Salem diz entre risadas.

– Hã... Não, obrigada ainda assim, as três. - digo cordialmente.

– Não necessita de nada alteza? - Maggie pergunta com um ar triste.

Olho para ela percebendo que ela esperava algo a fazer por mim, e me perguntei por que daquilo, mais não gostaria de vê-la triste.

Muito menos por mim.

– Na verdade... Necessito sim, poderia ir até o quarto da rainha Lucia e pegar um dos vestidos que ela separou para mim? - peço-lhe.

Maggie levanta o olhar mais uma vez e eu sinto vontade de rir do seu lindo sorriso infantil.

– Claro alteza! Em estantes. - fala e faz uma mesura.

– Obrigada Maggie. -

E então eu vejo minhas 3 "criadas" - acredite, não era fácil me acostumar com a palavra - saírem do quarto rapidamente deixando-me sozinha para banhar-me.



O vestido que Lucia me emprestou dessa vez foi um belíssimo de tecido branco que caiam em ondas perfeitas até o chão.

Me perguntei por que ela tinha vestidos tão adultos para um corpo tão infantil, mais logo me lembrei do que ela disse ontem sobre me contar a explicação para tau fato.

Maggie, Lorelai e Margareth voltaram ao quarto e arrumaram minha cama bagunçada com destreza enquanto eu me vestia.

Salem permaneceu empoleirado na poltrona próxima a lareira e me esperou terminar a troca até se postar em frente a porta.

– Agradeço-lhes toda a gentileza. - digo as minhas três criadas antes de descer ao lado delas em direção a sala de jantar.

O castelo era imenso, indaguei a mim em silencio quanto tempo levaria para ter um mapa dos corredores em minha cabeça, ou ao menos saber o caminho até o meu quarto.

Logo chegamos ao local desejado e os olhos dos presentes foram em minha direção.

– Peço-lhes desculpas pelo meu atraso, não imaginei que fossem esperar por mim para o café da manhã. - digo a principio antes de me aproximas a mesa. - E aproposito Bom dia. - completo fazendo uma mesura.

Caspian, Pedro, Edmundo e Eustáquio se levantam de suas respectivas cadeiras sorriem enquanto vou em direção a cadeira ao lado de Lucia.

– Bom dia. - dizem em seguida.

Edmundo se adianta e se posta atrás da minha cadeira afastando-a gentilmente para mim.

– Se me permite. - diz.

– Obrigada Rei Edmundo. -

Ele cora e volta a se afastar quando eu me sento.

Vejo pelo canto do olho Pedro lançar um olhar nada amigável em direção ao irmão, mais antes que eu fizesse qualquer especulação Lucia se pronuncia.

– Bom dia Mia. - diz com um enorme sorriso.

– Bom dia Lucia! Aproposito, eu realmente sou grata pelos vestidos que você me empresta. - falo tocando o tecido do vestido branco em minhas mãos.

– Fico feliz de que goste, ficam realmente lindos em você. - diz.

– Tenho certeza de que essa é uma opinião da qual todos nos partilhamos. - Caspian diz com um sorriso de canto.

Eu retribuo o sorrio para ele lisonjeada.

– Bom dia Majestade. - falo.

Antes que Caspian pudesse começar uma conversa Pedro intervem.

– Edmundo, Eustáquio e eu cavalgaremos nos arredores depois do café, quer se juntar a nos Mia? - ele indaga.

– Oh... Fico feliz pela a oferta Rei Pedro, mais... Eu estava pensando em caminhar próxima a praia, não me lembro da ultima vez que vi o mar, estou ansiosa para ficar próxima a ele. - digo.

Vi um breve brilho de decepção em seu olhar mais voltei minha atenção a Salem em meu colo.

– Seria incomodo me juntar a você Mia? - Lucia me pergunta.

– Nenhum! Eu adoraria. - repondo.

