Killer X escrita por Jhay


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Queridinhos e queridinhas! Amo escrever pra vocês que acompanham essa fic, então não fiquem acanhados, podem me mandar reviews, ok?!
Kissus com maracujá.



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 “Mas o que raios eu estou fazendo?!”, pensou Laura enquanto seguia Andrey e a garota-reflexo. Não gostava de ficar espionando as pessoas, mas isso se fazia necessário já que Andrey sabia de algo importante sobre sua história e a organização, além do mais, ele estava com sua sósia. E isso sim era muito sinistro. Queria saber quais segredos aqueles dois guardavam.

 Não sabia mais o caminho de volta, se perdera quando ficou prestando atenção demais no que eles faziam. E para completar tinha deixado a bicicleta na escola para poder seguir os suspeitos sem ser notada. Não sabia mais como voltaria para casa, mas aquilo não importava no momento, estava interessada mesmo no lugar onde os dois estavam indo.

 Andaram por mais ou menos cinco minutos e finalmente os dois pararam em frente a uma casa. Era simples, mas tinha um ar sofisticado. Eles entraram na casa, deixando Laura confusa e curiosa para saber o que estavam fazendo lá.

  – Precisa de ajuda? – uma voz grossa e suave surpreendeu Laura e só assim percebeu que estava atrás de um tronco de árvore do seu tamanho encarando a casa branco-gelo.

  – Hãn... Bem... É que eu me perdi sabe... – se virou e topou com um garoto de cabelos loiros prateados, olhos verdes, branco e magrelo – E eu vi um cara da minha sala entrando naquela casa e fiquei me perguntando se seria incomodo ou não perguntar o rumo pro colégio.

  – Você estuda naquele colégio perto do shopping? – ele era comum, mas não podia negar que era bonito. Os dentes levemente tortos davam um charme a mais.

  – É... Esse mesmo.

  – Cara... Você tá meio longe de lá.

  – Aí, sério?! – fez uma careta de desapontamento – o pior é que nem sei o que deu em mim pra andar desse lado da cidade. Que tonta eu! – sorriu e tentou ser o mais natural possível.

  – É... – o garoto ria dela. E isso era bom. Significava que ela estava sendo convincente – se quiser eu te levo de volta.

  – Não precisa. Sério! Vai te dar trabalho. Só me explique por onde eu tenho que ir e então tudo ficará bem.

  – Não tem problema, eu preciso ir para a loja da minha tia. É perto de lá.

  – Não acho que isso seja muito certo...

  – Olha, relaxa tá. Meu nome é Brandon – estendeu sua mão.

  – Eu posso achar o caminho sozinha, Brandon – deixei a mão dele sem resposta.

  – Está com medo de algo? – abaixou a mão quando percebeu que ela não corresponderia.

  – Não. – ouviu um barulho vindo da casa, se virou e viu que porta estava se abrindo.

  – Parece que sim.

  – Olha aqui garoto, eu não quero nada com você, principalmente sua companhia.

  – Não precisa ser grossa... – o sorriso havia sumido.

  – Eu posso achar o caminho sozinha – repetiu com mais intensidade e urgência na voz.

 A porta se abriu por completo. Ouviu Andrey falando alguma coisa – talvez uma despedida – e saindo rumo a rua.

  – Olha, não precisa... – deu uma chave de braço no garoto

  – Preste atenção, Brandon: você nunca me viu por aqui. Entendeu? – ele não respondeu de imediato então apertou ainda mais – Entendeu?

  – Tu.Do.Bem... – ela afrouxou um pouco – eu entendi...

 Laura viu que Andrey já estava perto da calçada, largou o garoto e saiu correndo com receio de que Andrey a visse ali e pensasse que ela estava querendo algo com ele. Se bem que ela queria mesmo, queria saber algumas coisas. Mas nem morta queria que ele a visse. Correu com toda a energia que conseguiu juntar com a adrenalina. Não olhou para trás em nenhum momento. Só correu e correu, sem prestar atenção no caminho. Não viu um buraco pequeno no asfalto, caiu e bateu a testa no chão. Sentiu seus joelhos e antebraços arderem.  Sentiu uma parte da testa latejando, tocou onde doía e viu seus dedos molhados com aquele líquido vermelho quente. Não acreditava que fora tão burra a ponto de correr o máximo possível e não prestar atenção na porra da rua. Para completar tentou se levantar, mas o tornozelo no qual se apoiou reclamou com uma forte pontada de dor, fazendo-a se sentar no asfalto e esfregar o tornozelo. “Maldito buraco. Que merda você fez Laura! Que burra você!”.

 Apoiou-se no outro tornozelo – o que tinha esperanças de não ter contundido – e se levantou. Porém o movimento foi rápido demais. Sentiu a cabeça doer mais ainda e um zumbido tomou conta de seus ouvidos, ia desabar no chão, e assim machucaria mais uma vez. Era para ter caído, porém não caiu. Alguém forte e segurou por trás, envolvendo  sua cintura com um dos braços e colocando Laura gentilmente  no meio-fio.

 Estava tonta e sua cabeça estava doendo como nunca doeu antes, como se fosse explodir a qualquer momento, colocando fim a sua triste história. Tentou falar, mas sua garganta estava seca como o deserto do Saara. Tudo doía. Suas pernas, seus braços e sua cabeça.

  – Não tente falar, ok?! – a pessoa estava arfando.

 Conhecia aquela voz de algum lugar... Não conseguia identificar de onde e estava esgotada demais para vasculhar os confins de sua mente obscura.

  – Olha, só tenta se manter acordada. Eu cuidarei de você.


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