My Sweet assassin escrita por ErvilhaaH, Kinder-ovo


Capítulo 1
Capítulo único




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My sweet assassin' [oneshot]
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E eu estava aqui cantando para um morto. Mas que idéia imbecil, cantar para um morto. Mas talvez não fosse tão imbecil assim, afinal, eu também estava morta.

Sabe, talvez você não possa se lembrar disso ainda, mas eu lembro muito bem daquela noite. É exatamente isso, meu amado assassino. O dia em que você matou Suzanne Savenger. Sim, ela mesma: a famosa cantora de cabaré. O dia em que me apunhalou pelas costas, ao final do show. “Que efeito fantástico! ’’ gritavam aqueles canalhas. Mal eles sabiam que sangue carnal escorria pelo palco.

 

De algum modo, eu vi tudo. A maca em que me colocaram e os tubos que colocaram em mim. Que desperdício, uma morte assim para a garota mais requisitada do lugar. Eu sinceramente acho que foi você o maior perdedor dessa história. Afinal, com quem mais você se divertiria agora? Com sua esposinha santinha e certinha? Mal sabia ela que você freqüentava um prostíbulo. À procura de quem? De mim.

 

Claro, as garçonetes cantoras do lugar não o satisfaziam completamente, não é? Então, o que você esperava em me matar? Agora, vamos nos divertir novamente, meu docinho. Vamos nos divertir na frente de sua mulher, o que acha? Poderemos fazer com que ela ouça todos os gritos, não poderemos? Mostrar para ela o que você realmente fazia quando falava que ia visitar sua pobre mãe no hospital? Ela já havia morrido há cinco anos, não é mesmo? Morreu antes mesmo de você se casar com sua feliz esposa, certo?

 

E agora, o velório do respeitável advogado é realizado. Oh, que pena. Seus olhos pretos imaculados podem enganá-los, mas não a mim. Ah, meu bem, sente falta de minhas pernas? De meu corpo? Oh, avisasse sua mulher que ela estava acima do peso. Ela não te satisfazia, não é? Agora, ela chora. Todo mundo chora. Mas eu rio. Porque você sempre foi um depravado. Igual á mim. Viu? Sempre fomos perfeitos um ao outro, meu amor. E é por isso que você não vai se livrar de mim. Porque você pertence a mim.

 

- Hoje, estamos aqui reunidos, nesse velório em homenagem a George Halter. – dizia meu pai. Oh meu pai, sabia que sua filha era uma rameira? Que passava a noite no cabaré? Não, você apenas ficava cuidando dos seus queridos e nojentos cadáveres. E, por acaso, você sabe onde sua filha foi enterrada? Você pelo menos a viu morrer? E agora, como você é gentil, enterrando o querido corpo do meu precioso assassino. – Advogado e marido exemplar, homem gentil e humilde. – Gentil, e humilde? Na cama comigo? Só se você estivesse drogado, Sr. Marido Exemplar – Saiba que o dinheiro que você doou às crianças do Orfanato Hold Hands as fez felicíssimas.

 

Você não me fazia somente felicíssima. Mas era mais que isso. Era bom, excitante.  Agora, vendo esse corpo cinza e duro, apenas excita-me a idéia de que logo-logo, você estará novamente em minhas mãos, bebê.

 

- Descanse em paz.

 

Sim, no inferno, junto comigo, meu doce assassino. E lá, ninguém poderá tirá-lo de mim. Cantarei pra você, a mesma música do dia em que me matou, docinho. Incessantemente.


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Notas finais do capítulo

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Contemplem-se com o poder de Never Again, da Kelly Clarkson õ/

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