Between Heaven And Hell escrita por Ariany


Capítulo 11
Capítulo 9 - Punição




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POV Stefan

Meu mundo parou.

Era como se tudo que mais importasse se resumisse naquele momento, lugar e pessoa.

Elena havia se agarrado a mim, como se eu fosse tudo que ela precisasse, enquanto uma parte do meu cérebro se negava a fazer aquilo, pois era errado. Eu já conhecia aquela história e sabia co...

Seus lábios se tornaram exigente entre os meus, e qualquer linha de pensamento que eu estava tendo naquele momento, havia sido dissipada.

Ter Elena daquele jeito em meus braços, juntando nossos corpos como se fossemos só uma alma... Aquilo era uma doce tortura para mim, e aparentemente para ela também. Elena soltava baixos gemidos e suspiros de aprovação. Aquilo estava intenso e perigoso e aquela parte irriante do meu cérebro gritava e se desesperava, pedindo minha atenção para mostrar algo de errado com aquilo, mas eu não conseguia me concentrar. Soltei os lábios de Elena enquanto ela encostava sua testa na minha, dando tempo para podermos controlar nossas respirações sem fôlego. Depois de um breve momento, minha consciência parecia retornar a mim.

– Elena, isso é errado. – Consegui sussurrar de olhos fechados.

– Não Stefan, não é. – Ela respondeu unindo nossos lábios novamente.

Foi um beijo mais calmo dessa vez, mas não menos embriagador do que outro. Havia uma necessidade ali, uma coisa urgente entre nós dois. Parecia com algo que eu já tinha visto uma única vez, mas era difícil lembrar, uma vez que Elena fazia leve caricias em meu pescoço me fazendo arrepiar.

Eu realmente precisava lembrar o que estava de errado e dar atenção ao meu cérebro, que estava mais desesperado do que antes. “O que pode estar tão errado, Stefan? Com qual história esse momento se parece? “ – ele me questionava. Como em um clarão repentino, eu consegui me lembrar: Damon. Damon e Katherine.

E como se fosse para confirmar a minha resposta, um trovão alto soou no céu.

Afastei-me de Elena bruscamente.

– Eu realmente não posso. – Consegui dizer desviando o olhar para o outro lado. Eu não queria ver a frustração estampada no rosto de Elena, seria de mais para mim.

– Por que? Por que você não pode, Stefan? O que te impede? Eu sei que você também gosta de mim e me deseja, então me responda! – Ela estava começando a se exaltar.

– Eu não posso te explicar o motivo agora. – Ergui os olhos para o céu, fazendo uma prece silenciosa e pedindo força. – Mas por favor, não insista. Escute, eu tenho que ir. Volte para a casa no meu carro e peça a Caroline para trazer ele de volta. – Disse com a expressão mais séria que podia e estendendo a chave do meu carro em sua direção.

– Eu não preciso da sua pena, Stefan. Pode deixar que eu vou para casa a pé. – Sua voz era de quem estava muito furiosa e magoada, e lágrimas começavam a surgir em seus olhos.

Aquilo já estava sendo de mais para mim.

– Eu insisto. Você acabou de sair do hospital e não pode ficar andando por ai. Leve meu carro.

– Eu não quero e eu não vou. – Ela sibilou olhando para mim com a raiva dominando seu rosto.

– Elena Gilbert, entre nesse carro agora, ou Deus me ajude a não fazer uma besteira com você! – Respondi exasperado.

Ela cruzou os braços e se virou, marchando na direção contrária em que íamos. Céus, como aquela garota era teimosa! Bem, se ela não iria por bem, ela iria por mal. Em passos largos eu a alcancei, tomando-a em meus braços e a levando de volta ao carro.

– Stefan Salvatore, me largue agora ou vou começar a gritar! – Ela me dava murros no peito e no pescoço, enfurecida.

– Você já está gritando querida, e se você não vai sozinha, eu vou te levar. – Respondi em um tom nada cordial, enquanto a sentava no banco do carro e corria para o outro lado, não querendo dar tempo daquela louca abrir a porta e fugir. Dei partida no carro e durante todo o caminho fomos em silêncio e sem olhar-nos nos olhos para não vermos as recriminações e as palavras não ditas, estampadas em nossos rostos.

Enfim, chegamos à casa de Elena, que como eu previa, mal esperou eu estacionar o carro e já pulou para fora, andando com passos firmes e petulantes.

– Elena! Espera! – Falei alto.

– O que é Stefan? – Ela respondeu depois de ter parado e ter virado lentamente de volta para mim.

– Eu... eu... – O que eu poderia dizer a ela sobre aquilo tudo? “Ah Elena, eu gostei de ter te beijado, e mas do que tudo, eu gosto de você, mas temos um pequeno problema: eu sou seu anjo da guarda e a certas restrições que eu preciso respeitar, caso contrário, eu perco minhas asas e posso ser enviado de volta a terra, sem memória e sem nada.” Eu não poderia dizer aquilo, primeiro por que eu não podia, segundo por que na raiva que ela estava, era capaz de ela me espancar achando que eu estava brincando com ela. – Eu sinto muito, mas do que você pode imaginar, mas a certas coisas que eu não posso te explicar e que impossibilitam isso entre nós. – Terminei de falar abaixando a cabeça e fitando o chão. Aquilo era muito difícil.

– Era só isso? – Ela exalava raiva em seu olhar e em sua resposta sarcástica.

– Não. Espere eu tirar suas compras do carro. – Respondi exasperado.

Após deixar as compras na varanda da casa de Elena, me virei em direção ao meu carro, parando de frente a ela.

– Por favor, me entenda e não fique com tanta raiva de mim. Um dia eu vou poder te explicar tudo. – Dizia enquanto dava um beijo de despedida em sua testa. – Eu volto depois para ver como você está.

Ela não me respondeu. Só me olhava com certa indiferença e bem lá no fundo, eu conseguia ver que ela tentava disfarçar a tristeza.

Entrei no meu carro e enquanto eu dirigia me perguntava debilmente o por que de eu não ter conhecido Elena em 1864, e se todo aquele tormento de mutilação que ela fazia quando estava triste, iria voltar.

Ao chegar em casa, tudo que eu queria era tomar um banho e pensar em que punição eu iria receber pelo que havia acontecido aquela tarde. Eu realmente estava encrencado.

Quando abri a porta do meu quarto, me deparei com uma figura alta, branca, de cabelos negros e postura nobre, sentado na poltrona no meu quarto. Ah não...

– Olá Salvatore. Acho que precisamos conversar.

Elijah Mikaelson, um dos anjos do Conselho Superior estava na minha casa querendo conversar?

Eu sabia muito bem o motivo daquela visita, e com certeza não era para ter uma conversa.

E agora, Senhor? Qual seria a minha punição?


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