O Filho Do Olimpo E A Faca Da Noite escrita por Castebulos Snape


Capítulo 10
Alguns Presentes Chocantes




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Fiz meus cálculos e, aparentemente, só faltavam cinco deuses. O que aconteceria depois? Eles dariam boa noite e Zoë me arrastaria para uma barraca no meio do salão?

Tudo bem eu escrevo; “meu bebê” foi triste. A Deusa do Amor foi um pouquinho longe demais. Certas coisas não se dizem a um adolescente em publico, em meio a deuses. Acho que os deuses só não riram da minha cara, que devia estar cor-de-rosa, só para constar, porque estavam compenetrados demais no que Afrodite tinha dito antes da frase humilhante.

Mas, eu confesso, me esquentou por dentro. Foi bom. Eu achei bizarro, completamente constrangedor, estranho, assustador, mas gostei, bem lá no fundo eu gostei.

Voltando à historia importante.

Dionísio suspirou, apontou para mim e flexionou o dedo, indicando para que eu andasse até ele. No geral fiquei feliz por isso, era bom me mexer um pouco sem a necessidade de correr. Ele estava ao lado de Ariadne que sorriu para mim tentando me encorajar quando cheguei perto, o deus a olhou como se perguntasse: Quem é você e o que fez com minha Ariadne de Creta? Então suspirou e se dirigiu a mim.

– Nunca desativei a tal da bênção. Então acho tudo isso uma grande inutilidade. – Zeus entoou um severo “Dionísio...” – Tá! Bem no geral você expressa tudo que sente por todos os meios. Imagino que falar a verdade seja fruto disso também, o que é muito bom. Você sabe ver o que as pessoas sentem e age verdadeiramente de acordo – então ele abriu um sorriso cruel como se tivesse pensando em algo do mal – Entende, meu bebê?

Afrodite sibilou e cruzou os braços para o... Qual é o parentesco dos dois? Afrodite é tia de Zeus então ela é tia-avó de Dionísio? Sinistro. Eu tive novamente a sensação de corar. Os outros deuses não se limitaram a rir baixinho como quando o problema era com Zeus, eles gargalharam.

– Sim, senhor – respondi quando meu rosto ficou menos quente e Zeus ficou serio – Mas, senhor, eu minto de vez em quando e muito bem até.

– É uma benção, não um milagre – afirmou como se fosse a resposta mais obvia. Particularmente senti os cinco dedos em meu rosto. – Bom. O presente, como se a tal da bênção já não fosse muito – “Dionísio...” – Esta bem! Tome.

E jogou em minhas mãos uma mascara toda de couro preto parecida com a do Zorro só que mais simples e aparentemente bem mais poderosa também. Olhei para o deus pedindo socorro com o olhar.

– Pense em alguém – disse ele lentamente como se eu fosse um tipo de idiota, que eu era, mas não precisa humilhar – Na sua aparência, nome, essas coisas. Depois a coloque, sabe; no rosto.

Pensei um pouco e suspirei; boas opções eu não tinha, então pensei num professor meu que eu apelidei de Narciso e coloquei a mascara e prendi a cordinha de ouro que saia dela na parte de trás de minha cabeça.

Meu corpo vibrou e eu me senti estranho. Então olhei para baixo e não entendi por que o chão estava tão longe. A pele morena dos meus braços ficou esbranquiçada e macia.

Olhei para o deus que agora parecia mais baixo ainda. Ele estava rindo baixinho como se já esperasse de mim algo daquele tipo.

– O que é isso; um modelo famoso? – perguntou sarcasticamente.

– Não – respondi brincando com as unhas bem aparadas – Meu professor de artes na verdade. E ele faz as unhas. Cara se eu soubesse disso antes de ontem...

Ele me encarou como se eu fosse completamente louco ou apenas um completo idiota. E eu sabia que, provavelmente, era a segunda opção.

– Tire logo essa mascara.

Eu apalpei meu novo rosto macio, quando senti um leve desvio puxei e tirei a parte de trás e meu corpo voltou ao normal.  

– Parabéns– disse ele desdenhoso– Agora sai fora.

