Três dias depois...
- E você não percebeu nenhum comportamento estranho entre elas? - perguntou o Detetive Southman à uma das líderes-de-torcida que estava sentada no pátio.
A menina balançou a cabeça negativamente.
- Eu soube que elas aplicavam certos trotes em quem entrava no time de torcida! É possível que alguém tenha se revoltado contra elas? - perguntou minutos mais tarde à outra menina.
- Não! As brincadeiras sempre eram inocentes! - disse Camille com os braços cruzados.
- Um possível ex-namorado motivado pela vingança? - perguntou aos pais de Kate Collins, que vieram à escola pegar o resto dos pertences da menina, horas mais tarde.
- E, por acaso – seu telefone tocou antes que pudesse completar a pergunta. - ... só um minuto. - declarou mostrando o indicador, tirando o celular do bolso com a outra mão.
Não muito longe dali, encostada numa árvore, Ashley apreciava o homem.
- E aí? - sussurrou Rachel a se aproximar da... amiga.
- Oi! - responder Ashley, tímida.
- Aulas puxadas as de hoje, né? - tentou Rachel puxar assuntou, flexionando os lábios ao terminar a pergunta.
- É! - Ashley fez o mesmo movimento labial que a amiga fizera. - A Srta. Santanna deve estar enlouquecendo, né? Tipo, por que eu quero saber se tenho prova na 'Lunes' ou na 'Martes'?
Rachel riu e Ashley reparou. As duas se encararam e depois abaixaram a cabeça.
- Senti saudades! - Admitiu Ashley.
- Desculpa se fui rude, tá? É que eu fiquei preocupada contigo e com essas coisas que estão acontecendo! - revelou Rachel, voltando a encarar Ashley.
- Bom! Eu acho que é isso que amigas fazem, não? - ela sorriu. - Se preocupam umas com as outras?
- É! Acho que é isso sim! - admitiu a menina.
Elas sorriram mais uma vez até que Ashley voltou a olhar para o detetive que ainda falava ao celular.
- O que foi? - perguntou Rachel.
- Nada não! - disfarçou Ashley, olhando para a amiga. - Apenas apreciando a vista! - ela mordeu o lábio e voltou a encarar o detetive.

- Você vai mesmo sair, Stacy? - perguntou Fiona VanderGart enquanto arrumava suas coisas para sair.
- Vou sim, Fi! - Stacy também estava esvaziando seu armário do vestuário feminino. - Com tudo isso que tá acontecendo, Casey, Gwen e as outras que morreram... tudo isso tem a ver conosco! Não quero ser a próxima!
As meninas conversaram mais um pouco por alguns minutos até que Fiona teve de ir.
- Você só tá saindo do time, né? Digo, vai continuar na escola? - ela perguntou enquanto ainda abraçava Stacy.
- Vou sim! - confirmou a garota.
- A gente se vê, então! - despediu-se Fiona dando um beijo na bochecha da amiga.
- Bye, bitch!
Elas se abraçaram mais uma vez até que Fiona finalmente saiu. Stacy ainda esvaziava o armário, pondo as coisas na sua bolsa, quando ouviu um barulho vindo dos boxes. Ela levantou-se, preocupada.
- Tem alguém aí? - gritou.
Outro barulho ecoou pelo vestuário, fazendo ela saltar assustada, quando Camille surgiu apenas de toalha.
- Aaaah! Camille, é você! - aliviou-se Stacy pondo a mão no peito.
- O que houve? Parece que viu um fantasma! - ela torceu os cabelos loiros molhados.
- Eu não sabia que cê tava aí! - Stacy pôs a mão na testa, se acalmando.
- Mas eu tava! Voltei junto com as meninas, do teste para as novas líderes! - contou ela. - A propósito, você não fez por quê?
- Digamos que... meu tempo já passou! - Stacy mentira.
- Você tem 16 anos! - apontou Camille.
Elas riram.

