A Chave Do Segredo - Dark Mystery escrita por Cristina Abreu


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Esse capítulo não demorou tanto assim, né? xD
Hoje vou ser breve, porque quero comemorar: NÃO FIQUEI DE RECUPERAÇÃO!!! AHHHHHHHHHHH *-*
Passado o momento de loucura... Vamos ao capítulo! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350877/chapter/9

Capítulo 8


Palácio Sombrio.


Dias atuais.

Derek.


Seus dedos apertavam sua garganta, e o menino buscava pela corrente de ar que não chegava a seus pulmões, que queimavam e exigiam pelo elemento. Os cabelos negros de Derek caíram em sua testa e seus olhos se arregalaram de susto – e por mais que odiasse admitir – de medo. Ele a confrontara da pior forma possível.


Não dava para brincar com a Morte e esperar sair impune.

— Seu... Idiota! – arfou a mulher que já estava cansada. Embora fosse forte, talvez até mais do que Derek, não estava acostumada a usar agressões físicas como punição. Mas não mataria Derek, não agora e provavelmente nunca. Afinal, ele era seu filho apesar de tudo, certo?

Subitamente, o largou. O ar entrou dolorosamente, pior até que a dor de sua ausência, e enfim Derek pôde respirar.

— Des... Desculpe... – ele sussurrou, ainda puxando fôlego.

— Não me peça desculpas, Derek! Todos sempre pedem desculpas quando erram, mas desculpas não fazem os erros se corrigirem! – Death bufou. Odiava banalidades humanas.

— Não se preocupe, mamãe. Não vou mais errar. – o menino disse a palavra com desprezo; estava cansado das ordens insanas daquela mulher.

— Acho bom, querido. – ela correspondeu a ironia. – Agora vá, você tem trabalho a ser feito.

— Ela está no hospital, que tipo de trabalho eu poderia ter? Você mesmo já a deixou viva quando tinha condições para outro destino.

— Não me questione, Derek. Você sabe que eu não aprecio perguntas que põe em dúvida meus planos. Apenas conquiste-a, faça daquela garota mais uma de suas paixões e faça-a acreditar que você a ama.

— Para assim você controlá-la? – sua voz sussurrada era acusatória.

— Tão difícil entender? – Death revirou os olhos e voltou para seu trono. Era uma Rainha em seu palácio. – Cumpra o plano, Derek. Não erre mais ou...

A ameaça ficou incompleta, mas ele já sabia qual era o fim.

Bem, Derek não teria que fingir que amava Lauren, já que de fato cultivava esse sentimento por ela. Quando pensou que iria perdê-la... Esses foram os minutos mais longos e apreensivos de sua vida. Mas quando chegasse a hora, teria que a deixar partir.

Para sempre.

***

Londres, Inglaterra.

Dias atuais.

Lauren.


Não me encontrava mais no hospital. E não sabia mais onde me encontrava. Vestia apenas uma camisola simples e branca, de algodão.

Olhei ao meu redor, para tentar me localizar. Tudo estava uma confusão.

Era noite. Uma noite quente com um ar pesado e úmido. Percebi que estava próxima de algum litoral. Em que país não sabia, já que não parecia uma praia inglesa.

Mas nada disso importava. Os carros colididos importavam. Um estava com o vidro quebrado e com a lateral do passageiro totalmente amassada. O outro estava em estado mais crítico, digamos assim. Estava longe do primeiro, do outro lado da rua. Teve uma brusca batida em um poste. O parachoque tinha sido arrancado e o vidro jazia em estilhaços.

Deixei de olhar para os carros, tentando achar os motoristas. As ambulâncias já tinham chegado. Numa, estava o motorista de um dos veículos - creio que do carro que estava menos... Amassado. Aproximei-me mais e vi que estava aparentemente bem. Tinha apenas alguns cortes superficiais, sendo um mais profundo, na testa. Alguns pontos, talvez cinco, e só ficaria com uma cicatriz que mal seria notada.

Procurei o outro por ali, mas nada vi. Decidi então perguntar a alguém. Toquei o ombro de um dos paramédicos, mas ele não se virou para mim. Toquei-o novamente e não obtive retorno. Franzi a testa e ia voltar a chamá-lo quando uma voz me chamou.

