New Age escrita por SBALI


Capítulo 14
Capítulo 14 Finalmente




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/350652/chapter/14

CAPITULO NARRADO PELA EMILLY

–Eu to preocupado com a Ashley. –Breno disse comendo o macarrão. –Sei lá, ela e o Ethan...

–Você ta com ciúmes? –perguntei rindo, nunca imaginei o Breno com ciúmes. Ele riu para mim, seu cabelo estava caído no rosto e ele jogou para cima.

–Um pouco. –ele riu mais, terminei de comer e bebi mais um pouco de água. –Mas também estou preocupado por ela ficar doente...

–Ela não ficou doente, ela só passou mal já ta melhor. –falei, procurando por ela. –E ela sumiu...

Breno olhou em volta do refeitório procurando por ela, e ele fez uma cara feia porque deve ter percebido a mesma coisa que eu: o Ethan também não estava em lugar nenhum.

Não conversamos mais, ele tinha terminado de comer, peguei seu prato e o meu e levei para a cozinha. Derek me parou no meio do caminho.

–Cadê a Ash? –ele perguntou. Por mais que a Ashley nem esteja falando muito com ele, ele continuava a procurar por ela e ele não iria desistir tão fácil assim.

–Essa é uma boa pergunta, que eu não sei responder. Ela sumiu... Puff. –disse, ele tirou o prato da minha mão e levou para cozinha e eu o segui.

–Queria mostrar uma coisa para ela... –ele disse, um pouco triste. Devia ser difícil ver a ex com outro cara.

–O que? –perguntei curiosa. Saímos da cozinha e nos sentamos junto com Breno de novo.

–Um negócio ai... –ele falou distraído.

–Interessante isso, ela vai amar... –falei zoando dele.

–Eu sei... –ele riu e levantou. Ele iria procurar por ela, e ela estava com o Ethan, provável que ele visse algo que ele não iria querer, ele atravessou a cozinha antes de eu poder disser qualquer coisa. Breno virou-se para mim.

–E ai? Vamos fazer o que agora? –ele perguntou, fiquei feliz por ter uma companhia, ja que Ashley estava ficando mais tempo com o Ethan. Sacudi a cabeça, dizendo que não sabia. –Vamos lá naquela sala onde tem os jogos? –ele perguntou.

–Okay, vamos...

A sala tinha uma mesa de ping-pong e sinuca, e tinha uns banquinhos para sentar em uma das paredes, ficava no corredor em frente a do banheiro, não muito longe do refeitório.

Não tinha ninguém na sala, já que todos estavam comendo.

–Vamos jogar sinuca??–perguntei –não sou muito boa em ping-pong.

Ele riu e me um dos tacos que estavam apoiados na mesa. Ele arrumou as bolinhas em um triangulo em um dos cantos da mesa e colocou a branca no outro.

–Pronta para perder? –ele brincou.

–Nossa, você acha que vai ganhar assim tão fácil? –falei, mas a verdade era que ele ia, porque eu também não era muito boa. –pode começar.

Ele acertou a bola branca que bateu no triangulo e espalhou todas as bolas pela mesa, umas foram encaçapadas. É, meio impossível de eu ganhar esse jogo.

–Aprenda com a profissional. –falei ajeitando minha mão para apoiar o taco, tentei lembrar como meu pai fazia, ele era muito bom, senti meus olhos arderem ao lembrar do meu pai. Tinha uma mesa dessas na minha casa, na garagem, meu pai e uns amigos jogavam lá todas as sextas, quando era pequena sempre assistia porque adorava ver eles jogarem, em alguns sábados papai tentava me ensinar mas eu nunca ia muito bem. Senti uma lágrima, que eu estava tentando segurar, cair pelo meu rosto e formar um pequena manchinha na mesa verde. Soltei o taco e ouvi os passos de Breno vindo até mim.

–Ei, ei, que foi? –ele me virou para ele, segurou meu rosto entre suas mãos, ele limpou uma lágrima que caiu. –Você está bem?

Neguei com a cabeça e quando fui tentar falar dei um soluço e ele me abraçou. Eu o abracei de volta e fiquei chorando no seu ombro. Sua mão ficava descendo e subindo pelas minhas costas.

–Calma, calma... –ele disse voltando a olhar para mim. –o que aconteceu?

–É que meu pai –soluço- jogava sinuca e eu –soluço- lembrei dele. Eu quero voltar para casa. –eu disse rápido, tentando não soluçar mais e ele limpou de baixo do meu olho.

–Eu também quero... –ele disse. Não sei direito o que aconteceu depois disso, ele ficou me olhando, ele fitou meu olhos e depois eu estava beijando ele. Foi tudo muito rápido.

Seus lábios eram macios e delicados contra o meu, sua mão ficou no meu pescoço. No primeiro segundo não sabia o que fazer, não que eu não sabia beijar, só que por um momento pensei em Ashley, e que eu estava beijando seu irmão, não sei se isso seria legal. Mas depois cedi ao desejo e o puxei pela blusa dele e o segurei pelo pescoço.

Ele se afastou um pouco, meu olhos estava um pouco embaçado por causa das lágrimas, mas eu percebei que ele estava sorrindo. Limpei meu olho e ele me abraçou de novo.

–Você não imagina a quando tempo eu estava querendo fazer isso. –ele disse no meu ouvido, e eu o abracei mais forte, e beijei sua bochecha.

–Então somos dois. –eu ri e ele voltou a me beijar e eu ouvi a porta sendo aberta, me afastei dele e virei para ver quem era.

Era Derek e mais alguns caras, ele entrou na sala, e olhou para mim e depois para Breno, deu um sorrisinho malicioso e depois falou:

–Vocês tão jogando? –ele perguntou.

–É, não... estamos? –virei me para Breno e ele sacudiu a cabeça falando que não também. Ele parecia aturdido igual a mim, será que ele se arrependeu de ter me beijado?

–Nós íamos jogar, vocês querem? –ele perguntou juntando as bolas.

Neguei com a cabeça –Eu vou pra lá. –disse apontando pra a porta e sai da sala e Derek me seguiu com os olhos, e depois virou-se para Breno.

–Ei, espera... –Derek disse e me seguiu para fora da sala. Ele me alcançou e puxou minha mão.

Virei-me para ele e apertei sua mão. Ele chegou mais perto e segurou meu rosto como ele ja tinha feito, aquilo me trousse conforto. Suas mão desceram pelo meu braço causando arrepios e depois segurou minha mão.

–Porque você saiu correndo da sala? –ele pergunto, me fuzilando com seus olhos.

–Não sei... Sei lá, você não se sente... culpado? –perguntei desviando seu olhar olhando para baixo, sua mão ficava grande perto da minha.

–De ter te beijado? –ele falou dando uma risadinha. –Por você ser amiga da minha irmã? Não, claro que não...

–Sério? –ergui as sobrancelhas.

–Você se sente? –ele retrucou, colocando a mão na minha cintura e me puxando para mais perto, senti frio na barriga, não queria responder aquela pergunta, por que eu me sentia um pouco culpada, então fiquei de ponta de pé e o beijei. Mais profundo do que da última vez.

Esqueci da Ashley, do meu pai, do invasão, de tudo... Aquilo foi ótimo me senti livre, sem medo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam deles dois juntos??
Comentários???