Forever & Ever escrita por soulsbee


Capítulo 10
Algumas coisas realmente são verdades...


Notas iniciais do capítulo

E então, quando tudo parece confuso, mas parece que arrumamos a resposta para todas as nossas perguntas.... Tudo muda, tornando nossas perguntas respostas e nossas respostas perguntas...



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PDV – Robert


A noite escureceu tão rápido quanto a chuva agressiva começou a tocar o solo. A água caia com tanta violência e o vento era tão forte que chegou a arrancar à pequena e velha caixa de correios localizada na entrada da minha porta. Admito que fiquei feliz com o acontecido. Aquilo era uma velharia que sempre me machucava ao entrar correndo em casa.

A neblina tão densa tornava impossível a visibilidade de qualquer coisa ou pessoa na frente da casa. Era assustador. A tempestade estava ficando cada vez mais forte e não demorou muito para que a vizinhança caísse nas trevas de um grande blackout. Apenas os raios iluminavam a rua.

De repente, senti uma forte vontade de ir atrás de Hayley para saer se ela estava bem... Afinal, sempre soube como ela sofria em dias assim, mesmo gostando, suas paranóias acabavam se intensificando e ela sempre tinha um grave problema.

Olhei pela janela do meu quarto para sua casa tentando ver alguma coisa, foi uma coisa muito idiota. O que pensei que encontraria, uma luz acessa? Lá estava tão escuro quanto o buraco negro.

Desci as escadas da minha casa apressadamente, no meio do caminho, peguei um guarda-chuva localizado atrás da porta, o abri e caminhei até a casa dela. Eu morava exatamente ao seu lado, mas as duas casas possuíam um extenso quintal que nos afastava em uma distancia consideravelmente longa, não muito, mas longa.

Joguei o guarda-chuva no chão assim que parei na porta de sua casa e tentei abri-la, a maçaneta não girava, parecia que algo a segurava do outro lado. Olhei pela janela lateral e vi uma fraca luz vindo da cozinha. Proximo a ela existia uma janela meio aberta convidando-me a entrar.

Caminhei pelas beiradas da casa até chegar na frente da janela da cozinha. Olhei para dentro, tudo estava terrivelmente calmo e silencioso, como se não houvesse ninguém lá, como se nunca tivesse existido alguém ali.

Levantei até o topo a janela abrindo um vão maior e mais fácil para minha entrada no local, era o que pensei. Coloquei meu pé em uma pedra que existia ali. Naquele instante, lembrei-me da época que brincávamos ali e das vezes que entrei escondido por sua casa por ali... Claro que seus pais acabaram colocando um trinco nela para evitar minhas invasões, então, a partir daquele dia, acabei entrando pelo quarto dela usando a arvore que existia na frente. Coloquei meu pé direito para dentro sentindo raiva por ser grande demais e saudade pela historia que estava ali. Deslizei meu corpo para dentro com um pouco de dificuldades, apoiei-me no balcão da cozinha e, quando estava quase lá dentro, senti a janela escorregar e bater diretamente na minha cabeça.

Soltei um longo suspiro de raiva e xinguei-a mentalmente de qualquer coisa, minha cabeça começou a rodar um pouco e minha visão falhou por algum tempo. Foquei-me em pisar no chão da cozinha sem cair e consegui. Andei pelo cômodo sutilmente para não assustar Hayley com alguma coisa. Cheguei até a porta e observei a sala, tinha uma vela jogada em uma mesa. Ela estava com um cheiro horrível.

Ouvi um forte barulho no andar de cima que deixara-me intrigado. Subi as pessas até o mesmo procurando de onde vinha o som, era do quarto dela. Entrei no mesmo o mais rápido que pude. Olhei a minha volta e não vi ninguém, apenas reparei que a janela estava aberta e que a cortina estava balançando freneticamente. Corri para lá e observei o chão, não havia ninguém lá embaixo. Olhei para trás voltando-me para a porta e encontrei um bilhete com uma frase escrita de vermelho “ Ela não tem muito tempo... aproveite enquanto pode!” Fiquei imóvel ao ler aquilo, parecia estar escrito de sangue, mas era apenas tinta vermelha. Puxei o papel, amassei-o e guardei no fundo da minha jaqueta. Desci correndo para a sala quando ouvi um forte barulho vindo da cozinha. Andei tão rápido para lá que quase não senti meus pés toccarem o chão. Olhei para a porta do porão, ela estava meio aberta. Pude ver um corpo estirado no chão olhando fixamente para cima.

