Cinco Minutos escrita por Maitê Guimarães, Miazitcha
Notas iniciais do capítulo
ESCRITO POR: Maitê
"Segunda-feira nublada em São Paulo, na previsão do tempo está anunciando uma chuvinha pra refrescar, mas o que podemos esperar dessa cidade cheia de surpresas, paulistas?! Tenham um ótimo dia e façam-o valer a pena." Ecoou a voz do homem do rádio pelo carro de Malu, que estava concentrada no engarrafamento da selva de pedra.
— Manter a calma acima do trânsito de São Paulo. - deu forças à si mesma, passando o polegar pelo volante e logo sorriu pelo que havia dito.
Alguns minutos depois Malu mal tinha saido do lugar com seu carro, o céu anunciava uma chuva próxima, e ao contrário do aviso do radialista, não parecia uma "chuvinha". O seu telefone tocou e a mesma atendeu, agradecendo por alguém tirá-la do tédio do engarrafamento.
— Alô? - saudou a loira, simpática.
— Filha! Onde você está? - Plínio perguntou.
— Engarrafamento tá horrível, pai. Tô indo pra ONG. Tá tudo bem?
— Tá sim, só queria conversar um pouco com você. Depois a gente se fala, beijo. - Plínio disse e desligou antes de Malu responder, quando ela soltou o aparelho em cima do banco do carro os carro à sua frente andaram, e ela viu que os carros que estavam "trancando" haviam saido, enfim. Malu foi tentar colocar o carro para o lado, para desviar de algumas motos e uma outra moto veio em direção, batendo em seu carro.
— Caramba! - falou, vendo que o homem da moto tinha sido derrubado com a queda. Ela abriu a porta e saiu correndo para o lado do carro, chegando perto do mesmo.
— Ai, desculpa!! Você tá machucado? - Perguntou, se abaixando para ficar à altura dele.
— Cara, minha moto! - reclamou Fabinho, tirando o capacete.
— A moto eu pago, quero saber se você tá bem.. E outra, cê tava no lado errado, não dá pra ultrapassar pela direita!! - explicou Malu.
— Ah, só o que me faltava!! Aula de trânsito com patricinha mimada. - Fabinho levantou e Malu levantou junto.
— Patricinha mimada? Epa aí, eu não fiz nada pra você. - resmungou ela.
— Acabou com minha moto! - ele justificou.
— Caramba, menino! Eu pago sua moto, o estrago e tudo. Só não arrumar confusão, coisa chata, hein? Toma - ela tirou um cartãozinho com seu número da bolsa e entregou a Fabinho. - Coloca no acostame....
— Eu sei o que tenho que fazer, - ele olhou o nome no cartão e voltou a falar - ... Malu. - ela sorriu com a irônia do mesmo e fez a volta, para entrar no seu carro.
A loira chegou a ONG super atrasada, mas conseguiu pegar as crianças antes que fosse a hora do almoço.
— Heyyyyyyy!! - Malu falou alto, e os pequenos correram em sua direção, quase a derrubando. - Calma, gente! - ela riu, e continuou brincando com eles.
Algumas horas depois de ter conversado, brincado e até almoçado com as crianças da ONG, Malu foi direto pra casa, tinha que preparar um trabalho da faculdade.
— Boa tarde!! - cumprimentou, Amora estava ao lado de Maurício que estava lendo uma revista onde ela era a capa.
— Boa tarde. - Amora saudou sem vontade, mal prestando atenção.
— Boa tarde, Malu! Tudo bem? - Maurício sorriu, e ela fez o mesmo.
— Além do fato de ter atropelado um maluco que me chamou de patricinha mimada, tudo. - ela riu.
— Acidente? Você tá bem? - a empregada da casa, muito amiga de Malu, se preocupou. Ela estava chegando com uma bandeja com copos com bebida.
— Cê tá legal, Malu? - Maurício largou a revista e levantou, preocupado. Amora percebeu.
— Tô bem, só vou ter que pagar o estrago. - ela sorriu, meio sem graça pela reação de Maurício, perto da irmã.
— Sempre se metendo em confusão, né? - Amora levantou na mesma hora que a empregada trazia as bandejas com a bebida, e bateu na mesma, fazendo-a derrubar. - Vem, Maurício. - ela puxou o namorado, e subiu para o andar de cima da casa.
— Caramba! - Malu correu para ajudar a moça, que suspirou.
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