Sem Clichês, Sem Regras, Sem Destino escrita por JustSmileAndBeHappy


Capítulo 6
RoboEd


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Mil perdões pelo enorme tempo sem postar.
Eu fiquei doente. E estou tendo muitas provas. Está uma bagunça essa vida.
Mesmo esquema do capítulo anterior;
Sofia = Negrito
Lucas = Itálico



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A semana que se seguiu se mostrou exageradamente cansativa.  Sofia entrara no período de provas, e como gostava de manter uma média entre nove e dez pontos em todas as disciplinas acabou por se isolar do mundo exterior durante os cinco dias úteis daquela semana de Junho.  Não entrou no Facebook, nem no Twitter, nem no Skype, nem em qualquer outra rede social. Ligou o computador apenas duas vezes.

                   Todo esse esforço valeu muitíssimo a pena quando, na sexta feira, pegou as notas de suas provas e não encontrou um valor inferior a 9,5. Fora a pessoa com melhor desempenho em sua classe. Orgulhava-se disso.

                   Esse era um ponto em sua moral que Sofia sempre tivera dúvidas. Orgulho. Ora, ela sempre fora elogiada por ser inteligente. Sempre tirara notas boas. Sabia muito mais que a maioria dos estudantes com sua idade. Ela gostava disso. Sentia-se feliz sabendo mais que os outros. Será que isso era errado? Não saberia responder. Não seria falsa modéstia acreditar que ela não é inteligente? Não seria pior sempre falar que seu comportamento perante aos estudos é completamente normal, uma vez que não o era? Novamente não saberia responder.

                   O que importa é que era sexta feira. E isso significa falar com o Lucas. A jovem gostava muito de falar com ele, entretanto, era realmente muito bom conversar com o garoto depois de certo tempo sem o fazer. Talvez fosse saudade, não saberia dizer. Sofia não entendia bem o sentimento “saudade”. Acredita que jamais tenha sentido isso. Estranho, não? Sofia era de certa forma estranha. 

                   Quando entrou no Facebook, às 20h, Lucas estava on line. Logo foi falar com ele.

                   - Olá!

                   - Olá! Como vai?

                   - Bem, obrigada. E você?

                   - Vou bem também.

                   - Irei te fazer uma pergunta que talvez você considere indiscreta. Se o fizer, tudo bem, não precisa responder.

                   - Tudo bem.

                   - Você já se apaixonou por alguém?

                   - Senhorita, devo-lhe dizer que sou muito frio para tal. Garotas não me afetam. Jamais me apaixonei por nenhuma.

                   Isso se igualou a um soco no estômago de Sofia. Ok, ele já havia deixado a entender que era frio, mas isso fora demais. A garota conseguiu ver todas suas chances se esvaindo. Não sabia o que responder. Sentia-se vazia.

                   - Então quer dizer que você não tem sentimentos?

                   - Não, não tenho. Principalmente quando se trata de amor.

                   - Que trágico é isso. Viver sem sentir.

                   - Acredito que não.

                   - Acredito que sim. Sabe, eu ainda acho que você é um bot.

                   - Mais respeito, por favor, sou o RoboEd. Este não tem sentimentos.

                   - Ah sim. Acredito que a coisa mais trágica do mundo é ser como o RoboEd.

                   - Acredito que não. Não encontro muita serventia em sentimentos.

                   - RoboEd não é nada. É só alguma coisa que você acessa para tentar sair do tédio e dar um pouco de risada. – Sofia se odiou no momento que enviou isso. Ela estava se referindo exclusivamente ao RoboEd, não a Lucas. Mas isso não ficou claro.

                   - RoboEd  não tem sentimentos, não se ofendeu com seu comentário.

                   - Fico feliz. Não tive intenção de ofendê-lo. De maneira alguma. Gosto do RoboEd. Conversar com ele é bom.

                   - RoboEd não tem sentimentos, mas está agradecido.

                   - Sabe, o RoboEd me deixa confusa.

                   - RoboEd é confuso.

                   Sofia quis dizer pra ele exatamente tudo o que sentia. Quis falar tudo. Palavra por palavra.

                   - É, penso que sim. Mas continuo gostando dele. Apesar deste não ter sentimentos.

                   - RoboEd está agradecido novamente.

                   Sofia estava desolada. Não sabia o que dizer. Só conseguia pensar que suas chances se reduziram a um índice mínimo.

                   - Terei de sair. Até breve. Boa noite.

                   - Até Breve! Boa noite, senhorita.

                   A garota realmente gostava quando ele a chama de “senhorita” ou “minha cara”. O último se mostra menos frequente. Sofia desativou o chat de seu Facebook. Saiu do Twitter. Saiu do Skype. Ficou ouvindo música. Selecionou a playlist que a ajuda a pensar. Nessa é possível encontrar os álbuns “If you Leave” por Daughter, “Civilian” e “The Knot” por Wye Oak.

                   De fato, não sabia o que pensar. Sofia simplesmente ficou ouvindo as músicas e pensando em como seria bom se ela e Lucas um dia tivessem algum tipo de relacionamento. Depois do dia que passou isso parecia um devaneio distante. Quase impossível.

                   Entretanto, isso não mudou em nada o amor que sentia pelo garoto. Ele continuava a ser o garoto perfeito que ela sempre considerou. Isso não mudaria tão cedo.

                   “O que estou sentindo?”

                   “Não sei. Mas dói,”

                   “Vai doer.” 


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Notas finais do capítulo

Sugestões, elogios, críticas, comentem!

Obs: No caso de críticas, expliquem o ponto de vista. Simplesmente dizer "Está uma merda" não irá ajudar em nada. Diga por que está uma merda.
Bom, é isso.
Beijinhos.



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