O Filho Do Olimpo E A Faca Da Noite escrita por Castebulos Snape


Capítulo 26
O Touro De Creta Texano


Notas iniciais do capítulo

touro de creta e proxima pista.
oito leitores e só uma comento. pf!



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Ele colocou um milhão de moedas de ouro na carruagem e me disse para ir, e que ele estava de olho em mim.

Já passava da uma da manhã quando acordei Guillermo para lhe dar seu dinheiro. Ele ficou encantado também com a carruagem de ouro maciço. Disse que podia ficar com ela se ele adiantasse a montaria para as cinco. Ele aceitou, é claro, tudo que ele mais queria era riqueza, riqueza, que não lhe servia de nada, e deixou toda sua nova riqueza fora da barraca para todo mundo ver, coitado seria destruído por sua própria arrogância.

Descansei um pouco, depois de tomar um banho quente, Hefesto tinha razão eu estava simplesmente horrível, meu cabelo e minhas roupas estavam cheios de poeira, meu rosto cansado minha camiseta estava destroçada, e meu corpo imundo.

Um sono de cinco horas... Não, um apagão de cinco horas foi o bastante para me colocar nos eixos de novo, bem, um pouco. Quatro e meia da manha Lya me chamou para eu me preparar, ela não parecia ter dormido muito, mas forçou um sorriso encorajador para mim.

– Chame Marcus, preciso que vocês façam uma coisa para mim.

Expliquei todo o meu plano para eles. Quando eu montasse no touro, Marcos ia se esgueirar para o lado mais distante das barracas e começaria um incêndio todos correriam para lá. Eu controlaria o bicho e daria um jeito de destruir o metal da caiçara que prendia o touro, então Lya me ajudava a prender a carroça nele e pegávamos o ouro, e daríamos o fora dali.

– Posso contar pelo menos um bilhão de coisas que podem dar errado nesse plano fajuto – constatou Marcus, com uma cara de senhor da verdade. Por que mesmo eu protegi esse moleque? – Como vai convencer o Touro a não te matar? O que te garante que o fogo distraia todo mundo? Jack, irmão – morde e assopra –, esse é o pior plano que eu já ouvi, e eu vivi com filhos de Ares a vida inteira!

É um bom ponto, zombou Vox.

Cale-se.

– Eu sei, Marcus, sei de tudo que pode dar errado, mas não há outro jeito, precisamos do ouro para dar a Hefesto, precisamos domar o touro, precisamos chegar a próxima pista, rápido! Zeus não vai perdoar o que estamos fazendo, Nix não vai ter paciência eterna, sem o touro, morremos – eles assentiram – Ótimo, eu vou me apresentar a Guillermo.

Quando sai da barraca percebi que o sol começava a se erguer no horizonte, em seis dias eu estaria morto, pareceria tanto tempo, se eu pudesse aproveitar de outras maneiras.

Guillermo sorriu a me ver, eu devia ser seu herói, afinal ele estava um milhão de galeões mais rico por minha causa. Ele devia me achar um idiota, devia pensar que e nunca conseguiria, que seria só mais um otário atrás da pista, mas e estava destinado a ter aquela pista, Nix tinha colocado ela ali para mim, então apenas eu poderia pegá-lo.

– Estou pronto.

Não, não esta.

O nascer do sol tingia de laranja a cena, o curral devia ser 20x20, eram dez barras de bronze celestial grassas separadas por um metro, com arame farpado na ultima, completamente intransponível, feito para não deixar nada sair ou entrar, mas não era para menos.

O Touro de Creta acabara de se tornar a coisa mais assustadora do mundo para mim. Era um touro completamente branco tão puro poderoso que reluzia, como se seus pelos fossem feitos de prata, seus chifres brilhavam de tão pontiagudos (o vidrinho estava lá, perfeitamente equilibrando), cada vez que respirava fumaça saia de suas narinas, seus olhos eram de um negro tão cruel que eu tive certeza que morreria bem ali, suas patas pareciam pesar uma tonelada cada uma, soube que podiam me quebrar ao meio, sua musculatura contraia de descontraía com ma segurança assustadora, mas o pior era seu tamanho, devia ter o triplo da altura de um touro grande, e a largura de um caminhão.

