Killer X escrita por Jhay


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta o Obrigada por acompanharem, seus lindos :D



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 Laura acordou como se não tivesse dormido. Estava exausta, não sabia o porque. Olhou em volta e percebeu que não estava no seu quarto. Aliás, não se lembrava de ter ido para casa...

Sentiu o cheiro de bacon e ovos sendo preparados. Sua mente acordou de repente, e todas as lembranças do outro dia retornaram. Agora ela fazia parte de um grupo contra a OPF... Nunca imaginara que isso fosse acontecer. Ter a possibilidade de salvar sua irmã e destruir a organização que tanto odiava de todo o coração... Lutaria com todas as forças.

 Levantou-se em um salto, foi até o banheiro e observou seu reflexo no espelho. Estava pálida e havia olheiras suaves em torno dos olhos. Aquilo não era novidade alguma. Várias vezes ficava acordada a noite inteira preocupada com Ísis, ou “trabalhando”.

 Foi para a cozinha levada pelo cheiro delicioso que despertou a ira de seu estomago esfomeado. Viu Sunny no fogão com um avental e mexendo uma frigideira contendo ovos. Em cima da mesa estavam dois pratos com duas tiras de bacon cada, um garfo e uma faca do lado e dois copos com suco, que ela achava ser de laranja.

  – Temos muito trabalho hoje. É melhor se alimentar bem antes de começar o dia – disse sem olhar para Laura, colocando os ovos nos dois pratos.

  – Claro... E assim... Já que você fez o café da manhã... Eu lavo a louça – disse sem jeito.

  – Tudo bem. Depois de comermos e arrumarmos tudo temos que ir em um lugar pegar algumas ferramentas.

  – Ferramentas? – disse enquanto se sentava – Pra que?

  – São mini câmeras. Hoje nosso objetivo é entrar lá e instalar nos cantos estratégicos.

  – Ah sim... E quem vai?

  – Nós duas, é o suficiente.

 Elas comeram e arrumaram o lugar. Foram até uma loja no centro da cidade e Sunny pegou duas bolsas pretas médias sem nenhuma identificação. Entraram no carro e seguiram rumo a Charletoon.

 Charletoon era uma cidade muito pequena. Consistia basicamente em uma rua principal com algumas lojas essenciais, uma escola e casas nas redondezas. A OPF ficava bem no centro da cidade, como se fosse uma prefeitura. E era tipo isso. Uma prefeitura, cartório e, principalmente, um lugar sombrio que esconde segredos malignos. Laura já perdera a conta de quantas vezes entrou naquele lugar. Nunca olhou nos olhos das pessoas que ficavam na superfície, muito menos conversara com uma delas. Eram pessoas normais que estavam lá para trabalhar em cargos políticos e administrativos da cidade. Nada tinham a ver com a OPF. Talvez elas nem soubessem da existência dessa organização. Laura invejava aqueles trabalhadores que nem imaginavam os tipos de coisas que aconteciam no subsolo. Tão perto deles, mas tão longe de suas realidades. Sunny pegou uma das mini câmeras. Realmente era mini, era menor que uma formiguinha. Quase imperceptível.

  – Você coloca na parede e automaticamente ela prega. Elas são bem minis, pois tem o objetivo de não serem vistas – olhou Laura nos olhos – Presta atenção Laura. Você vai dar uma volta pelo local e ver quais são os pontos mais vulneráveis e melhores para nossa espionagem. Nós precisamos dessas câmeras para amanhã.

  – O.K. Entendi bem. Mas como vamos instalá-las?

  – Michael e Jay estão só esperando meu sinal para invadirem a segurança e darem uma pane no sistema. Assim os computadores e câmeras de segurança não vão gravar nada. Seriamos duas fantasma ali. A não ser que alguém lá de baixo nos visse e associasse a situação...

  – Acho bem difícil. Eles quase nunca saem, e quando saem é só buscar alguma encomenda ou os “pacotes”.

  – Tem certeza?

  – Sunny, eu passei um ano naquele lugar, indo e vindo, sei bem da rotina deles.

  – Se você diz... – ela sorriu e entregou uma das bolsas pretas para Laura – coloque quantas você conseguir. Eu vou para a região sul e oeste, você vai para o norte e o leste. Temos dez minutos para dar uma olhada nos lugares e depois a pane começa, e ai você já sabe.