— Ele não pode nos ver. - era uma voz masculina.

Virei-me em sua direção e vi um homem jovem - provavelmente tinha menos de trinta anos - de cabelos e olhos negros, que contrastavam com a pele branca feito papel.

— Quem é você? - perguntei dando um passo para trás.

— O motorista do carro que está batido no poste. - respondeu.

— Não me parece machucado. - observei. Sua pele estava limpa, sem nenhum corte.

Ele riu.

— Acredite, eu estou. - ele apontou para a multidão que até então eu não havia notado.

Mais paramédicos estavam lá, envoltos de um corpo - muito machucado - estirado no chão. Eles faziam a massagem cardiorrespiratória.

Percebi que eu falava com um espírito. E que esse fato não me causava medo e que nem era impossível, afinal, horas atrás eu também fora uma.

— É você? - perguntei, mas era óbvio que sim.

— Sim. O motorista que está na ambulância estava bêbado e a mais de 200 km/h. - ele deu de ombros, como se não importasse. - Ele bateu em mim, e bem, voei e bati contra o poste. Não, meu carro bateu contra o poste, eu voei para o meio da rua.

Minha boca se abriu.

— E você está calmo?! - se fosse eu estaria gritando. Ops, já foi a minha vez.

— Não há como mudar o passado. Só fazer o futuro e um novo fim. - ele murmurou.

Fiquei em silêncio, até que ele o quebrou.

— E o que aconteceu com você? - perguntou-me.

— Comigo? - indaguei sem entender.

— O que aconteceu com você? Por que está morta?

— Não, eu não estou morta. - minha respiração se acelerou. Ou estava? Será que algo dera errado no hospital? Será que eu parara de respirar por tempo demais? Tempo demais para que meu cérebro morresse? Céus!

— Como não está morta? Você pode me ver, e ninguém vivo pode. Além do fato de você estar brilhando. - ele falou.

Olhei para uma eu radiante. Uma pura luz branca circundava-me. Depois olhei para ele, porém, o mesmo só estava mais apagado, mais transparente. Algo que não tinha notado antes.

— Você não está brilhando. - lhe disse, tentando dizer que eu não estava morta. - Aliás, qual é o seu nome?

— Tem razão, não estou. - franziu a tez por um instante. - Me chamo Matheus.

— Lauren. – apresentei-me. - E onde estamos?

— No Brasil, perto de Santos, mais especificamente. - Matheus fez uma pausa, e enquanto ele respirava fundo, perguntei-me onde, diabo, era Santos. - Você deveria saber, já que estamos falando português. - continuou enfim.

— Hm? Não. Eu não falo português. - mas estava falando. - Só falo inglês. - murmurei querendo me assegurar deste fato. Nem francês eu sabia direito, mesmo que Ottawa fosse uma cidade considerada bilíngue.

Ele arqueou uma sobrancelha, mas não retrucou. Apenas se manteve em silêncio enquanto eu pensava. Ou melhor, fazia perguntas para mim mesma.

Por que eu estava ali? Por que estava falando com um morto? Por que estava brilhando? Estava morta?

Respirei fundo e tentei calar minha mente insana. Embora tenha conseguido responder a última questão daquela torrente de incertezas. Não, eu não estava morta. Sentia que meu corpo estava bem, sedado e embalado por um sono pesado. Claro, isso aqui não se parecia com um sonho. Era muito real.

E então, me lembrei das últimas palavras de Death e Life. Eu tinha, aparentemente, o poder de controlar a Vida e a Morte.

Bom, vamos ver se era isso mesmo.

— Acho que posso fazer você voltar. - falei apontando com o dedo indicador seu corpo.

— Como assim? - Matheus perguntou.

— Posso fazer você voltar à vida. - respondi um pouco nervosa. - Ou ao menos, acho que posso. Quer tentar?

Matheus olhou para seu próprio corpo ao longe. Existia dúvida em seu olhar. Mas percebi que não duvidava de mim, e sim se aceitaria ou não minha proposta.

— Não quer viver novamente? - claramente eu estava surpresa.

— Eu não sei. Olhe meu corpo!