– Ainda quer fazer isso, garoto? – Guillermo se escorou nas barras de bronze e o observou. Senti meu coração tremer um pouco, se eu estava com medo? Estava, nem quando aquele maldito leão tentou me destroçar eu fiquei tão apavorado, nem quando percebi que aquela cobra me faria em pedaços, nem quando achei que Marcus ia morrer... Eu não sobe o que responder.

Que tal: não. Não faz isso, vamos morrer tão rápido pelas mãos de Zeus.

Cale a boca, Vox.

O touro se virou para nós, estreitou os olhos, raspou a pata no chão, bufando e correu em nossa direção, na velocidade de um trem bala, com a força de seus músculos poderosos se contraindo, seu mugido virando um urro de ódio, e se chocou contra as barras fazendo-as tremer com violência. Pelo barulho, pelo tremor no chão, pelas faíscas que os chifres soltaram eu achei que ele tinha quebrado a prisão, que estava livre, mas não, seu corpo enorme apenas quicou ali e ele foi jogado longe, contra as barras do outro lado, caindo no chão.

– Sim, nunca estive tão pronto – me ouvi dizendo, estufei o peito, arrumei o Anel no dedo e avancei para as barras. Eu sabia que teria que subir nelas para chegar ao monstro, sabia que teria que passar pelo arame farpado. Quando cheguei à metade do percurso, o touro bateu novamente nas barras, fazendo tudo tremer, me segurei com força, sentindo meus ossos vibrarem, mas logo continuei. Ignorei os cortes do arame farpado e esperei sua aproximação.

A montanha de músculos se aproximou a trote, nem prestando atenção em mim, se minha teoria estivesse certa, e os fios que prendiam o frasco apenas de quebrassem quando eu domesticasse o touro...

Ele bateu bem em baixo de onde eu estava me fazendo cair do outro lado, bati em seu dorso e cai no chão ao lado de seus cascos. Tendo que rolar para longe antes que me pisoteasse. Seus olhos negros caíram em mim e eu pude jurar que sorria com a chance única de me fazer em pedaços com seus chifres. Lembre-me do irmão de Zack.

– E ai, touro...

– Muuuuurrrrr! – seus chifres rasparam no chão ao meu lado abrindo algo parecido demais com uma cova para ser verdade, mas eu saltei dando uma cambalhota e eu corri para longe, sentindo o chão tremer enquanto ele se aproximava. Quando e estava quase nas grades desviei a corrida, fazendo com que se chocasse com toda a força e fosse jogado longe.

Subi desesperado pela grade, ouvindo os gritos das pessoas lá fora, ora torcendo pelo touro, ora por mim, mora gritando “mata!”, só os deuses sabem para quem. O chão tremeu quando eu ainda não estava alto o bastante, então passei por entre as grades bem na hora, sentindo o chifre do monstro passar por entre as barras metal e rasgar minha blusa, roçando de leve minha pele.

Mais uma vez ele caiu longe, levantando poeira, fazendo meus olhos arderem e eu aproveitei para subir mais, tentando controlar o coração no meu peito e esperei uma nova chance. Ele me olhou, pareceu acompanhar o sangue escorrendo da minha bota por causa dos cortes que o arame estava fazendo em minhas pernas e avançou.

Saltei em seu pescoço e me segurei os fios, usando-os como rédeas. Ele sentiu, é claro, e tentou me tirar dali, mas os fios eram indestrutíveis e eu não os soltaria por nada no mundo. Seus saltos me jogaram para cima e para baixo, me fazendo considerar o fato de não conseguir ter filhos, quando uma voz soou em minha cabeça.

Você vai morrer humano maldito!

Ok, eu acredito em você. Você quer falar sobre isso, amigo? Como você se sente sobre isso?

Ele parou de uma vez, quase me jogando longe. Então começou a se sacudir, fazendo com que eu caísse para o lado, tendo que usar os pés para montar de novo, sujando seu pelo brilhante. Ele empinou nas patas traseiras fazendo que eu praticamente deitasse em suas costas, seguro apenas pelas mãos, que sangravam.

O que você é humano? O que faz em minha mente? Saia!

