Os Cavaleiros Do Zodíaco - A Saga Do Bronze escrita por João Carlos Caumo


Capítulo 1
Capítulo 1: O renascimento de Athena!


Notas iniciais do capítulo

Uma nova lenda começa, e um inesperado inimigo se apresenta ameaçador!



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Havia uma época de paz que reinava sobre a Terra. Protegidos e guiados pelos Deuses do Olimpo, não só a Grécia, mas em todos os cantos do Mundo, os Deuses eram venerados e respeitados. Athena, a Deusa da Guerra e da Sabedoria, um dos doze Deuses do Olimpo, guardava a Terra como sua guardiã, livrando-a de todo mal, injustiça e ódio que aos homens cairia. Como reconhecimento a Deusa, um Santuário foi criado em sua homenagem, juntamente com o que chamamos de “As 12 Casas”, doze locais onde habitam os Doze Cavaleiros de Ouro, os protetores pessoais de Athena, impedindo a aproximação de todo e qualquer inimigo. Athena escolheu a dedo doze cavaleiros, os mais fortes, que teriam determinação e força de vontade para seguir a vontade de Athena. Assim, a Deusa cedeu a cada um uma Armadura de Ouro, forjadas a partir do pó das estrelas e banhadas com a luz do Sol por muitos anos. Desta maneira, cada cavaleiro iria representar seu signo zodiacal, sendo eles: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Sagitário, Libra, Escorpião, Capricórnio, Aquário e Peixes.

Depois de erguidas as 12 Casas juntamente com o Santuário de Athena, a Deusa precisava de um corpo humano para servir de recipiente para seu Cosmo, assim reencarnando no corpo voluntário. Uma jovem grega chamada Elara, recebeu o Cosmo de luz de Athena, tornando-se a Deusa Athena em pessoa.

Reencarnada, a Deusa poderia desfrutar das belezas da Terra, local onde ao Olimpo teria jurado proteger. Escolhido por Athena, João Senpai, Cavaleiro de Ouro de Libra, seria nomeado também mestre do Santuário, por ser o cavaleiro com o cosmo mais elevado entre os doze. Cosmo é o universo em seu conjunto dentro de cada um de nós, toda a estrutura universal em sua totalidade. O cosmo é a totalidade de todas as coisas deste universo ordenado, desde as estrelas, até as partículas subatômicas, medindo assim a força de um cavaleiro.


Em uma fria manhã de inverno, o Santuário se mantém sobre luto, debaixo de lágrimas de tristeza. Elara, teria morrido por alguma doença que até então não tinha manifestado nenhum sintoma. Sem um corpo, a Deusa Athena retornaria ao Olimpo quando foi indagada pelo Mestre do Santuário, João Senpai de Libra:

– Senhorita Athena, não pode nos deixar agora, os homens desta Terra precisam de tua Sabedoria e Liderança!

– Não estão prontos – Diz Athena, elevando-se aos céus – Ainda está para nascer aquela que seja minha encarnação. Voltarei para o Santuário. Não percam sua força de vontade e determinação!


O trágico falecimento de Elara teria causado transtorno em algumas pessoas, de diversas etnias. Povos distantes trataram a morte de Elara como um sinal de menosprezo dos Deuses, causando desconfiança nos poderes do Olimpo. Na Grécia e regiões vizinhas, a adoração pelos Deuses do Olimpo se mantinha, acreditando no retorno dos Deuses, principalmente da Athena. Com exceção do Cavaleiro de Ouro de Libra, todos os outros cavaleiros de Ouro deixaram suas armaduras em suas respectivas casas, e saíram em busca de novos horizontes e novos conhecimentos.


Dez anos se passaram. Assim como os onze cavaleiros que abandonaram o Santuário, Athena também não havia retornado. O tempo fez com que aldeões e grandes Reis perdessem a esperança para com os Deuses. João Senpai de Libra, vendo tal situação, lembra-se das palavras de Athena, para não perder sua força de vontade e sua determinação.

Um novo recrutamento seria feito. Uma vez ganhado a confiança da Deusa para se tornar Mestre do Santuário, João Senpai de Libra inspira jovens guerreiros para se tornarem cavaleiros a fim de preencher as doze casas do zodíaco, para aguardar a chegada de Athena.