Voltei para o meio do salão tentando parar de tremer.

Ótimo, pensei, ele me odeia, com bons motivos. Quem mais?

– Bem acho que agora só falta Hestia antes de nós... – começou Zeus olhando pros lados procurando a irmã – Mas aonde é que ela se meteu?

Todos os deuses passaram a olhar para os lados, mas só eu olhei para baixo. Embaixo da sacada a garotinha de oito anos observava aqueles bobos rindo baixinho.

– Argh! – exclamou Hera atrás de mim – Sua irmã tem essa mania infeliz de não respeitar a regra social.

– Minha irmã? – perguntou indignado Zeus – Ela é sua irmã também.

– Não vem ao caso! – respondeu ela.

– É claro que vem ao caso!

– Vocês realmente vão discutir isso agora? – perguntou Poseidon – Ela é irmã de todos nós!

Eu abri a boca, mas ela levou o indicador aos lábios me silenciando e me chamo para baixo.

Olhei em volta, todos ainda a procuravam. Dei de ombros e pulei a sacada em silencio. Quando cheguei ao chão Hestia não estava em lugar algum. Olhei em volta e vi um vulto entrar em um beco.

Corri até o beco. Lá dentro tinha uma pequena lareira com um fogo baixinho tentando se manter resistente. Hestia esta ali o encarando com tristeza e tentando mantê-lo vivo com os dedinhos estendidos em sua direção.

– Senhora? – murmurei.

Ouvi-a rindo depois ela se virou. Seus olhos eram de um vermelho vivo e bonito. Eram fogo, morno e acolhedor, mas puro fogo

Ajoelhei-me ao seu lado e fitei o fogo. Senti meus olhos ficarem quentes e senti minha íris arder, mas logo passo. Meus nervos pareciam ter tomado um energético de novo porque eu os senti novamente no fogo e ele subiu de alegria infestando o ambiente de luz e calor.

Hestia sorriu e me encarou.

– Acho que eu sou a antepenúltima a dar a beêção. Bem, venha cá.

Eu me aproximei e ela colocou a mãozinha em meu peito. Senti o meu corpo se revigorar e ficar quente por dentro. Senti-me em casa, literalmente, acolhido, seguro.

– Entendeu? – perguntou ela depois de fitar o fogo.

– Não – minha voz estava calma e sonolenta.

– Vai entender. O presente esta incluso.

Meu estêmago roncou e eu tive a sensação de corar.

– Tome.

Ela acenou com a mão e um enorme prato de comida surgiu no meu colo. Arroz, feijão, bife, alface e batata frita. Meu prato predileto.

Eu me passei para aquilo depois dela me ensinar a fazer uma oferenda aos deuses. Que, no caso, era jogar um pouco de comida no fogo do braseiro, não era uma lareira, e dizer o nome do deus, como catorze deuses eram meus pais eu disse: ao Olimpo. Facilita logo.

Quando terminei de comer ouvi alguém chamar meu nome ao longe.

– Agora acho que meus irmãos estão te procurando – disse ela rindo – Ah! E quanto a ser parecido com Hades..., você é. Você é uma mistura dele com Ares e sua mãe mortal. Sinto muito, de verdade. Vai lá.

Eu me levantei e corri de volta para o jardim. Todos os deuses estavam me encarando da sacada. Hera parecia zangada e Hades ria baixinho junto com Poseidon.

– Encontrou?– perguntou Zeus.

– Sim, senhor. Posso subir?

Ele estalou os dedos e eu parei na frente de todos, tonto; odiava aquilo.

– Ela deu a bênção? O que era? E o presente? – perguntou Apolo ansioso.

– Ela deu a bênção sim, disse que o presente estava incluso, eu não entendi nada. E ela disse que eu era uma mistura de Ares e Hades, eu sou? Porque sinceramente...

Eu olhei para Ares enojado. Ele me encarou desafiando-me a terminar a frase.   

Todos parecerem revirar os olhos ao mesmo tempo como se dissessem: “Hestia...” Depois me olharam como se imaginando de onde ela tirara que eu era parecido com Ares ou pelo menos era isso que eu esperava por que, bem, posso afirmar com toda a sinceridade ele não é muito bonito.

