Filha De Todos escrita por Anne Kath


Capítulo 36
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa msm a demora, mas para o meu azar eu fui CONVIDADA fazer a recuperação... e minha mãe disse para eu fazer... entããão enfim... espero que gostem do Cap... bjs



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Melany

Os exércitos de Zeus, Ares e Poseidon estavam a seus postos, todos atentos a qualquer indício de que o ataque havia começado.Nico segurava em uma mão a espada e a outra apertava a minha, o anel que era Melany queimava no meu indicador.

Estava ficando cansada de esperar, o que me deixava ainda mais nervosa pois eu sabia que era isso que ela queria... meu cansaço.

“Melany!” um sussurro me veio a mente, uma dor me atingiu como uma faca, meu braço parecia estar em chamas.

–Melany!- Nico me encarava apavorado- O que está acontecendo com você?

–Atena!- gritou Zeus- A marca de Gaia... o planeta, está voltando!- Senti os braços de Atena me prenderem, só então eu percebi o quanto me debatia... e que estava no chão. Eu estava sem reação

O que está acontecendo comigo?

Os deuses querem lhe usar contra mim, mal sabem eles que você será aquela que me ajudará a derrotá-los.”

Gritei com a dor em meu que se intensificava, abri meus olhos e olhei para o meu braço. O planeta de um continente que Gaia havia me marcado depois de ter me sequestrado na biblioteca.

–Melany! Melany!-a voz de Atena parecia cada vez mais distante- Não deixe ela te controlar, você precisa lutar contra ela.- fechei meus olhos e sem que eu quisesse uma gargalhada escapou por entre meus lábios, e logo em seguida, as palavras.

–Como se sente Atena, vendo a sua bela esperança sendo controlada pelo seu desespero?- gritei mais uma vez.

–Atena!- eu tentava falar- Me ajuda, Atena!

–Eu não posso fazer nada, Melany, você tem que lutar... eu sei que é capaz.- fechei meus olhos- Lute, Melany... vamos lute.

“Melany” Gaia me chamava. Rangi os dentes enquanto Gaia invadia a minha mente aos poucos. “Melany”

Não! Você não vai me vencer!

–Melany!.. Atena o que está acontecendo com ela?

Nico!

–Melany por favor!- Nico!

Meu coração se acelerou, abri meus olhos, estava tudo laranja.

–Essa não!- ouvi Apolo dizer- Atena, Nico!.. Se afastem dela, todos se afastem dela.- senti as mãos me deixarem no mesmo instante.

Um rugido crescia de minha garganta, eu havia começado a me debater.

–Ha meus deuses!- ouvi Annabeth dizer- Ela vai...

Soltei um grito, meus poros pareciam liberar calor, e eu estava em chamas... literalmente, em chamas.

–Melany!- ouvi Nico gritar.

–Nico não!- gritou Apolo.

–Me solta!... Ela está pegando fogo... me solta... Melany!- eu só conseguia ouvi-los, minha visão estava tomada por vermelho, abri minha boca, e por algum motivo eu comecei a sugar o fogo. Aos poucos o vermelho diminuía e minha visão retornava.Em poucos segundos tudo voltou a visão estava somente laranja, eu pisquei, e tudo voltou a ter cor.

Agora eu podia ver todos,... me encarando perplexos. Olhei para Nico que estava vermelho, ele parecia querer desviar o olhar, mas... era como se ele não conseguisse. Atena correu até mim e me cobriu com um cobertor de pele de carneiro, ela aproximou a boca de meu ouvido.

–Você está nua meu bem!-arregalei os olhos e apertei o cobertor contra meu corpo, senti meu rosto se aquecer e por um momento achei que fosse pegar fogo novamente. Olhei para Nico que desviou o olhar na mesma hora.

Atena estalou os dedos e as ninfas vieram ao meu encontro na mesma hora, elas começaram a me levar para dentro do castelo do Olimpo. Eu estava subindo as escadas, quando ouvi uma explosão.

–Melany... corre!- ouvi meu pai Poseidon gritar. Me virei no mesmo instante, os monstros e os exércitos de Hades invadiam. Olhei para o cobertor em minha mão e me lembrei de um dos poderes que Atena me ensinou quando ainda era nova. Atena a Deusa da costura, nunca achei que um dia isto poderia me ser útil, mas enfim... lá vai!

Fechei meus olhos e me concentrei, senti o cobertor se moldar ao meu corpo, se firmando sem que eu precisasse segurá-lo. Abri meus olhos, olhei para a minha roupa, bati o pé em frustração, eu havia feito um vestido curto na frente e longo atrás, com a alças que prendiam em meu pescoço.

Mas que droga!

Não era isso o que eu queria, vai ser o inferno pra lutar com esse negócio, olhei para as batalhas, e lá estava ele... Nico, cercado.