Onze bravos guerreiros passam no rigoroso teste, e após despertarem seu 7º sentido, são condecorados com suas Armaduras de Ouro, outrora deixadas para trás pelos seus antigos cavaleiros. Para um humano comum se tornar um cavaleiro, é necessário despertar o 6º sentido, que é justamente o conhecimento e elevação de seu cosmo. Só depois, com muito treinamento é despertado o 7º sentido. Diferente dos antigos cavaleiros, todos gregos, guerreiros de todas as partes do mundo agora fazem parte do Santuário de Athena como os novos Cavaleiros de Ouro. E então, mais cinco anos se passaram.


Arbelia, uma jovem de 15 anos despede-se de seus pais no cais de Tóquio. Seus pais, choram na despedida como se nunca mais houvesse um amanhã:

– Seu cuide viu filha! – Dizia chorando sua mãe – Quanto chegar na Grécia, não deixe de nos enviar uma carta ouviu! Te amamos muito!

– Tá mãe, fica tranquila! Logo estarei com o Jubas, tenho certeza que ele cuidará de mim!

O barco parte rumo a Grécia, onde Arbelia teria início ao seu treinamento para ser uma Amazona de Athena.

De acordo com Mestre do Santuário, jovens, homem ou mulheres, poderiam se alistar no treinamento para ser um cavaleiro de Athena, e talvez um dia, futuro candidato a Cavaleiro de Ouro. Arbelia teria início ao seu treinamento guiado pelo Cavaleiro de Ouro Jubas de Gêmeos, seu irmão mais velho. Jubas deixou o Japão a quinze anos atrás, agora seria a vez de Arbelia seguir os passos do irmão.


No Olimpo, Zeus, Deus dos Deuses questiona com seus filhos a descrença dos homens:

– Não podemos permitir que os mortais simplesmente esqueçam de nós! É graças a eles que nós Deuses temos poderes absolutos no Olimpo. E não se trata de poder por ganância, e sim para livrar deles o mal que sempre os persegue.

– Estou voltando para meu Santuário pai. – Levanta-se Athena – Os homens precisam de mim mais uma vez para reger a Terra com sabedoria. Tenho certeza que encontrarei a pessoa certa para minha reencarnação.

– Não vejo motivos para sua volta Athena. – Indaga Hera, esposa de Zeus – Os mortais não dão a mínima para os Deuses, se esqueceram de você a curto prazo, e ainda quer lutar por eles?

– Hera, não pode dizer estas besteiras a minha filha, que jurou proteger a Terra! Eu a apoiarei, e digo neste momento, vá Athena! Volte para a Terra, nós precisamos dos mortais ao nosso lado! – Retruca Zeus, com sua voz ecoando pelas colunas do Olimpo.


– Jubas! Que bom ver você! – Arbelia pula para os braços do irmão, não contendo a felicidade.

– Irmãzinha, como você cresceu! Senti tanto sua falta, e do papai e da mamãe! Como eles estão?

– Chorando de saudades, mas um dia retornaremos juntos para casa não é irmão?


Após alguns dias de treinamento, Arbelia agora desperta seu 6º sentido, e assim como seu irmão Jubas, seu poder é consideravelmente alto para uma Amazona.

Era uma noite calma. Em um vilarejo próximo ao Santuário, Arbelia observa a lua da sacada de sua estadia. O brilho da lua reflete alto nas escadarias do Santuário de Athena. Sem uma explicação lógica, Arbelia se sente atraída pelo Santuário, e no meio da noite dirige-se para o Santuário de Athena.

Ela para em frente a primeira casa do zodíaco, a casa de Áries. Na entrada da casa, o Mestre do Santuário parecia estar aguardando. Diante deles a Deusa Athena aparece, recém chegada do Olimpo:

– João Senpai, meu bravo Cavaleiro de Libra. Mesmo depois de tanto tempo você continua aguardando a minha volta.

– Força de Vontade. Sempre acreditei no teu retorno, pois você é a Deusa da Sabedoria que guiou e sempre guiará esta Terra. Determinação. Uma vez Cavaleiro de Athena, sempre Cavaleiro de Athena. – Diz João Senpai de Libra, ajoelhando-se, reverenciando a Deusa.

Voltando-se para Arbelia, Athena lhe dirige a palavra:

– Jovem Arbelia, teu cosmo é puro e tranquilo. Possui uma força incomparável. Seria uma preciosa Amazona lutando ao lado de meus Cavaleiros!

– Então você é real? Você é Athena mesmo?

– Não Arbelia. Você é Athena. – Sorri Athena.

– Como assim? Não estou entendendo!