Realmente, estava totalmente acabado. Múltiplos cortes, vários ossos fraturados - uma fratura exposta, inclusive, na perna direita -, uma profunda laceração na cabeça e um traumatismo craniano.

Não sei de tudo isso porque eu vi. Não, senti todos os seus ferimentos, e sentindo questionei-me se haveria alguma qualidade de vida, a não ser sofrimento.

— Então você não quer voltar. - não era mais uma pergunta.

— Acho que não. - ele assentiu.

Meneei com a cabeça também. Ele não queria voltar, mas isso não significava que podia ficar aqui. Seu lugar era outro agora. Felizmente eu sabia o que fazer.

— Vamos, dê-me suas mãos. - ele as deu e eu entrelacei meus dedos aos dele. - Agora, feche os olhos.

Matheus rapidamente fez o que mandei, e depois fechei os meus próprios. Imaginei um túnel de luz o engolfando - um túnel que o transportaria para outra dimensão. Era uma luz branda - igual a que estava ao meu redor - e limpa. Enchi-me de paz e senti que ele também relaxou.

— Agora os abra. - sussurrei.

Matheus os abriu e viu a luz que chegava até ele. Sorriu e me deu um aceno.

— Obrigado, Lauren. - foram suas últimas palavras antes de deixar ser levado pela claridade.

Também sorri quando a luz ficou ainda mais forte antes de se apagar por completo.

Preparei-me para voltar ao meu próprio corpo. Porém antes que partisse, vi que os paramédicos desistiam de Matheus, que declaravam a morte e que fechavam seus olhos.

Bem, eu sabia que a essência daquele rapaz ainda vivia e era imortal. E sabia que ele estava na mais repleta paz.

Uma “vida” em meio à morte.


Acordei repentinamente. Todo o quarto estava embargado na escuridão. Apenas um fio de luz vinha da fresta da porta, mostrando que eu não estava sozinha e tampouco desamparada.

Meu coração estava acelerado e meus cabelos grudavam-se em minha testa por causa do suor.

Respirei fundo e me sentei.

Não conseguia acreditar que eu de fato falara com um morto e que lhe ajudara em sua transição. Era totalmente inacreditável.

E o pior, o que aconteceria de agora em diante? Cada vez que eu dormisse seria transportada para algum caso? Teria que me esgotar - sim, eu estava muito cansada - para ajudar a acabar com uma vida ou continuar com ela? Não teria mais paz? Seria totalmente anormal, uma aberração?

As perguntas eram tantas, mas as respostas eram poucas. Na verdade eram inexistentes. Não conseguia, por mais que pensasse e repensasse, formar qualquer ideia que fosse do que aconteceria comigo de agora em diante.

Sentindo-me desconfortável naquela cama dura, tentei me levantar, porém o torpor era demasiado. Acabei voltando a me recostar na cama e tentar respirar normalmente, antes que tivesse uma nova vertigem e desmaiasse.

Aos poucos meus olhos acostumaram-se com a escuridão e já eu conseguia distinguir cada sombra. Inclusive uma que estava adormecida na poltrona de couro do lado de minha cama.

— Megan? - chamei, minha voz ainda rouca por estar dormindo até pouco tempo.

Ela se remexeu um pouco antes de acordar.

— Lauren? – chamou-me também.

— Sim. - sussurrei.

Procurei o abajur em minha mesa de cabeceira e o acendi. Nós duas nos retesamos por causa da luz. Mas após alguns poucos segundos nossas pupilas se contraíram e eu pude vê-la.

Megan estava com os cachos castanhos desgrenhados, as olheiras eram profundas abaixo dos olhos e os mesmos vermelhos.

— Meg, você está bem? - perguntei preocupada.

Minha melhor - e única no momento - amiga riu. Uma risada nervosa e nem um pouco espontânea, como costumavam ser as suas.

— Era eu quem devia lhe perguntar isso, Laury. - ela fez uma pequena pausa. - Estou... Bem. E como você está?

— Viva, mas não acho que posso dizer bem. - respondi.

— Sinto muito por seus pais, querida. - Meg disse. Algumas lágrimas teimosas lhe transbordaram os olhos e ela rapidamente as enxugou. - Mas fico contente por você estar viva.