– Desse ângulo – disse Hera com a cabeça virada tentando reprimir um sorriso maldoso – Ele até parece você, Ares, quando era pequeno e tem algumas coisinhas de Hades também, aqui e acolá um pouco de Apolo. Ah, Jack, querido, sinto muito sua genética tem coisas péssimas! Se você tivesse nascido como sua mãe queria teria melhores opções.

– Hã... – eu pensei no que dizer, mas não consegui pensar em nada melhor que: – Tá bom, então.

– Mamãe... – começou Ares indignado, mas resolveu parar mantendo a boca aberta e sacudindo a cabeça.

Ártemis me olhava com uma das sobrancelhas levantada, depois negou com a cabeça e sorriu. Não sabia se ela estava rindo de mim, de Hera ou de Hestia, mas aparentemente era muito engraçado.   

– Bom deixando esse assunto muito estranho para trás... Anda Hades dê logo o que tem que dar – disse Zeus com desprezo.

– Bom, o presente não e bem meu é Perséfone então... – ele deu de ombros.

Perséfone se levantou e andou graciosamente até mim sem nenhuma expressão no rosto e parou a alguns metros de distancia.

Ela era bonita e triste ao mesmo tempo. O vestido elegante contrastava com o rosto pálido e os olhos multi-cores. Era bonita demais, senti curiosidade sobre como ela era nos seis meses com a mãe.  

– Eu criei o presente e devo avisar que vai ter que ter cuidado.

Assenti olhando-a com expectativa.

– Quando eu o trouxer você não poderá se aproximar dele. – eu não entendi, mas não interrompi – Mesmo que ele o reconheça vai te atacar. Você vai olhá-lo nos olhos, estalar os dedos, chame-o e diga o nome que quer lhe dar.

– Tá bom. – respondi.

Qual será o presente?, perguntou Vox ansioso.

Tenho um palpite, e você não vai gostar. É bom pensarmos num nome bem forte.

Perséfone acenou com a mão e um enorme rottweiler negro que lembrava um cavalo de tração da minha tia, um percheron, do tamanho de um carro apareceu do seu lado. Ele tinha olhos vermelhos, enormes patas com agarras que pareciam facas, um fucinho alongado com os caninos à mostra, seu pelos longos não eram só negros, suas pontas eram avermelhadas o que fazia com que ficasse mais belo quando se mexia. O seu corpo era musculoso e peludo e das suas costas saiam asas negras como as de um corvo enorme.

Meu queixo caiu.

Um cão infernal, pensei, Eles estão me dando um Cão Infernal dos Campos de Punição!

Com asas, completou Vox, Ah, cara, como eu amo esse pessoal. O Mundo Inferior arrasa!

­ – Um nome... – sussurrei.

Precisamos de um nome, pensei perdido nas inúmeras listas que eu fazia para mostrar pros meus pais quando insistia em termos um cão.

O problema é que são todos nomes de deuses, cortou Vox.

Talvez não um olimpiano, mas um deus nórdico...

Olhei nos olhos do cão e ele me encarou de volta fechando a boca e levantado as orelhas. Estalei os dedos e disse em alto e bom som:

– Vem, Loki!

Ele começou a babar com a enorme língua para fora e correu até mim abanando o rabo.

– Não, garoto! Senta. PARA! – mas era tarde de mais e eu tinha um cão de meia tonelada me lambendo como de eu fosse um enorme caramelo.

Houve um bater de palmas e alguém gritou: “Loki!”.

Me levantei e uma toalha apareceu no meu ombro. Limpei meu rosto e olhei em volta procurando meu cachorro. A enorme massa negra estava deitada batendo o rabo no chão aos pés de Hades que estava com a mão na sua cabeça mexendo-a devagar.

– Ele só vai obedecer a você e a mim – disse o deus me olhando com carinho –, mas você tem que falar com mais firmeza. Ele poderá te ouvir aonde quer que esteja. Porque foi escolher logo “Loki”?

– É meu deus nórdico favorito, acho ele divertido.