Ei, eu não tenho escolha, só estou aqui para conversar. Eu sou filho de Artemis, eu espero que seja por isso que, eu posso ouvir seus pensamentos. Nix me mandou para pegar esse frasco, mas antes eu quero te tirar daqui. Se eu conseguir libertar você, você me ajuda?

 Ele parou, mais uma vez quase me fazendo cair. Minha mãos estavam doloridas, provavelmente os fios estavam cortando as duas ao mesmo tempo que o anel fazia eu me regenerar.

O que precisa?

Vou colocar uma carroça em você para levarmos ouro a Hefesto, depois você me leva para outro lugar, ainda não sei onde, mas vou logo saber. Então você está livre.

Aceito, se me disser como sair daqui.      

Os fios de desfizeram e o frasco caiu nas minhas mãos cortadas, missão número dois cumprida. Então, com um time perfeito a gritaria começou.

– Fogo!

Imaginei que Marcus tivesse começado mais cedo o incêndio, agora já tinha se alastrado por todo lado aposto à barraca de Guillermo. Todos correram para apagar o fogo e eu vi os cabelos loiros de Lya irem para o lado oposto.

Pense, Jack, pense. Com se destrói esse lugar?

Fogo, respondeu a voz de Hefesto em minha mente, derreta as barras, menino!

O senhor é quem manda, chefe!     

Olhei para o fogo que consumia tudo do meu lado direito, era como se meus nervos tivessem voltado a tomar energético, o que não acontecia dês da noite no Olimpo, fiz o fogo se erguer contra as barras, o bronze foi consumido e derreteu a nossa volta.

Ele pareceu surpreso com a facilidade daquilo, de certa forma eu estava também, agora era só pegar a carroça e dar o fora dali. Guiei-o para a barraca de Guillermo e entramos, destruindo parte de tudo. Apressados, Marcus, Lya e eu amarramos a carroça no monstro e esperamos encher com o ouro.

– Onde pensam que vão com meu ouro? – Guillermo, ladeado por dois brutamontes empunhando lanças nos observava, com o ódio brilhando dentro de si. Era uma cena apocalíptica. O fogo ao fundo, os gritos, o toro gigante a drag queen furiosa... Só faltava o monstro de não sei quantas cabeças que tem na bíblia.

Acionei Kroboros e Marcus pegou a espada, Lya subiu na carroça e acariciou o touro, como se pedisse seu apoio. Os caras avançaram, eu desviei um dos golpes e Marcus o outro, enquanto Guillermo seguia para cima da carroça salvar seu adorado ouro. Derrubei o meu com um chute e com uma pancada na cabeça e Marcus o dele com um soco.

Nos viramos para ajudar Lya, mas tudo o que vi foi Guillermo tentando tirar a flecha da barriga da perna enquanto grita improvérbios para nós. Sorri, isso era para ele aprender a não prender um touro mitológico gigante no território de Hefesto.

O Deus do Fogo estava nos esperando fora da mina, cara satisfeita e sorriso feio, mas divertido e um jeito de quem diz: esse é meu garoto!

– Jack, se você sobreviver eu te dou um programa na televisão. A TV Hefesto nunca teve tanta audiência. Ver você quase morrer é divertido pacas! – uau! – Eu apostei todo esse ouro que você conseguia sobreviver, Ares está me devendo as calças – ele apertou minha mão e me deu um abraço – Fico feliz que não tenha morrido.

– Obrigado, Hefesto. Eu ganho alguma coisa com seus programas, só para o caso de Poseidon desistir de me dar dinheiro?

– Não.

– Ok. Ai está seu dinheiro. Agora, deixe-me cuidar da minha pista – quebrei o fraco e abri o pergaminho  

O fim de sua procura se aproxima.

O próximo degrau não será uma batalha contra a extinção

E sim uma procura por ela e um pedido por sua ajuda.

Deverá ir até o Reino Do Descanso E Da Punição.

O Senhor do Fim lhe indicará o ultimo degrau.

E a morte salvará sua vida.

Meu corpo ficou gelado, engoli em seco, um arrepio cruzando minha espinha fazendo meu corpo inteiro ficar arrepiado, Hades receberia minha visita mais cedo.

– Tânatos, a próxima pista é morte. Hefesto, com chegamos no mundo inferior?


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Notas finais do capítulo

proximo tem surpresa.



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