What Would You Do If I Said I Love You? escrita por Dê Tribbiani


Capítulo 2
Let me in peace!


Notas iniciais do capítulo

Hey again fluffy people!



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Eu estava sob céu aberto, em uma parte do jardim onde fora construído um balanço de madeira no qual eu me balançava, ligeiramente entediada. Ao meu redor, campos de flores foram caprichosamente cuidados e adornados por uma grama bem verde e brilhante. Se me esforçasse, mesmo que apenas um pouco, escutaria meu pai gritando pelo jardim, me procurando. Mas a ideia de imaginar meu pai, na sua idade, percorrendo o extenso jardim por minha causa, não me parecia nada atraente. Continuei a refletir por alguns minutos em como eu, July diGiovanni, havia conseguido parar ali, fugindo de meu pai e da esposa seriamente perturbada dele. Enfim, tentando me lembrar como eu havia parado naquele inferno.

Estalei o pescoço, girando-o para um lado e para outro repetidas vezes até que estivesse relaxada o suficiente para poder ter contato com pessoas novamente. Então me ergui facilmente do balanço e me pus à procura de Andie e meu pai.

Mas eu não consegui encontrá-los, mesmo depois de dez minutos de procura. Pra quê alguém precisava de um jardim tão extenso? Eu estava extremamente irritada e andando sem rumo algum, provavelmente em círculos, quando ouvi uma voz rouca, à quatro metros.

–Espero que não esteja tentando roubar a propriedade dos diGiovanni.

Virei-me automaticamente para a direção de onde o som havia surgido e fitei um jovem um tanto alto.

Ele usava uma camiseta azul e calça preta um pouco folgada e tinha olhos verde-claros, grandes e profundos. Eram o tipo de olhos que parecem penetrar sua alma com uma facilidade indescritível. Sobre os olhos, os cabelos negros e lisos estavam levemente bagunçados da forma original, que deveria ser um topete e seu rosto era anguloso, mas de certa forma encantador ao seu próprio modo. Eu tive de me conter para não rir de modo incrivelmente grosseiro, afinal eu não sabia se podia irritar o garoto e muito menos se isso era seguro ou não. Ladra? Não me parecia um bom ramo à seguir com uma estrutura física equivalente à minha.

–Não sou ladra, então não preocupe o seu patrão, ou seja lá quem for o Sr. diGiovanni para você, em ter conhecimento sobre minha presença aqui. –Ele pareceu ligeiramente confuso, então emendei: - Sou July diGiovanni. A filha dele.

Ele sorriu, a expressão incrédula.

–Você não parece, nem um pouco, com o que imaginei de uma filha do Sr. Giovanni quando ele me disse que receberia visitas familiares hoje. –Seu sorriso era sincero e, bem, meio que atraente.

–Hmm, o que você imaginou da filha dele? –Perguntei um pouco insegura e logo me arrependi. Não devia estar falando com estranhos, principalmente estranho conhecidos de meu pai.

Ele deu de ombros, relaxado.

–Não sei. Mas você não tem nada a ver com ele e nem com a mulher neurótica dele. Perdoe a minha falta de etiqueta. –Ele disse em tom debochado, enquanto relaxava as pálpebras fechado-as. Eu sorri para mim mesma, afinal não era só eu que não gostava de Andie.

Ele era um jovem do tipo arrogante que eu sempre evitei e sempre soube que estava fazendo o certo em evitar. Estava prestes a me virar e deixá-lo sozinho quando ele disse, calmo:

–Sou Rick. E eu posso te levar até a propriedade, se está perdida, o que é bastante comum.

O fitei, um pouco preocupada, mas considerando sua proposta. Finalmente, ele abriu seus olhos que pareciam levemente maiores quando recém-abertos e logo relaxaram até adquirirem aquela calma e tranquilidade que eu já sabia serem características de Rick, mesmo sem conhecê-lo bem. Por fim dei-me por vencida.

–Certo. E obrigada pelo favor. –Eu disse enquanto girava nos calcanhares e revirava os olhos. Estava cansada demais para discutir com ele e talvez eu até não tivesse a mínima vontade de fazer isso. Quem poderia me culpar? Mesmo sendo arrogante e irônico ele parecia legal. Um jeito esquisito de ser legal, mas ainda sim. Algo me atraia para perto dele, como se ele tivesse várias respostas para perguntas que eu ainda nem imaginara questionar.

–Disponha. –Ouvi a voz rouca e relaxada dele atrás de mim.

Enquanto andávamos me peguei tentando puxar assunto com ele e aquilo me fez corar imediatamente.

–Então, o que você faz por aqui? –Questionei, a voz tensa.

–Sou apenas um jardineiro. –Ele disse com simplicidade. Eu pude praticamente sentir seu sorriso por trás das palavras e imaginar o quanto ele me considerava patética e fútil. Ele não se incomodou em estender o assunto.

–Hmm. –Murmurei e me obriguei à não falar nem mais uma palavra. Era óbvio que Rick não tinha interesse algum em mim, em aspecto algum, mas ele era a única pessoa que eu conhecia naquele lugar idiota.

Eu continuei à andar, sem me interromper até ter percorrido uns catorze metros. Eu e ele estávamos em pleno e completo silêncio durante todo o trajeto e nenhum dos dois se incomodou com puxar assunto, especialmente depois de minha tentativa frustrada de iniciar uma conversa com ele. Já estava muito cansada de andar quando Rick se virou e fitou-me descaradamente.

–Bem, é aqui. É só andar mais dois metros em linha reta que você chega na porta da frente. –Agradeci com um aceno de cabeça, mas fui impedida de continuar meu trajeto quando ele segurou firmemente meu braço -Ei, pequena, desculpa a grosseria. Só não sou o tipo que faz amizade ou algo do gênero com uma garota mimada. Nada pessoal. -Ele franziu o cenho, ligeiramente constrangido, e depois abriu um sorriso.

–Eu não sou pequena, e não sou mimada. Ao contrário do que talvez pense eu tenho que trabalhar como babá e caixa de supermercado durante toda semana, de segunda à segunda para ajudar minha mãe em casa, que por acaso não é a mulher neurótica do Sr. Giovanni. E, Deus, por quê estou explicando isso para você? –Perguntei, tentando me soltar de seu aperto, sem êxito.

Ele ergueu as sobrancelhas grossas e marrons para mim, ligeiramente surpreso com minha pergunta repentina.

–A resposta me parece óbvia. Você se importa com o que eu penso sobre você.


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Notas finais do capítulo

*-* Obg por acompanhar



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