Hades parecia impressionado e decepcionado como se pensasse: Eu dou uma bênção ao moleque e ele é completamente maluco. Ótimo!

Olhei o cão, que se levantou sacudindo o pelo negro, longo e desgrenhado, e babando como se não houvesse amanhã.

Loki, vem cá, não pula.

O cão veio correndo para cima de mim, eu só esperei a pancada, mas Loki sentou na minha frente com a língua para fora, feliz da vida.

Percebi que ele sentado tinha minha altura e que seus dentes pareciam maiores de perto. Acariciei seu pescoço e ele pousou sua enorme (e pesada) cabeça no meu ombro.

– Hã..., socorr... Falcon!

O enorme falcão voou até mim e Loki rosnou. Estendi o braço e Falcon pousou nele.

– Tá tudo bem, Loki. Este é Falcon. Tenho uma seria impressão de que vocês vão passar muito tempo juntos e espero que os dois se dêem muito bem.

Os dois se encararam. Um latiu, fazendo o chão tremer. O outro piou, desdenhoso. Loki se levantou e Falcon pousou no meu ombro com uma das suas patas abrigada a se agarrar no meu braço. 

– Perséfone, continue. – disse Hades

Ela estalou os dedos e uma cela de couro preto apareceu nas costas de Loki. Ele olhou desconfiado para a sela depois bufou como de dissesse:

Isso! Vamos montar no cão voador, ele aguenta.

– Suba.

 Parei do seu lado e coloquei a mão na sela. Falcon voou para uma cadeira perto de nós. Apoiei o pé no estribo e dei impulso para passar a perna por cima. Sentado em cima dele eu me senti um gigante.

Loki abriu as asas e as bateu como se para se aquecer, aquilo nos tirou alguns centímetros do chão. Eu me desequilibrei e segurei em seus pelos.

Ele não gostou disso. Empinou nas patas traseiras, quando eu não caí, ele saltou colocando todas as patas fora do chão e parou nas patas dianteiras jogando as traseiras para trás como um cavalo, aquilo me lançou a metros de distancia com as costas no chão.

 – Você não devia ter feito isso. – disse Hades tentando reprimir o riso em algum lugar à minha direita.

Eu me levantei com muita dor nas costas e olhei o cão irritado, mas aparentemente ele também estava irritado.

– Você esta chateado? – perguntei a ele – Eu sou lançado a cinco metros de distancia só porque precisei me segurar e você esta chateado?

Ele bufou, magoado.

– Ah, Loki vem cá! – ele trotou até mim com a enorme língua para fora – Aonde eu ia me segurar? Não tem...

Eu ia dizer rédeas, mas então eu vi um fio grosso de couro pendendo pro lado com Bride de um metal preto parecendo puro para colocar na boca de Loki.

Podiam ter dito antes, pensei.

 Segurei o bride e o coloquei na boca do Loki jogando as rédeas para trás. Voltei a subir no cão infernal, ele parecia mais feliz.

Hades abriu m sorriso maldoso que me assustou muito e acenou com a cabeça.

­– Vai lá, Loki!

– Não vai não! – exclamei segurando na sela sem jeito – Ir para onde? Pra quê sair daqui? Aqui é tão agradável! 

Mas era tarde, Loki, babando como um louco, voltou a abrir as asas e correu em direção à sacada. Eu me atrapalhei com as rédeas, mas não tinha muita opção e me segurei o mais forte que pude de qualquer jeito.

Os deuses se abaixaram quando nós levantamos vôo e passamos por cima deles e do parapeito.

Eu me segurei nas rédeas tão forte que minhas mãos ficaram brancas e olhei para trás, o Olimpo foi ficando distante. Puxei as rédeas e ele parou de avançar e ficou batendo as asas no mesmo lugar. Puxei para direita e Loki se virou para a montanha.

Bati delicadamente os joelhos nele e avançamos devagar para frente. Inclinei-me em direção à enorme cabeça de Loki e aceleramos para baixo. Seu pelo tinha cheiro de cemitério imaginei que morasse no Mundo Inferior, não pude deixar de sentir um pouco de inveja.