Eu assenti.

— Não sei se eu deveria. - murmurei.

— Não ouse dizer isso. Você teve outra chance. Agora aproveite. - ralhou.

— É, eu sei. Só que eu sinto muito a falta dos dois, e hoje é só o primeiro - ou acho que é o primeiro, estou meio desatualizada ultimamente - dia, imagine como serão os outros! - falei.

— A cada dia que passa, vai melhorar. Acredite em mim, em breve toda a dor vai passar, só vai restar as lembranças que ficarão enquanto você viver. - ela levantou-se e veio até mim.

— Será mesmo? A dor parece sufocante agora. - deixei que ela passasse os braços envolta de mim.

— Tenho certeza. Não se preocupe. Tudo vai ficar bem agora. - ela beijou o alto de minha cabeça, como uma mãe preocupada com a filha.

Soltei um risinho, mas não era um feliz. Era mais do tipo debochado.

— Não sei se tudo vai ficar bem, Meg. Eu não sei. - deixei escapar.

— Como assim não sabe? É claro que vai.

Mordi meu beiço fortemente, tão forte que o gosto de sangue adentrou minha boca.

O que eu diria agora? Contaria tudo para ela? Nesta hora?

Não sabia se deveria contar o pouco que eu entendi, não sei se deveria contar que agora faço os mortos voltarem a viver, ou os vivos morrerem. Ela me aceitaria? Aceitaria ter uma melhor amiga paranormal?

Decidi que não contaria nada. Ao menos por agora.

— É? E com quem eu vou ficar? Vou voltar para o Canadá ou ir para um orfanato para ficar lá até completar dezoito anos? - desviei do assunto que se passava em minha mente, mas essas perguntas eram tão importante - ou quase - quanto meu paranormalismo.

— Pode ficar comigo e com meus pais, se quiser. Não precisa voltar para o Canadá e nem ficar em orfanato algum. - ela respondeu prontamente.

— Bem, isso não está em nossas mãos, está? Agora estou sem guardiões legais, e sou menor de idade.

— Vou repetir: não se preocupe. Daremos um jeito. - Megan tentou me acalmar. - Agora, por que não volta a dormir?

Engoli em seco. Se eu voltasse a dormir, sonharia de novo? Quer dizer, ajudaria alguém novamente? Não sabia, mas minha cota de energia estava baixa. Tanto para ajudar alguém, quanto para não dormir.

— Vou tentar, e você deve fazer o mesmo. Está exausta e acabada. - eu ri.

— Nossa... Obrigada pelo elogio! Você é muito gentil! - ironizou ela, mas voltou para a poltrona de acompanhante.

— E seus pais? - perguntei ajeitando o travesseiro. - Onde estão?

— Acho que foram para casa agora. Pedi para que me deixassem aqui, de acompanhante. - Megan sorriu sem humor. - E eles vão tentar lhe ajudar. Quanto às burocracias e todo o resto, que eles tanto amam!

— Tenho que agradecer aos dois. E a você também. Obrigada por ficar aqui comigo. Não sabia quem mais poderia chamar. - agradeci e sorri.

— Que isso. Estou aqui para tudo. E quanto a chamar alguém... Er... Já fiz isso para você! - sua cara era culpada.

Arqueei as sobrancelhas. Quem ela tinha chamado afinal?

— Quem foi? - perguntei após um longo tempo sem a resposta.

— Cameron! Desculpa, desculpa, desculpa. Mas acho que ele tem o direito de vir aqui lhe dar auxílio, além de um ombro masculino para chorar. - ela sorriu um pouco no final.

Respirei fundo.

— Tudo bem, não tem problema. - falei por fim.

— Ótimo. Acho que ele vem amanhã, já que eu só o chamei agora à noite. - Megan deu de ombros.

— Meg, que horas são? - perguntei franzindo a testa.

Ela olhou para o relógio de pulso que estava em cima da mesinha.

— Exatamente, duas horas da manhã. - respondeu. - Você dormiu por um tempinho.

Assenti, surpresa. Será que meu “sonho” demorara tanto assim?

— Um bom tempo. - concordei.