Xífos!– gritei para a o anel, que começou a se enrolar e desenrolar de minha mão até e transformar em uma espada. Corri o mais rápido que pude, quando o alcancei, ataquei o monstro que estava prestes a atingi-lo pelas costas. Senti a água das nuvens envolta do Olimpo, um meio sorriso brincando em meus lábios com a ideia que eu havia acabado de ter. Com um movimento rápido, fiz a água se enroscar em cada monstro que nos atacava como uma corda e em seguida puxá-los para fora do Olimpo. Me aproximei de Nico para ver como ele estava, quando abri a boca para perguntar ele fechou os olhos.

–1 carneirinho, 2 carnei... não carneirinho não dá certo, 1 camelinho, 2 camelinhos...

–Mas o que raios você está fazendo?- ele abriu os olhos e me encarou.

–Estou tentando não pensar no que esse vestido está escondendo.- fiquei boquiaberta.

–Nico!- gritei o repreendendo.

–O que? Estou sendo sincero! Isso não faz parte da boa convivência em um casamento?

–E agora é lá hora pra isso Nico?- gritei novamente com ele.

–Você ficou nua na minha frente!- gritou ele de volta- Eu preciso de tempo para me recuperar tá legal?

–Nico... não temos tempo!- suspirei cada vez mais frustrada- Eu mereço!

–Olha eu não sei se você merece não mas...

–Nico!- o interrompi- Cala a boca!- ele franziu os lábios e assentiu.

–Tudo bem... desculpa!- bufei.

–Melany!- ouvi alguém me chamando, olhei para Afrodite ao longe, com minha roupa de luta na mão.

Ha obrigada, ho grande Afrodite!

Vi ao longe o sorriso dela se alargar.

Joguei a espada no chão e corri em direção a roupa de luta, desviava de monstros e soldados com facilidade e então... foi como se... eu tivesse mergulhado nela, deixando o vestido para trás, um aprimoramento feito por Atena há muito tempo.

–Ha... bem melhor!-lembrei que joguei minha espada no chão.-Melany!- chamei, e logo a espada veio voando rápida até minha mão direita. Olhei para o vestido no chão, minha visão ficou laranja, foquei todos os todos os tons de vermelho nele, logo ele estava pegando fogo, ergui minha mão e me concentrei para controlar o fogo e fazer o vestido flutuar, quando consegui, o lancei em cima dos monstros que atacavam os semideuses do chalé de Ares. Clarisse olhou para mim e fez uma careta, mas logo depois a sua expressão suavizou, se tornando um pouco... formal.

–Obrigada, Alteza!- ergui as sobrancelhas em descrença. Senti uma mão segurar firme em meu braço e me arrastar para longe.

–Se fosse comigo ela diria... vá pro inferno, Jackson!- sorri para meu irmão.

–Bem... me pergunto como seriam as coisas se eu não tivesse sido criada no Olimpo e se não fosse a famosa filha de todos.- ele riu.

–Seria como são para mim!- eu ri- Em pensar que pouco tempo você fosse o maior segredo dos deuses.

–Nem me fale!- olhei para ele, e foi aí que eu vi... uma benevolente, vindo em nossa direção.

–Abaixe!- gritei. Percy se jogou no chão e eu cortei a cabeça do monstro fora. Percy se levantou e encarou a benevolente que estava se resumindo a pó. Ele estremeceu.

–Quantas vezes eu vou ter que ver morta a minha professora de álgebra?

–O que?- perguntei confusa.

–Pensei que me vigiasse pela fonte.

–Sim a partir do momento em que descobrimos que Poseidon tinha um filho

–Bem eu... abaixe.- Percy ergueu Contracorrente, e com um chute no soldado, seguido por um golpe da espada, ele matou o soldado de Hades. Um rugido alto e incomum fez com que eu sentisse arrepios na espinha, lentamente me virei para encara a enorme fera.

–Quimera!- apertei com força minha espada, eu corri na direção do animal que soltava fogo pelas narinas, o bicho percebeu que eu me aproximava rapidamente, o monstro lançou fogo em minha direção, no mesmo instante minha visão ficou laranja ao erguer minha mão eu fiz com que abrisse um caminho dentre o fogo. O animal se espantou com o meu aparecimento repentino, coloquei impulso em meus pés e dei um mortal que cortou as costas da Quimera e a cabeça da cobra que era seu rabo. A fera deu um rugido que quase estourou meus tímpanos, após passar direto pelo animal, meus pés não tocaram o chão e saí rolando. Uma pontada forte nas costas me sugou o ar, mas tentei não prestar atenção naquilo. A Quimera estava prestes a me atacar. Ela ergueu uma de suas patas enormes com aquelas garras grotescas. Quando ela desceu as garras a todo vapor. Eu consegui impedir a tempo com a minha espada, juntei todas as minhas forças para tirar sua pata de cima de mim.