- Posso te dizer algo? - perguntou Daniel à Ted enquanto colocava uma garfada do purê na boca.
- Vai em frente! - deixou Ted.
- Você deveria chamá-la para sair! Quer dizer, você não tem nada a perder! Só vai receber um não!
- Mas não é tão simples assim! - revelou Ted. - Ela é uma líder de torcida e--
- Você não sabe! - interrompeu-o Daniel. - E a nova leva do time que tá pra vir?
Ted bufou e mordeu a maçã. Ele entendia o que Daniel pretendia fazer. Era o que ele fazia tanto nos jogos como fora deles. Manipulação. Mas Ted pouco se importava. Tinham virado amigos desde o que houve com Sophie Rose. Ted aparecera mais tarde na casa dos Breemans para falar com Ryan sobre o que o menino queria tanto saber. Após não encontrá-lo, Daniel convidou-o para beberem algo e ambos revelaram o que sabiam desde o primeiro assassinato nos arredores de Falls.
- E então? - insistiu Daniel.
- Ok! Assim que eu a vir eu faço isso! - conformou-se Ted.
- Não! Não! - Daniel comeu mais um pouco do purê e depois limpou a boca com o guardanapo. - Me diga exatamente o que você vai fazer! - insistiu Daniel, apelando.
Ted respirou fundo. Já estava se irritando.
- Eu vou chamar Camille Watson para sair! - finalmente ele disse, elevando a voz.
Umas garotas que tinham feito o teste para líder-de-torcida que passavam por ali o olharam e riram, cochichando entre si. Ted reparou e voltou a olhar para Daniel.
- Obrigado! - debochou.
Daniel riu e colocou outra garfada na boca.
- Tá vendo? É tudo sobre confiança! - revelou.
- Ótimo! Agora escreva um livro de auto-ajuda! - Ted deu outra mordida na maçã.
Daniel limpou a boca novamente e reparou que Jeffrey o chamava na porta do refeitório.
- Tenho de ir! - Ele levantou-se. - E não se esqueça: é tudo sobre confiança!
Daniel riu novamente e acenou um até mais.

- Reparou naquele carinha ali? - perguntou Ashley à Rachel.
- O policial?
- Acho que está mais pra detetive. - arriscou.
- O que tem? - Rachel agora encarava o homem que ainda falava ao telefone.
- Ele até que é bonitinho, não?
- Não é de se jogar fora, não! - admitiu Rachel. - Uma mistura de Tom Cruise com Ben Affleck!
Ashley arqueou uma sobrancelha e encarou Rachel, que ainda olhava para o homem.
- Tom Cruise com Ben Affleck? - riu.
- O quê? - Rachel voltou-se para a amiga e ambas riram.
- Bem detalhista você, hein? - debochou Ashley após os risos cederem. - Cê acha que eu e ele...hmmm... cê sabe!
Rachel arregalou os olhos.
- Ele é mais velho, Ash! - Rachel apontara. - Muito mais velho.
- E...
- E? - Rachel estava pasma. - Você tem 17, ele deve ter uns... 30 e poucos?
- Eu preciso ir lá! - disse Ashley virando-se e começando a ir na direção do detetive.
- Ash! Ash, volta! - ordenava Rachel. - Ashley!
Mas a garota estava decidida. E ia sorrindo na direção do detetive Southman.

- Mas então... - começou Camille arrumando o cabelo. - Cê vai chão festa das novas cheerlearders?
Stacy ainda colocava o resto de suas coisas na bolsa.
- Não sei! Esse lance da Gwen me deixou muito pra baixo, sabe? - a voz dela falhou ao tocar no nome de Gwen.
- Uhum...- assentiu Camille enquanto formava um rabo-de-cavalo. - Bom... tô indo agora, tá?
- Ok! - concordou Stacy.
- E vê se aparece na festa. Só pra dar um oi! - pediu.
Stacy fingiu pensar por um tempo, abaixando a cabeça.
- Tá legal!
- Promete? - Camille queria certeza.
- Prometo! - jurou Stacy.
- Então, tá! Beijo!
E por fim, Camille saiu deixando Stacy sozinha arrumando sua bolsa.
Momentos depois, após estar com o armário esvaziado e com a bolsa com todas as suas coisas, Stacy se preparou para sair quando ouviu um celular tocando. Tirou o seu da bolsa, mas ele não tocava. Olhou ao redor, apreensiva, e percebeu que o som vinha de um dos boxes no final do vestuário. Caminhou até lá e viu o aparelho em cima da pia tocando e vibrando. Pegou-o e percebeu que ele não tocava porque alguém estava ligando para ele. Era uma música de mensagem de texto. Curiosa, a abriu.