— E deve dormir mais. Parece cansada e abatida. - ela observou.

— Agora, obrigada a você pelo elogio. - mas eu não sorri. Apenas suspirei. – Embora tenha razão. Estou mesmo cansada e abatida. E dolorida. - acrescentei.

Acho que ela entendeu que não era só fisicamente dolorida.

            — Vai passar. Ou pelo menos diminuir. - reafirmou.

Fiz que sim e fechei os olhos.

— Boa noite. - falou ela.

— Boa noite. - respondi.

A noite recaiu sobre mim. Cansada, consegui dormir de pronto. Desta vez, não fui mandada para lugar nenhum para ajudar alguém. Não, fui mandada para minhas próprias lembranças.

O acidente.

Revivi tudo novamente. A dor, a perda e o desespero. As imagens nevoadas vinham até mim, trazendo sombras e sangue, levando-me de volta para o Mundo dos Mortos, onde Death - demônio detestável - aguardava-me para dar a sentença de morte.

Mas, tudo passou de repente.

Acalmei-me mentalmente quando senti alguém mexer em meus cabelos. As mãos eram comedidas e gentis.

Aos poucos fui sendo trazida do mundo dos sonhos para a realidade, que era tão dolorosa quanto. Senão mais. Abri os olhos e encarei aos dele.

***

Londres, Inglaterra.

Dias atuais.

Cameron.


Vê-la tão abatida ali, naquele leito de hospital, fez com que o coração do garoto se apertasse dentro do peito.


Não aguentara as outras horas que a noite os separava. Decidiu pegar seu próprio carro e dirigir até aquele lugar.

Quando Megan - a melhor amiga de Lauren - ligara, sentiu seu mundo despedaçando-se. Afinal, ela era tudo para ele.

Fora aquela garota que se remexia na cama, murmurando palavras desconexas que o fizera amar. Fora ela seu primeiro amor, não importava quantas outras vieram antes dela. Lauren foi a única que preencheu seu coração.

Ela era a única coisa na qual pensava.

Quando Lauren apareceu, seu mundo encheu-se de alegria. Ela o fazia sentir-se completo. Era uma pena que enquanto namoravam nunca demonstrou quão grande é seu amor.

E agora, Cameron não sabia se era tarde demais, pois a garota afirmava que não mais o amava, que não queria mais nada com ele. Mas, isso não importava. Nunca haveria outra garota como ela, e ele não queria perdê-la.

Mesmo se ficassem longe um do outro, e se ele soubesse que ela estava bem, segura e feliz, Cameron já viveria.

Então, fora um choque a ligação de ontem.

Decidiu aproximar-se mais. Acabou sentando na cabeceira da cama, perto do rosto de Laury. Megan não o viu entrar, estava dormindo profundamente. Assim como os funcionários do hospital, ou então não estaria ali.

Ele sorriu para as garotas adormecidas. Mas nenhuma delas estava com sorriso no belo rosto que ambas tinham. Exalavam dor mesmo dormindo.

Timidamente, Cameron começou a mexer nos cabelos castanhos de Lauren. Eram tão lisos, pareciam seda.

Suas mãos eram gentis enquanto alisavam os cabelos.

Tendo-a tão próxima de si, o coração do garoto se acalmou um pouco. Só não se acalmou totalmente porque sabia que a amada sentia dor, por vê-la presa a um monitor e a tubos, parecendo tão frágil, desamparada.

Mas ela não estava.

Cameron estava lá para ajudá-la. Para amá-la.

Aos poucos Lauren também se acalmou, e Came reparou que ela ficava mais desperta. Até que ela abriu os olhos e o fitou.

Os olhos tão castanhos quanto o cabelo dela, não tinham um ar reprovador ou chateado com ele. Eles brilhavam, pareciam amá-lo.

Dos lábios vermelhos da menina um pequeno sorriso crescia.

— Cameron. - ela o chamou.

Não sabia se seria bem recebido, mas também não conteve o impulso. Beijou-lhe os lábios.

Beijo que ela correspondeu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gostaram? Espero que sim! Não deixe de comentar, ok?? Reviews me animam ainda mais!
Beijos, Apple Pies!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Chave Do Segredo - Dark Mystery" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.