Sweet Sacrifice

“O valor do amor está vinculado a soma de sacrifícios que esta disposto a fazer por ele.” – Ellen G. White.

Arregalou os olhos mediante a cena que se seguiu a sua frente. Naquele momento pode sentir o coração falhar uma batida.

Seus lábios tremiam, tal como suas mãos e o restante de seu corpo. Sua respiração estava pesada. Era difícil para seu cérebro processar a cena a sua frente... ou talvez tudo o que se decorreu desde a abertura dos grandes portões do Eclipse

.Nem pelo norte, ou nordeste. Nem sul ou sudeste. Oeste estava fora de cogitação, tal como leste, noroeste ou sudoeste. Não. Eles vieram do lugar mais impensado. Da forma mais impensada. A comando da criatura mais terrível aliada ao mago mais cruel e sem coração.

Engoliu em seco buscando formas de escapar, mas era impossível. Ele não permitiria, não enquanto houvesse chances da maga fechar o portão.

E só então ouviu o som oco e distante de corpos indo ao chão.

Sangue banhava diversos lugares. Pessoas, magos, amigos... estavam todos mortos, ou morrendo.

Por culpe dela. Por culpa dele.

Lágrimas banhavam o seu rosto enquanto permitia-se fitar o rapaz próximo a si.

O amava com todas as forças, mesmo ele não sabendo. Mas aquele amor não era correspondido, ela sabia disso. Afinal, ele não possuía emoções. Seu Eu do futuro provava isso melhor que qualquer um.

Fechou os olhos, buscando com afinco força para fazer o que pretendia.

Ela partiria o próprio coração. mataria a parte mais importante de si.

- Eu te amo... – murmurou de forma tão baixa que quase passara despercebido pelo moreno. Mas este ainda sim olhara para ela consternado, enquanto seu outro eu apenas permitira-se arregalar os olhos. – Me perdoe...

E assim a loira permitiu-se pular sobre o Dragon Slayer das Sombras, ao menos sobre o que ainda não era mal.

- M-Me perdoe... – murmurou-a mais uma vez agarrando-se firmemente as vestes do rapaz enquanto seus corpos caiam de uma altura surpreendente.

Tudo o que eles podiam fazer naquele momento era fechar os olhos. E assim o fizeram.

- Eu te amo – disse-a baixinho.

- Eu também – sussurrou-o rouco envolvendo os braços em torno da maga celestial loira.

E aquelas foram as ultimas palavras que proclamaram antes deixarem para trás todo o caos e toda a dor.