Jubas, trajando sua Armadura de Ouro de Gêmeos, aparece de dentro da casa de Áries, quase descrente do que estava vendo:

– Athena? Senhorita Athena? Você voltou!

Mais que depressa, Jubas ajoelha-se reverenciando a Deusa:

– Me perdoe Senhorita Athena, pois um dia já duvidei de sua existência. Agora vejo com meus próprios olhos seu cosmo de luz, assim como as histórias que ouvi sobre seu passado na Terra. – Maravilhado com a beleza da Deusa, as palavras quase não saem da boca de Jubas.

– Levante-se Jubas de Gêmeos. Levante-se João Senpai de Libra. Gosto de olhar nos olhos de meus Cavaleiros.

– Jubas, me parece que sua irmã Arbelia, ela é a candidata a nova Athena, escolhida pela própria Deusa. – Diz João Senpai, com olhar firme ao companheiro de Gêmeos.

– Não quero duvidar da Senhorita Athena, mas... Mas Arbelia não seria a escolha mais sensata para se tornar a nova Athena! É muito jovem, e ainda está descobrindo os mistérios dos cosmos! – Questiona Jubas, que na verdade, ama demais sua irmã para dar um cargo de tanta importância e responsabilidade a jovem amazona.

– Eu aceito. – Com lágrimas nos olhos, Arbelia demonstra sua vontade. – Aceito ser a nova Athena. Meus pais... Vocês... Todos na Terra... As pessoas precisam da luz de sabedoria e esperança de Athena. Sinto que posso ser mais que uma Amazona! A própria Deusa Athena me escolheu porque sabe disso!

– Arbelia! Não! Espere! – Jubas corre em direção a Arbelia.

– Espere meu amigo! Calma Jubas, é a vontade de Arbelia e de Athena! – João Senpai tenta segurar e acalmar seu amigo Jubas.

– Não teria tanta certeza se não estivesse sentindo esse cosmo de luz. Você não pode senti-lo meu irmão?

– Eu sei que no fundo do seu coração Jubas, você ama sua irmã, e por isso teme o que pode ocorrer a ela sendo a Athena não é? – Estende a mão para Jubas a Athena. – Pegue em minha mão Jubas. Prometo que nada acontecerá a ela, enquanto eu tiver vocês, bravos Cavaleiros!

Segurando a mão de Athena, Jubas se emociona. Junto a Arbelia, um beijo na testa selaria a despedida dos irmãos, que o destino juntou novamente.

– Athena, posso lhe fazer um pedido? – Diz Jubas abraçando Arbelia.

– Sim, o que desejas de mim?

– Apenas prometa, que ela continuará sendo Arbelia. Arbelia, nossa Deusa Athena.

– Está certo. Seu pedido vem do coração. Manterei a consciência da sua irmã, porém, mesmo sendo Arbelia ela terá suas responsabilidades como a Deusa Athena. Levando a sabedoria, a coragem, a determinação e força de vontade para os homens.

Após um longo abraço em sua irmã, Jubas presencia o momento em que o cosmo de luz de Athena, envolve Arbelia. Um cetro surge nas mãos da jovem. É o Báculo de Athena, a arma que a Deusa usa para combater o mal e a injustiça.


Arbelia, a Deusa Athena! A manhã seguinte seria dia de festa para o Santuário. Jubas sobe as doze casas apresentando aos Cavaleiros de Ouro a nova Deusa Athena. Enquanto isso na Casa de Áries, aproxima-se um homem. Ele está manco, e parece exausto. O Guardião da Primeira casa zodiacal, Primo de Áries aparece para receber o homem:

– Este é o Santuário de Athena. Sou Primo, Cavaleiro de Ouro de Áries, sou protetor desta casa. Em que posso lhe ajudar velho senhor?

– Eu quero ver Athena.

– Desculpe, mas a Senhorita Athena não pode ser perturbada no momento. Espere um pouco!? Como sabe da chegada de Athena?

– Sei de muitas coisas que você não sabe. – Diz o velho adentrando a Casa de Áries.

Primo de Áries, surpreso com o velho ancião, teleporta-se para dentro da Casa;

– Desculpe. Não posso permitir intrusos no Santuário. E o senhor me parece meio suspeito!

– É bom achar isso. Saia do meu caminho se não quiser morrer Cavaleiro de Áries.

– Não vai reconsiderar sua última frase? Sou um Cavaleiro de Ouro, o que um velho ancião vindo do deserto poderia me fazer?

– Um velho do deserto não sei. Mas e se fosse um velho vindo do Olimpo?


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