Linha Tênue escrita por Anne Laurentino


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, desculpem eu sei que disse que não ia demorar, mais não deu rs.

Gostaria de dizer uma coisa: AMO VOCÊ, ARTHUR! ♥ e como eu sei que a thabs, também o ama e nesse capítulo ela o criou... Obrigada.

Thabata, esse é pra você, te amo. ♥



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 “Ainda que a traição agrade, o traidor é sempre odiado.” - Miguel de Cervantes.

Malas e documentos prontos, licença concedida no trabalho. O que mais faltava para Bruno ir até a Espanha? Mais nada. Alias faltava sim, o voo ser chamado para ele embarcar de uma vez. Pergunta que não quer calar, Fatinha estava sabendo daquela “visita”? Acertou quem disse que não. Iria ser uma surpresa. Juliana e Gil estavam com ele no aeroporto, já se passavam das 20 horas e o voo dele ia sair às 22 horas. Como era voo internacional tinha que chegar antes para lidar com todas as burocracias, fazer check-in, despachar malas e todas essas coisas. Bruno iria ficar uma semana em Madrid, foram os dias que tinha conseguido no trabalho. Já tinha passado por todos os procedimentos de embarque e logo seu voo seria anunciado. Resolveu dispensar logo a irmã.

- Ju, acho que vocês já podem ir maninha. Daqui a pouco anunciam meu voo e você já deve estar cansada né? Esta até cochilando. - Bruno tocou no braço da irmã que de fato cochilava apoiada no namorado.

- É amor, acho melhor irmos mesmo. Você e a Beta precisam descansar – Gil passou a mão na barriga da namorada a fim de calmar a filha que mexia inquieta. - E eu também.

- Esta bem, se cuida maninho. Liga quando chegar, me mantem informada de tudo. - Ju levantou pra abraçar o irmão ainda bocejando. - Eu amo você. Amo a Fat também, diz pra ela. E trás presente pra mim e pra sua sobrinha. - saiu do abraço e Bruno sorriu e acariciou a barriga da irmã.

- Sim senhora, eu vou fazer tudo direitinho. Dê um beijo na mamãe e no papai por mim. - abraçou a irmã novamente e cumprimentou o cunhado. - Vai com cuidado em cara, presta atenção nos sinais e tudo. - Gil apenas assentiu. - Te amo irmã. - Beijou-lhe a testa e viu os dois indo em direção à saída do GIG.

Alguns minutos depois o voo de Bruno fora anunciado e ele seguiu pra sala de embarque e logo depois para o avião. Seriam 11 horas de viagem, que ele iria aproveitar o máximo pra dormir e pensar no que faria ao certo ao chegar em Madrid.

(…)

Madrid – 8 horas da manhã.

Bruno chegou à parte de fora do aeroporto de Madrid e já sentiu o frio lhe cortando a carne, o outono esta mais pra inverno do polo-norte na cidade espanhola. Ele pegou um táxi e deu a direção ao motorista. Quase uma hora depois ele já estava na recepção do hotel, fazendo seu check-in. Estava se hospedando no mesmo hotel que Fatinha e isso também era parte da surpresa. Que somente Antônio o advogado sabia. Fora ele que havia passado o endereço do hotel para o moreno, assim como um outro endereço que ele iria usar assim que conseguisse arrumar vulgo, largar as coisas no quarto. E foi o que ele fez, largou as malas num canto só tirou apenas uma calça, casaco e sapatos, foi tomar um banho e fazer sua higiene. Estava cansado, mais ia descansar depois de falar umas verdades para um velho amigo...

desceu e o táxi que havia pedido já o esperava, deu o endereço para o motorista que logo deu a partida pelas ruas movimentadas de capital Espanhola, o carro rodou pelas ruas até chegar a um bairro de classe média-alta, o carro parou em frente a um condomínio luxuoso, Bruno pagou a corrida e desceu do veiculo. O problema seria entrar mais isso ele daria um jeito e foi o que ele fez, perguntou se o rapaz estava em casa e o porteiro o informou que sim, ai então ele se apresentou como colega de trabalho do morador. O senhor da portaria o anunciou o a sua entrada foi liberada, afinal ele era o Henrique... entrou e pegou o elevador até o andar desejado. Assim que saiu da caixa de metal fria, fez o sinal da cruz e tocou a campainha da porta a sua frente. Ao ser recebido na porta, Bruno percebe o olhar de Artur o examinando.

- Olha quem ta aqui, é tanta saudade que teve que vir até aqui me ver? Nossa Bruno, me emocionou, sério.

- Vai me atacar com as suas ironias mesmo daqui da porta mesmo ou vai me deixar entrar pra gente conversar de homem pra homem?

- Claro, vamos conversar brother - Arthur passou a agir com desdém que deixou Bruno ainda mais irritado.

- Eu vou ser breve por que meu tempo vale demais pra ser gasto com alguém como você.

- Olha que lindo, ta até falando bonitinho. Pode falar, manda. Sou todo ouvidos - o homem esboçava um sorriso debochado no rosto

- Sorria mesmo, sua alegria vai acabar, idiota. A Fatinha já está tomando as providencias pra se separar de você e ser feliz como nunca foi, e comigo, eu e ela, e eu farei questão de esfregar a nossa felicidade na sua cara.