Cheguei até ela em pouco tempo e abracei seu corpo levantando sua cabeça. Ela não estava dormindo nem incosciente, ela estava em uma espécie de estado de choque observando sua frente com um olhar vazio. Comecei a balança-la rapidamente em meu corpo.

Naquele exato momento, uma fraca luz se acendeu iluminando aquele cômodo, o suficiente para ver todos os detalhes do rosto dela. Seus olhos se mexeram lentamente de um lado para o outro como se ela estivesse voltando. Algumas lagrimas cairam de meus olhos indo diretamente em seu rosto.

Você está bem? – Perguntei desesperado

Hãm? ­– Sua voz saiu muito fraca.

O que aconteceu? – Perguntei em desespero ainda balançando nossos corpos.

Acho que não consegui voltar a andar bem... – Sua voz ficou mais compreensiva, mas rouca.

O que você está falando?

Oras... a fisioterapia não bastou... – Resmungou com uma leve careta.

Você deve ter batido a cabeça com força... Que fisioterapia? –Perguntei sem entender nada.

– Aquela que eu fiz depois que sai de coma... – Soltou um longo suspiro.

Hãm? Coma? – Franzi o cenho, não consegui compreender nada.

Ér... 2038...

Vamos para o hospital, agora! – Disse.


Peguei-a em meus braços levantando-a daquele chão gelado. Sem que ela percebesse, seus braços abraçaram meus pescoço com um pouco de força, algo interessante, já que ela estava completamente mole e sem reação.

Sai correndo com ela em meu colo debaixo daquela chuva densa em direção a minha casa. Coloquei-a no banco de trás do carro da minha mãe e procurei as chaves escondida embaixo do carpete do bando do motorista. Dirigi o mais rápido que pude até o hospital passando por todos os sinais vermelhos e cortando qualquer veiculo que estivesse à minha frente.

Entrei na emergência do hospital e reparei que haviam alguns médicos parados na porta vestidos de azul conversando. Eles correram para o carro quando perceberam o que estava acontecendo e quando ouviram o som alto que o escapamento daquele carro velho fazia. Não tive tempo de fazer nada, antes que reagisse, eles já estavam com ela em cima de uma cama levando-a para dentro. Segui-os até onde consegui e sussurrei um “Vai ficar tudo bem”, mas, provavelmente, ela não entedera nada, sua mente estava viajando de novo e ela ficara novamente com aquele olhar vazio.

- Senhor, precisamos que você faça a ficha dela – Uma mulher atrás de mim pediu. Ela estava olhando para uma prancheta na mão antes de lançar-me um forte olhar. Ela tinha longos cabelos loiros, era magra e tinha uma pele tão branca quanto seu avental. Ela usava uma leve maquiagem que destacava seus lábios vermelhos e seus olhos azuis. – Senhor? - Perguntou novamente tirando-me daquele transe.

- Desculpe... É Hayley... Thomas Campbell. 17/06/95 – Disse rapidamente.

- Jura? Pensei que ela fosse mais velha... Vocês estão no ensino médio? – Perguntou com um leve sorriso.

- Sim e você não parece ter mais do que 20 e ser formada em medicina... – Sorri de volta.

- Todos dizem isso... – Olhou para o chão. – Vocês namoram? – perguntou em um tom de voz baixo

- Não... – Respondi

- Uma emergência para você! – Um homem alto gritou de longe enquanto olhava em nossa direção. – Violet! – Gritou e ela correu até ele.

Violet...


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Notas finais do capítulo

Pois é, sei que demorei MUITO, mas aqui está mais um capitulo baseado no ponto de vista do Rob e, como vocês puderam ver, algumas coisas realmente foram verdades... o importante é saber "até que ponto". Aguardem o resto ^^



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