Quando estávamos chegando perto da sacada eu puxei devagar as rédeas e a velocidade diminuiu. Loki bateu as asas em sentido contrario ao nosso alvo e nós pousamos delicadamente no piso na sacada.

Desci ofegante da sela e olhei para os deuses. Todos pareciam impressionados por algum motivo, exceto Hades e Perséfone que riam baixinho.

– Eu tenho que tirar a sela? – perguntei animado acariciando o pescoço de Loki – O que ele come? A que velocidade vai? Quanto tempo consegue ficar no ar? A que altura chega? O que as pessoas vão pensar quando virem ele?

Hades deu uma risadinha orgulhosa como se dissesse: “Esse é meu garoto!” (senti a satisfação me invadir, meu herói!) e Perséfone falou:

– Se não for obvio, ele se alimenta de carne cinqüenta a sessenta quilos por dia. Nunca testamos a velocidade ou resistência. Os mortais o vêem como um cão grande normal, talvez um Dog Alemão. No ar vão achar que é um pássaro ou qualquer coisa do gênero. E a sela desaparece quando não é mais útil. Ele só é dessa raça porque é parte de Cérbero, seu filho, mais ou menos, se não seria um mastim. E ele é vacinado.      

Falcon voou da cadeira perto de mim e foi para sua mesa. Loki o seguiu parando no chão ali perto.

­– Pronto, Zeus. Será que foi tão difícil esperar? Dê logo esse maldito presente.

– É meu e de Hera, Hades. – retrucou Zeus, Hades deu de ombros – E eu não sabia você estava tão interessado em meu presente. Venha, querida.

Hera lhe deu a mão e os dois andaram até mim, depois me posicionaram no meio do salão.

– Só o presente é conjunto. A bênção ela já até deu. Bem, semideus, minha bênção é bastante simples. Você vai poder ter parte dos meus poderes com a eletricidade. Não me interrompa! Em parte porque você não vai usar sua força de vontade ou suas mãos para causar o choque. Vai usar isso.

Ele estalou os dedos e eu senti um choque percorrer meu corpo. Depois de me encarar um pouco, ele tirou do bolso uma caixa pequena e a abriu, dentro tinha uma adaga de ouro, pequena, menor que a que usei para matar o Píton.

Olhei para Zeus e, depois de checar se estava tudo bem, estiquei minha mão e pequei a adaga. Senti um arrepio levantar todos os meus pelos.

– Aponte, canalize sua energia, mire e atire naquela garrafa em cima da mesa.

Olhei para a vazia e solitária garrafa de vinho que tinha em cima na mesa principal. Levantei a adaga tentando mirar diretamente na garrafa, o que é difícil quando se esta tremendo como um bambu verde.  

Zeus olhou para sua mulher e ela sorriu para mim tentando me encorajar.

Será que ela riu assim para Hefesto antes de chutá-lo daqui?, pensei tentando não parecer ressentido.

Isso é hora de pensar em como ela jogou o próprio filho de uma montanha?, perguntou Vox.

Eu sou humano!

Ela não!

Com certeza.

Senti um tremor mexer com meu corpo e um jato de uma luz branca e ofuscante saiu da adaga transformando, em uma explosão, a mesa principal em pó.

Os pelos do meu braço estavam arrepiados e não consegui me mexer ou respirar ou pensar. Senti uma mão pressionando meu ombro.

– Muito bom, menino – disse Zeus – Acho que só precisa de um pouco de pratica.

Encarei-o depois fitei a mesa destruída.

Muita pratica, pensei.

Põe muita nisso, afirmou Vox. Me impressionei ao perceber que ele estava cansado.

– Bem, acho que é só – afirmou – Ártemis vai lhe mostrar o quarto. E acho que sinceramente você devia comer alguma coisa. Essa reunião esta encerrada.

Abri minha boca para dizer que Hestia já tinha me alimentado, mas algo me interrompeu:

– Ei! Eu ainda não acabei com o garoto.

Nos viramos e meu mundo girou em 360° quando percebi que era Ares. Ele se desencostou do parapeito me olhando com um desagradável sorriso no rosto cheio de cicatrizes.


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Notas finais do capítulo

próximo tem luta!



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