- Isso é uma ameaça? Você me dá tanto medo que me só tenho vontade de rir. Quantos anos você tem? 5? Isso está se tornando patético cara. Ela me traiu, ela pode até ser feliz um dia, mas pode ter certeza que eu dificultarei tudo isso pelo simples prazer de faze-la sofrer.

A raiva tomou conta de Bruno, o sangue subiu, seu batimento cardíaco acelerou já se preparando para uma briga. Ele partiu pra cima de Arthur dando-lhe um soco em seu estômago.

- Covarde, filho da puta - vociferou, o encarando enquanto recuperava o fôlego.

- Vem, parte feito homem cara - Arthur o desafiou levando um soco no rosto logo em seguida.

- Você não é digno de ninguém. - Bruno gritou.

- A Fatinha é digna desse esforço todo? Nem boa de cama ela é ela - ele falou pra provocar e só piorou a situação.

- Cala a boca, cala a porra da sua boca. - Bruno o empurrou contra a parede, o começou a dar uma sequência de socos nele, no rosto, nariz, nos olhos, ele queria machuca-lo e machucaria muito mais se Arthur não tivesse o detido com um chute e pra logo começar a rir ironicamente.

- Obrigado pro me bater cara, vou poder usar isso contra a sua amada Fatinha no tribunal - Por um momento Bruno se afastou. - Que foi? Só agora percebeu a merda que fez? Você vai me pagar Bruno.

- A reciproca é verdadeira, nos vemos no tribunal, babaca.

Bruno saiu do apartamento a passos largos, desceu no elevador e viu como havia ficado machucado após a briga com Arthur e também estava querendo matar o primeiro que lhe desejasse boa tarde... ao sair do prédio ele pegou o primeiro táxi que apareceu e pegou que o levasse para o hotel. Assim que entrou pela porta do lugar alguns hospedes e até funcionários se assustaram ao ver o rosto do rapaz que estava com alguns arranhões e cortes por toda a extensão da face e um corte no supercílio direito. Bruno ignorou tais olhares e se dirigiu até o balcão da recepção.

- Por favor, teria como me ajudar? Acho que preciso fazer um curativo no meu rosto. - Bruno perguntou arranhando em num Espanhol.

- Oh, senhor como aconteceu isso? - a recepcionista perguntou em um bom Português. E o Bruno bufou. - Oh, me desculpe senhor, sei que não é da minha conta.

- Fala Português? - bruno perguntou forçando um sorriso. E a moça logo assentiu que sim. - nossa to me sentindo menos peixe fora d'água agora.

- Vou pedir que tragam a caixa de primeiros-socorros para o senhor. Só um momento. - a moça voltou a atenção para o telefone e discou um ramal pedindo a tal caixa. - pronto senhor, já vão trazer. - ele sorriu e agradeceu indo sentar em uma das poltronas que tinham ali. E logo trouxeram a caixa e o médico que trabalhava para o hotel, o homem limpou os curativos superficiais e quando chegou a sobrancelha Bruno chiou.

- AI, AU! Esta doendo. - Reclamou.

- O senhor precisara ir em um hospital, vai precisar tomar uns pontos nesse ferimento. - O médico explicou.

- Eu não conheço nada por aqui, não sei como chegar ao hospital. - Bruno disse enquanto mantinha a cara de dor.

- Vou lhe entregar o meu cartão, trabalho no hospital próximo daqui. Só não vou poder te acompanhar, porque estou indo ver a minha esposa que esta entrando em trabalho de parto. - O rapaz falou sorrindo bobo e entrou o cartão à Bruno.

- Muito obrigada e parabéns pelo bebê! - Bruno agradeceu e sorriu.

- Os bebês, são duas. Obrigada e não deixa de ir logo. Tchau! - o médico se despediu e saiu de perto dele.

Fatinha que já estava acordada a um certo tempo, resolveu descer para comer alguma coisa, só que dessa vez ela não usaria o restaurante do hotel. Ela iria voltar àquela Starbucks de mais cedo. Ela foi saindo do elevador arrumando o casaco e os óculos de grau que estava usando para a leitura quando trombou com alguém. Levantou a cabeça para se desculpar e quase caiu pra trás.

- BRUNO?! - gritou quando se deu conta de que era o amigo. Ele virou-se pra ela e sorriu.

- Oi Maria!

- Bruno, meu Deus do céu, o que faz aqui? - ela perguntou ainda atônita. Afinal o Bruno estava no Brasil, não estava? - O que é isso no seu rosto? Me responde! - deu um tapa nele que urrou, tinha tomado um chute da barriga né.

- Vim ficar com você, estava com saudades. - falou abraçando-a. - e o resto de explico depois, to indo para o hospital agora. Isso já esta ardendo. Aposto que infeccionou, se eu ficar sem sobrancelha eu mato aquele infeliz. - dramatizou e falou a ultima parte mais pra si do que pra Fat.

- Qual infeliz? - Ela perguntou e Bruno riu sem graça. - Em Bruno, qual infeliz?

- O Arthur. -respondeu baixo, sabia o que viria pela frente.

- O QUE?


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelos possíveis erros, devido ao avançar das horas eu não corrigi o texto totalmente e nem escrevi a conversa com o médico em Espanhol. Logo imaginem os dois hablando espanicamente ok? haha. Beijos e COMENTEM!!!!



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