  – Sei – ela disse com convicção.

  – Aqui – esticou a mão e Laura pode ver um relógio digital de pulso – Só aperte essa botão e vai começar a contagem regressiva. Depois aperte o outro e a contagem regressiva recomeça com nove minutos, que é o tempo de duração da pane.

 Laura colocou a bolsa no ombro direito, colocou o relógio no pulso, respirou fundo, saiu do carro, observou o prédio e caminhou normalmente. Queria poder nunca mais voltar ali. Queria ser feliz, mas sua felicidade parecia muito utópica.

 Entrou naquele prédio pela milésima vez. As mesmas paredes brancas, o mesmo balcão de recepção cinza, a mesma recepcionista loira, as mesmas pessoas indo e vindo por todos os lados apressadas para cumprir suas tarefas diárias. Parou em frente ao elevador de sempre e apertou o botão que o chamava. Enquanto esperava apertou o botão do relógio e imediatamente os números começaram a rodar.

 O elevador fez um bip e abriu as portas. Pessoas saíram e Laura entrou sozinha. Quando a porta tornou a se fechar Laura não perdeu tempo. Apertou um botão vermelho, imediatamente um compartimento se abriu, Laura mostrou os olhos e um infravermelho identificou-a. O elevador aumentou a velocidade e mergulhou para a escuridão. Parou um pouco depois e fez outro bip. Laura saiu, e agora estava em um corredor que ia para a direita e para a esquerda. Qualquer pessoa que não conhecesse o lugar se perderia facilmente. Todos os corredores eram praticamente iguais. Poucas coisas os diferenciavam. Laura tinha o mapa de todo o lugar na cabeça. Iria para a direita, onde ficava a parte norte e leste. Caminhou rapidamente, naquele momento poucos funcionários passavam pelos corredores. Ninguém olhava para ninguém. Era como se fossem todos fantasmas. Laura observou bem cada canto e escolheu na mente os melhores lugares para as mini câmeras.

 Faltava um minuto para a pane total. Já tinha percorrido todos os corredores e agora estava em um lugar onde havia portas. Portas brancas com números negros cravados no alto. Não tinha como saber que segredo a porta escondia. Ali era assim: nunca se via o que estava acontecendo, porém tinha-se uma boa ideia do que seria. Laura podia ouvir gritos sufocados vindos das paredes. Gritos que só eram ouvidos quando se prestava muita atenção.

 Dez segundos... Nove... Oito... Laura abriu a bolsa. Seis... Cinco... Colocou a mão dentro. Quatro... Três... Dois... Um. As lâmpadas começaram a vacilar. Acendiam e apagavam constantemente. Laura colocou a contagem regressiva para nove minutos. Começou a correr e ao mesmo tempo pegava câmeras minúsculas e as pressionavam nos pontos específicos, de tempos em tempos, quando alguém passava por ela, disfarçava e depois continuava.

 As luzes pararam de piscar quando ela parou em frente ao elevador principal. A pane acabara e ela fizera seu trabalho muito bem. Já ia entrando no elevador para sair daquele maldito lugar quando uma mão em seu ombro a fez parar. Ela girou e deu de cara com um homem de meia-idade, gordo e careca de terno e gravata.

  – Jeremias quer falar com você – sua voz era grave e autoritária.

  – Mas... – ela tentou dizer.

  – Agora, não ouviu?

 Laura não disse mais nada. Foi até a sala central, o lugar que controlava tudo. O homem continuava seguindo-a para se certificar de que ela iria mesmo para lá sem demora. Parou em frente uma porta de vidro grosso e embaçado com uma placa de metal dizendo: Jeremias Jackson Rawndon. Fechou os olhos por meros milésimos e trouxe a tona sua personalidade sombria e indiferente. Girou a maçaneta e entrou.

  – Killer X – o homem denominado Jeremias girou sua poltrona confortável de chefão para ficar frente a frente com Laura.


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Notas finais do capítulo

Peço que confirem a minha mais nova Fanfic, chama-se "Silent Town", eela é uma fic de terror, e bem... Recomendo! Kissus com maracuja.



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