“Sinto muito!!!”

Era tudo o que dizia no SMS. Stacy sentiu um arrepio subir até a sua espinha e deu meia volta, querendo sair do vestuário. Subitamente, algo acertou sua cabeça e ela caiu. A visão ficou embaçada e um borrão loiro ficou na sua frente.
- Eu realmente sinto muito! - disse o borrão enquanto Stacy semicerrava os olhos.
E então ela fechou os olhos e sentiu algo encravar sua carne, incentivando uma dor percorrer seu corpo. E ela se entregou.

Ted observava algumas garotas: umas voltando do teste das novas líderes de torcida e outras invejando-as. Outro grupo de meninas olhavam um homem que falava ao telefone e cochichavam soltando risadinhas irritantes. Nessa, Ted reparou Rachel e Ashley ali perto mas as duas pareciam discutir algo e, então, Ashley começou a se afastar e Rachel ficou a chamar seu nome. Mas a atenção de Ted desviou das meninas para Camille, vindo na sua direção enquanto guardava o celular no bolso.
- Oi! - cumprimentou Ted quando ela passou por ele.
Ela parou e encarou ele.
- Ted, certo? - perguntou ela.
- Uhum! - admitiu ele.
- Oiiii! Tudo bom? - ela o abraçou e fez o coração dele parar. - Como vai o meu herói?
A pergunta fez Ted corar e ele abaixou a cabeça.
- Eu tô legal! Legal! - seus pensamentos pareciam estar trabalhando igual caixa de supermercado em época natalina. - Na medida do possível.
- Que bom! - disse ela abrindo um sorriso iluminadamente branco e olhando pros lados.
“É tudo sobre confiança.”, dizia a voz de Daniel na cabeça de Ted. Ele levantou a cabeça mas não teve coragem de olhar diretamente para a garota.
- Então, Camille, eu tava pensando... - ele olhou para todos os lados mas nunca para a menina. - se você quer sair na sexta... comigo? - e finalmente ele a olhou.
Ela ainda olhava para o lado até que arregalou os olhos. Depois voltou a encarar o menino.
- O quê? - perguntou.
“Idiota!”, xingou-se Ted.
- Quer sair comigo na sexta?
Ela o olhava nos olhos e, de algum modo, ela parecia transpirar adrenalina. E, num impulso, Camille beijou Ted e o rapaz se entregou ao momento, desacreditando no que estava acontecendo.