O resto do café foi acompanhado com os planos de Caspian para seu longo dia atarefado como rei, ele avisou que provavelmente estaria na Biblioteca discutindo alguns de seus assuntos com os seus auxiliares, provavelmente eu não voltaria a vê-lo a tarde.

Procurei não pensar na pequena pontada de decepção que me acertou.

Afinal por que me incomodar com tais assuntos?



Como o planejado eu caminhei próxima a praia.

Lucia, Salem e eu descemos pelo vilarejo e fomos na direção da areia branquinha alem do povoado, demos uma bela volta confesso, mais no final das contas nem ficamos tão longe do castelo como eu pensei que estaríamos.

Depois de rodear o povoado ficamos próximas a lateral do castelo onde eu conseguia ver algumas pessoas andando.

Desci de Salem e tirei meus sapatos, sentindo o vento repleto com a maresia acertar meus rosto e bagunçar meus cabelos.

Salem transforma-se no gatinho e me acompanha de perto.

Estranho seu silencio desde o café mais estava maravilhada demais para me importar.

Caminho até ficar próxima a água, que acerta meus pés descalços.

Lucia fica ao meu lado em silencio também apreciando a beleza do lugar, o vento deixa meus cabelos revoltos mais não me importo com o fato, apenas ponho uma das minhas mãos para afasta-los de meus olhos e boca.

E então eu comecei a sentir.

Aquele sentimento quente que preenchia meu peito poucas vezes.

Eu era capaz de senti-lo nas antigas visitas de mamãe, conseguia senti-la com James... E foram tão poucas as vezes que eu poderia conta-las em meus dedos.

Era o doce sentimento de lar.

Lar esse que agora Narnia me representa.

A grande praia, o imenso castelo e o adorável povoado estavam infiltrando-se em minhas defesas sem serem danificados pelo meu poder e ameaçando enraizar-se.

E mesmo com o medo que eu sentia sabia que poderia ser capaz de ama-la.

Sempre soube que haveria algum lugar no mundo disposto a me acolher, mais eu estava tão escondida entre as sombras do meu antigo reino que já não importava-me com a possibilidade de ir embora, alias... eu importava-me muito, so pelo fato de poder machucar as pessoas, então havia silenciosamente decidido que meu lugar era entre as cinzas do vale Whyler.

Mais agora Narnia aparecia, com toda as suas luzes, cheiros e sentimentos.

Dando-me a chance de amar algo mais uma vez.

– E então... Você vai me contar por que tem vestidos tão grandes para uma moça de 14 anos? - pergunto a Lucia de repente e ela ri como se lembrasse de algo distante.

– So se você me contar alguma coisa sua também. - retruca levantando uma sobrancelha.

Eu rio de sua astucia mais relevo.

– Certo então... Fechado. -

Caminhamos na direção de uma grande pedra próxima de onde estávamos e nos sentamos em seguida.

Não sabia o quanto poderia amar aqueles reis e aquele lugar, mais como uma arvore eu necessitava de raízes antes de ramos.

E antes de saber eu precisava esperar.

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Maggie -> http://magazine.nicktv.it/files/2012/08/ariana-grande-katy-perry-550x431.jpg


Eleanor Whyler (Mãe da Mia) - > http://sphotos-a.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/940811_159489847553144_996903482_n.jpg



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Notas finais do capítulo

E então meus queridos Narnianos? Oque acharam do capitulo? Bom... ele foi meio que uma introdução básica para conhecimento melhor da nossa personagem.
Quem ai gostou da Maggie?! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ~ela vai ser de importância para fic, alguém chuta o que vai ser?
Humm.. Lucia e a Mia estão realmente desenvolvendo uma amizade não é?
Ouve uma disputa para obter a atenção da Mia no café? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Espero que vocês tenham gostado da Eleanor tmb.
Alias... Espero que tenham gostado do capitulo inteiro!
Quero saber a opinião de vocês é importante para mim gente! Portanto deixem reviews!
~recomendações são sempre bem vindas.
Até o proximo! Bjjjs