Surpreendentemente é amor escrita por A garota do blog


Capítulo 6
Finalmente juntos... ou não.




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Meu coração estava disparado. A ansiedade tomava conta de mim. Segurei suas mãos e olhei em seus olhos. Nada conseguia ser mais belo do que aquele olhar.

– Só peço que me escute até o fim. Não foi de repente que surgiu esse amor. Você o construiu, como se constrói uma casa, tijolo por tijolo. Cada gesto, cada olhar, cada sorriso, cada palavra, fizeram com que esse amor crescesse cada vez mais e hoje vim aqui pra lhe dizer que você é a dona do meu coração, que você é o meu primeiro e único amor. Eu te amo Manuela. Aceita namorar comigo?

Ela havia um sorriso tão lindo no rosto e seus olhos estavam um pouco marejados. Pela sua expressão, parecia que ela queria me dizer algo, porém não conseguia. Ela se aproximou de mim e me beijou. É claro que aquilo era um sim! Ela era minha, finalmente minha! E se dependesse de mim, seria minha para sempre!

Passamos a madrugada toda conversando. Conversamos sobre tantas coisas e sem percebermos, estávamos falando sobre nossas expectativas para o futuro. Para o nosso futuro. Não faço ideia de como chegamos á esse assunto.

– Eu quero que nosso filho tenho os seus olhos. E o seu sorriso também mô. Eu quero que ele seja igualzinho você. Sabia que esse seu olhar é hipnotizante? E que esse seu sorriso, completamente perfeito? - Enquanto ela me dizia isso, eu que estava com a cabeça apoiada em seu colo, a observava atentamente. Eu procurava algum tipo de imperfeição nela, mas cheguei á conclusão de que não havia. Ela era tão linda quanto um anjo. Me peguei sorrindo ao pensar nisto.

Eu devo ter feito algo muito bom para ganhar algo tão perfeito quanto ela. Quando eu estava ao lado dela, me sentia completo, como se não precisasse de mais nada.

Acabamos dormindo no sofá, um ao lado do outro. Naquela noite eu havia sonhado com ela. Sonhei que ela era realmente um anjo. Quando acordei, estava sozinho na sala. Será que tudo não passou de um sonho? Será que nada daquilo realmente acontecera?

Saí pela casa procurando algo que me afirmasse que aquilo tudo foi realmente verdade.

– Bom dia meu amor! - Foi a primeira coisa que eu ouvi assim que entrei na cozinha. Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar do mundo. Era ela. Eu sorri. Corri em direção á ela e a abracei o mais forte que eu pude.

– Eu te amo, eu te amo demais, demais mesmo! - Eu havia me desesperado só de pensar que ela não estaria comigo.

– Eu te amo também amor, mas não precisa me apertar tanto. - Ela sorriu, e foi como se meu mundo estivesse em paz novamente.

– Promete nunca me deixar? - Assim que fiz essa pergunta, seu sorriso desapareceu. - O que houve Manu? Porque ficou séria de repente?

– Tá com fome? Eu vou fazer algo pra nós comermos. - Ela se virou de costas para mim, mas mesmo assim pude ver uma lágrima escorrendo em seu rosto.

– Manuela o que está acontecendo? Dá pra me dizer por favor?

– Nada Matheus. - Ela saiu da cozinha e em poucos segundos sumiu de minha vista. Algo estava acontecendo ali e eu ia descobrir o que!

~ ~ ♥ ~ ~

Passaram se algumas semanas. Não fazíamos nada fora do normal. Passávamos o dia juntos e á noite pegamos o costume de ir para o quintal, deitar no chão e admirar as estrelas. Ambos amávamos admirar o céu, na presença um do outro aquilo se tornava perfeito.

Numa noite de sábado, todos nós iriamos jantar fora.

Logo pela manhã Manuela saiu com a Alice. Elas disseram que iam fazer compras. Percebi que era mentira quando elas voltaram sem sacolas. Manuela estava com os olhos vermelhos como se houvesse chorado muito. Eu perguntei á ela o que estava acontecendo, mas para variar ela não quis me contar.

Passamos o resto da tarde como se não houvesse acontecido nada, á pedido dela. As garotas passaram o dia todo limpando a casa.

Finalmente havia anoitecido. Estávamos todos prontos para sair, exceto Manuela. Alice havia vindo nos avisar que ela iria demorar um pouco até ficar pronta.

Quando Manuela desceu, não pude deixar de reparar no quanto ela havia emagrecido nos últimos meses. Sua pele estava mais branca do que de costume. Talvez fosse fome. Ela vestia um vestido longo azul, e seu cabelo estava preso em um coque, com algumas mechas soltas. Todos estávamos muito elegantes com roupas de festas. As garotas de vestidos longos e nós de traje social.

Havíamos escolhido um restaurante bem conceituado para jantarmos, portanto não iriamos de qualquer jeito.

Bianca e Lucas foram de moto. O resto de nós, de carro. Como já havíamos feito a reserva, quando chegamos lá foi só acompanhar o garçom até nossa mesa.

Planejamos deixar Bianca e Lucas sozinhos, pra ver como eles reagiam entre nós e se assumiam de uma vez. Alice e Manuela se sentaram em uma ponta da mesa, uma de frente para a outra. Eu me sentei ao lado da Manu e o Arthur da Ali. Bianca se sentou ao meu lado e Lucas ao lado de Arthur. A Bianca raramente falava comigo e o Lucas não falava com o Arthur, portanto eles teriam que se falar. E no fim das contas deu certo nosso plano, até beijo deles rolou.

Pedimos a comida e enquanto esperávamos, conversamos sobre nossos planos para o futuro.

– Eu e o Arthur estamos guardando dinheiro para viajarmos no fim do ano. Só não sabemos para onde ainda. - Alice dizia isso com o maior entusiasmo que eu já vi! - Você e a Manu poderiam ir conosco!

– Ah, se nos organizarmos, porque não? Né mor? Manu? - Manuela parecia estar em outro mundo. Coloquei minha mão sobre a dela e ela rapidamente olhou para mim, como se acabasse de sair de um transe.

– Oi?

– A Alice estava propondo que fossemos viajar com eles no fim do ano. O que acha?

– É, quem sabe. - De repente seu olhar, antes tão intenso, havia ficado triste, frio.

A comida havia chegado e todos, mortos de fome, devoramos rapidamente nosso pedido, exceto a Manuela. Mesmo tendo pedido sua comida favorita e mal tendo comido o dia todo, ela nem havia tocado no prato. E foi ai que me dei conta que já havia dias que ela não se alimentava direito. Me virei de frente pra ela e perguntei-lhe:

– Amor, o que está acontecendo com você? Faz dias que você mal come, vive triste e várias vezes já te peguei chorando pelos cantos da casa. Você sabe que pode contar tudo pra mim, não sabe?

– É melhor você contar logo Manu. - Disse Alice, a olhando fixamente.

– Não, não é melhor! - Ao dizer isso, Manuela levantou-se e correu para fora. Alice a seguiu. Sem que nenhuma percebesse fui atrás delas.

Quando cheguei até elas, escutei algo que fez meu coração se partir em mil pedaços. Foi como se alguém me desse um soco no estomago. Senti como se o mundo houvesse acabado para mim naquele exato momento.


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