- Eu não posso desistir desse caso! - afirmava bruto, porém sussurrando, o detetive Southman ao telefone. - Não! Você que não entende!
- Com licença? - chamou uma voz feminina atrás dele.
Ele virou-se e se deparou com uma bela garota negra. Seus cabelos lisos e cheios formavam belas ondas nas pontas. Ela ainda usava uma mini-saia quadriculada que deixavam suas pernas torneadas de fora e que ele, como maior de idade, não deveria sentir nada. O que não aconteceu.
- P-p-pois não? - respondeu desligando o telefone e guardando-o no bolso.
- É que eu percebi que você estava interrogando alguns amigos – mentira. - e gostaria de saber se você já descobriu muito coisa. - ela fingiu um sorriso tímido. - Eu era muito amiga das meninas e – mentira. - nós tínhamos uma relação muito forte, entende? - mentira de novo.
- Bom, senhorita... - ele não sabia seu nome.
- Malden! Ashley Malden! - ela esticou a mão e o detetive a apertou.
- Então, srta. Malden, não muito até agora! E você sabe que o que sei não posso dizer. - ressaltou ele.
- É! Eu sei! - admitiu ela. - Eu sei que pode ser bem estranho... mas não gostaria de tomar um café qualquer dia desses?
O detetive se assustou com a...iniciativa(?) da garota.
- Hmm...topo! - ele pareceu se encolher pondo as mãos nos bolsos. - Topo, sim! Por que não?
Ashley riu e pôs uma mecha de cabelos que estava escorrendo atrás das orelhas.
- Que tal na sexta? - sugeriu.
- Sexta está bom! - confirmou.
Ela sorriu mais uma vez para ele até que alguém surgiu correndo e gritando. O detetive segurou o braço de Ashley e a jogou para trás de si, involuntariamente.
- O que houve? - perguntou ele enquanto, correndo, se aproximava da garota histérica.
- Stacy! Morta! Vestuário! - gritava, desnorteada, a menina.
O detetive sacou a arma que trazia atrás da jaqueta de couro bege e correu na direção em que a menina indicou o vestuário. Um grupo de meninas estava do lado de fora dele, horrorizadas, quando o homem chegou no local do homicídio. O detetive adentrou o local e ao ver o corpo da menina, deu um passo, evacuando assustado. Ele se aproximou lentamente e pôs o indicador e o médio no pescoço dela, comprovando sua morte. Ouviu passos acelerados entrando no vestuário e olhou para a menina que acabara de entrar. Uma loirinha de cabelos repicados, emocionalmente abalada.
- Ella, volta! Vem cá! - dizia uma menina que veio atrás de Ella que estava a puxar o braço da garota recusando-se a olhar para o cadáver.
- Tira ela daqui! - ordenou o detetive Southman.
- Ella, vamos! - chamou a garota, ainda puxando o braço de Ella.

Os olhos de Ella estava vidrados no corpo da irmã, morta, caída ao chão. O sangue escorria de sua barriga encharcando grande parte do vestuário.
- Stacy... - sussurrou Ella.

O carro da ambulância já estava saindo com o corpo para o necrotério, quando o detetive Southman estava entrando no seu carro. Mas ele parou quando viu Ashley se aproximando. “O que será que...” ele ficou com receio de terminar o que estava pensando.
- Oi! - disse Ashley num cumprimento abafado.
- Então... - ele tinha uma própria forma de cumprimentar.
- Estranho o que houve, né? - ela estava com a voz mansa, receosa.
- Eu não entendo o que está havendo? - começou ele. - Quem, e por que, estariam matando estas garotas? É insano! - ele parecia alterado.
- Eu...hmm...tenho certeza que você vai resolver isso! Quero dizer, você parece ser bem competente. - Ashley abriu um sorriso tímido. E agora não era fingimento.
- Puxa! Obrigado! - ele corou.
- Nosso café ainda está de pé, certo? - investiu Ashley.
- Claro! Claro! - ele voltou a ficar sério. - Suas informações serão de grande ajuda.
- Ok! Então... - reconfirmou a garota. - Tchau!
Ele entrou no carro e deu uma última olhada nela e acenou um “tchau!”. Deu a partida e dirigiu, saindo da escola. Ashley abriu um sorriso imenso e saltitou de alegria.
- Porque você tá saltitando, sua louca? - perguntou Rachel surgindo de algum lugar que Ashley não soube identificar.
- Eu vou sair com ele! - ela dava gritinhos de alegria.
- Com o policial?
- Detetive – corrigiu a amiga.
- Por que isso não me cheira bem? - indagava Rachel.
- Hey, Ash! - chamou Meg, que estava se aproximando.
- Oi, Meg! - cumprimentou Rachel. Ashley arregalou os olhos e desviou sua visão para os lados.
- Oie! Então, Ash, saiu a lista! - avisou a garota extasiada.
Ashley continuava a desviar o olhar e Rachel estranhou o assunto.
- Que lista? - perguntou.
- Aaaaaaah! Não tem importância! - minimizou Ashley, que conseguiu, disfarçadamente, olhar feio para Meg e avisar que não era um bom momento. Infelizmente, Meg não percebeu.
- Ué? - ela riu abafadamente. - A lista das novas líderes de torcida! Muito bom, Ash! Você conseguiu! - parabenizou Meg.
- Você...fez o teste? - perguntou Rachel virando-se lentamente para Ashley.
Ela ficou sem o que dizer. E novamente, voltou a desviar o olhar.