–Haa!- rugi com o corte que a espada ainda causava em minha mão enquanto fazia força com a espada.

Lembrei da água das nuvens a minha volta, no mesmo instante um jato muito forte de água tirou a Quimera de cima de mim, a colocando em uma distância de aproximadamente dois metros. A Quimera balançou a cabeça atônita mas logo cravou seus olhos de leão em mim.

–Ficou com raiva?- ela rosnou e avançou. Esquivei para o lado, mas não o bastante, as garras da Quimera atingiram o meu braço. Olhei para o enorme corte e permiti que o ódio se instalasse dentro de mim, cravei meus olhos na fera.

–Minha vez!- disse. Senti meus cabelos flutuarem, já podia ouvir os trovões e ver os reflexos dos relâmpagos, tudo começou a escurecer, eu juntei as sombras e as lancei na Quimera, os gritos que coloquei em sua cabeça eram tão altos que até mesmo eu podia ouvir, ergui uma de minhas mão para o alto e peguei um dos relâmpagos, juntei com a água que peguei também das nuvens. A Quimera rugia em incômodo com os gritos, sorri. Eu girei e juntei toda a minha força no braço esquerdo, e logo, lancei a água com eletricidade na Quimera, que se debateu no chão até virar pó.

Minha respiração estava acelerada e cabelo grudava em minha testa.

–Próximo!- olhei em volta, todos os monstros lutavam contra semideuses e soldados de meus pais. Procurei por aquele que mais precisava de minha ajuda, e então os avistei. Meu coração parecendo pesar uma tonelada no peito.

Hades... e Nico...lutando.

Nico

–Sabe de uma coisa, meu filho?- ouvi a voz de meu pai, ele estava ao meu lado, o olhei e estreitei os olhos- Essa sua traição... é bastante punível, ninguém faria com um pai o que você fez.

–Não mesmo?- me voltei para ele apertando a espada – O que você e seus irmão fizeram com Cronos mesmo?

–É diferente... ele tentou nos matar!- disse Hades. A raiva tomou conta de mim.

–E você pretendia permitir que Gaia fizesse algo similiar!- disse entre os dentes. Os olhos de Hades ficaram ainda mais negros.

–Quer saber?... Acho que entendo meu pai agora!- Hades tirou elmo da cabeça e uma fumaça negra tomou conta do elmo, e se alongou até o chão quando se dissipou na mão de meu pai, se encontrava uma foice, ele girou a foice em minha direção na intenção de cortar a minha cabeça, me joguei no chão e rolei para a esquerda, passei minha espada na perna de meu pai, que rugiu com a dor, ele me olhou furioso.

–Nico, não!- ouvi uma voz gritar ao longe.

–Você é um idiota, Nico!- gritava meu pai enquanto lutávamos- Você culpa Percy Jackson pela morte de sua irmã, quando na verdade o verdadeiro culpado sempre foi você.

–É mentira!- gritei.

–Tem certeza?- ele girou mais uma vez a foice em minha direção e eu desviei- Por que sua irmã quis tanto se tornar uma caçadora?- Parei com a espada no ar, meu coração se acelerando ainda mais com a lembrança... ela não queria cuidar de mim.

–Ela está viva agora!

–Temporariamente... a ressurreição do corpo uma vez já existente não dura para sempre, e logo...- ele pegou meu pulso com uma mão, tentei puxar mas não consegui, ele o torceu e eu deixei a espada cair, era como se todas as minhas forças tivessem se esvaído de repente, ele me girou para ver a batalha- Esse será o destino de sua bela amiguinha.- meus olhos encontraram os de Melany, que tentava chegar até nós, mas monstros sempre a impediam- Você não pode impedir, foi visto em uma imagem logo depois que o oráculo recitou a profecia, e ela disse... “E que pelo herói ao submundo se juntará”.

As visões que eu tive... elas...

Larguei minha espada, meu pai fez com que eu me ajoelhasse a sua frente, eu engoli em seco e ergui a cabeça e fechei meus olhos a espera da mais profunda escuridão.

–Não!-ouvi um grito e o barulho da foice atingindo ossos... que não eram meus. Algo quente e molhado caiu sobre meu rosto, abri meus olhos lentamente, com medo e total receio de ver o que eu estava prestes a ver, mas eu também tinha esperança de não ser verdade- Ni...co!- ela disse,... antes de cair em meus braços.


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Notas finais do capítulo

E então... eu estarei morta até amanhã né?? Enfim eu acho que esse é um daqueles momentos em que os narradores dizem... CONTINUA...