Ryan tocou a campainha da casa de Sophie e momentos depois ouviu alguém do outro lado da porta a destrancando. Ele abriu um sorriso, que sumiu repentinamente, quando percebeu que Aaron a tinha aberto. Aaron arqueou um sobrancelha e ficou a fitar Ryan.
- O que cê quer? - perguntou um Aaron escroto.
Desde que Aaron perdera a memória, ou parte dela, mesmo após Sophie ter contado que ele e Ryan eram amigos, o rapaz não tinha aceitado isso. Afinal, você não pode forçar uma amizade que não se lembra de ter feito.
- A Sophie tá? - perguntou Ryan, devolvendo a escrotice.
Ryan sabia que o novo Aaron não queria ser seu amigo. E nem fazia questão de ser. E por outro lado, ele não sentiria mas culpa em investir em Sophie.
- O que tu quer com ela? - questionava Aaron.
- Cê vai continuar me interrogando ou vai chamar ela pra mim? - Ryan 1x0 Aaron.
- Você se acha o to--
- Aaron! - reprovou Sophie, que surgira descendo as escadas.
- Isso não acabou aqui! - alertou Aaron.
- Olha como eu tô tremendo! - debochou Ryan.
Aaron saiu da porta, ainda encarando Ryan, pois ele sabia que Ryan tinha sentimentos por Sophie. Ficou evidente quando ambos os dois estavam no hospital, esperando Sophie ter alta por todo o problema que tinha acontecido.
- Fala! - disse Sophie, fazendo Ryan sentir-se como um intruso.
- Eu só queria saber se você tá bem. - revelou ele. - É que aqui--
- Olha, pára! - pediu ela, encostando mais a porta para Aaron não ouvir. - Sei que o que aconteceu naquela noite teve um significado pra você e pra mim, mas foi só um beijo! Eu tenho namorado, Ryan! E o amo!
- Mas--
- Não, Ryan! Não! - interrompeu ela. - Por favor, não volta mais!
Ela o olhou com pena e fechou a porta. Ryan deu meia-volta e ficou encarando a rua com a testa franzida. Ele estava sentindo algo. Algo forte. Um nó se formou na sua garganta e parecia que ele não ia respirar mais. Suas sobrancelhas tremiam e, subitamente, seus olhos ficaram aguados. Mas a lágrima não escorreu. Ele apenas respirou profundamente e seguiu em frente.
Sophie se aproximou da janela e olhou para ele, atravessando a rua. Ela tinha certeza ele não estava indo pra casa, mas não sabia que o nó na garganta dele ainda doía.

- Oi! - disse Rachel abrindo um grande sorriso e beijando Jason.
- E aí, linda?
Eles se beijaram por mais um tempo até que Jason percebeu que Rachel não estava muito legal.
- O que houve? - quis ele saber.
- Não! Não é nada! - respondeu ela.
- Tem certeza? - ele insistia. - Há algo que queira me contar?
- Não! São só preocupações diárias! - mentiu ela, dando-lhe um beijo. - Quem diria que eu ganharia o pacote completo, não?
Ambos sorriram e voltaram a se beijar. Mas Rachel ainda pensava no que tinha acontecido à Stacy, no que estava havendo com todas as garotas que participavam do time de torcida e em Ashley, que acabara de entrar nele.

- Então? É só isso que tenho de fazer? - perguntou Rebecca Kaylle enquanto pegava o dinheiro da mão do rapaz.
- Uhum... só isso! - disse ele.
- Algum motivo em especial? - quis ela saber enquanto guardava os cem dólares no bolso.
- É só uma brincadeira... entre amigos! - mentiu ele.
- Qual o nome dele?
Ryan a encarou e disse claramente.
- Aaron Mayers!